Olhar

Foto de Gui❤Lari

Meu coração é seu

Mesmo te vendo distante
Sei que pra mim é impossível
Não se lembrar dos nossos momentos mágicos
Do nosso primeiro beijo
Repleto de desejo
Do nosso primeiro abraço
Me atrevo a dizer que no calor dos seus braços me encontrei
Simplesmente inesquecível
Cada troca de olhar
As juras de amor eterno
A entrega total e a cumplicidade
Ah saudade leve meus pensamentos até ela
Transforme as lembranças em chamas
Que nunca se apagarão
Ao fechar os olhos
Imagino seu corpo, seus cabelos molhados
Que muitas vezes embalaram meu sono
Quando dormimos lado a lado
De conchinha e com nosso cobertor
Passamos noites maravilhosas
Repletas de amor
E ao acordar o mais belo dos cafés da manha
Vai saudade diga ah ela que eu a amo de verdade
É verdade que cometemos muitas loucuras
Mais o amor é assim
Chega sem avisar e nos envolve sem perceber
Você está guardada em meu coração
Meu coração é seu
E com a convicção dos amantes
Sei que um dia estaremos juntos
Novamente como outrora
Com os corpos entrelaçados
Abraços apertados
E beijos molhados
Ao romper da aurora
Te amo muito
Ontem, hoje e sempre

Foto de Jorge Jacinto da Silva Junior

Algo como a Felicidade

Algo como a Felicidade

A Felicidade é algo que pode
Ocorrer quase que despercebida
Contudo, ela jamais vem tarde.
Nunca se faz em nós tardia.

Vem de simples detalhes.
Aquele da espinha arrepiar,
Um estranho frio na barriga,
Um sorriso espontâneo no olhar.

É a certeza do aguardado aproximar
Do mais lindo dos sonhos sem medo.
A vida com braços largos abraçar
Com carinho pleno e vivo aconchego.

É estar a debruçar nas janelas da alma,
E entender a verdade o quanto faz falta
Não perceber que é dentro de nós
Que a felicidade faz eterna morada.

Jorge Jacinto da Silva Jr.
jorge.jacinto@gmail.com

Foto de carlos alberto soares

Dia dos pais

Pai,
Você não está mais aqui pra receber o meu abraço
Mas não me embaraço
Pra sentir sua presença

Por quantas vezes descordei do que dizia, mas sei que também já foi tolo um dia,
E assim como eu com seu pai discutia

Pai eu não discuto com Deus, que te levou pelas razões que não posso entender, mas quero te agradecer pelo tempo ao seu lado, pelas mãos e olhar calejados,
Por tudo que me foi ensinado

Obrigado por ter me levantado quando cai, pelo sorriso quando venci.

Pelo abraço apertado, quando frustrado, me senti incapaz
Por quando tudo se convertia em guerra, chegou trazendo paz

Pai você é mais
São tantas lembranças legais
Que chego a confundir
Mas como é bom lembrar de ti

O jeito duro de ser
Demorei muito pra entender
Provindo do fardo que eu fui pra você
Mas hoje quero agradecer

De joelhos assim, peço a Deus
Que mais uma vez permita que me abençoe aí de cima, por que esta é sua sina,

Ainda que eu não mereça, ainda que eu faça tudo errado, vai sempre estar ao meu lado.

Assim nesta hora confesso, sem fazer comparação, que ao lembrar de você, encontro Deus em sua imensidão.

E pra agradecer todo tesouro recebido, honra, caráter, retidão...
Louvo à Deus em minha crença,
E sinto de verdade sua presença.

Pai,
Foi, é e será o maior, embora isso não importe a você, parabéns por agora entendi, ser você o maior homem que conheci.

Foto de elcio josé de moraes

QUEM AMA NÃO TRAI

QUEM AMA NÃO TRAI

Primeiro um simples olhar,
Depois uma atração,
Que deve se controlar,
Para que não haja traição.

