Ondas

Foto de Carmen Lúcia

Náufragas palavras

Pobres náufragas e inaudíveis palavras,
vagueando perdidas no vasto oceano
à mercê do vento, ondas e tormentas,
tentando emergir a um novo plano.

Viajantes sem destino buscam outro rumo,
uma razão maior pra se tornarem texto,
vagam imersas, desencontradas, sem prumo,
apagadas, sem nexo, longe de um contexto.

Ah, palavras, que não se deixam ouvir...
Que itinerário pretendem então seguir?
Não emitem som, trazem dias sem glória...
Qual ancoradouro aportará a fantasia,
a ousadia se um dia se tornarem história?

Quem sabe as estrelas do mar as embalem,
aconchegantes e faceiras as façam refletir,
ou a linha do horizonte as encontre
defronte ao novo pôr do sol que há de vir...

Quem sabe as ondas do mar as naveguem
e brancas espumas as façam se quebrar
num castelo de areia que ansioso aguarde
o mundo de sonhos que sonham ancorar.

(Carmen Lúcia)

Foto de carlosmustang

ME SEE MY OWN IMAGE

Me conter por ti aproximar
Sentir seu cheiro,e me oprimir
Delirar por ti, existir
Admirar por estas aqui!

Em ondas do manejo
Nem viver com seus beijos
O frio me abastece, eterno!
Alimenta meu olhar! Com Poder

Revirando todo tempo
Mascarei-ti em outras faces
Ficou bom com o tempo, Ti Amar!

Se outro ti protege, amado será
Que a augura do seu sorrir
Me descame de Amar-ti, até o fim.

Foto de Paulo Gondim

Velas e sonhos

VELAS E SONHOS
Paulo Gondim
24/07/2012

VELAS E SONHOS
Paulo Gondim
24/07/2012

Sinto-me nas ondas desse mar imenso
Vejo e velejo e navegando penso
No sonho que ficou no cais
E em cada sopro fresco do vento
O sono me foge e me faz atento
E navego mais

As velas brancas rompem a paisagem
E teu vulto doce me vem como miragem
Na saudade do esquecido navegante
E na angústia que me aperta o peito
Me vem a lembrança do sonho desfeito
No brilho fosco da lua no horizonte

Em mim, navega tua lembrança
Como resto desfeito de esperança
De que te veja novamente um dia
E, assim, o sonho já nem vive mais
Olho para trás e te vejo no cais
E sigo navegando nessa fantasia

Foto de Carmen Lúcia

Sem explicação

Vejo-te nas densas brumas do oceano
em cada onda a se quebrar
no branco de sua espuma
no céu a refletir no mar
na brisa que sopra ao meu ouvido
palavras que vinhas me dizer
promessas que vinhas me fazer
carinhos que me faziam crer
que o mundo se resumia
em teu e meu querer.

Hoje caminho sozinha...
do mar, o céu anoiteceu
o branco tosco escureceu a espuma
as ondas bailam devagar
o pranto nubla meus olhos
algo em mim morreu...

Desmorono castelos
de dentro de mim
pisoteio sonhos
que tiveram fim
espezinho as palavras sutis
as promessas vis
cenário ilusório do amor
que não pôde ser...

E sigo nua de emoção
sem nada explicar ao coração...

_Carmen Lúcia_

Foto de William Contraponto

Cenário

Me lembro bem do cenário montado
Numa casa na praia, num fim de semana
Ou feriado qualquer
Uma cama feita no chão
E alguém que segurou na minha mão

Era para ser apenas uma noite
De boas conversas e descanso
Mas se tornou mais envolvente
Com o barulho das ondas naquele balanço

Nossos corpos encontraram o alcance
Que estava ainda faltando
Esse foi um bom lance
Para esquecer o restante
E na nossa segunda noite
O movimento das ondas emprestar
Todo seu balanço aos dois amantes
Ali no chão da sala de estar

Foto de Carmen Vervloet

A Vida e o Mar

A vida e o mar em plena sintonia!
Avanços, recuos, incertezas
e a repetitiva melodia
das ondas que batem com indelicadeza

Labirintos por onde nos perdemos
enfrentando perigos e agitações,
navegando no limite do extremo
num barco sujeito às oscilações.

A vida é mesmo um mar obscuro,
sorvedouro de vivo contentamento,
mistério que ignora qualquer conjuro...
Mas que deixa tudo calmo num outro momento!!!

