Nus

Foto de Carmen Vervloet

Ao Som Do Violino

Ao Som do Violino

O spalla com seu arco de madeira
Fricciona as cordas do violino
Amaciadas pelo breu da noite
Nas crinas do meu cavalo alazão.
Tira um som morno, aveludado,
Varrendo as cinzas do meu coração.
Misturam-se nossas almas...
Tudo é calma!
Seu timbre soprano
Retira-me o eu urbano
E incita-me a cavalgar pelos campos
Em delírios, voz, canto...
Desejos, arrepios, encantos...
Prantos evaporados...
Medos incinerados...
Sonhos perseguidos...
Na garupa do meu cavalo alazão
Ardendo em paixão...
Sem luneta, sem lupa,
Sonhos perseguidos a olhos nus
Em êxtase e luz!

Carmen Vervloet

Foto de jlp

Deixa-me Sonhar

Sonhei…
Sonhei que o céu tocava o mar
Mas sem limites.
Que o vento se entrelaçava na brisa
E ambos num único movimento
Deixavam doces pegadas na madrugada.

Sonhei
Sonhei que as estrelas que brilhavam no céu
Eram somente reflexos de teu olhar.
Que as aves que se cruzavam em véu
Confundiam teu rosto suave com o luar.

Sonhei...
Sonhei que nossos corpos nus e unidos
Derretiam os mais puros farfalhos de branca neve.

Sonhei Sonhei...
Sonhei, só, porque uma gota gelada
Quebrou meu sono
Ao substituir AMO-TE por AMEI.

Foto de POETISA SOLITARIA

PRAZEROSO AMOR...

Estamos em um quarto, entre quatro paredes, à meia luz..
Entre beijos, abraços e carícias nós nos encontramos em um ritual de preparação
Tu me despe com a fúria estampada em teus olhos,
Logo me encontro nua e entregue a teus braços.
Ponho-me a fazer o mesmo e nos vemos como viemos ao mundo...nus!
Acaricia-me, beija-me, toca-me, lambe-me...
...Faz de mim o que quiser.
Estou em loucura, a beira de um ataque!
E como em uma brincadeira ponho me a descobrir teu corpo.
Faço-te carícias enlouquecedoras, quero deixar-te louco...
Acaricio teu corpo deixando te louco, como uma fera.
Arranho-te por completo, deixo em ti minha marca.
Enfim consigo! Você não resiste e parte para cima,
Em um instante de distração, sou dominada...
E em um movimento alucinante, grito e peço mais.
Quero tudo! E você sem hesitar satisfaz meu desejo.
Me chame de sua, chame-me do que quiser,
Bater um pouquinho nessas horas... por que não!
Me faz sentir o que tens de melhor e insensatamente.
Permanece neste compasso delirante...E consegues me levar ao auge,
E enfim, consegues me encher de gozo e prazer...
E sabemos que agora somos apenas uma só carne e um só espírito.

Foto de Vera Silva

Convite

Caros poetas, mais um poeta que vai ter o prazer de lançar um livro de poesia, desta vez Tiago Nené!
O seu livro chama-se Versos Nus.
Dia do Lançamento: em Lisboa: 29 de Setembro, 19.30, no Onda jazz.
No Algarve, Fnac Algarve Shopping, Outubro (dia ainda a designar).
Ao Tiago votos de sucesso!

Um abraço a todos

Vera

Foto de Jorgejb

Crónicas de Monoamor.

Por uma última vez, não volto a perguntar se me queres. Ponto final e não ponto de interrogação.
Arre, que um homem tem uma dignidade, tem uma espinha. Parece que quando te sinto, é mais fácil mentir. É na solidão que me desatino, é na tua ausência que passo ao contra ataque a mim próprio. Porra, os sentimentos são tão parvos, tão ao contrário do que quero. Parece que há gente que nunca tem destes problemas. Afinal, quem vive melhor?
Sinto a forma como desvias o olhar, nem sei o que queres dizer. Pareces fugir, ao mesmo tempo como se te desgostasses de não quereres exactamente o querias querer.
Chatice das palavras. E se falássemos por telepatia? - e se nos entendêssemos sem ser preciso falar?
Que tal inventar uma comunicação mental. Bem, isso não era bom, não podia guardar segredos, seríamos nus a todo o instante.
É de tanto te querer que me calo, que emudeço e paro. Uma vez perguntaste se desisti. Nunca, porque não posso, não porque não queira. Que pode fazer alguém se ama? Não se inventou ainda um chá de desamor, que me tire deste todo, dum corpo pegado a um olhar, dum desejo sereno, às vezes louco. É como uma dor que não sai, mesmo que me queira distrair.
É de tanto querer que me dói o teu não? – Não, não é. É mais, de não encostar o teu não na beira da estrada e seguir. É de me embrulhar nesse teu corpo, lindo, desejado, desse teu rosto, desses teus olhos. Nem me lembro se é lindo, porque não existe onde me apoiar, onde comparar.
Sais de mim, com uma simples frase, o teu movimento é um não movimento, as tuas mãos fecham-se escondidas no meio dos teus braços, encostadas nesse teu peito que queria alcançar e sentir.
Tens as mãos nuas, envergonhadas – olho-me no vazio, na estranha sensação do ridículo, nessa tua expressão vazia de quem nada tem para me oferecer.
Olho o teu rosto – não quero o teu beijo prolongado, não quero estar aí, quando te despedires na lembrança de um adeus, cruel.
A minha esperança são os poemas, o acreditares que vou ter sempre essa pequena luz se quiseres regressar – ao menos terei sempre a esperança que voltes, e tu porque a luz brilhará, mesmo fosca, o convite para te deitares, cansada, gasta de procurar quem te ame mais, ao lado desta pobre paixão inacabada.
Há um ar fresco de fim de Verão que se recalca no final das tardes. O Sol esgueira-se, tu permaneces, cercada da soma dos olhares onde nunca mais dançarás a roda, eu por aqui fico falando ao destino destas histórias. O destino aborrecido, diz que sim, pois é, pois é, complacente, cheio – afinal não há nada de novo nesta história..

