Noite

Foto de JGMOREIRA

DO MEDO

DO MEDO

Não há nada
O que há
O que verdadeiramente existe
É o medo
Esse sentimento universal
Que nos irmana
E distancia
Que faz com que eu te mate
Ou abrace
Dependendo do peso do medo

Não há tudo
O que há é esse
Excesso de coragem
De segredo
Que nos faz velar
Noite após noite:
O que com maior zelo guardamos
É o medo com que nos matamos
E nos consumimos
E nos entregamos a esse outro
Corpo túrgido de medo
Ao lado

O que vive
É o medo
O medo de estar calado
De estar só
Principalmente de estar só
Sem uma mão medrosa
Que nos afaste os cabelos
Da testa perolada de medo

Há o medo de acordar
amanhã cedo
de enfrentar o patrão
e horário
sem nada erguer em nome
do universo
por causa do salário

somos filhos do medo
pais do medo
nossas crias, decerto
investirão no futuro
irão ao espaço
encontrarão civilizações
E lá, nesse lugar
Alguém estará segredando
A um papel confessor
Que o que há é o medo
Essa incrível ausência
De amor.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

UM GRITO QUE DEVE ECOAR.

UM GRITO QUE DEVE ECOAR”

Houve um tempo em que o grito não podia ser ouvido…

E toda manifestação de revolta era severamente coibida…

As vozes eram suprimidas no calar da noite…

E o silencio ignóbil tomava conta de toda insurgência intelectual!!!

Todo ser pensante tinha seus passos detalhadamente anotados, e suas ações anuladas…

O Pais mergulhou na mais insensata falta de informação…

Foi promovida com extrema competência, a ignorância,

Onde quem sabia era punido, e quem flanava nos ares da truculência e da falta de escrúpulos administrativos, usufruía das benesses da corrupção, espalhando toda sorte de impropérios "legais", habilmente forjados para beneficio dos aliados…

Aos amigos tudo, e da melhor maneira possível, e ao cidadão comum, os rigores da lei, condecendentemente ajeitada para privilegiar os algozes da nação…

Esse tempo quis passar, mas a falta de informações e a insistência em um modelo arcaico e facilitador de fraudes insiste em se manter no poder…

Agora em época de transição, devemos unir forças e denunciar aos cidadãos comuns, os abusos com os quais somos forçados a conviver, aumentos abusivos e de conotação estelionataria dos parlamentares, o superfaturamento de obras, de maneira escancarada, pois sabem da ignorância a respeito de preços por grande parte da população, as verbas maquiadas que remetem a escolas, hospitais, exército, delegacias, creches e demais autarquias, comissões para liberação de verbas já depositadas em nome de entidades ,que naufragam na ignorância e na ganância dos parlamentares!!!

Todo cidadão tem o direito e o dever de escolher o lado da historia em que quer estar, do lado de quem escraviza a nação em proveito próprio, impondo a todo munícipe a conduta de um mero pedaço de carne ambulante, gerado para produzir consumo e riquezas para alguns grupos ou pessoas sem o menor interesse pelo crescimento do País,

Ou do lado da ética da decência, junto de quem quer morar em uma Nação forte e respeitável, sendo condignamente tratado pelos seus semelhantes, e podendo efetivamente apostar no futuro de seu País, para poder cuidar de seus descendentes de maneira digna e próspera.

Vamos mudar a historia da Pátria, começando por nós mesmos, sejamos melhor a cada dia, nosso vizinho com certeza nos imitará, e em pouco tempo a nação será muito melhor.

Quem muda sua historia para melhor, leva consigo muitos adeptos que com certeza levarão muito mais, para que nosso Brasil mude para muito Melhor!!!

Vida longa e decente para todos!!!

EDSON PAES

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

ESTAÇÃO ESPERANÇA.

ESTAÇÃO ESPERANÇA.

