Noite

Foto de Logan Apaixonado

Flor do campo

Sinto que existe
Um ser radiante
De um jeito elegante
Seduz-me alegremente
Envolvido na sutileza
De gestos tão evidentes
Sinto presente
O sentimento perfeito
Capaz de colorir
As sombras da noite
No breu da madrugada
Exala-se um aroma
Inebriante perfume
Tão doce e envolvente
Flor do campo
És tu, sentimento
Paira no ar
Envolve-me por completo
Testa meus sentidos
Atiça meu olfato
Com delicados atos
Demonstra claramente
Que sentes pulsando
Seu coração machucado
Agora curado
Pode sentir
Com toda plenitude
Que existe e é real
Um sentimento tão belo
Sereno e sincero
Que emana da alma
E sempre te acalma
Pois é paz ressurgida
E hoje vivida
Por nós alegremente
Amor evidente
Tão claro e transparente
Presente em minha mente
Espero sorridente
O eterno momento
De encontra-la novamente...

Foto de Sonia Delsin

UM PRESENTE

UM PRESENTE

A vida me diz que dorme o sonho no ventre da noite.
A vida me diz que devo sossegar o corpo, a alma.
Que devo descansar.
Que devo o coração apaziguar.
Eu obedeço.
Deixo tudo serenar.
Limpas estão todas as vidraças.
Limpas, translúcidas...
E eu aqui assistindo o passar do tempo...
Aqui contando estrelas...
Admirando a lua.
Envolvida pelo feitiço da noite calma.
Eu aqui contente com o pequeno presente que em minha mão foi depositado.
Eu aqui, em paz, sem lembranças do passado.

Foto de HELDER-DUARTE

Dormi

Estava cansado.
Então adormeci...
Foi um dia de enfado.
Parecia, que jamais teria fim.

Dormi, dormi...
Não sei por quanto tempo?!
Não me lembro.
Dessa noite em si...

Uma cousa sei.
Passou o enfadado dia.
A longa noite, terminei.

Assim acordei...
Ao som de uma música que ouvia.
O dia esse! n´ele jamais cansaço terei!

Helder Duarte

Foto de fer.car

DUAS ALMAS EM UM SÓ CORAÇÃO

Não queria lhe amar, ou quem sabe, nem deveria
Você é oposto daquilo que seria o certo
Mas algo me impulsiona aos seus braços
Em seus beijos já não sinto os pés no chão
Tentei me desviar, mudar de rumo e de estrada
Mas no fim do túnel avistei um sentimento puro
Seu rosto sereno e seus olhos tocando os meus
Suas mãos passeando sobre meu corpo
E neste exato momento penso que não consigo evitar
Porque aquilo que mais fujo é o que mais desejo
E se não existe união sem amor, somos o retrato da luz
Se existe perfeição não sei, mas sem você meu peito nem sente
Como planta sem água, música sem refrão
Passos sem direção, e alma sem emoção
Assim apenas deixo que o momento venha
Invada meu ser, prove aquilo que não quis acreditar
Mas tão evidente e claro que já não duvido
Você me ama e este amor é tão lindo
E sendo você meu oposto, tem em si algo único
Como água e vinho, dia e noite
Ao seu lado, vejo, Nós
Como dois em um, duas almas em um só coração

Foto de JGMOREIRA

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

Não são tristes os que amam em vão
Mãos suadas
Testas peroladas
A gemer pelos cantos da casa
Na ânsia de uma ausência
Que nunca se recheará.

Não. Não são tristes
Com seus olhares oblíquos
Lábios dormentes
A fumaça dos cigarros
A matá-los
– pena não seja de uma só vez.
Lamentam.

Não são tristes. Nem infelizes.
Que a tristeza é a ausência do amor.
A infelicidade, a não existência dele.
Se não são tristes
Se não são infelizes
O que serão os que amam em vão?

Com suas vozes recuadas
As gargantas embargadas
Se em solidão.
As pistolas sempre engatilhadas
Renda envolvendo punhais de prata.

Não são tristes esses tresloucados
Que sem o menor alento
Repousam em santa astenia
Sobre lençóis amarfanhados
De uma noite de solidão
Quando dormiram sono vão.

Não são infelizes
Os que jamais serão felizes
Por amarem em vão.
Com suas caminhadas a esmo
Em pânico pelas ruas
Quase desmaiando
Invejando os que amam
Que caminham enamorados
Com gargalhadas que lhes ruem a emoção.

Será que amam os que amam em vão
Ou apenas sofrem
Por ser o sofrimento o concreto
Contido no abstrato amor quando é em vão?

Notebooks, CIAs, câmaras, assembléias,
Grandes empreendimentos
Celestiais construções
Seminários, submarinos
São, todos, provas do amor em vão.
Não que seja vão o amor com
Que os constroem ou os detonam,
Sendo apenas provas do amor vão.

Ternos impecáveis
Lúgubres moradas
Palácios, trincheiras
Em qualquer lugar encontra-se exemplar
De quem ama em vão.

