Ouvidos

Foto de LuizFalcao

"O MENSAGEIRO"

De LuizFalcão

Um homem!...Farrapos!...Pés descalços! Na mão um cajado!...
Uma sensação forte comovia a todos quando chegou o estranho!...
A praça estava cheia naquele dia!...
Era como um imã àquela figura.
Em pouco tempo uma multidão o cercara como se fora conhecido.
Talvez um amigo?
Não era o caso, no entanto, havia um certo brilho no olhar!
Fascinante, inebriante, hipnótico!
De repente brados ecoavam da multidão:

- Fala-me do amor!
Disse o solitário
- Fala-me da esperança!
Implorou o desesperado
- Fala-me de vida oh sábio!
Suplicou o moribundo

Calmamente ergueu a cabeça, olhou fixamente o ajuntamento e como alguém que alcançara o conhecimento disse:

- “Falar-vos-ei a todos de uma só vez”

Uma pausa.

- “Sábio não sou”

Disse ele.

- “Posto que sábio, há um só e é aquele que das vossas necessidades me instruiu, não por palavras jogadas ao vento, mas com poder para aplacar duvidas e sarar feridas dos corações, qual os vossos neste momento”

Assim, continuou o indagado a responder aos seus interpelantes

- Trago-vos a Palavra que expressa a vontade e também o nome daquele que me enviou a responder-vos.
Quando perguntais pelo o amor, ou pela esperança, ou pela a vida, lembrai-vos peço-vos deste nome, posto que fora dele jamais achareis para vós resposta nem solução.

Ele é todas essas cousas e muito mais, e quem a Ele se achegar, jamais sentirá falta delas.

Falo-vos de Jesus Cristo o Salvador, Filho do Deus vivo, que deixou sua glória nas mãos do Pai Eterno e desceu a terra em forma da sua criação e se fez carne.

Ele, o Autor da vida, habitou entre os homens!
Experimentou as limitações humanas como se Deus não fora!
Viu a dor dos desvalidos com olhos de homem!
Sentiu as emoções humanas, das quais, todos vós sofreis os embates.
A tentação suportou em corpo humano e a tudo dominou por amor, para dar-vos a esperança da vida que está por vir.
A morte não pôde derrotá-lo, pois o Senhor da vida, da morte é o Mestre.
Mas ainda que por breve momento, sim, por paixão, por amor profundo pela obra de Suas mãos, que sois vós, permitiu-se perecer até ressuscitar ao terceiro dia depois de entregar nas mãos do Pai Eterno o seu Espírito Incriado.

Como O Cordeiro de Deus foi Ele imolado na cruz do Calvário!” ...
Dessa forma continuava a discursar o emissário, tendo a sua frente uma multidão ainda maior de ouvintes:

- “Amor!” ...

Oh Sim! Falar-vos-ei de Amor e direi que não é uma mera palavra a qual os homens vulgarizam”.
Amor é o sinônimo do auto-sacrifício ao qual o Pai das luzes dispôs-se por vós outros que interessados indagam.
O Seu amor é a esperança que traz vida aos corações sedentos da verdadeira justiça, posto que O Senhor dos senhores e O Mestre dos mestres, não vos criou para dar-vos a morte, mas formou-vos do barro para presentear-vos de vida.
Mas então, se assim é, por que vós vos sentis desesperados, abandonados e sem vida em vossos corações?
Porque sentis despojados do brilho da luz que do alto se vos reluz?

Perguntou o que discursava.

- “Responder-vos-ei também a esta questão, ainda que aparentemente possais já não querer saber, visto o tom que estas palavras possam percutir em vossas almas, no entanto, não silenciarei mais os lábios até que tudo o que me foi ordenado vos seja proclamado, porquanto sei que dentro dos vossos corações tais questões foram sondadas por Aquele que tudo vê.”

Fez uma pausa o arauto...

Olhando em volta, encheu-se da graça que do alto lhe trasbordava as entranhas.
Com a voz transformada, como se ele não fora o que discursava, disse em tom mais doce que o mel que escorre dos favos:

- “Por que me negais em vossos corações? Por quê!?...”.
...Minha Palavra o mundo correu e o rodeou e deu voltas e voltou sem nunca me chegar vazia.
Desde o inicio, por todos os meios e modos, através dos astros no firmamento, para que ao olhá-los imaginásseis que não estariam lá por mero acaso, antes, haveria uma mão que os houvera formado e que do acaso não sois vós também o fruto.
E assim, entendêsseis que há quem por vós se importe, e por meio de Homens Santos vos falei.
Assim, através de toda a natureza que vos cerca, Preparei os vossos corações para que quando chegasse aos ouvidos vossos a palavra minha, fosse como boa semente que cai em terra fértil e brota e cresce e frutifica.
Mas vós porém, escutando-a não ouvistes.
E vendo a cruz, altar do sacrifício eterno e definitivo, não crestes e não olhastes dentro dos olhos meus, quando no momento em que o sangue me escorria o rosto, ao Pai clamei por vós, para que não vos destruísse.
Minha cabeça cravada em espinhos foi coroada por todos os homens de sobre a terra, mesmo aqueles ainda não nascidos, para que nenhum de vós fosse inocente.
Sim por todos vós, obra das minhas mãos. Fiz-me sacrifício!
Minha dor e meu amor são o gracioso dom com o qual vos presenteei.
O transpasse dos pregos em mãos e pés, dos quais permiti que minha vida se esvaísse para que por meu sangue o Pai Eterno não vos visse a maldade dos corações, posto que o meu sangue tem este poder.
O poder de lavar-vos as maldades, as quais Eu, Eu mesmo vos perdoei.
Estáveis nus diante de meu Pai, porém, com cada gota do meu sangue confeccionei para vós vestes brancas e cobri vossas transgressões desde as vossas cabeças até a planta dos vossos pés e vos revelei o propósito que desde a eternidade estava no coração do Pai.
Quando subi as minhas alturas para assentar-me ao trono da minha glória, não vos abandonei, antes enviei sobre a terra o meu Espírito para vos guardar, ensinar e conduzir, mas vós não o ouvis, estais surdos com o alvoroço dos povos e as festas das vossas maldades.
E agora?
Que vos farei?
Vós os que não me deram ouvidos perguntais pelo amor, e pela esperança e pela vida?
A todos os que clamais com sinceridade, falo-vos novamente pelo mensageiro, destes últimos dias da terra, que diante de vós está.
Quereis vida?
Ouvi-o!
Quereis amor?
Ouvi-o!
Quereis esperança?
Eis ai diante de vós aquele, por cuja boca falo-vos novamente.
Ouvi-me agora, antes que tarde seja ou com toda certeza, assim como do pó vos tirei para amar-vos, para o pó vos lançarei e no mar do esquecimento, nunca mais sereis lembrados, posto que isto vos prometo, quando voltar nas nuvens com meus santos e anjos, vos declararei também a extensão do meu juízo!
E, se encontrar-vos novamente perguntando por todas estas coisas, sem que delas tenhais tomado à posse que hoje vos dou, por minha palavra eu vos digo hoje:
Não achareis mais em mim clemência e nem misericórdia, ainda que com lágrimas de sangue as imploreis.
Meus anjos tomar-vos-ão de sobre a face da terra, assim como as águias que arrebatam as suas prezas e lançar-vos-ão no lagar da minha ira, pois desprezastes o meu amor que vos derramei.
Assim digo-vos: Vinde!...
...Vinde e banhar-vos-ei no meu sangue!
Tomais, pois a posse da herança que vos preparei para que no lugar da ira minha, acheis os céus em festa ao ver passar pelos portais da santa morada, vós todos, os que para meu Pai, com o meu sangue comprei!...
...Vinde! ...Vinde!!!!!!.."
Calou-se em profundo silêncio o mensageiro e abrindo arcos gigantescos de alvas e reluzentes penas desapareceu!....

Foto de Felipe Ricardo

Apenos Escrevo

Ah insolita noite que me tira
As palavras que tanto espero
A mim chegar para pode delas
Escrever coisas tão belas quanto

Tu menina que da noite se faz
Criatura presente em minhas
Frases tão sem sentido, pois
De tempos em tempos faço-me
Ser sem alma e vida que espera
Alguem chegar para em meus
Ouvidos susurar palavras para
Aquela que dona é disto que faço

Ah como escrevo, escevo como
Um louco que corre contra o cruel
Tempo que teima em me fazer ser
Longe de ti que ainda me susura palavras

Foto de Ana Botelho

DIVAGANDO

Onde estarão os que sorriram e estiveram comigo...
Será que pousaram as suas vidas em meras fantasias,
ou ficaram voejando pelos vales em repetidos círculos,
como libélulas douradas, mas que também se apagaram
ao primeiro contato ao reluzir a primeira luz intensa,
lá, onde os corações famintos de calor sonham chegar,
porque foi naquele lugar que sempre desejaram estar
na ânsia incontida das buscas e dos seus próprios projetos,
mesmo sabendo dos riscos que certamente correriam,
de bombardeios, de tolas emoções vividas em vão,
será que apesar de tantas tentações andaram monte acima,
ou ainda estão distantes sem que os seus ouvidos
pudessem se sensibilizar e alcançar esses apelos .
Talvez eles ainda arrastem por aí a sorte de se saberem
intimamente dominados pela força eterna do amor,
ou carregam a sua enorme dor, a da pesada solidão.
Emanciparam, ou nem ousaram sair dos seus rústicos casulos,
permanecendo em estados latentes... apenas estáticos...

