Paisagem

Foto de Henrique Fernandes

OLHAR DE POETA

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Paro o meu olhar pensativo e sério
Sobre uma árvore sozinha na paisagem
Despenteada pelos ventos de Outono
Assim como eu desfolho as minhas folhas
Numa escrivaninha que sabe os meus sonhos
Tal como aquela árvore estou em mudança
Ela pelo vento e eu pelo fogo da vontade
Reduzindo a cinzas os males de ontem
Sobrevivi a tristes acontecimentos
Libertado do sofrer por família e amigos
Preenchendo a minha paisagem de todas as cores
Desenhando traços sorridentes na minha tela
Pendurada ao nível das minhas mãos
Agradecidas pelo talento da minha vocação
Renascendo para a vida com minhas vivências
Acompanhado por uma qualquer fantasia de tantas
Mas acima de tudo como aquela árvore
As minhas raízes enterram-se profundas
Alimentando-se nas veias da confiança
Nessa terra que reclamará sem benevolência
A si a podridão da nossa carne mortal
Mas a razão bela da primavera sugará
Nossa alma inocentemente imortalizada
Na eternidade que o tempo expõe infinito
Comigo, aquela árvore ali despenteada
Deixaremos ambos de ser, seres solitários
Diante dela escrevo verbos de encorajar
Sobre o conforto da minha fiel escrivaninha
Escrevendo o meu faz de conta tão real
Como as folhas que regressarão aquela árvore

Foto de psicomelissa

duda está de volta

TOMAR BANHO, COMO É BOM !

Ontem querido eu vi a lua e mesmo não estando cheia como gostava de vê –La quando estava na praia e de certa forma próxima a ti. Mesmo que a proximidade seja carregada de simbolismos. Porque sabemos que você está apenas internalizado dentro de mim mas não nos encontramos ainda né?
Porem ontem quando vi a lua rodeada de estrelas e o céu estava divino, não consegui deixar de pensar que pra que a noite fosse perfeita, só me faltava a sua companhia. Afinal estava voltando do trabalho quando tive esta visão maravilhosa.
Olhe pra d. lua e desejei que ela me trouxesse um amor eterno, verdadeiro e seguro. Mas como o Sr. Café sempre diz pra eu ter cuidado por que “tenho o dedo torto”.
Por isso ousei desejar um banho refrescante, onde todas as preocupações e problemas deveriam se esvair junto com a água que escorria do meu corpo, levando toda a sujeira impregnada nos poros e junto com a sujeira o cansaço e o que antes fazia minha alma ficar escura e suja (problemas e preocupações) também se fora com a água que percorria todo meu corpo, revigorando e relaxando.
Confesso que o banho só seria melhor se eu estivesse tomando banho acompanhada pelo homem da minha vida, porque alem de ser especial porque ambos saberíamos que seria apenas a preparação pra de dois tronarmos um.
Sabe como gosto de tomar banho e como este ato é significativo e especial pra mim.chegando a ser um ritual.sabe que você é um amigo formidável, alem de ser a pessoa em quem eu confio e faço minhas confidencias.
Por isso Sr. Café sempre soube da minha fraqueza que é tomar banho, principalmente se estiver acompanhada por mi amore.
Depois poder sentar numa varanda para ver a noite, d. lua e suas companheiras, as estrelas, que alem de fornecer um clima fantástico e extremamente inspirador, quando acompanhada estou.
Se ao meu lado tenho o homem da minha vida provavelmente neste momento inicial estaríamos juntos admirando a paisagem e conversando sobre o dia exaustivo de trabalho (de ambos) e partilhando segredos, confidencias que são dignas apenas dos verdadeiros amantes.
Bom, sei que o Sr. Café entende por amantes assim como eu, Maria Eduarda , que a palavra amantes está livre de significados pejorativos e vulgares. Amantes pra mim (Maria Eduarda) são dois adultos que sentem um sentimento forte um pelo outro, onde o lugar é apenas um detalhe, porque quando se juntam o mundo pára pra poder admirar como é mágico ver a sincronia destes que se amam.
Por isso são denominados de amantes que somente o sentimento puro e verdadeiro pode guiar e sincronizar os corações pra sem falar palavra alguma, o outro sabe o que deva fazer pra realizar e dar prazer pra quem está tão próximo, que de dois corpos acabam sendo unidos pelo desejo e pelo nobre sentimento do amor tornando se um.
Está é a magia de amar e ser amado, ah! Que saudades têm de quando o meu coração tinha dono, hoje muitas vezes nem me reconheço, saber ficar só não é fácil. Mas hoje, Maria Eduarda aprendeu a não aceitar mais migalhas de afeto.
Desejo apenas ser tratada como uma nobre donzela, ao invés de receber afeto como se fosse um favor. Por isso este é apenas um devaneio que Duda relatou em primeira pessoa, entendam como se você estivesse ouvindo no lugar do Sr. Café, este grande desabafo de Maria Eduarda.
Afinal até as grandes heroínas tem suas dores e crises, no caso de Duda está preferindo ficar só, ao invés de se relacionar com uma pessoa “menos pior” e que não seja o homem ideal. Candidatar é fácil, mas outra coisa é manter se como homem e companheiro nas dores e alegrias (entre outras exigências de Duda)
O que ocorre é que Maria Eduarda não aceita menos, deseja ser literalmente seu conto de fadas e não aceita menos.

