Noite

Foto de Arnault L. D.

A mais longa da noites

Se for me falar de amor,
então espera o Sol se por.
Quero ouvir a voz que ama,
enquanto a noite se derrama.
Declama...

Sei, que são durante as noites
que os sonhos são vividos...
Pois, quero a mais longa das noites,
e perdurar, adormecido.
Diz-me: Meu querido...

Diga ao ouvido e me abrace,
enquanto duram os devaneios,
enquanto o tempo não passe,
ou dele, sejamos alheios,
a tudo de feio.

Espera, vir a noite, meu amor...
ao pedir-me que adormeça.
Por toda forma e o que for
e do mais... Que se esqueça.
Desfaleça.

Se o mundo acabar nesta hora,
então que seja à noite alta...
Que esteja bêbedo de sono agora.
Diga-me, sonhe, e nada falta.
E nada mais me falta...

Foto de Daniel Penido

Noite de Natal

*
*
*
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16/12/2011
Em uma noite estrelada o silêncio me confortava,
olhando para o céu observei que uma estrela maior ali brilhava.
Embaçando o vidro da janela com minha respiração,
eis que vejo um vulto no céu e me vem a emoção.

O tilintar de sinos que acompanhavam aquele vulto,
me deixava mais atento e com sentimentos ocultos.
No telhado um barulho ouço acontecer,
fecho a cortina e desfaço o laço do sapato e me ponho a correr.

Correndo para sala vi a árvore de natal,
corri e as velas acendi rapidamente, próximo ao pedestal,
coloco meu sapatinhos com ansiedade sem igual
e preparo o chocolate e os biscoitos para pessoa tão especial.

Corro para cama e com o barulho se aproximando,
fecho os meus olhos e com o sono me embalando,
sabendo que o senhor de barbas brancas ia se adentrando,
deixando o presente e nos biscoitos e chocolate ia se deleitando.

Feliz natal! Ouço susurrar
e para a próxima casa o tilintar está a se distânciar.
No silêncio me pego a dormir,
esperando manhã seguinte para meu presente poder abrir.

Foto de Rosamares da Maia

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

Nos teus céus, o luar é da mais pura prata,
Sob a noite das congadas, exibes tua beleza,
Verde, esplendorosa
Despertando desejo, paixões e a cobiça dos homens.
Por ti, bateram-se nobres cavalheiros,
Também aventureiros, sem eira, beira, ou tribeira.
Todos atravessaram oceanos,
Enfrentaram tormentas, vindos de distantes lugares,
Tudo por ti, prenda preciosa.

Villegainon tomou-te a força.
Na França Antártica pretendeu desposar-te,
Mas, viu o brandir da borduna, E o ar sibilando de flechas,
Defendeu-se a tua honra.
E dançastes para comemorar.

Nassau encantou-se de ti a primeira vista.
Na alta Olinda, o mar invadiu seu sonho,
Esculpindo em obras de amor e arte a sua conquista.
No batuque do maracatu a história desenha traços,
Seguiu jogando pernas pro ar. Rabo-de-arraia,
Jogada de mestre e moleque do garboso capoeira.
Mas perdeu-se o moço nos olhos de uma morena,
E no samba de roda foi namorar.
Ginga, samba crioulo, arranca do chão a vida,
Mesmo na seca caatinga faz o teu destino.

Brasil,
Teu gosto é café, cacau docinho, rapadura, carne de sol,
Churrasco dos pampas, tutu com linguiça e carré.
Tens o cheiro da pele das meninas, das cadeiras mulatas,
Também, da branca estrangeira.
Tudo no liquidificador das raças - misturadas,
Com estilo, para extrair um suco verde e amarelo,
Que enfeita e enfeitiça, traduzindo-se na imensa passarela,
Por onde desfila a mais nova porta bandeira.