Nem é preciso ser forte,
Para sair dessa situação.
E nem considere isto como sorte,
Porque isto é uma maldição.

Considere quem te ama,
E respeite quem em você confia.
E fuja da estranha que lhe desafia.

Nunca apague esta chama,
Do amor que nela não esfria,
E que tanto lhe aquece, dia após dia.

Elciomoraes.

Foto de Rosamares da Maia

SAFARI

Safári

Neste seu olhar habita um tigre,
Sempre prestes a saltar da alma.
Assombram a minha vida incertezas,
O medo é o meu fascínio.

Com a índole pérfida do felino se diverte,
Até o limite da resistência da sua presa.
Não tem prazer em devorá-la rapidamente.
Em seu julgo, sutileza são força e cenário.

Ensaia clemência fingida, pantomima.
E este é o jogo – seu jogo.
Uma sedução elegante mistifica o predador,
Articulado até o ato final, quando salta,
Do olhar quase mortal sai o animal.

A fera livre ama, envolve e encanta.
Serve-se do farto banquete – eu banquete.
Saboreia a presa cativa que se entrega,
Calmamente usufrui de cada parte.

Neste único momento faz concessões,
Mutuas satisfações, em proveito próprio.
E cautelosa a alma recolhe o tigre aos olhos,
Frio, volta à jaula fria e se protege.
Até a próxima caçada.

Quando a fome e a sede atiçarão seus instintos?
A presa abatida suspira, respira, recompõe-se,
Dorme e sonha com os dias de espreita, caçada.
Ansiosa prepara escaramuças para outro safári.

Rosamares da Maia / 21.03.2011.

Foto de Rosamares da Maia

CARTA A FERNANDO PESSOA

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2015.

Meu Caríssimo Fernando,

Nesta manhã como em tantas outras estou solitária e feliz por desfrutar da minha própria companhia. Sim, pois pretensiosamente ou não, estar acompanhada de mim mesma é o que hoje me faz feliz. Principalmente porque estar comigo, mesmo que transitoriamente, me conduz a você.
Nesta manhã, enquanto vejo a fumaça do café galopar o ar, aguço todos os meus sentidos e lembro-me de você, como se estivéssemos compartilhando a mesma mesa, as fatias do mesmo pão. Na realidade já não como, mas, continuo alimentando-me das tuas lembranças.
Fernando,
O que seria da minha vida sem conhecer-te, sem sorver das páginas cada gota dos teus escritos? Que seria de mim se não sentisse as tuas angustias, o teu amor para além dos lusitanos mares? Se não tivesse como tu compreendido os vaticínios de D. Sebastião.
Também tenho muitas personas aprisionadas dentro de mim e, ao contrário de ti, não consigo exteriorizá-los, derramá-los no tapete do quarto e depois abrir a janela, para que voem. Fecho os meus olhos e sou como Maria José – a feia, corcunda e doente. Coitada! Sempre presa à cama, diante da janela, colhendo no orvalho da manhã as pequenas gotas dos sonhos, de seu amor platônico por Antônio.
Escrevo a você cartas, como ela – As cartas que Ele jamais leu. Maria José motivo de riso ou invisível, desabrochando na exteriorização da tua solidão e tão acompanhada de tantos outros Fernandos igualmente solitários.
O que seria de mim sem refletir como Bernardo Soares:
-" Aprender a desligar as ideias de voluptuosidade e de prazer. Aprender a gozar em tudo, não o que ele é, mas as ideias e os sonhos que provoca.
Por que nada é o que é e os sonhos sempre são os sonhos.
Para isso precisa não tocar em nada. Se tocares o teu sonho morrerá, o objeto tocado ocupara tua sensação."
"Ver e ouvir são as únicas cousas nobres que a vida contém. Os outros sentidos são plebeus e carnais."
"A única aristocracia é nunca tocar. Não se aproximar – eis o que é fidalgo"
Bernardo Soares /Fernando Pessoa – 1888-1935 – in Livro do Desassossego.