ps:quer saber mais sobre nossa querida heroina, visite : http://osrcafeesuashistoriasinusitadas.blogspot.com

Foto de Dirceu Marcelino

NUVENS DE FUMAÇA I

O vapor forma uma nuvenzinha fina!
Como gostava de ver esta paisagem.
Namoro-a em sonhos como tu menina,
Vejo-te ao longe, só a tua imagem...

Como “Maria-fumaça” lá no alto da colina.
A que corria ver todo dia a passagem,
Toda vez do mesmo lugar, da tua esquina.
E como sonho com essa miragem.

Olhava o céu para ver como se dissipava,
A fumaça de meus sonhos de menino.
Mas ainda hoje. Vejo teus olhos que cintilava

Ao ver-me com teu olhar feminino.
O acorde de teu coração vibrava
E ainda aqui ressoa como um hino.

Para assistir video - poema correspondente entre em:

http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4

Foto de Dirceu Marcelino

LEMBRANÇAS DO MENINO QUE QUERIA SER MAQUINISTA DE TREM

***

"Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
P’ro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo ar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar."
( O trenzinho caipira: Heitor Villa Lobos)

***

Eram três crianças de 8, 6 e 4 anos de idade.
Iriam viajar da cidade de sua infância para outra grande metrópole regional.
A viagem de trem:
Enquanto aguardavam na estação a chegada do trem que os levaria para uma cidadezinha próxima, um importante tronco ferroviário que interliga várias ferrovias que vem do interior do estado ao litoral, mais propriamente ao Porto de Santos, o que viam.
Viam as manobras das locomotivas a vapor.
Entre várias, tal como a chamada “jibóia” enorme, gigante, com várias rodas, as “Baldwins”, a que mais chamava a atenção do “menino” era uma “Maria Fumaça” pequenina. Tão pequena que nem tender ela tinha.
Ia para frente apitando, estridentemente:
Piuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuu!
Retornava, repetia os movimentos para frente para trás, tirando alguns dos vagões de várias composições estacionadas nos diversos trilhos da estação ferroviária.
E o Menino sonhava. Queria ser maquinista de trem.
Tanto que ele gostava, que em outras ocasiões, quando levava comida em marmitas para o pai, que trabalhava nas oficinas, permanecia várias horas sentado nos bancos da estação.
Via as manobras das “marias fumaças” e também a passagem das longas composições de carga puxadas por máquinas elétricas, verdes oliva, chamadas “lobas”.
Até que um dia sua mãe resolveu levá-los em uma viagem.
Nesse dia enquanto aguarda o Menino avistou ao oeste um único farol que surgia no horizonte da linha ferroviária, amarelado e a medida que se aproximava ouvia-se o barulho característico daquela famosa locomotiva elétrica, que zumbia como um grande enxame de abelhas: “zuuummmmmmmmmm”
A locomotiva devagar passava do local de aglomeração das pessoas e aos poucos deixavam em posição de acesso os carros de passageiros de segunda classe e lá quase ao final da plataforma um ou dois vagões de primeira classe.
Eram privilegiados, filhos de ferroviários.
O Menino sentia orgulho desse privilégio.
Lembra-se que naquele dia sentou-se no último banco do lado direito.
Dali podia ver que poucas pessoas permaneciam fora da composição. Alguns parentes, que gesticulavam se dirigindo aos parentes acomodados nos carros de passageiros.
Ao longe. Via um senhor uniformizado de terno azul marinho e “quepi”, com o símbolo – EFS.
Aos poucos esse Senhor vem caminhando pela plataforma, desde o primeiro carro até próximo da janela em que o Menino se encontrava.
Para e tira um apito do bolso superior de sua túnica e dá um apito estridente: “piiiiiiiiiiiiiiiirrriiiiiiiii”
Em seguida, a locomotiva apita “Foohhooommmm..”
Novo apito.