Tem dias que me dá uma enorme vontade de ficar assim,
ausente da realidade tão tosca e cruel e não resistir
ao desejo incontido de morar em um mundo abstrato
e lá, criar um universo de todos os que sonham em partir.

Foto de LordRocha®

Devaneios...

Essa noite me peguei em devaneios;
A vagar pelas ruas sombrias e solitárias;
Pelos becos e pontes, em busca do nada;
Sem direção, sem rumo, sem motivo;

Procurava algo que não encontrava;
Um vazio era tudo que sentia;
Busquei o motivo, a causa, a solução;
Mas também não pude encontrar;

Sentia a brisa da noite, tocar minha face;
O cheiro úmido pairava no ar;
A lua estava como a me observar;
As estrelas me espreitavam;

O vento uivava nos meus ouvidos;
Como se quisesse me dizer algo;
O silêncio era pleno e suspeito;
Por um momento senti o coração acelerar;

Assustei-me com a sensação;
Senti-me em plena e total melancolia;
E por um instante, parecia apenas eu;
A solidão me tomou, senti quando me tocou;

Como um lobo uiva para a lua;
Senti meu âmago num longo grito mudo;
Clamar por seus beijos, por seu cheiro;
Clamar por você...

§corp¥on®

Foto de SuzannaPetriMartins

Recomeçar

RECOMEÇAR

Meu amor:

Você descortinou um véu que me cegava e me mostrou a verdade. A vida deve ser vivida plenamente, sem rodeios ou desculpas. Problemas? Existem para que possamos amadurecer e crescer. O que seria de nós sem eles.

Obrigada por me mostrar o caminho do meio. O racional. Sem jogos ou mentiras, que eu acreditava piamente serem verdades absolutas. Mas elas não existem não é mesmo? Tudo tem dois lados. Só que eu estava olhando para o lado obscuro e feio. Aquele que não me dava alegria e nem prazer. O que me fez acreditar que para mim não havia mais nada a ser feito. Que não tinha mais jeito, a não ser o fim.

Mas a vida está repleta de fins. Afinal é por isso que existem os começos. E hoje comecei a ver que o céu continua azul apesar das nuvens. Que os pássaros dão um jeito de cantar e se fazerem ser ouvidos mesmo nas grandes metrópolis. Que um pensamento viaja mais rápido que a luz e que podemos ter as pessoas que amamos perto de nós mesmo estando longe. É por isso que existem as lembranças. E que elas podem ser repetidas várias e várias vezes, nos consolando, matando ou pelo menos amenizando a nossa saudade. Que devemos aproveitar cada momento, pois são únicos e passam rápido demais.

Em suas poucas palavras duras, que precisava escutar para me trazer de volta do abismo em que me encontrava, me fez relembrar de tudo isso. Há muito esquecido.

Ainda sou uma mulher inteira, forte e que tenho a capacidade de encantar, ajudar, dar alegria e prazer a muitas pessoas com a minha companhia. Sei que muitos sentiriam a minha falta.

Sinto-me gratíssima pela sua revolta, pois ainda tenho muito a oferecer e é isso que já estou fazendo. Mostrarei ao mundo sem perder mais nem um segundo com lamentações e dores do passado. Viverei o presente, pois é ele que está aqui. Aproveitarei um leque de oportunidades que se abre todos os dias me mostrando que tenho escolhas e que posso ser muito feliz novamente.

Foto de Graciele Gessner

Um Jogo Diferente. (Graciele_Gessner)

Prepare o campo, é preciso muitos dengos, beijos, abraços... Conquiste o seu espaço, o meio-campo, vai avançando a área do adversário. Envolva e desenvolva. Arrepie e surpreenda.

Quando estiver óbvio quem fica na posição defensiva e no ataque, o jogo será iniciado.

O jogo tem regras, é dividido em dois tempos. O primeiro tempo é para conhecimento da área. O segundo tempo é hora de mostrar as suas habilidades. Corra quem puder, porque o objetivo do jogo é o gol e a satisfação de ambas as partes.

