Noite

Foto de Flower Medeiros

Linda e delicada menina.

Eu a conheci tão jovem, tão meiga e inocente.
Sua alegria contagiava a todos ao redor.
Brincava de ser princesa, tinha um sonho,
Seu príncipe um dia viria buscá-la, montado em um cavalo branco.
Perdi essa menina e por muito tempo não tive notícias dela,
Uma noite a vi, fiquei feliz em revê-la.
Ela me pediu colo, me pediu que a não deixasse mais só.
Naquele momento não entendi o que me falava.
Como poderia deixá-la, se ela mesma quem quis ir embora.
Pedi para que me contasse onde ficou aquele tempo todo.
E em prantos:
_Eu estive no esquecimento,
onde o sol não brilha, onde a brisa é gelada,
onde tudo é muito feio e assustador.
Então perguntei:
_Porque escolheu ir para esse lugar mórbido?
Ela respondeu:
_Eu não tive escolha, você quis assim.
Num dia ensolarado brincávamos com outras crianças,
E um homem apareceu.
Você sorriu para ele, ele pegou sua mão,
falou em amor, em paixão.
Você se apaixonou, e escolheu viver com seu amor.
Naquele momento decidiu crescer e virou mulher.
Deixando-me para ser esquecida.
_Agora me lembro!
Aquele homem chegou em meu coração, como um meteoro
que rompe a superfície da terra e explode tudo por onde passa.
Queimando tudo, ele queimava dentro do meu coração,
Apoderou-se de todos os meus pensamentos,
De todas as minhas vontades, fui dele por completo
Fui dele até na alma.
Não tive força sobre mim mesma, não tive como escolher, entre ser você ainda,
Ou deixar tudo e amar de uma forma diferente e ser amada.
Mas se você viveu num mar gelado e escuro,
Também passei por momentos de angustias de sofrimento.
O mesmo homem que me levou as alturas me deu amor e uma nova vida,
Foi aquele que destruiu tudo que mais tinha de precioso “você”.
Abandonou-me,
Deixei de ser alegre, deixei de ser grandiosa,
Conheci o ciúme, o egoísmo, conheci o amargo da vida.
Minha inocência se extinguiu e a malícia paira em meu olhar
Não confio nas pessoas, não sinto nada em meu coração.
Tive saudades de você, tive saudades de nós,
Tive saudades de mim.

autora: Flower Medeiros

Foto de Flower Medeiros

Sonho

Ontem eu tive um sonho.
Sonhei que voava e lá do alto vi campos floridos.
Vi pessoas que andavam apressadamente, nem notavam que eu estava ali a olhá-los.
Vi pessoas sossegadas, pessoas alegres, satisfeitas pelo dia que se seguia.
Olhei em todos os lugares por onde voei, olhei , olhei, e não consegui te achar.
E procurei por muito tempo.
Parei para descansar, fechei meus olhos e ali estava você, como sempre esteve.
Então fiquei ali por muito mais tempo só te admirando.
Imaginei você sorrindo, senti ternura ao fazer isso.
Imaginei você dançando, me deu alegria.
Imaginei você me beijando, meu coração bateu mais forte....
Gostei disso e passei a imaginar coisas além disso,
Imaginei sua pele, senti seu cheiro no ar,
Imaginei tocando seu rosto, imaginei seus abraços, cada vez mais apertados, cada vez mais íntimos.
E porque não imaginar nossas carícias, nossos beijos, e assim passei a escutar nossos suspiros.
Foi ficando mais alto, foi ficando mais intenso, mais gostoso, mais enlouquecido.