Insistentes esses recrutas,
Continuam a amar.
Mesmo sabedores de que é em vão.
Será que sabem?
Será que é em vão?
Que força impulsiona esses estóicos
A prosseguirem nessa direção?

Não. Definitivamente, não são infelizes
Os que amam em vão.
O amor os redime
O ser em vão os sublima
Para que passem, gasosos
Pelas tristes lâminas
Que sangram os infelizes
Que amam em vão.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"LABUTA"

LABUTA

Acelero o passo...
Acerto o compasso...
E me entrego a labuta!!!

Confiro, organizo e distribuo...
Arrumo, harmonizo e destrincho...
Limpo, empacoto e despacho...
Carimbo, envio e recebo!!!

Tudo faço não deixo o tempo passar...
Termino a tempo antes do dia acabar...
Volto pra casa feliz...
Tenho onde trabalhar!!!

A noite agradeço um bocado...
Pra sempre me manter ocupado...
E nunca fique entediado...
Pois o ócio é preocupante...
Trabalho tem bastante...
E todo preguiçoso é desprezado!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CHUVAS"

CHUVAS

Já era outono quando ela veio...
E o meu jardim ela molhou...
Justificou todos meus anseios...
E minha vida toda mudou!!!

Chegou bem de vagarzinho...
Quase não dava pra notar...
Aos poucos deixou tudo molhadinho...
E o inverno não tardou a chegar!!!

E numa noite muito fria...
Conheci os segredos do amor...
Pensei que só o Sol trazia alegria...
E que o frio era sinônimo de dor!!!

Depois daquela noite chuvosa...
Aprendi como é bom amar...
Descobri que a chuva pode ser carinhosa...
Até das lagrimas aprendi a gostar!!!

Foto de Thiers R

> Pegando na rua

>

ThiersRimbaud

abocanha rua
onde o frio corta
como navalha
treme sem perder a pose
mostra bunda
sente-se provocante
um peito se expõe e
tenta arrecadar
o jantar da noite,
a fralda da criança,
o aluguel...
mercadoria
foda apressada
tempo contado.
o próximo,
onde está o próximo?
peito caído enxertado de silicone
tempo passado
frio cortado
rua esvaziada
trabalho escasseado
quantas fodas
contabilizo nesta noite de lua esquálida?
inverno dos infernos
deixa um troco pra mim...
hora marcada
relógio contado
carro parado
alcoólica
gasolina
puta hora
esvaída
maquiagem cansada
porra fedendo
o troco, deixa o troco aí!
miserável nota desbotada
noite engolida
me fode

Setembro2007

.

Foto de Sirlei Passolongo

O Tempo e Nós Dois

Como era bom estar com você
não ver o tempo passar
Sem nos importarmos se era dia ou noite
Se era segunda-feira ou sábado
tudo se resumia a nós dois
sem pensar no antes,
sem planos para depois

Somente o presente importava,
era o verbo amar conjugado
na plenitude da alma
gritado a luz do sol
em qualquer lugar,
escrito no toque das mãos
no brilho do olhar,
era o desejo derramado
em sorrisos de emoção

mas, era... Era sonho,
apenas sonho!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Fernanda Queiroz

Saudades...

Saudades!
Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.
Na saudade está o silêncio... será que se escreve saudades com S de silêncio?
Quem inventou está palavra?
Será que sabia quantos sentimentos existia neste conjunto de letras?
Por que não vontade louca de saber de ter de ver?
Por que não medo, insegurança, incerteza?
Por que não desejo de voltar?
Será que o A de saudades é o A de Até breve?
Será que saudade é para rimar com felicidade?
Não! Saudade rima com dor..., se rimar com felicidade seria a de reencontrar, mas aí já não é saudade, aí vira realidade...
E o U da saudade?
Será de ultimamente?
Será de unicamente?
Ou será um U de um urro de dor?
Saudades!
Palavra pequena para transmitir tantos sentimentos.
Não descreve nosso amanhecer sem você.
Não descreve as horas das refeições, nem daquele gostoso papos de fim de noite.
Não descreve tua cama vazia, nem meus sonhos em conflitos.
E o D da saudade?
Será de quanto em quanto tempo?
Será que por isto ele se repete?
Ou será o D do Dedo de Deus?
Mas que palavra é essa, que não descreve nada!
Não fala em afago, em carinho, em você
Não reflete teu rosto, nem teu sorriso bonito, com tua covinha na face, que o fazia mais doce, mais perfeita.
E o E da saudade?
Será de estar junto?
Será de esperança?
Ou será de eu te amo?
Saudades, palavra tão pequena... mas poderia ter um acróstico, que cada vogal ou consoante teriam infinitas explicações, descreveria infinitos sentimentos, que molhariam lenços e fronhas....
Saudades!
Será de novo o S do silêncio?
Ou o S de sofrer?
Ou o S de Será?
Será que a palavra saudades, esta relacionada com sonhar?
Será que significa voltar?
Ou saudades é um eterno esperar...
Fernanda Queiroz
(Direitos Autorais Reservados)

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