Enviado por Minnie Sevla em Qui, 04/10/2007 - 02:18
Como retomar uma vida
Como não sentir dor
Cabeça raspada e olhos vagos
Sorriso aberto, dentes claros
O tempo passando
Vida sussurrando
Pingando
Esperando
Suplicando
Por mais um momento apenas
Que seja... de vida, de respirar
Para ouvir o canto de um pássaro ao longe
O desabrochar de uma flor quem sabe...
Salgar os pés nas águas da esperança
Que brinca com o coração desta criança
Na imagem de anjos e nuvens coloridas
Num céu de luar exuberante, em um corpo
frágil, dançante...mas que insiste em resistir e abraçar o único fio que resta de vida...
Enviado por diego_drigo em Sex, 28/09/2007 - 15:00
PENSO EM VOCÊ
Quando penso em você me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...
Tento apenas superar,
a imensa saudade que arrasa o meu coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.
É através desse tal sentimento, a saudade,
que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...
A delicadeza de tuas palavras
contrasta com a imensidão do teu sentimento.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...
E nesse momento de saudade,
quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvo aos teus braços...
Tudo isso acontece porque amo e penso em você...
Enviado por Sonia Delsin em Seg, 24/09/2007 - 21:40
FIZ UM PACTO
Fiz um pacto com o infinito.
Um pacto bonito.
Combinei assim que ia fazer de minha vida um jardim.
Prometi que todo dia a flor do amor eu ia regar.
Que todo dia uma semente na terra eu ia enterrar.
Para meu jardim se imortalizar.
Um dia quando estiver bem distante eu quero que os galhos das minhas árvores alcancem as nuvens.
Quero pássaros cantando todo dia.
Quero uma verdadeira orquestra, uma cantoria.
Fiz este pacto na minha hora de mais temor.
Quando já desacreditava do amor.
Mal prometi e minha vida começou a mudar.
Onde existia tristeza a alegria veio brotar.
Comecei a cantar.
No meu jardim todo dia flores desabrocham.
Tem borboletas e colibris.
Vivo embaixo de um lindo céu e sou imensamente feliz.
Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!
Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*
Matizes do amarelo atrás das montanhas.
Os Dois Irmãos espreitam mudos o solenes.
É o dia que finda, levando embora a luz do sol e trazendo a noite fria e solitária de Ipanema.
A solidão nem sempre é má. Às vezes nos reaproxima de nós mesmos. Vemos dentro.
Reflexão. Paz. Silêncio...
(E a luz se esvaindo...)
Num canto qualquer, crianças gritam,
No céu, pássaros ainda voam
E na cabeça, pensamentos correm, saltam, e pairam. Estagnados até tornarem-se certezas.
Frivolidades ou decisões vitais: Todos juntos ao som da música que não pára de se repetir, hora perceptível, noutra não mais, até se fazer ouvir novamente.
Nuvens riscam o céu, trazidas pelo vento da noite, mas ainda refletindo os resquícios daqueles matizes que, suavemente, ao longe, se vão apagando...
Nada substitui a luz do sol, que clareia pensamentos e caminhos.
Nada substitui a companhia de nós mesmos. Interlocutores da alma.
Os mais sinceros.
Enviado por Frank_pontual em Sáb, 15/09/2007 - 16:26
Fazer amor
(Poesia perdia em um mosteiro)
Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é coisa seria demais...
Não basta um corpo e outro corpo
Misturado em um desejo insosso
Desses que dao feito fome virtual
Nascida da gula descuidada
Aplacada sem zelo
Sem compostura, sem respeito
Atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma
Uma alma tateando outra alma
Desvendando véus
Descobrindo profundezas
Penetrando nos escondidos
Sem pressa... com delicadeza
Porque alma tem textura de cristal
Deve ser tocada nas levezas
Apalpada com amaciamentos
Até que o corpo descubra
Cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece
É que o ato de amor começa
As mãos desliza sobre as curvas
Como se tocando nuvens
A boca vai acordando e retirando gostos
Provando os sabores
Provando a seiva que jorra
Das nascentes escorrendo em dons sobre humanos
É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor e ressurreição!
É nascer de novo!
Um dia fui falar com Deus,
Montei-me no meu cavalo alado,
Percorri nuvens e mais nuvens
Até chegar a territórios seus,
Mandou-me entrar, sentiu-me cansado.
E logo me Perguntou “Ao que vens”
Respondi –Lhe prontamente:
“Venho em busca de felicidade
Não só para mim, mas para a minha gente”
Fitou-me nos olhos e Exclamou:
“Felicidade; Paz; Amor; Liberdade
Tudo isso, eu há muito vos dou,
Vós é que não vos contentais
Tendes tudo mas quereis sempre mais”
Fiquei como que petrificado
Não sabia o que Lhe responder,
Ele ao ver-me tão atrapalhado
Disse “Se vós vos preocupásseis em viver”
Pedi licença para me retirar,
Precisava voltar ao meu mundo;
Regressar á minha terra, ao meu lugar,
Precisava falar com as pessoas,
Dizer-lhes que tinha novidades,
Mas mais que isso, que eram boas,
Não, não lhes iria mentir
Somente dizer-lhes as verdades
Que temos andado com medo de ouvir.
Deus deu-nos a paz
Nós fizemos a guerra,
Deus deu-nos o amor,
Nós espalhámos o ódio pela terra,
Deus deu-nos a felicidade
Nós semeámos tristezas,
Deus deu-nos a liberdade
Nós fizemos dos outros presas.
Afinal para que pedimos paz, amor,
Ou até mesmo felicidade e liberdade
Se depois provocamos a dor
Em quem só nos pede a nossa amizade.
Admitamos a grande realidade
Só temos o que semeámos,
Destruímos a liberdade
E este Mundo que herdámos,
Esta é a grande verdade
Destruímos algo que não é nosso
Destruindo o futuro da nossa gente
É o quero, mando e posso,
Destruo quem se coloque na minha frente.
Havia um rei que ofereceu um grande prémio ao artista
que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram.
O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve
apenas duas de que ele realmente gostou e teve que
escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranquilo.
Este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam umas
plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com ténues
nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura
pensaram que ela reflectia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas
eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava
um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo
parecia retumbar uma espumosa torrente de água.
Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou
que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de
uma fenda na rocha.
Neste arbusto encontrava-se um ninho.
Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava
um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita. Qual pensam que foi a pintura ganhadora?
O rei escolheu a segunda. Sabem por quê?
"Porque", explicou o rei: "paz não significa estar num
lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo, mas sim estar rodeado de problemas e mesmo assim viver feliz.”