Eu como Bernardo, sou fragmento do meu primeiro eu, que diariamente vem à tona para cumprir muitos papeis que a vida impõe e cobra, mas, aqui nesta pouca solidão com a qual a manhã me privilegia, consigo fechar os meus olhos e desfrutar da tua companhia, me aproprio de ti e te ouço soprar em meu ouvido esquerdo. Meu coração se contrai e expande dentro do meu peito e uma profunda saudade se apodera dele, me levando ao mergulho em um tempo que não vivi – o tempo de te encontrar.
Vamos a Livraria Lelo & Irmão, sentamo-nos a tua mesa preferida para tomar café, comer bolinhos e pensar no Mar Português – “Ó mar salgado, quanto do teu sal / são lágrimas de Portugal!” / Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena.”
Meu pensamento associa-se a fumaça da xícara fumegante, tomadas em dimensões de tempo e espaço tão distintas e, Maria José fecha os olhos para vida com a certeza do seu amor, porque ele foi tudo que fez valer a sua insólita passagem por este mundo; Bernardo olha e se vê em ti, a mesma imagem, mas o seu reflexo no espelho tem um olhar arguto, mais crítico e menos emocional. E é assim, cada um é o que é mesmo sendo somente a derivação de uma só “Pessoa”.
E eu te escrevo esta carta, esperando que nossa conexão de espírito não seja apenas um delírio matinal de quem ainda não acordou direito e, como tu mesmo disseste, - “ Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.”. Mas o que escrevo-te neste momento, é para agradecer-te.
Obrigado Fernando. O que seria de mim se você não tivesse existido?
Obrigado Pessoa pelo café compartilhado aqui, na minha mesa da cozinha.

Rosamares da Maia.

Foto de Jardim

chernobyl

1.
sons de violinos quebrados vinham das montanhas,
uivos de lobos noturnos,
varriam as imagens das imaculadas ninfas
enquanto se ouviam as vozes dos náufragos.
o príncipe das trevas desceu disfarçado de clown,
bailava num festim de sorrisos e sussurros.
a nuvem envolvia a cidade com seus círculos febris,
se dissolvia nas ruas em reflexos penetrantes,
coisa alguma nos rios, nada no ar e sua fúria
era como a de um deus rancoroso e vingativo.
a morte com seus remendos, oxítona e afiada,
distribuía cadáveres, penetrava nos ossos, na pele,
nos músculos, qualquer coisa amorfa,
alegoria da inutilidade das horas.
agora este é o reino de hades
os que um dia nasceram e sabiam que iam morrer
vislumbravam o brilho estéril do caos que agora
acontecia através del siglo, de la perpetuidad,
debaixo deste sol que desbota.
o tempo escorre pelos escombros,
o tempo escoa pelos entulhos de chernobyl.

2.
meu olhar percorre as ruas,
meus passos varrem a noite, ouço passos,
há um cheiro de sepultura sobre a terra úmida,
um beijo frio em cada boca, um riso
estéril mostrando os dentes brancos da morte.
não foram necessários fuzis ou metralhadoras.
mas ainda há pássaros
que sobrevoam as flores pútridas.
aqueles que ainda não nasceram são santos,
são anjos ao saudar a vida diante da desolação
sob este céu deus ex machna.
aos que creem no futuro
restaram sombras, arcanos, desejos furtados,
resta fugir.
uma nuvem de medo, ansiedade e incerteza
paira sobre o sarcófago de aço e concreto da usina.
asa silente marcando o tempo
que já não possuímos.
pripyat, natureza morta, vista através das janelas
de vidro dos edifícios abandonados
sob um sol pálido, ecos do que fomos
e do que iremos ser.
pripyat, ponto cego, cidade fantasma,
os bombeiros e suas luvas de borracha e botas
de couro como relojoeiros entre engrenagens
naquela manhã de abril, os corvos
seguem em contraponto seu caminho de cinzas
sob o céu de plutônio de chernobyl.