Brasil,
Dos contos e lendas, de bravuras e bravatas,
-São filhos de botos cor-de-rosa, que saltam das águas,
Para emprenhar donzelas, Caipora, Curupira,
Mula Sem Cabeça, Saci Pererê, Negrinho do Pastoreio,
Lágrima de princesa índia que virou Vitória Régia,
E Orfeu, príncipe negro da favela?
Da tua fé mestiça, soam os atabaques, rodam sete saias de rosas.
Do mar, na rede dos humildes, ergueu-se Santa, Aparecida.
Na voz de teu povo consagram-se: Anastácia, Padre Cícero,
Dulce, a irmã da bondade.
Um grito de gol, de bola na rede que apaixona milhões.
Fé, pés, talento e arte. Essa é a tua gente!

Brasil,
Quanto resta do bugre Xingu, do Português, do Holandês?
Quanto ainda corre em teu corpo?
Somam-se tantas outras ocidentais e orientais misturas.
Desaguando todas, finalmente, na grande pororoca amazônica.
Colocamos a massa miscigenada para dourar ao sol de Copacabana,
Faz-se repousar o resultado deitado no colo do Redentor,
- Eternamente de braços abertos, em berço esplendido.

É assim o teu despertar, Brasil.
Se a maledicência diz que a tua certidão é imprecisa,
Que e a tua paternidade é duvidosa,
Pouco importa o despeito desta gente maldosa.
Fenícios, espanhóis, portugueses – Quem primeiro aqui aportou?
Quem afinal, de forma acidental ou intencional te encontrou?

Este é apenas um detalhe.
Estamos aqui! Construímos a nossa história.
Mais que navegar, foi preciso tecer,
Prender o fio de tantas origens.
Somos a raça da verde / dourada flâmula,
“Da loura Bombril e do negro alemão”.
Emergimos do caldeirão da Humanidade.
Mexido com a rica madeira vermelha
Ela que deu origem ao próprio nome,
“madeira de dar em doido”, brasa viva e incandescente,
Que forja e “ergue da justiça à clava forte”, sem fugir da luta.
Somos o Brasil.

Rosamares da Maia

Foto de Lefurias

Mil rosas

Minha cabeça está a ponto de explodir.
À noite eu deito, mas não consigo dormir.
São os problemas que causam em minha mente
Pensamentos diferentes,
Mas não consigo esquecer
De você,
De você...

Desde que você fugiu,
Tomou doriu e sumiu,
A dor vem invadindo o meu coração!!

Procuro em todo o Brasil,
Ofereço até mil rosas
Por sua paixão...

Foto de Daniel Penido

Noite de Natal

*
*
*
*data: 16/12/2011

Em uma noite estrelada o silêncio me confortava,
olhando para o céu observei que uma estrela maior ali brilhava.
Embaçando o vidro da janela com minha respiração,
eis que vejo um vulto no céu e me vem a emoção.

O tilintar de sinos que acompanhavam aquele vulto,
me deixava mais atento e com sentimentos ocultos.
No telhado um barulho ouço acontecer,
fecho a cortina e desfaço o laço do sapato e me ponho a correr.

Correndo para sala vi a árvore de natal,
corri e as velas acendi rapidamente, próximo ao pedestal,
coloco meu sapatinhos com ansiedade sem igual
e preparo o chocolate e os biscoitos para pessoa tão especial.

Corro para cama e com o barulho se aproximando,
fecho os meus olhos e com o sono me embalando,
sabendo que o senhor de barbas brancas ia se adentrando,
deixando o presente e nos biscoitos e chocolate ia se deleitando.

Feliz natal! Ouço susurrar
e para a próxima casa o tilintar está a se distânciar.
No silêncio me pego a dormir,
esperando manhã seguinte para meu presente poder abrir.

Foto de Carmen Lúcia

Tempo de Natal

Tempo de Natal...

Os sinos bradam alegremente...
Anunciam um suposto novo tempo,
tentam arquivar no esquecimento
os contratempos que marcaram a vida,
agentes de todo o mal...

Querem incutir o bem
num esforço supremo de alegrar alguém,
como se a dor instalada no peito
pela saudade que nada dá jeito
se esvaísse com as badaladas,
ressuscitando pessoas amadas
ceifadas do âmago de nosso contexto.