Parei abri os olhos para que meu sangue pudesse percorrer meu corpo mais lentamente.
Enquanto a euforia passava,
Pensei o quanto era bom sonhar com você, mas muito triste saber que é apenas sonho, bem real, mas, só sonho.
Acordei com uma sensação nada boa, fiquei sem sono olhei para o lado e você não estava lá.
Então terminei a noite tentando sonhar de novo com você para terminar o que havíamos começado.

autora: Flower Medeiros

Foto de Flower Medeiros

Lembranças

As melhores horas do dia, são aquelas em que posso parar e pensar em ti e sempre é a noite,
Quando o sol vai se deitar e a Lua vem me fazer companhia.
Ela vem até minha janela para ouvir meus pensamentos, ouvir a cada batida do meu coração,
Ela sabe que seu nome pulsa com muita força em cada parte do meu corpo, está totalmente preso aos meus desejos, aos meus anseios.
Ela sorri, ela chora e se emociona toda vez que suspiro, pois ela sabe que tudo é verdadeiro, que tudo são apenas lembranças, de momentos que só tivemos em meus sonhos.
Lembranças, de histórias que inveitei antes de dormir,
Lembranças de algo que quero, que preciso.
Mas só são realidade quando as imagino que são reais.

autora: Flower

Foto de Fatima Cristina

Despedida!

Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.

Foto de Fatima Cristina

Camisa Branca!

Assim que cheguei à porta de casa percebi que estavas lá dentro. Rodei lentamente a chave na fechadura e nessa fracção de segundos fui assaltado por mil pensamentos. Estarias mesmo ali? Ao fim de tantos meses, depois de um silêncio tão grande? Claro que sim! O aroma do teu perfume é inconfundível e desde que cheguei ao Hall que fui invadido por ele.
Lentamente abri a porta e, como eu desejava, à minha frente estavas tu. Exactamente como sempre te imaginei. Tinhas a minha camisa branca vestida. Adoro ver-te com ela. E tu sabes disso, por isso a escolheste. As mangas levemente dobradas deixam ver a candura da tua pele, os botões, meio abertos, meio fechados, insinuam a curva do teu peito, a brancura do tecido deixa ver os contornos do teu corpo. Atrás de ti, e devido à claridade que entrava pela janela, visualizei a tua lingerie preta, as tuas pernas, e lá estavam as meias-ligas (huumm que sempre achei tão sexys).
Olhei-te nos olhos e percebi que lias os meus pensamentos. Tive vontade de te tirar a camisa branca, de te despir, de fazer amor contigo ali, no hall de entrada, e matar assim, todos os desejos, todas as saudades que tinha tuas. Mas tive medo de te assustar… (talvez por também eu estar assustado).
Aproximei-me, abracei-te com suavidade, com medo que fosses uma miragem e que eu estivesse a delirar. Com medo de te apertar com força e que tu te dissipasses como uma bola de sabão. «- É bom ter-te aqui.» Foi a única coisa que sussurrei enquanto senti o meu rosto tocar no teu. Senti o teu corpo tremer. Nunca percebi se tremias de frio, porque lá fora a neve baptizava os incautos que passeavam na rua, e tu vestias apenas a minha camisa branca, se tremias de emoção por me sentir ali tão perto. Não sei quanto tempo durou aquele abraço, mas senti que podia continuar assim o resto da noite… o resto da vida… e enquanto o abraço durasse, sabia que não ias voltar a partir.
Desprendeste-te do meu abraço e levaste-me para a cozinha. À minha espera estava uma mesa requintadamente preparada. Não esqueceste a elegância da toalha, a magia das velas, o meu vinho e o meu prato favoritos. Durante o jantar falaste de trivialidades e eu olhava-te sorridente e conversadora, com a minha camisa branca, e senti que não te podia voltar a perder, e que o teu lugar era ali.
Fui preparar o café. Continuei a observei-te e percebi que apesar do teu corpo estar ali tão perto, o teu espírito tinha-se ausentado. Vi o teu olhar perdido na janela, observando a Vida a fluir lá fora. Num flashback recuperei a memória dos dias em que te perdias na paisagem da minha janela.
«- É bom voltar a estar aqui.» Disseste, parecendo regressar. Por um momento senti a tua voz embargada e pensei que estivesses a chorar. Olhei-te novamente. Lá estavas tu, debruçada sobre a janela, com a minha camisa branca… e à contra luz voltei a ver os contornos do teu corpo…a tua lingerie preta… a renda das tuas ligas…Como uma trovoada inesperada de Agosto, aproximei-me de ti e tomei-te de assalto. Não pedi licença, não me fiz anunciar, tomei o teu corpo, no meu corpo, porque é meu, porque me pertence, porque ardia em desejo, porque quis fazer amor contigo desde que te vi ao entrar. E tu, entregaste-te como sempre fizeste, sem perguntar como nem porquê, deixaste-te ir como um rio que corre para o mar, como a folha que se deixa guiar pelo vento. E enquanto a neve gemia ao tocar nos vidros lá fora, tu gemias de prazer nos meus braços.
Fizemos amor ali, na mesa da minha cozinha, com a minha camisa branca a testemunhar aquela união dos nossos corpos. Levei-te para o quarto, para aquela cama tão fria desde que foste embora. Fizemos amor o resto da noite, como se quiséssemos recuperar todo o tempo perdido, como se tivéssemos medo que o tempo ainda nos voltasse a separar.
Adormeci exausto. Adormeci feliz. Estavas ali outra vez, em minha casa, no meu quarto, na minha cama, protegida pelos meus lençóis.
De manhã acordei… sozinho… uma brainstorming assolou os meus pensamentos. Teria sonhado contigo? Terias realmente estado ali? Teria feito amor contigo? Sinto tanto a tua falta que já não distingo os sonhos daquilo que é a realidade… mas parecia tão real… Fechei os olhos na esperança de voltar a sonhar contigo, aninhei-me no teu corpo imaginário, deslizei as minhas mãos pelo espaço que naquela cama te pertencia e senti, debaixo da almofada algo que me era familiar… Esbocei um sorriso. Levaste novamente o teu ser, o teu corpo, a tua alma, mas deixaste o teu perfume… na minha camisa branca.