A seguir, começam a ouvir-se os sons característicos dos vagões que retirados de sua inércia estrondavam um a um e começavam a se locomover lentamente até que o carro e que o Menino está começa a se locomover, mas, sem fazer o barulho característico, o seja, o “estralo” ao ser acionado, pois os solavancos que se sentem nos primeiros vão diminuindo gradativamente e quando atingem o ultimo praticamente são imperceptíveis.
Justamente, por essa razão é que os vagões de primeira classe são colocados no fim da composição.
Este carro diferia dos demais por ter os bancos revestidos, corrediços, que permitiam serem virados e propiciar as famílias se acomodarem em um espaço particular.
Assim iniciava-se o percurso até a cidadezinha, onde passariam para outra composição, a qual seria tracionada por uma locomotiva a vapor.
Como era linda a paisagem.
Muitos locais dignos de cartões postais, o primeiro, por exemplo, a ponte sobre o rio Sorocaba, que nasce na serra de Itupararanga e desemboca no rio Tietê
Lindos lugares que por muito tempo permaneceram esquecidos, mas que hoje podem ser registrados em fotos e filmes das câmeras digitais.
Fotos que nos fazem afagar a saudade dos dias de outrora.
Mas, além dessas fotos antigas ou digitais, temos a capacidade de guardar no fundo do nosso inconsciente outras imagens e filmes de nossas lembranças.
Revendo tais filmes, verificamos que inconscientemente queremos alcançar trilhar os nossos sonhos, mas, geralmente em razão das dificuldades da lida, não o atingimos, ou então, ultrapassamo-nos e exercemos outras atividades ou profissões que nada tem a ver com aqueles sonhos.
Eu, por exemplo, adoro trens.
Simplesmente, queria ter sido “maquinista de trem”.
Mas termino este conto, simplesmente, para dizer:
À poucos dias, nesta cidade, de onde o Menino iniciou a viagem teve oportunidade de ver, aquele Senhor, em uma comemoração do retorno da “Maria Fumaça” que estava em outra cidade, onde permanecera sob os cuidados da Associação de Preservação Ferroviária, ser chamado entre outros velhos aposentados, pelo Prefeito:
_”Agora para comemorar o retorno de nossa Maria Fumaça - “Maria do Carmo” - chamo o mais velhos dos aposentados.
Puxa! Que felicidade do Menino, ao ver aquele Senhor caminhando pela plataforma da estação.
Sim. Era motivo de felicidade.
Pois o menino, já não é mais tão criança, já é um envelhescente e aquele Senhor continua vivo.
Oitenta e quatro anos.
Era o “Chefe da Estação”.
O mesmo “Chefe de Trem” que vira caminhando a quarenta anos pela plataforma da estação.

Para assistir video - poema relacionado entre em:

http://www.youtube.com/watch?v=7fE5aNx-zQ4
e em
http://www.youtube.com/watch?v=knPPSfHNm2U

Foto de fer.car

POESIA

Poesia que cobre minha alma de doçura
Que me fez forte quando fraca me encontrava
Que deu vida aos meus dias e matou a saudade
Poesia, que é senão esta leve beleza em dizer verdades?
Que acarinha o mais frio coração e cala a maldade
Cada palavra escrita é uma gota de suor, de uma vida sentida
Um sentimento que se foi, outro que vem
A poesia que é prima da morte e do renascimento
Cada verso pronunciado, uma lágrima que eclode do peito
Um sorriso abrasador que demonstra o mais íntimo de um ser
Poesia é senão a nossa maior farsa descoberta
A metade nunca revelada e agora despida
O grito que ficou engasgado na garganta e ora solto ao vento
A loucura mais exagerado, o mundo sob a ótica de um palhaço
Poesia que me fez dizer em beleza a falsidade das pessoas
Ver num voar de pássaros a liberdade tão almejada
Mesmo no cinza ver o colorido
E na dor, a alegria
A Poesia que é simbolo de nova estação
Um arco íris no final de uma paisagem
Uma mensagem que já nem mais esperava ler ou ouvir
A Poesia que vive em meus dias
Porque poesia é tudo que eu vejo
É tudo que acredito e ninguém a tira mais de mim

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CAMINHADA CELESTIAL"

“CAMINHADA CELESTIAL”

Acertei os documentos...
Arrumei os arquivos...
Ruminei meus sentimentos...
Despedi-me dos amigos!!!