PASSAVA UM POUCO DAS SEIS...
QUANDO O TREM QUE ESPEREI PASSOU...
NÃO TROUXE QUEM EU ESPERAVA...
E NEM COMIGO SE PREOCUPOU !!!

FIQUEI SENTADO ALI OLHANDO...
SEM ENTENDER O QUE ACONTECEU...
O TREM DEVAGAR PARTINDO...
E MINHA VIDA ELE ESCURECEU !!!

É TRISTE FICAR AQUI SENTADO...
ESPERANDO UM TREM QUE NÃO VAI CHEGAR...
MELHOR SAIR POR AI ANDANDO...
PARA QUE A VIDA POSSA ME ACHAR !!!

PAREI NA OUTRA ESTAÇÃO...
COM A ESPERANÇA DE ME REENCONTRAR...
MAS ELA ESTAVA VAZIA...
E MEU AMOR NÃO ESTAVA LÁ !!!

SENTEI POR ALI CANSADO...
ESTAVA TRISTE E NÃO AGUENTAVA ANDAR...
O TREM LEVOU AS ESPERANÇAS...
DE UM CORAÇÃO QUE SÓ SABIA AMAR !!!

ENQUANTO ENXUGAVA O ROSTO...
O TEMPO RAPIDO E CRUEL PASSOU...
NÃO VI NEM OLHEI PRO RELOGIO...
E NEM A NOITE ME AVISOU !!!

JÁ DIA E TODO AMASSADO...
MEU PEITO QUASE QUE EXPLODIU...
DE UM BÉLO TREM ALI PARADO...
MEU GRANDE AMOR DO VAGÃO SAIU !!!

CHORAMOS NA PLATAFORMA...
ABRAÇADOS COM MUITO AMOR...
AQUI NINGUEM NOS INFORMA...
QUE OS ATRAZOS SÓ CAUSAM DOR !!!

AGORA FELIZ PRA SEMPRE...
QUALQUER TREM EU POSSO PEGAR...
POIS TENHO AQUI DO LADO...
MEU GRANDE AMOR PRA ME ACOMPANHAR !!!

Foto de Cecília Santos

E POR FALAR EM SAUDADE

E POR FALAR EM SAUDADE
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Quando a noite chega, me recolho.
Recolho minha vida, meu mundo, meu coração.
Aconchego tudo, em meu peito.
Onde outrora, aconchegava você!
Peito que cantava alto, pra te alegrar.
Que embalava seu sono, seu descansar.
Hoje chora baixinho, pra não te acordar.
Do sono profundo, que estás a dormir.
Seu riso cristalino ecoa, em meu ser.
Como uma doce magia, ou uma louca ilusão.
Que as vezes, me entorpece a alma,
e turva a minha visão.
Já não sei distinguir o real, da ilusão.
Te sinto presença, no meu presente.
Sinto seu perfume, sua doce voz a me chamar.

Quando a manhã chega, desfaço meu abraço.
Desfaço meus laços, te dou a liberdade!
Te deixo ir nas asas dos anjos, pra sua morada.
Morada distante, que não encontro o caminho.
Caminho de luz, que te conduz ao paraíso.
Pois anjo feito você, só pode lá morar.
Meu paraíso se resume, em meus sonhos.
Pois é através deles, que encontro você.
Enquanto não sonho, meu mundo e vazio.
Não tenho você, não tenho sua alegria.
Minhas lágrimas por você, são de saudades.
Meu riso, já não sei se existe.
Você era a calmaria, depois do vendaval...!
Meu caminho, minha luz, meu anjo terrestre...!
Acho que em outra vida, eu já te conhecia...!
Quando você nasceu, eu te reencontrei...!

P/ Fê com saudades

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/007*

Foto de JGMOREIRA

CÂNTICOS

CÂNTICOS

És bela, Amada pela minha alma
Como o sol afastando a madrugada.
Teus olhos são frescas paragens
Abrigando os meus da vida voragem.

