Nuvens

Foto de Cecília Santos

SEU CANTO...

SEU CANTO...
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Cantas...
Que teu canto encanta
o céu e a terra.
Cantas...
Que o verde das matas
se alegram com ele.
Cantas...
Que sua voz se mistura
ao trinar dos passarinhos.
Cantas...
Que seu canto
Será o som das águas das
cachoeiras.
Cantas...
Que sua voz tilinta como
os sinos dos campanários.
Cantas...
Que sua voz esparge altíssimo
tocando as estrelas do céu.
E os grãos de areia do mar.
Cantas...
Que sua voz dança entre as nuvens
de algodão.
Cantas...
Que seu canto vai em todas
as direções.
Cantas...
Que seu canto desperta à mim.
E os anjos do céu!

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Cabral Compositor

Não Estar Só

Cavei minha sorte e desviei
Segui por um rumo de intenções
Resolvi as questões da alma e do coração
E envolvi em sentimentos novos e desenfreados
Achei o que não queria
A rima sem nexo
A prosa sem verso
Esgotei as frases as palavras
Esgotei o universo das inversões
Adquiri um momento de incertezas e não suportei
Amei as nuvens, as paredes sem cor, as outras formas
Desbravei uma vontade não catalogada
Respirei outro oxigênio
Nadei em outros mares
Naveguei nas minhas impressões
Suavizei a febre com agua morna
Inalei o vapor das máquinas em alta rotação
Vi pelas janelas as paisagens que passavam
Andei por um trilho em brilho, sem fim
E cheguei aqui, bem perto de mim

Foto de @nd@rilho

Nuvens

As nuvens se dissiparam,
O sol brilha intensamente,
A nevoa que nos cercava,
Acabou...

Seus olhos voltaram a brilhar,
E a me fitar com seu jeito maroto,
Você voltou a sorrir,
E a alegrar os meus dias,

Não há mais fantasmas,
Nos assombrando,
Mas ainda me falta...
Seus beijos e abraços,

Seu corpo queimando junto ao meu,
Seu cheiro, Perfumando o quarto,
Seu gosto, em meus lábios,
Mas isso é questão de tempo,

E quando essa hora chegar,
Teremos todo tempo do mundo,
Para saborearmos,
O doce gosto do amor!

Foto de Sirlei Passolongo

Sob um véu de estrelas

Sob um véu de estrelas

No entardecer,
o sol dança com a chuva
e um arco-íris
no horizonte tinge...
Espera a lua surgir
e entre as nuvens
uma estrela luzir.
Depois, a Terra sorri
quando na noite escura
o céu clareia...
Um véu de estrelas
abraça a lua cheia...
O poeta fecha os olhos
e sente o poema
correr em suas veias.
A lua deita no mar
e o sol, novamente
beija a areia.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Carmen Vervloet

UNI-VERSO

UNI-VERSO

Nuvens que choram a chuva...
Chuva que molha a terra...
Terra que pari a vida...
Vida que dá vida
A tantas vidas...

Finitas existências
Que brotam da essência
Do universo infinito...
Imensurável... Desconhecido...
Convite... Limite...
Reina na sua magnitude!
Enquanto seremos lembrados
Apenas por versos...
Fragmentos espalhados
No silêncio do soberano
Uni-verso...
Um traço...
No infinito espaço...

Carmen Vervloet

Foto de ek

Descrevendo

era noite, fazia frio, não havia muitas estrelas
a lua – minguante – disputava espaço com as poucas nuvens.
era um quarto comum – talvez minguante também –
exceto pela trêmula chama que o iluminava,
havia uma cama, uma pequena mesa, uma escrivaninha
e uma cadeira, sobre a qual, imóvel,
estava sentado,
sobre a mesa, a vela que alimentava a triste chama,
uma folha – em branco – sobre a qual tamborilava um lápis,
alguns livros – há algum tempo – empilhados
e um velho relógio, que marcava os passos – mas quais passos –
nas paredes, de um tom amarelado do fogo,
lascivas, como que a dançar
as sombras lentamente se moviam.
era tudo tão quieto e calmo,
que quase se podia ouvir os pensamentos de nosso figurante,
parado a olhar fixamente um canto da mesa – vazio e empoeirado –
como que a observar algo, que – talvez – ali já não estivesse mais,
ou – por que não – que nunca ali esteve, no entanto como queria que estivesse,
talvez um retrato, ou, talvez fosse apenas uma lembrança
d’um sorriso, d’um grito, d’um olhar, d’uma lagrima
(agora parece-me que as lembranças são piores que os retratos).
havia, o esboço de um sorriso em seus lábios,
e a sinopse de uma lágrima em seus olhos.
e o relógio impiedoso, como uma guilhotina
a fatiar o tempo – e embora não notasse, e aparentava não se importar
despedaçava as partes mais importantes, ele decapitava o “agora” –
continuava a marcar o ritmo para as sombras,
que dançavam agora furiosamente,
enquanto uma leve brisa instigava a chama,
que sem perceber consumia aquela que lhe dava a vida – a vela.
e, enquanto tudo ao redor daquele velho – falo do espírito –
ia se acabando, se consumindo
ele continuava ali parado, mergulhado em si mesmo,
lembrando – quem sabe – de um sorriso, que já não ri mais,
de lindos olhos, que hoje choram – ou não –,
de coisas que eram, e já não são mais.
e ele não percebe, que o relógio continua a tocar a marcha fúnebre,
e que as sombras dançam em feral andamento
e que a todo instante enterra-se o tempo,
lacônico nascimento e morte de segundos,
e ele não vê, que tudo o que sobra
é este cemitério de momentos, de vidas e de mundos.