Foto de Paulo Zamora

Dois Poemas

Instante
Do alto do morro desse coração chamo por você, mas sou simples noite fria; que percorre o espaço, um homem sem o universo, um sol procurando a lua para namorar.
Vê se corre para meus braços, eu sou feliz quando tenho você, no aperto dos braços que rodeiam meu corpo sinto que nada é tão importante como o instante em que sinto você em mim.
No sangue percorrente em minhas veias, não dispenso uma paixão vulnerável, o que eu sinto por você é maior do que o meu limite poderia alcançar... sente-se perto de mim, toque em mim como se fosse agora o primeiro instante.
Voe! Me encontre quando abrir os olhos, sufoque minha boca no suspirar de um beijo enlouquecente.
Já estou acordando, você não está, até mesmo eu não estou... o instante também não se encontra presente, me perdi em meio a mim, e não encontrei outra vez você querendo ser amada como uma flor na madrugada.
Do alto do morro desse coração ninguém me vê; você não vê... nem mesmo o instante.
(Escrito por Paulo Zamora em 14 de junho de 2007)

Neblinas
Na pior das noites, perdido entre as neblinas, são horas de uma madrugada, eu ainda acordado, pensando...
Do céu para mim nada veio e ainda estamos inteiros como sempre fomos, mas falta algo na alma.
Não mandou me avisar que estava indo embora, não me deixou recados na caixa postal; nem deixou beijos em meu coração. As neblinas molham meus sentimentos, passo a ser a relva frágil e sensível; uma vez mais, outra vez estou sozinho na lucidez e no desequilíbrio, mas vou seguindo pensando...acordado, na pior das noites; sentindo solidão.
O barulho do trovão toma conta do meu quarto, já é uma tempestade, é verdade que delírios tomam conta de mim; não sei o que vou fazer para viver sem ter você.
As neblinas falam, choram, sorriem, elas querem perturbar deixando a noite ainda mais escura que o meu próprio coração.
Noite... neblinas... tempestade... solidão e apenas um coração que suporta tudo, de frente ao mundo, de costas para a felicidade, um homem pensando, caminhando entre as neblinas da escuridão de uma vida; da minha...
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de Junho de 2007)

Foto de tchejoao

Me Abraça!