3.
e se abriram os sete selos e surgiram
os sete chifres da besta,
satélites vasculham este ponto à deriva, seu nome
não será esquecido, queimando em silêncio.
os quatro cavaleiros do apocalipse e seus cavalos
com suas patas de urânio anunciam
o inferno atômico semeando câncer
ou leucemia aos filhos do silêncio.
os cães de guerra ladram no canil
mostrando seus dentes enfileirados, feras famintas,
quimeras mostrando suas garras afiadas,
como aves de rapina, voando alto,
lambendo o horizonte, conquistando o infinito.
eis um mundo malfadado povoado por dragões,
a humanidade está presa numa corrente sem elo,
sem cadeado, enferrujada e consumida pela radiação.
vidas feitas de retalhos levadas pelo vento
como se fossem pó, soltas em um mundo descalço.
vidas errantes, como a luz que se perde no horizonte,
deixam rastros andantes, vidas cobertas de andrajos,
grotescas, vidas famintas e desgastadas,
que dormem
ao relento nas calçadas e que amanhecem úmidas
de orvalho, vidas de pessoas miseráveis,
criaturas infelizes, que só herdaram
seus próprios túmulos em chernobyl.

4.
mortífera substância poluente, complexa,
realeza desgastada que paira nos ares
da pálida, intranquila e fria ucrânia
envolta no redemoinho dos derrotados.
gotas de fel caindo das nuvens da amargura,
sobre a lama do desespero, sobre o vazio
da desilusão, no leito do último moribundo.
cacos, pedras, olhos mortiços, rastros cansados,
inúteis, o sol das estepes murchou as flores
que cultivávamos, descolorindo nossas faces.
seguem os pés árduos pisando a consciência
dos descaminhos emaranhados da estrada,
na balança que pesa a morte.
no peso das lágrimas, que marcaram o início da dor,
restos mortais, ossos ressecados, sem carne,
devorados pela radiação, almas penadas
no beco maldito dos condenados, herdeiros
da abominação, mensageiros da degradação,
horda de náufragos, legião de moribundos.
o crepúsculo trouxe o desalento e as trevas, a vida
agora é cinza do nada, são almas penadas que fazem
a viagem confusa dos vencidos em chernobyl.

5.
ainda ouvimos os gritos daqueles que tombaram,
e os nêutrons sobre a poeira fina dos vales,
os pés descalços sobre pedras pontiagudas,
ainda ouvimos o choro das pálidas crianças,
a fome, a sede e a dor,
o estrôncio-90, o iodo-131, o cesio-137.
vazios, silêncios ocos, perguntas sem respostas,
degraus infernais sobre sombras, rio de águas turvas,
quimera imunda de tanta desgraça,
fantasia desumana sem cor,
transportas tanto mal, conduzes a todos
para a aniquilação neste tempo em que nada sobra,
em que tudo é sombra, é sede, é fome, é regresso,
neste tempo em que tudo são trevas,
onde não há luz.
cruzes no cemitério, uma zona de sacrifício,
sob um céu sem nuvens,
a morte em seu ponto mutante.
no difícil cotidiano de um negro sonho,
restaram a floresta vermelha,
e os javalis radioativos de chernobyl.

Foto de Rosamares da Maia

SONETO DO DESEJO

Soneto do desejo

Os teus olhos, onde estão teus olhos?
Olhos maliciosos, sempre inconvenientes.
Traduzindo vontades, todas indecentes.
Olhar que me despe tão completamente.
Onde está a boca que sempre mente?
Que beija e prende minha boca a tua.
Tenho saudades do ar que te cheira,
Do exalar loção de âmbar e madeira.
Impregnando meu corpo e o travesseiro.
Quero teu abraço aberto de corpo inteiro.
Meu corpo arranhado, assanhado e aceso.
Onde está tua boca que a minha deseja?
Tenho saudades de olhos que me despem
Rolo na cama - boca volta, me beija, beija.