Visitei os parentes...
Contemplei a paisagem...
Distribui meus pertences...
E deixei de ser miragem!!!

Viajei sozinho...
Explorei meus sentidos...
Curei minhas feridas...
Vomitei os maus feitos!!!

Perdoei meu algoz...
Desculpei o vilão...
Conversei a sós...
Com o meu anfitrião!!!

Lavei os pés do ex-inimigo...
Beijei a face do traidor...
Deixei de olhar pro meu umbigo...
E prestei mais atenção no amor!!!

Escolhi minha pousada...
Arrumei o meu ninho...
Dei uma bela gargalhada...
E decidi o meu destino!!!

Foto de Jamaveira

Prisioneiro

Prisioneiro

A angustia envolveu-me em abraço apertado
Apaixonada não quer largar-me
Não é para me o que quis
Mas, que faço diante de tão expressivo amor?
Cabisbaixo, atormentado, sem meta, vou indo...
Qualquer lugar mesma paisagem
As cores todas acinzentadas mausoléus abandonados
De mãos dadas resignado ao encontro do nada.
Lembro num lapso de saudade
Que a felicidade outrora dançou comigo
Nos bailes de fantasia gargalhamos de alegria
Descaminhos levaram-me a você: Agonia.
Acasalados no tormento navegamos sem alento
A brisa lá fora assobia macabra
Prenunciando o destino sem volta
Paixão ardente estacou meu coração.

Jamaveira

Foto de Francisca Lucas

Na Capa Do Livro

Minha cara
Refletida na terra,
Meu rosto ali exposto,
Todo derramado no mapa,
Na capa
Daquele livro...

Colocaram minha imagem
Na paisagem,
Passei a ser parte de tudo,
Misturado
Ao solo que geme
E treme,
Com tanta 'devastação que é feita
Ao nosso Planeta!...

...^|^...
.______.

Foto de fer.car

Eu te amo

Eu te amo como quem ama a dor
Eu te amo como se amasse pouco a mim mesma
Porque te amando esqueço de quem sou e do que sou neste mundo
Eu te amo como uma velha história de amor em seus ouvidos
E por mais que o tempo passe e ele passa, torno-me escrava disso
Como se minhas palavras não fossem suficientes
Como se meus braços não conseguissem lhe segurar
Eu te amo como quem ama só
Porque muitas vezes me sinto só
E mesmo que você queira dizer que não
Sua maneira de ser e de agir me faz assim, tão só
Te amando abro mãos de sonhos, de pensamentos e momentos
Te amando me entrego e vejo que somente eu quis suprir
A falta que me faz, a saudade que me arrasa e a ausência de dias
Eu te amo como um amante nas ruas de Veneza
A vaguear por entre poemas e prosas
Por entre uma música e outra a espera do próximo encontro
Eu te amo como aquela suave melodia inesquecível
Como aquela linda paisagem que nunca se apaga
Eu te amo como uma eterna enamorada
E aqui, entre quadros, paredes e mil sentimentos guardados
Ainda espero que o mesmo amor que ora lhe dedico
Seja o amor que queira para sua vida inteira
E seja eu a sua única e eterna amante

Autoria: Fernanda Carneiro

Foto de Dirceu Marcelino

AVATAR - I - S A L O M É

“Imagino-te”? Como nessa imagem.
Morena, esbelta, elegante, altaneira.
Eu me imagino, que sou essa miragem
Sobre o mar de forma sorrateira.

Espectro a interromper tua passagem,
Uma nuvem de verão e passageira,
A envolver-te em atos de libertinagem
E carregando-a para uma alvissareira,

Noite sob o luar desta paisagem
Num colchão de ar sobre a areia
A flutuar no balanço de vai-e-vem

De teu corpo belo de sereia
A entrelaçar-me com a voragem
Da Ninfa que em mim faz uma ceia.

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