Ah, meu amor, me abraça! Me abraça!
E deixa o calor do corpo teu
No meu, agora, que a vida nos desenlaça.

Ah, meu amor, me abraça! Me abraça!
Antes que o dia nasça e o sol
Te leve para sempre, para longe de mim.
A lenta ronda da lua alta
Já vai cumprindo a sua jornada,
E o doido vento da madrugada,
Sem dó, empurra a noite para o fim.

Ah, mas antes que me deixes, aqui,
Neste degredo, me abraça, mais uma vez, me abraça!
Para que teu cheiro fique no meu cheiro,
E eu te respire a cada segundo que viver.

Vê estas mãos, agora tão vivas e cheias de ti?
Pois elas mesmas te mostrarão – quando voltares –
As infinitas mortes que vivi!
Estas mãos, mesmas, que colhem flores,
Sustentarão a espera, e todas as dores,
Tecendo histórias, cheias de amores,
Com a lã de pura e fina memória,
Produzida nas horas em que estavas aqui.

Ah, tivesse minha alma braços
E também ela te abraçava!
Porque a tua ausência pesa e
É sempre tão longe para onde vais...

Não tivesse, eu, a certeza de que voltavas...

Ah, saudade! Saudade!
Que seja efêmera a tua eternidade!

Amado corpo meu,
Agora, que o nosso amor vai embora,
Fiquemos em silêncio...

Foto de cathy correia

Lembro...

Lembro-me
E crio asas na mente
Para voar...
Esquecer!
Pois não era o tempo
Não era a noite
Ou o lugar.
Bruma que se adensa
Onde se perdem
O pensamento e o olhar.
Deixo-os estar...
Não tenho marcada
A hora para voltar!

Foto de Carmen Lúcia

Aos olhos da noite

Aos olhos da noite,
Tudo pode acontecer...
Em sua penumbra
Trancado qual tumba
Um grito se cala,
A dor não se abala.

Aos olhos da noite,
Procuro esquecer
Olhos que me olharam,
Lábios que me beijaram,
Amores que me faltaram...

Aos olhos da noite
Eu tento esconder
O que me consome e me faz sofrer...
A sombra da noite é minha amiga
Na noite escura encontro guarida.

O abraço da noite é o meu acalanto
É voz que me embala, suave é seu canto...
Noite sem lua,tão nua na rua,
Despida de afeto, de vida que é tua...
Escondo a nudez, envolta em seu manto.

Aos olhos da noite,
Sombria,baldia,vazia...
De poesia...

Foto de Ednaschneider

Quando lembro

Quando lembro da noite anterior
Que fizemos amor;
Lembro dos nossos beijos
Nossos desejos;
Depois tua palma
O toque n’alma.
Teu sorriso de satisfação
Nossa alegria.
Sinto tua respiração
Que me arrepia.
Quando lembro sinto uma sensação...
...No ventre.
E à noite quero que entres
No íntimo do meu ser
Dando-me prazer...
Quando lembro que tenho você
Em minha vida
E todas as noites, nossas almas unidas.
Quando penso em você:
Sinônimo de minha felicidade
Que estás em minha essência.
Que descobriu em mim um amor de verdade
E foi descobrindo com a maior paciência.
o doce sabor do amor
E da convivência.
Quando penso em você
Sinto tanta felicidade!
Tanta emoção!
Que só tenho que agradecer
A Deus, por toda eternidade
Por encontrar você:
Minha eterna Paixão.

Joana Darc Brasil*
20/06/07

*Direitos reservado à mesma.

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