Rosamares da Maia - 31 de maio 2017

Foto de annytha

AMOR DISTANTE, MAS AMOR

AMOR DISTANTE, MAS É AMOR!!!
Meu amor,,,
Existe um Oceano que nos separa e por isso, eu não posso te alcançar para a cada momento eu pudesse te abraçar quando eu quisesse, para tocar a tua pele, para beijar-te com loucura, sentir o pulsar dos nossos corações, nossos respirações ofegantes, e sentirmos nossos corpos trêmulos de paixão e desejos ... Oh meu amado, mal posso esperar que esse dia chegue e possamos por em prática, tudo o que sonhamos nessa longa espera.. .Espero-te sentada a beira do caminho, com o olhar longe para ver-te chegar para mim, abanando tua sua mão, para que eu te veja chegando e eu com toda a inquietação e ansiedade, finalmente, vou poder abraçar-te por inteiro, em seguida, sairemos para um lugar reservado para nós, onde só os amantes e apaixonados conhecem onde falaremos a linguagem do amor; um lugar sublime , e com a promessa de um novo amanhã ...

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Doze Passos e uma Possibilidade de ser Feliz

Hoje bastou uma brisa fresca da manhã para me lembrar de ser feliz. É, um vento menino que refrigerou o corpo e a alma, enquanto eu fazia a tarefa simples e doméstica de lavar o quintal e molhar Umas poucas plantas urbanas e o meu toque rural de cajueiro. Certamente, como eu naquele momento, elas celebraram a água e o vento.
Fiquei pensando que as pessoas deveriam ter uma estrada com os doze passos da felicidade, para construir ao longo da vida. Claro que estas não seriam regras engessadas, afinal de contas somos todos diferentes e as semelhanças do Ser Humano param nesta redundante condição – o gênero humanidade. No mais, “O que seria do roxo se todos gostassem do amarelo?”.
Porém, delimitadas as razões das semelhanças e diferenças, acho que umas regrinhas para a busca da felicidade são básicas, como um pilar de sustentação das variedades e sutilezas de cada um, como por exemplo:
- 1 – Simplicidade: Aquela que nos faz curtir a brisa da manhã, como um presente que alivia o calor e acalma a alma, sem contestar as suas razões. Se haverá mais calor ou se ela trará chuva é pura e desnecessária especulação de quem não soube apreciar o benefício.
- 2 – Gratidão: Ser capaz de agradecer a Deus ou a força maior que você acredite que exista pela vida, mesmo diante de condições adversas. Saber que você é uma semente que desabrochou , anda, respira e pensa é magia Superior. E se você pensar nas outras sementes que germinam, lembre-se de elas ficam presas sob a terra, a menos que alguém as mova de lugar. Ainda assim, elas são gratas ao sol, a água e ao vento, benefícios do Criador.
- 3 – Competência Construtiva: Entender que você não está neste Mundo a passeio e tomar ciência do conjunto indispensável formado entre o Homem e a vida. As ferramentas com a qual Deus o dotou, – Mente e Mãos – são as primeiras realizadoras de obras, desde os mais primitivos tempos.
Você poderá perfeitamente me questionar, dizendo que a mente que cria pode alimentar a mão que destrói. A mão pode da maneira mais sórdida e cruel realizar as elucubrações da mente. Por certo que sim! Mas lembre-se que neste exato momento estou construindo os doze passos da felicidade e “o que seria do azul se todos gostassem do rosa?” – As divergências tá lembrado?
- 4 – Competência de Exercitar os Sonhos: Por que não apenas capacidade para sonhar? Porque apenas sonhar é tarefa dos simplórios, muito diferente do que é simples. Por exemplo: Eu sonho com o mar, o que não significa nadar ou navegar, jamais saberá como é toque da água quem não se dispuser a entrar nela, jamais sentirá a força do vento sobre as velas quem não colocar o barco na água e depois, o dourado do sol sobre a pele será um troféu a mais no conjunto. Lembre-se você é a semente que germinou e andou para realizar.