Teus lábios são fontes murmurantes
Que matam a sede dos meus, ofegantes
Beija-me e embriaga meu coração
Com o licor da tua boca em profusão.

Formosa és entre as mais belas
Reconheço-te entre todas elas;
estando entre mil, quando passas
meu coração desperta e dispara.

Passa o tempo; muda a estação.
A natureza doa flores em admiração.
Teus seios são taças macias
Que me saciarão ao findar o dia.

Tua pele agradável como o linho
Tua cor deslumbra o peregrino
Abundante é o mel que alivia
Que sorvo desejoso da tua delícia.

Tua palavra doce acalanta
Tua voz é flauta que encanta
Ergo-me mais homem a cada dia
Que teus amores são puros, amada minha

Quisera fosses minha irmã, amada
Para desde antes termos as mãos dadas
Desde o primeiro dia da tua vida
Estarias entre meus braços protegida

A mão esquerda te apoiaria a cabeça
Para que te abraçasse a direita
Envolvendo teu corpo nos braços meus
Sou um homem que chega a Deus.

Deleito-me ao ver-te preparando o leito
Perfumando-o com aromas perfeitos
Para transformar a noite do nosso amor
Em palácio de ouro, puro esplendor.

Teu ventre é obra de mão apaixonada
Tuas pernas duas torres cinzeladas
Que guardam arca de rico tesouro
Que será entregue ao amado venturoso

Vem, amada minha, apressa teu passo
Que minha alma ressente-se sem teu abraço.
Acolhe-me em teu colo e apascenta
Ouve a melodia do coração na tua presença.

Amada minha, amiga fiel, irmã querida
Aceita o presente dos meus dias de vida
Afasta de mim os males da alma dos tristes
Salva-me com o amor que só em ti existe.

Sela meu coração com teus lábios
Ampara-me quando, triste, caio.
Leva-me ao leito que preparastes
Para com teu amor o desfrutasse.

És a flor banhada pelo orvalho
Quando ouço tua voz me calo
Música encantando a cotovia
Esta mulher, amada da alma minha.

Foto de JGMOREIRA

A ÂNSIA

A ÂNSIA

Amo, na distância, um amor
que não será amado quando perto.
Ao alcance do tacto, do beijo,
esvanecer-se-á e será reles desejo
que pela manhã deixa cheio o cinzeiro.

Amo a distância que dele me separa
como o próprio amor que a ele dedico.
Muitos são os silêncios em minha alma,
como são muitos os passos de toda uma vida.
Em todos esses silêncios há o amor,
como nos passos.
Há amor nos tendões, nervos, ligamentos
sangue, pele, pelos tudo é amor, posto
não haver pensamentos em quando atiro
a perna à frente, à frente, e nos silêncios.

Se puder tocar o objeto do amor, de que vale o amor?
Se posso dar fim à ânsia, de que vale o sacio?
-Ser apenas um corpo vazio a bocejar no escuro?

Ah!, como são reles os que se atiram a findar o amor
como se fosse ódio o que sentissem e fosse
amar estar vazio: Lata de atum no cesto da cozinha.

É preciso amar o amor como se fosse medo.
Evitar a satisfação; ansiar e mais amar a ânsia
para evitar que se aproxime o corpo do vazio.

Quanto mais quero menos esqueço o desejo
e adoro o que amo.
Esvazio-me de mitos
quando amo e ando leve, atirando olhares
semprenovidades ao mundo que vejo.

Extensos são os desertos de minha alma,
com muitas construções a disfarçar o vazio.
Nesse deserto, quando chega a noite
e a lua plena, o vento traça figuras na areia.
Muitas são as figuras traçadas em meu coração.

Os sentidos são estúpidos. Estão explodindo, exigindo,
tornando-me louco por visões, audições, gostos
que me esvaziem do amor que sinto.

mo tudo o que está longe.
Se vejo pedras, sou pele; se sou algas, amo o deserto.
Amo a impossibilidade do amor
como amo o amor.
As coisas que vemos são puramente coisas,
não possuem encanto.
Quanto maior o conhecimento dos símbolos,
menor a ânsia. Quanto mais conheço mais padeço
de desamor. Mais exijo conhecer para menos
me encantar ou procurando algo que não
entenda para a esse me entregar e amar.