Foto de ek

O Velho e o Garoto

Espera. Onde vais, o que buscas?
Eu procuro a vida e a vida após ela,
eu procuro Atlântida e a alma do mundo.
quero encontrar as rosas, eu busco um pouco de tudo.

Calma, o que estas a procurar não existe,
é apenas o sonho de poucos, mera ilusão.
Cala-te velho! O que falas é triste,
ficou velho, cético, e mudo,
esqueceste de como é estar vivo,
já não consegue e nem quer acreditar.
E afinal que importa isso,
não são os sonhos que movem o mundo?

Mas o mundo no qual vive garoto, é cinza
já não existe mais amor, e os poetas estão todos mortos,
hoje, garoto, o que move o mundo
não são os sonhos, e muito menos o amor.
O que move o mundo hoje,
é sua fúria por não existir,
é este vazio em seu peito,
é esta ânsia por ansiar.

Você não sabe o que fala,
falas por falar e não falas quase nada.
Você fala de um mundo negro,
mas falas de si mesmo,
cinza é tua alma, e triste
são os sonhos que deixaste de sonhar.
Porem o amor talvez esteja morto,
mas morto em seu peito.

Ah, você não conhece o mundo,
você é jovem e ainda não chorou,
não viu as estrelas caírem do céu,
e nem viste as nuvens apagar o luar.
Tudo que acredita saber,
não passa de estórias sem sentido,
destino, ou qualquer razão maior.
Mas vá, vai sonhar!

Foto de Carmen Vervloet

Seus Olhos

Seus olhos

Refletem seus sentimentos...
Mostram sua alma...
Presentes em cada momento
Do nada... Do tudo...
Nunca estão mudos...
Falam o que sua boca não diz...
Se está feliz ou infeliz...
Buscam lá no fundo
O que esconderia do mundo!...

Se choram de alegria...
Brilham, ficam esverdeados...
Frutos adocicados...
Se choram de tristeza...
Ficam acinzentados...
Têm sombras escuras...
São nuvens maduras
Molhando a terra...
Mapeando a dor...
E se abrem como a flor...
Sorrindo... Sonham...
Embelezando o ambiente
Se estão contentes...

Jamais mentem...
Mostram tudo que sentem...
Verdades... Mentiras...
Certezas... Incertezas...
Angústia... Decepção...
Prazer... Aspiração...
Nada velam...
Tudo revelam...

Guardam na retina...
A imagem de cada instante...
Olhos nos olhos
Tristes ou brilhantes...
E sempre o que vêem...
Não viram o antes...
Porque tudo muda e se desnuda...
Num ritmo alucinante...

Carmen Vervloet

Foto de Noslen

Acordei..

Acordei cedo, fui fazer os meus kilometros de bicicleta.
O brilho da manha não é nada comparado com o brilho dos teus olhos.
O suave cantar dos pássaros chilreando á minha passagem torna-se ruído ao lembrar-me do doce som da tua voz.
O ar puro que respiro ao ritmo que pedalo torna-se asfixiante com a falta do teu cheiro.
Aquecem-me o rosto os raios de sol , que tenuemente espreitam por entre as nuvens que teimam em não se dissipar mas, tornam-se em gelo quando comparados com o calor do teu corpo junto do meu.
As gotas de agua que bebo para saciar a minha sede, tornam-se em lufadas de pó ao pensar na paixão e amor que recebo dos teus lábios.
Volto ao beijo de ontem, ao abraço de antes, as palavras que me disseste ao te despedires e assim encontro forças para pedalar mais um pouco e chegar a casa.
As coisas mais simples da vida só tem significado porque tu existes…
Obrigado,
obrigado por seres a minha principal razão de viver…
Amo-te…

Foto de CarmenCecilia

POEMA: FANTASIA

Fantasia

O que é essa mera fantasia...
Será a magia...
De sonhar mágicos momentos...
Redimensionar emoções
Que nos aquecem os corações...
Estar em outra dimensão...
Longe da razão...
Fazer serão...
Deixar no sótão...
A tristeza que machuca...
E simplesmente vivenciar o hoje...
Somar devaneios sem receios
Sem medo de enchentes..
E continuar indo em frente?
É atravessar o amar...
Retomar
O leme das paixões...
Rebuscando seu bem querer...
É fascinar com o dia
Que já se anuncia...
Em matizes lilases...
Mesmo quando nuvens
Trazem o breu na paisagem?
É revolver a poeira...
Da estrada
Que nos envolve como capa...
E de que ninguém escapa?
É sorrir...
E brincar de colorir...
Um doce porvir...
Mesmo quando ouvimos um não...
É fechar os olhos...
Somar fragmentos
Filamentos de contentamentos
É estar com você
Festar com você
Mesmo que em pensamento...
Revivendo bons momentos...
Que sejam todas essas porções de felicidade...
Que povoam minha mente
E não mais matem.
O que me mantem a todo instante.
Essa doce ilusão
Que habita meu coração...
Em ritmo de fantasia

Carmen Cecília

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