A vida e o mar são mesmo imprevisíveis,
ora ressaca, ora calmaria,
ora a serenidade aprazível,
ora a fúria que a alma avaria!

Foto de Marilene Anacleto

O Barquinho

Da janela do meu quarto eu vejo o mar
Sob a luz de um raio de sol segue,
Mansinho feito as ondas, o barquinho.
Gaivotas o rodeiam e perseguem
A rede, de peixes carregada.

Pescador saiu de casa cedo
Pela família e seu amor
Nada o detém, nem chuva ou medo,
Alimento na mesa, afeto e calor,
Forma de demonstrar o seu amor.

Animo-me. Arrumo o quarto.
A esperar o pedreiro, preparo o café.
Sigo assim, sob o raio de sol
Que agora se mostra a quem quiser.

Quem tiver olhos que veja
E alimente com poesia a sua alma.
Que sustente sua luz, sua beleza,
Com confiança e fé em quem lhe ama.

Foto de Diario de uma bruxa

Ser assim.

Queria poder ser assim como o vento
Para soprar nos quatro cantos do mundo, ser violento e leve ao mesmo tempo.

Queria poder ser assim como a chuva
Para cair intensamente, enchendo rios e vales, e aos poucos virar ondas gigantes transformando-se em constantes tempestades.

Queria poder ser assim como a terra.
Dura e cálida, firme no chão, pisada, batida. Quente com a luz do dia e fria com ao cair da escuridão. Sofrida por sua rotina, mas feliz, pois são nela que brota a vida, raízes e a fonte de vida que são as grutas de águas límpidas, aquelas que estão secando aos poucos neste mesmo chão.

Deby N. M.

Foto de Xaverloo

Inventariando

*
*
*
*
Eu e as minhas mãos vazias
No passo apressado de toda correria
Deixamos ao mundo tudo que trouxemos
Inventariamos nossos sonhos não alcançados
Abrimos mão dos nossos fardos
E roubamos da vida o direito de viver enquanto se faz possível.

Eu e meus pés descalços
Degustamos o sabor da terra nua
Caminhamos nos versos das canções da vida
Escrevemos nas páginas das folhas ao chão
Deixamos nossos livros não escritos à mão
Para registrar a longa vida que viveremos neste curto espaço de tempo.

Eu e meus olhos nostálgicos
Na captura das partes que se não deixam perdidas
Ricocheteamos toda boa imagem que testemunhamos
Fiquem com flores que pretensiosamente roubamos
E espalhamos as pétalas em forma de fantasia
Porque na nossa vida, escolhemos o perfume que o vento em flores trazia.

Eu e meus ouvidos atentos
Na sonha de distinguir os sons do silêncio
Partituramos o canto que não viaja nas ondas da invenção humana
Transcrevemos as vibrações de emoções inexplicáveis
Que a cá neste mundo suspiramos
Alardeando o choro, o grito, o sorrir e o desespero dos aflitos
Na esperança da felicidade que por vezes nos tateia e nos deixa.

Eu e meus lábios culpáveis
Beijando a ousadia de tentar descrevê-la
Sob a ótica desse instante que transforma-se constante
Entrego a prepotente vontade de desnudar a vida e explicá-la
Decido vivê-la e não mais
Até experimentar o sabor que tem a morte
Que por certo também faz parte da vida.
Prometo, por seu doce sabor, nunca mais perdê-la.

Xaverloo

Foto de Fernando ARC

Sinto saudades....

.
.
.
.
Saudades do passado,
de tudo o que senti,
o amor que foi escravo,
o desejo que foi para ti.

Saudades dos beijos que não te dei,
dos abraços e carinhos que não troquei.
os dias que queria passar a teu lado,
do desejo de ser para sempre teu namorado.

Sinto saudades das viagens que não aconteceram,
das paisagens que a teu lado não contemplei.
das ondas do mar que não nos molharam,
e de todos dias que eu te amei.

Saudades do teu sorriso a brilhar,
de tudo o que não foi acontecer.
das noites juntos ao luar,
e dos carinhos que queria ter.

O que agora sinto,
está perto de chegar.
é o futuro que me diz,
e tenho saudades de te amar.

Eu simplesmente estou perdido na saudade,
e em tudo aquilo que vou lembrar.
Mas são as coisas que não fizemos,
que eu mais de ti irei recordar.

Saudades infinitas

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