Estrelas se põem à mostra
acendendo um céu
que de marinho se borda.
O mesmo céu onde a lua aporta
inundando os lugares de prata angelical
de um mundo manchado de vermelho,
molhado de lágrimas, desolado e aviltado
em contraste com a suavidade da noite
inocente, a ofertar a paz celestial.

Tempo de Natal...

Árvores são enfeitadas com aparato,
luzes coloridas faíscam com recato,
exterioridades expõem beleza e luminosidade
que não alcançam os interiores escuros,
não abrangem o significado da data
nem apontam o caminho da simplicidade
onde o amor transita com humildade.

_Carmen Lúcia_

Foto de betimartins

Na tristeza do teu olhar

Menino furtivo, carente

Menino de rua, sozinho

Roupas velhas, esburacadas

Chapéu de malandro

Sapatilhas sujas rotas

Dormes num banco

De um jardim abandonado

Corres da policia, foges

Para que não seja apanhado

A noite é tua fiel companheira

As estrelas são as tuas amigas

Tu as conheces, a todas elas

É a tua luz na triste escuridão

A cidade está tão linda, cheia

De vida é NATAL, tudo corre

Embrulhos e presentes, sorrisos

E tu nem podes parar admirar

Pois é um mendigo, sem abrigo

A vergonha da nossa sociedade

Ou será a nossa verdadeira vergonha

Somos cruéis, somos completamente cegos

Omissos de nossa real responsabilidade

Melhor calar nossa boca, seguir em frente

Mas aquela criança existe e está ali, viva!

E o seu Natal é solidão, abandono e fome

Nem nada mudou nada nem no acreditar

Que no amanha será um adulto revoltado

Se não morrer de frio, fome e de descaso...

Foto de Nailde Barreto

MÁGMA DO AMOR.

Aqui, no quadrado que tenho como refúgio,
Te vejo, te sinto, te bordo, te devoro...
À minha maneira, inteira!
Isso me faz viajar na loucura,
E, seu arco-íris lilás me causa euforia...
Loucura? É pensar e descrever a imensa vontade
Que tenho de envolver-me em ti
Ao ponto de cansar o corpo e transbordar a emoção,
Seguida de uma bela noite, pós-erupção:
Mistura das suas cinzas com o meu vulcão.

Foto de Kamael

Saudade

Saudades...

De uma noite de verão,
quando as flores abrem suas pétalas, unindo-se à brisa
Para num aplauso perfumado, receber a lua cheia
Que brinca no céu, ofuscando o brilho das estrelas.

De um lago perdido em algum canto da memória,
Do cheiro de terra molhada e capim amassado,
Arrepiando o corpo na volúpia da natureza.
Da explosão sensual de cores no horizonte,
Ao despertar do astro rei, repleto de luz e calor...

Das ondas quebrando no silencio da madrugada,
Esculpindo na rocha figuras fantásticas,
Talhadas pelo cinzel de misterioso e invisível artista.

Saudade...
De mistérios desvendados, criando enigmas ainda maiores.
Da poesia que se esconde em cada verso não composto,
porem, vivido e compartilhado.

Saudade que é a prece e também o milagre...
A água pura da fonte mais profunda,
Que tem no sabor o mistério da terra.

Saudade do escuro da mata, que hipnotiza e acalma...
Do silencio e do suspiro que escapa da noite,
Da procura e da resposta...
Saudade de você.

Carlili (Kamael)

Foto de Arnault L. D.

Mais um minuto nosso

Será que na noite um traço,
num pausar de pensamentos
ela irá lembrar-se de mim... ?
Do calor do meu abraço,
dos prazeres desatentos,
dos lábios colados em sim..

Dos carinhos que trocamos
e dos doces que comemos,
lambuzados de delicias...
E que no viver perdemos.
As lembranças que colhemos,
flores secas das primícias...

Talvez, distraidamente,
entre uma canção, ou duas...
“Eu sei que vou te amar... “
Algo torne a sua mente,
cores, nas memorias suas,
quadro põe-se a pintar...

Mas, é apenas instante,
um limbo entre os minutos,
e o limbo ignora a hora.
E o amor, refaz-se amante,
como dantes e sem lutos,
como não se ido embora...

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