Foto de nelllemos

Pernas tremulas

Inteiro estou
E me faço com você
Dentro de mim
Tua língua a transpassar
Minha alma
Tuas mãos cheias de dedos
Tocando todos os meus desejos
Os meus desejos crus
Os nossos desejos nus

Sinto tuas pernas tremulas
Do teu prazer alcançado
Cultivada essa flor
Em nossa cama
Tua rigidez não me engana
A tensão de me ter
Só pra vir se meter em mim
Você

Todos os nossos delírios
Às vezes perversos
Às vezes contidos
Nos entrega
Nos entrega um ao outro
E eu te oferto os meus gemidos
Que só o teu ouvido
Faço ouvir

Nell Lemos
02/03/07

Foto de edileia

ETERNO AMOR

Juntos estaremos

Quando à nossa porta

O tempo bater, intransigente.

Estaremos um no outro

Alicerçados

Quando nos cair noite infinita,

E juntos dormiremos...

Sim, seremos puros ainda

E entrelaçados morreremos.

Dançaremos nas estrelas,

Nus como anjos,

Cantando à morte e à felicidade.

E na escuridão do paraíso

Nos amaremos,

Assombrando a eternidade...

Foto de Gaivota

* PEQUENO POEMA DESCONECTADO *

*
*

Na paisagem
sub real
carregada
de fina poeira
que lixa asperamente
a casca dos pés,
arrasto
corpo cruel
montado na saudade
de desejos..

Quem fala ?
Um ser em evolução,
formação da síntese
científica
de pensamentos nus.

Espécie alada
do ventre
da terra,
na explosão
de sentidos
desejantes
da cor,
da dor,
do amor,
da transcendente
forma
que sou!

** Gaivota **

Poema extraído de meu livro - Azul De Doer!"

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Foto de Lou Poulit

Os Instantes do Poeta

Torpes versos que de mim me tocam
Enfocam imersos momentos nossos,
Torpes, trágicos, tacanhos troços
Que fizemos ao sabor do instante.

O meu desafio é escrevê-los
Como novelos arrumadinhos,
Tantos os embaraços do zelo
De crer que viver valeu o instante.

Poesia... Ah, por que não me suplica
Uma relíquia, lembrança boa
No vácuo que de mim se apessoa,
Como um pálio desça ao fim do poço,
Onde cravo essas unhas mestiças
Feitas de uma sucessão de ancestres,
Mestres meus que me vêem tão moço:
Não vejo a luz imensa desse instante!

É nas mais frias noites sombrias
Que, ausentes a lua e os seus amores,
Mais ouvimos os nossos tambores
E mais cintilam brilhantes instantes.

Acuda-me, minha poesia
Com sua manhã, seu gume de luz!
Antes que me percam os instantes nus,
Que me prendem no altar dos instantes.

Porque somos amantes nossos,
Nas fogueiras das próprias cavernas,
Bastará o viço das nossas pernas,
Soberbas, aos rumos dos instantes.
Mas quando me aposso dos meus ossos
Que as manhãs não puderam roer...
Minhas pernas a tantos lugares
Não iriam nem por um instante!

Ah, poesia... Que não me suplica!
Ensurdece o promíscuo suplício
De ser assim um poeta de mim,
De versos íngremes, desde o início,
Tortuosos como os meus instantes...
Então, poesia lhe suplico eu:
Se meus versos têm que ser tanto assim
Cajado do meu próprio levante...

Diga a ela que sobre os seus ombros
E no seu dorso, crespo do nosso amor,
Me levaria... E aos meus escombros...
Antes lhe poupo dos meus instantes.

Diga a minha amada que não a esqueço,
Que apenas pago o preço das manhãs.
Que a rosa range pétalas sãs,
Mas sobre os meus ombros... Julga o instante!

Foto de M.Veríssimo

Criança

Crianças nas ruas, de fome atacadas,
no mundo inteiro em vão padecem...
nas imagens soltas que não se esquecem,
farrapos nus de guerras provocadas.

Crianças perdidas para a morte levadas,
nas carnes sofrendo o que outros tecem,
porque a morte necessita e os homens enriquecem
e tu menino, sem esperança num canto te acabas.

Tua dor fechada, atingiu-me...e chorei...!
Teu grito calado, no meu peito senti
e por ser criança como tu, procurar-te tentei...

para te encontrar a mim próprio menti...
porque embora não te visse, contigo brinquei
e os sonhos que não tiveste, tive eu por ti.

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