Amo as crianças quando me perguntam
"o que é isso, aquilo?" e me detesto ao responder.
Quanto mais sei menos amo e busco, cocaína,
maiores quantidades de inusitados
para, enquanto não os entenda, amá-los.

Quanto mais conheço, compreendo, mais endureço
meu coração, minha'lma e mais sofro.

Quanto mais entendo, mais disfarço os desertos
de minha alma, mais afugento o vento,
mais escorraço Deus das minhas dunas.

A cada dia mais vejo e menos percebo.
Em breve de tudo terei ciência e chegará a hora
em que o deserto será tão extenso e irreconhecível,
o frio tão intenso que o coração se negará
a continuar traçando figuras ao vento.

Quando chegar esse momento, terei medo
e não mais poderei amar o que desconheço.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

REBELDE.

REBELDE

Quando cai a noite calma...
Descubro que ainda não tenho sono ...
Lá no fundo da minha alma ...
Quero andar nu pelos campos !!!

Quero ser um bravo guerreiro ...
Quero afrontar os capitalistas ...
Não sei se vou mexer num vespeiro ...
E arrepender-me por ser um anarquista !!!

Neste modelo de republicanos ...
Não me encaixo em nenhum dos lugares ...
Vou me esgueirando ano após ano ...
Esperando ser eu de verdade !!!

Mas há de chegar um dia ...
Que rebelde poderei ser ...
E dizer com muita alegria ...
Que só faço o que quero fazer !!!

Foto de Sirlei Passolongo

Quando a gente ama

Não importa o tempo
As barreiras...
O que vale é cada momento
Que estamos pertos
Que podemos nos ver

Ah! Quando a gente ama
Se chove lá fora...
Se faz sol
Se faz frio ou calor
Nada importa
Quando estamos do lado
do nosso amor

quando a gente ama
não envelhecemos um para o outro
a cada dia nos surpreendemos com
cada sorriso da pessoa amada
com cada gesto...

Quando a gente ama
o tempo não existe
a noite que imploramos
por não acabar, logo se vai
mas nosso amor aumenta a cada dia

porque quando a gente ama
o que importa é viver esse amor
não importa o mundo lá fora!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sirlei Passolongo

Inseto Noturno

.
.
.
O céu se veste de luar... Agonizo
a falta do seu sorriso,
O peito se perde em mágoa
Os olhos se fecham rasos d’água.

O luar branco como a neve
entre as estrelas, tão leve,
assiste a minha dor
e sorrir, às vezes, parece.
A solidão me endoidece.

Oh! Noite escura, maldita!

Faz-me da tua beleza, um réu
Abre-se como uma renda
a cobrir o céu com seu véu,
eu a sangrar amargura
em tristes versos de fel.

De sofrer, minh’alma grita

Conto cada estrela que desce
O sol já está por perto
da lua então me despeço
agonizando esses versos
feito um noturno inseto
que não voa... Se rasteja
até que o dia amanhece.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sirlei Passolongo

Eterna noite

No silêncio,
nossos corpos falavam por nós
Nossas mãos nos guiavam
Enquanto nossas bocas se calavam
no beijo.

Não havia tempo,
Não havia medos,
Apenas entrega,
Demência secretas

E não queríamos dormir
Como se assim a noite
nunca terminasse
E éramos eternos
em algumas horas.. Só nossas
e o tempo alí parasse.

Em bocas que sussurravam
Coisas tolas, lindas e loucas
Promessas...
Caricias sem pressa
Só parar o tempo,
Eternizar a noite
Era tudo que mais desejávamos.

Não havia tempo
Não havia medos
Nós dois,
a lua e as estrelas
E os nossos segredos.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

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