Eu estou tão longe de você agora
Mas pelo pensamento, eu sei que posso ter você para mim.
Assim cavalgo o vento da noite na surda esperança
para através dele, te dar esse amor que não tem fim.
Meus braços querem sentir teu corpo aconchegado
Para dele extrair o calor que necessita para viver
Pois você tem sido o sol que aquece minhas manhãs
O anjo bom que fez a minha alma renascer.
Eu sei que se meu corpo você agora abracasse
Iria sentir minha respiração ofegante a denunciar
O desejo guardado em mim desde que lhe vi
E a paixão que meus lábios está a ocultar.
Em meio a penumbra que agora me encontro
meus suspiros se perdem na inquietação.
Pois querem te fazer minha por momentos infinitos
deixar você desvendar as lacunas de meu coração.
Pois sei que tenho cantos escuros e encobertos
Afinal como todas as pessoas, eu muitas vezes já sofri.
Mas para você eu me entrego sem medo ou reservas
Por você, eu me deixo descobrir.
E me entrego dessa forma total e absoluta
Como jamais nenhuma outra já me possuiu.
Você tocou minha alma com tanto carinho sensibilidade
Que toda a minha resistência ou medo, ruiu.
Confesso que estou entregue a esse sentimento
Que não consigo mais poesias tristes escrever
Mas sei que isso só é possível agora
Porque o amor está em mim a viver.
E mesmo sentindo essa saudade toda de você
Não me sinto triste ou amargurada
Sou feliz, amor mesmo distante
Porque sei que amo, e sou amada.
Era um pedaço, apenas um pedaço
de queijo branco na toalha negra
esparramada ao céu
sua beleza transcendia a vizinhança
era uma fatia dormida
na cama dos lençóis em sombras.
penso que a morderia
mas o medo de fazê-la sangrar
me intimidava.
Branca dominava o mundo
com vontade infinita
eu permitia que reinasse no silêncio
e espiasse palavras
que gostaria de pronunciar
calei-me.
Ali derramou em meu cérebro
sensual branco-azulado, rendi-me.
Doei-me no instante divino e
por momentos ficamos unidos em cópula.
Eu, a lua e nossos silêncios
os lençóis de sombra invejavam
beijos colados de beleza
cavalguei-a com carinho
e suado apesar do frio da noite de inverno
balbuciei calidamente
- sou teu! -
Fui, porque me dou inteiro
fechei olhos, bebi um copo d’água,
levantei a cabeça
ela se fora na escuridão
deixando-me a sombra por companheira
acendi a luz tendo ao lado
apenas negro teclado onde agora transcrevo
minha doce, terna e intensa noite de amor.
Naquela noite, tinha um brilho perdido sobre a sombra do luar
Aquecendo a imensidão lá dentro da escuridão...
Senti medo! um medo sem explicação! apenas um rápido clarão...
Vedava meus sonhos... cegava meus olhos nas curvas sem fim.
Parecia um estrondo de uma tempestade! não deu tempo de pensar
Atravessamos um universo de multidões, eu não estava lá!
Luzes inércia mergulhada nas palavras surdas sem sentido...
Sem sons! Sem sinal... sem vida! Não deu tempo pra pensar!
Um apagão! uma distância sem cérebro, sem filhos...sem mãe...
Sem pai... sem irmãos que estavam apenas na beira da razão!
Uma grande e infinita distância nos levaram ao encontro...
Onde havia somente uma porta sem saída, sem janela...
E do alto um trovão silencioso que nos chamava para um vão...
Onde fomos todos recebidos por um homem chamado JESUS!
Paredes e ouvidos
supostamente ocos
gritam à dedos desvalidos.
aquela noite
ardia vermelha taça
na boca de teus seios
o cigarro parado queimava
enquanto veias entumesciam
era o maldito desejo a dizer:
quero-te!
quero-te no lençol sangrento.
quero-te na noite infernal.
quero queimar sem cinzas
abocanhar tua voz
na renda desenhada
de teu pensamento
perfurando histórias in contadas
e extrovertidas
às gargalhadas.
quero-te na ausência
do cheiro forte que exalas.
quero-te mordendo
até que possas saborear
cerejas desfazendo-se
em roucas letras
ainda por se formar
somente porque
esvaziaste e consumiste
o gole fatal.
sem entender o porque
estou limpo
lavado e barbeado
a espera de que algo aconteça.
Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!
Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*
Eu
Você
No sonho
Ou realidade
No abstrato
Ou no fato
No calar
No relato
No sol
Na chuva
Na brisa
No ciclone
No riso
No pranto
No doce
No amargo
Do dia
Da noite
De magia
De medo
De sonhos
De pesadelos
No grito
No silencio
Na vida
Ou na morte
No verso
Ou reverso
Por um momento
Ou pela eternidade
Eu e você.
Juntos.....
CORAÇÕES SOLITÁRIOS
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Quantas pessoas solitárias,
andam a vagar.
A procura de alguém,
com quem conversar.
Dividir suas tristezas,
seus desencantos.
Desencantos, que são como ímãs.
Atraindo todas as magoas do mundo.
Mundo confuso, e paradoxal.
Quantos corações solitários.
Quantos rostos, marcados por
diferentes histórias.
Quantas almas, procurando alento,
no abraço de alguém.
Num aperto de mão, ou até mesmo
num simples sorriso.
E a noite quando a solidão aumenta.
Os corações solitários, saem
a vagar noite à dentro.
Guiados somente pelos vaga-lumes,
única luz a clarear os caminhos.
Ouvindo o farfalhar do vento.
Seguem procurando paz,
na noite longa e escura.
- Penetra em meus dedos essa porção
e já não me vejo
por instantes sou uma in-cor.
O absinto derramado na mente
turva-se
espalha violento torpor
Em delírios ouço-me
minha voz conclama que desobedeça
Sou afável aos gritos
e cambaleante sigo em direção ao vídeo
pego o controle e clico – start!
respiro aliviado
Começava a entrar no inferno
e vejo-me vivo
essa parte de minh'alma não pode queimar-se
Hei de retornar aos prazeres
gozar tua pele tenra
macio prazer das noites
sob a pluma dos lençóis
Vem dama da noite
perfumar a dor venenosa
instalada no cérebro encoberto
que visualizo
Concluo que aquele maldito ecstasy
deve estar abrindo a porta
onde demônios habitam
desesperado corro à janela
abro-a e vejo o mar
caminhas atravessando ruas
sinto a aragem de tuas coxas
Sei que daqui a pouco
a campainha há de tocar