- 5 – Ser Destemido: A coragem também é a mola impulsionando a felicidade, ela nos incentiva a realizar e a coragem associada à simplicidade na construção dos sonhos já é uma grande conquista. A boa coragem dissipa as dúvidas atávicas da existência.
Boa coragem? Como é isto? Toda coragem não é boa? Não necessariamente! Como disse o filósofo, “Sei que nada sei”. É preciso ter coragem para viver e descobrir o que não se sabe, antes de empreender uma ação que pode ser desastrosa. Caminho para a infelicidade própria ou dos outros. A boa coragem nos leva ao caminho do aprendizado, depois o das escolhas e aí o das realizações. Boa coragem é saber que se pode até sangrar os pés nas pedras do caminho mais difícil, isto se não houver outra forma, mas, lá no horizonte haverá um balsamo perpétuo.
- 6 – Claridade e Leveza: Existe muito peso e escuridão por aí na história dos contraditórios, mas, este submundo que subjuga milhares de almas é insuportável, denso e frio. Olhar para o alto através das nuvens negras e ver o sol e/ou as estrelas, encher os pulmões de ar fresco quando o em condições de ar rarefeito é algo fantástico. Estas obviamente são imagens figuradas do dia a dia, dos problemas que enfrentamos e são ao mesmo tempo, chaves para soluções.
Deixa-me contar uma historinha breve: Tenho uma prima que é muito engraçada, apesar de viver uma vida de oportunidades e escolhas sofridas. Ela sempre nos faz rir, principalmente quando nos conta as suas noites de pesadelos. Ela é extremamente medrosa, mas, pelo menos para nós, ela não consegue colocar peso nestes medos. Você pode até achar que isto é uma maldade mossa, mas não é. Ela consegue tornar a própria tragédia em uma comédia. Tudo nos seus pesadelos vira uma grande trapalhada e, no auge do seu desespero, no clímax do pesadelo, surge em seu quarto uma porta. Por esta porta ela escapa, rola na grama verde sob um céu claro e azul. Em sua alma existem claridade e leveza suficientes para permitir que ela paire sobre o seu desespero com uma solução muito simples – a porta.
Na grande maioria das vezes para solucionarmos um problema, precisamos nos distanciar dele criando um novo olhar onde o desespero seja descartado para deixar fluir a inteligência. A criatividade nos permite a invenção de um viver que contorne o problema. Isto não é covardia, mas sobrevivência com bom humor, indispensável para que a nossa alma possa transcender o “lado negro da força”.
Acredito nestes seis conceitos como princípios básicos e comuns a todas as pessoas que pensem em trilhar a estrada da felicidade. Não como a estrada de tijolos dourados nos levará ao mundo de OZ. Não! Você constrói a sua estrada a cada passo, todos os dias e enquanto constrói é feliz até o final do caminho. Sacou? Então nada de Arco Iris e Pote de Ouro. É só a construção ao longo do caminho e o seu legado.
Você deve estar se perguntando: A maluca falou em doze passos, não falou? Vai ficar somente em seis?
Calma! Muita calma nesta história. Eu também falei em passos básicos, que na minha concepção devem ser comuns a todas as pessoas. No mais, fica a gosto do freguês, como um quebra cabeças. Você precisa descobrir os outros seis. É a sua primeira meta – a construção da sua chave. Marca pessoal, intransferível e diferenciada.
As minhas? Que tal: - 7 – Fidelidade aos ideais (traçar uma linha de princípios e trilhar sobre ela) ; - 8 – Competência para exercer o perdão; - 9 – Competência para reconhecer os erros e retroceder; - 10 – Competência para amar plenamente a si e ao outros; - 11- Competência para esquecer as mágoas e aprender com as dores, para seguir em frente; - 12 – Competência para entender que o Mundo acontece independente de você, mas que ele espera o melhor de você.
No mais, é vida, só vida que segue em frente.

Rosamares da Maia – Abril de 2017.

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