Fique atento para não cometer nenhuma irregularidade, pois não são admissíveis ofensas e agressões. Aceitam-se no jogo muito amor e respeito, declaração e carinhos.

Cuidado com a falta dentro da área, é pênalti e sem direito da barreira. E caso ocorra esta penalidade saiba executar um lindo gol, para tremer a estrutura. E nada de meter a bola na trave, pois gritos desagradáveis serão ouvidos.

Caso não ocorra o gol, cuidado! Vão-te trocar por outro atacante capaz de cumprir a missão de vencer o jogo.

Preste atenção! A defensiva existe para não permitir o ataque adversário. Avance o campo, faça o jogo acontecer.

E quando acontecer o gol, saiba que o jogo pode estar chegando ao fim e com a missão devidamente alcançada.

Contudo, saiba jogar para que ambos possam ganhar...

11.07.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de slotter

Eterno amor

Amo-te,
amo-te mais do que um poeta podia descrever
com a sua pena d'ouro mais preciosa;
mais do que um pintor podia pintar
com o mais romântico dos cenários;
mais do que um escultor podia talhar
no mármore mais macio de sua selecção;
mais do que um fotografo podia captar
no momento mais único,
e maravilhoso deste mundo;
mais do que um cantor podia entoar
com a mais tocante das canções.

É o que eu sinto,
é o que eu sinto por ti:
uma amor épico
que já mais alguém superará,
um amor que sinto,
quando olho, no fundo
de teus belos olhos
e vejo a paixão
que floresce a cada batimento
de teu doce coração.
E meu amarga, quando
na tua presença não está,
meu coração perde a força,
meus olhos se fecham;
meu sorriso se apaga;
mas não meus ouvidos,
que enquanto deitado
na pedra fria e áspera,
esperam ouvir tua suave voz
para de novo despertar meu coração
da eterna solidão.

Eu amo-te
eu vou amar-te
e so a ti amarei,
até que os anjos
me venham buscar,
por ti e por teu amor vivo,
e apenas por ti
deste mundo partirei.

Foto de LuizFalcao

"Fica em Paz"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão

Ao recolher-me, ainda forte o vazio,
Herança da ausência tua!...
Deitado, as memórias não me permitem um repouso.
E como dói essa presença que tais memórias me trazem!...Esse vazio tão cheio de saudades!...
E nos teus lugares preferidos, e em cada canto da casa, sinto-te ainda tão presente!...
Vejo passares de um cômodo ao outro nos teus afazeres diários e rotineiros,
E o cansaço que nos últimos dias, te afligia o corpo enfermo.
Vejo no rosto estampada a tua tristeza e no olhar as tuas alegrias que são os teus amores, os teus rebentos.
O Olhar teu, desvendando os segredos dos olhares nossos, decifrando-nos os sentimentos.
Das mãos tuas, o calor intenso do amor que nos aquece o coração.
Sobre as nossas cabeças, as mesmas mãos nos ungem de bênçãos,
E com orações protege-nos o teu amor, movendo o céu, o dedo de Deus ao nosso favor.
Longe, em nossa infância, vão buscar-te mais lembranças trazendo-te pelas mãos.
Novamente aos nossos ouvidos a doce voz do passado que embala o sono,
Ao mesmo tempo em que corrige os nossos erros com severas advertências.
Sinto no rosto, os peitos que naqueles dias mataram a minha fome,
Teu cheiro me faz descansar seguro.

Memórias!...
Levam-me de um lado para o outro e em segundos, tantas lembranças!
De tantos sorrisos, de muitas lágrimas, de esperanças e de força, muita força...
Quanta força em tão frágil ser!...Quanto ser em tão frágil corpo!...
O corpo... Cárcere, sofrido, doido!...Cansado de viver!...
Exausta, minha alma não descansa, e novamente vêem as lembranças.
Tão tristes... doídas...recentes! Novamente me põem diante da pedra fria.
Pedra... Aonde o teu cárcere envolto em mortalha, me fez chorar.
No desatar das amarras, descobria o corpo nú, ao qual novamente cobri com teus melhores vestidos.
Debrucei-me sobre o peito, ainda quente, do corpo pálido e inerte.
O coração em silêncio não fazia mais fluir em tuas veias a minha vida rubra.
Enquanto te olhavam os olhos meus, meu coração perguntava por ti:
Onde estavas minha vida? Para onde foras minha querida?
Onde estava o consolo de tua presença vívida?
Confuso, incrédulo da ausência tua, desesperava-me a saudade.
Saudade!... Salgada, molhada, brotada da lamina dos olhos, dói no peito, rasga a alma!
Quanta saudade se pode sentir, sem sufocar, sem morrer?
Quando enfim, com voz embargada e tremulante pronunciei a palavra adeus, ouvi em meu íntimo tua voz de criança dizendo-me:

“Não sofras...Fica feliz! Estou transpondo os portões da cidade dourada! Minha cidade amada...Meu lar! Vejo todos. Os que amo, me aguardam. Entre eles, o mais Amado! Nos braços Dele, do meu Senhor, de toda luta e dor, de toda lágrima, enfim... Descansar! Sei que sofres, pois também já senti essa dor, mas creia em mim...Tudo passa! O tempo é como a água que escorre entre os dedos e logo se vai. Há de chegar o dia em que estarás transpondo os mesmos portões e eu...Eu também estarei lá aguardando para te abraçar e tu estarás feliz assim como estou agora. Então, viva o tempo que tens da melhor maneira. Viva com intensidade cada segundo, cada momento até que chegue o nosso dia de estarmos juntos outra vez. Fica feliz! Fica em paz!”

E nesse consolo que não consola, novamente me vi chorando num misto de dor e de raiva...Tanta raiva!
E tanto amor! O amor que vinha do fundo das entranhas e que socava as vísceras até explodir na garganta um canto.
Melodias vibravam as cordas vocais e jorraram como um rio não represado, posto que os olhos secaram como a terra sem chuva.
Meu lamento era sonoro. E sonora foi toda aquela noite!
Enquanto outros velavam seus mortos, as notas sofridas fluíram alto... Muito alto na madrugada!
Meu corpo tremia levitando o meu lamento! Elevei as alturas minha dor em cânticos de amor e de saudades.
E nesse instante viajei pelo tempo. No passado distante e no recente.
E lembrei de tudo o que foi e não seria mais.
Pensei nos cantos vazios da casa. Nos olhares que estariam ausentes.
Nos sons dos sorrisos. Nas brincadeiras. Nos beijos molhados em minha face.
E na voz que sempre ouvia abençoar minhas partidas: “Deus te abençoe e te traga em paz”
Enquanto contemplava teu rosto em profundo sono, ouvi em meu espírito novamente ecoar as palavras:
“Fica em paz!”... “Fica em paz!” “Paz!...”

Estas últimas, porem marcantes lembranças, gostaria de esquecer e guardar apenas aquelas que sempre me farão sorrir, mais a vida não é toda feita de momentos felizes apenas, nem de presenças perpetuas, mais com certeza, alegres ou tristes, sempre presentes estarão as lembranças, e nelas mamãe querida, comigo sempre estarás, por onde quer que eu vá. “Te amo”

Em memória de minha mãe Maria de Lourdes Lemos Falcão.
De Luiz Antônio de Lemos Falcão. Rio 19/11/1998.

Foto de Osmar Fernandes

Levante desse estresse

Você anda muito triste.
Erga a cabeça!
Ao mal desobedeça...
Sua vitória existe.

Não dê ouvidos aos incrédulos.
Tenha fé, seja forte, conquiste!
Pense!... Você tem créditos.
Um otimista jamais desiste.

Você é o dono de sua vida.
Vencedor, lute!
O sonho é a magia.

Levante desse estresse.
Siga em frente... dispute!
Ser pessimista é o que enfraquece.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Edson Cumbane

ARREPENDEI-VOS

Inéditos espíritos temporais
Esplêndidos e fatais
Guiais o mundo
Para frente
Para revolução...
É o que transparece!

Vejo tecnologias!
Que belas inovações!
E de lado
Vejo penúria, loucura,
Insanidade, tirania e falsidade!
Será esse o preço do tremendo
E tão valoroso desenvolvimento
Económico e tecnológico?

É normal o nosso mundo
Desenvolver lenta e preguiçosamente
Durante os milênios antes de Cristo
E astronomicamente desenvolver
Em um só século- o vinte?

Forças transcendentais dirigem
O nosso planeta- Certamente!
O fim está próximo- Diz o Senhor
O nosso Senhor-Mor do Universo
Busquei a verdade- é uma só
Jesus disse:
Eu sou o caminho, a verdade e a vida
Quem tem ouvidos ouça o que Espírito diz as igrejas-diz o Apocalipse, arrependei-vos-disse o João Baptista
O fim está próximo- Disse o Senhor
Eis que é chegada a era apocalíptica!
Arrependei-vos e tomem a salvação
Ela é gratuita- arrependei-vos.

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