LOBA
Sou tua loba voraz e sensual
fogosa fêmea libertina
me solto, me entrego sem igual
atrevida e dengosa menina.
Sou a gruta escaldante de teu prazer
tuas fantasias são fontes de luxúria
sonhas em me tocar unidos num só ser
Me entrego com urgência e certa fúria
Sou o fogo que queima teu corpo
teu libido inflama e chamas por mim
Em pensamento te toco e te deixo louco
e em silêncio explodes num gozo sem fim
Sou teu devaneio implícito de loucura
em ti estou nessa chama da paixão
mistério que te instiga e te tortura
Sou teu delírio, química e tesão...
CARÍCIAS I
No tilintar de um brinde...tim..tim...
ouvi tua voz a chamar por mim
como uma suave e terna melodia
bela paisagem ao amanhecer parecia
Sussurros de ti em meu corpo e meus ouvidos
lançando-me à flutuar na imensidão do infinito
vibrando-me em labaredas de fogo incontidos
ao sopro do vento em telepatia somos intuídos
E, por ti viajo por mares em nuvens de algodão
recitamos juntas poesias em versos manuscritos
Danço contigo enlaçados na lua e seu clarão
Junção de almas errantes em amores em conflitos
em momentos de outrora buscamos juntos inspiração
num álbum de fotografias resíduos da paixão (Lu Lena)
CARÍCIAS II
Você é minha alegria em pessoa,
Feliz foi o dia do encontro em poesias,
No duelo de trovas e que agora ressoa
Em minh'alma como notas que extasia
E que desde cedo muito me emociona
Como uma sentida e bela melodia
Que nasce nos céus e em mim entona
Como águas da cisterna de carícias
Que são teus versos em que me abençoa
Como um anjo que vem das galáxias
E que em círculos o meu coração revoa
E deixa marcado o beijo sem malícias
Sincero de uma grande e bela amiga
Que me encanta com tanta delícia. (Dirceu Marcelino)
Enviado por CarmenCecilia em Ter, 08/07/2008 - 18:41
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO E ARTE: CARMEN CECILIA
MÚSICA: YESTERDAY ( PIANO )
Ao teu lado
Ao teu lado comecei...
Construir tudo que sonhei...
Fui navegante...
Nas ondas da paixão
Sempre te tendo em mente...
Nas asas da imaginação
Garimpei desejos
Buscando teus beijos...
Caminhei entre nuvens
Em meio a vertigens...
Desenhei teu corpo
Em comunhão com o meu...
Eterna descoberta entre você e eu
Perdi o chão...
Fui só emoção...
Quando sem noção
Sondava-me... Encantava-me
A veia saltava...
Pois contigo me soltava
Abria um sorriso...
Colorido sem juízo...
Quando aos poucos...
Todos os segredos...
Em meio aos folguedos
Revelavam-se...
E celebravam
Matizes que refletiam
Nossas imagens...
Ah! Doce sensação
Essa benção
De corpos e mentes
Em união...
Venha para meu lado
Esqueça o que houve de errado...
Pois se houvesse pecado...
Nessa louca magia...
Que nos extasia...
Nada mais teria sentido...
Pois todo o sentido
Vem entrelaçado...
Vem encantado...
Quando estou ao teu lado...
Gosto dos dias de chuva...
Do cheiro da terra
Quando deságuam as primeiras nuvens...
Da dança das goteiras
Quando ultrapassam os beirais da casa.
Gosto das lembranças dos dias de chuva...
De correr de pés descalços na enxurrada,
Fechava os olhos sorrindo quando ouvia os trovões.
Depois, arremessava pedrinhas nas poças d’água
E inventava uma cachoeira...
Gosto dos dias de chuva...
Caindo mansa sobre o telhado
Como quem baila uma canção de amor.
.
.
.
.
Dominar- te é da a ti sentido,
Compreender e ouvir o instinto
Do teu saber.
.
.
Ler-te em cada linha esquecida
De ausências entre nós, pincelando
E eternizando tua essência, fundando
Fundamentos, ensinando teu ser
Inanimado de construção ínfima.
.
.
Calar minha voz na tua presunção,
Deixa que leves embora a minha dor
De ser o que sou para você um
Nardo sem flor.
.
.
Espalhar nas nuvens brancas do
Anil estrela, a mágica que consome
Cada nome, cada “a”.
Como é divino no despertar do alvorecer,
Olhar a natureza, como quem não quer nada...
Sentir no sol fresco desse doce amanhecer,
O brilho reluzente na minha face ainda pálida.
Observar no infinito do azul mesclado do céu...
Brancas nuvens, pouco a pouco se juntando...
Num impulso de êxtase, vou decifrando...
Figuras que devagarzinho vão se formando...
Ver os pássaros em seus vôos rasantes,
Rodopiarem atrás de um inseto em fuga;
Num impasse de descuido extenuante...
Vira o pobre infeliz, banquete de disputa.
E me vejo envolvida por extrema admiração...
Em cada desabrochar do dia até o anoitecer;
Neste momento agradeço a Deus em oração,
Pelo milagre de mais um dia poder viver!
A minha vida…
Não vai sentir o amanhã,
O dissipar da aurora, nem o sol brilhar.
Ela vai depressa passar
Sem tempo de observar o sol
As flores, os montes, os mares, os amores…
A minha vida…
Não terá amanhã
O brilho do sol, o frescor da aurora.
Ela dissipará antes do amanhecer,
Levando o ar dos amores, das flores,
Das plantas, dos pássaros em cores…
A minha vida…
Não chegará amanhã
Para ver o brilho do amanhecer,
O vento, as nuvens que irão chover.
Ela terminará antes da luz aparecer
Levando do meu peito a alegria de viver
Deixando saudades das horas do amanhecer
Deixando-me sem tempo para amar você.
* Por Mario de Almeida
O poeta Castanhalense
Posado 07/07/2008