Passado

Foto de angela lugo

Tudo passa... Quando não mais se existe

A saudade que muito machucou
A solidão que atormentou
A espera que alimentou
Quando meu coração acreditou
A lua que não apareceu
Naquela noite de amor
As estrelas que caíram
Do firmamento
A tempestade que tudo levou
E nada deixou
Os medos dos obscuros
Que se esconderam na mente
O sol que se deitou
Não aparecendo na minha vida
O amor que me feriu
Profundamente deixando uma chaga
Mas assim como tudo passa
A saudade não mais machucará
A solidão já não existirá
A espera se cansará
A lua surgirá brilhante no céu
As estrelas cintilaram
A tempestade se extinguirá
Os medos se transformaram
O sol aparecerá no horizonte
O amor já não terá o mesmo valor
Pois neste dia já não mais existirei
Estarei em outro plano
Onde nada mais importa
A não ser o meu espírito vitorioso
Por ter passado por aqui
Lembranças não sei se levarei
Mas saudades deixarei
Naqueles que amei e me amaram
Enquanto por aqui fiquei

 

 

 

 

Foto de Sonia Delsin

O QUE GUARDEI

O QUE GUARDEI

Eu tenho aqui... é um punhado de estrelas.
Brilham. Faz da noite um verdadeiro dia...
O que antes era noite vazia pode me trazer tanta alegria.
Eu tenho aqui...um pouco do passado.
Seu riso despreocupado.
Tenho...sua mão me alisando o rosto ternamente.
E o tempo de antigamente.
Fecho os olhos e tenho tudo.
O gramado.
O canto do pássaro dourado.
Você do meu lado.

Das minhas mãos não fogem os momentos.
Estão todos aqui... são fragmentos.
De olhos fechados eu tenho tudo que imaginar.
Vou chorar?
Não, eu vou é cantar.
Por tudo que consegui guardar.
Por estes momentos que consigo recuperar num doce imaginar.
Quando me ponho a divagar.
Quando me entrego ao sonhar...

Os tesouros do coração trago às mãos...as mãos que os recapturam.
Estas mãos que podem flutuar no ar...e em outras eras viajar buscando tudo que conseguiu me marcar.
Foi o seu amar...
Mas isso vem de um tempo tão distante.
Tão longínquo...tão longínquo...
... e nem por isso a emoção de ter de volta é menos forte.
Guardo comigo este amor que venceu a morte.

Foto de Marta Peres

Amanhecer

Amanhecer

O galo começa seu canto
E a passarada faz tremenda algazarra,
Zé sai da casa preguiçosamente
E espreguiça, lá na chaminé vejo fumaça
E sinto o cheiro gostoso do café
Passado na hora, corro para o forno
Na certeza do pão-de-queijo, quentinho
E gostoso, que só Nhá Chica sabe fazer!

Marta Peres

Foto de Sonia Delsin

TRISTE MEU POEMA

TRISTE MEU POEMA

Ele fala de um tempo perdido.
De um tempo que o eterno guarda.
Fala de algo tão longínquo.
Tão do passado que parece que foi um sonho.
Que não vivi.
Mas sei que vivi.
Eu te conheci.
Te reconheci.
Daquele tempo morto eu guardei algumas coisas.
Um par de sapatinhos de cristal.
Guardei o bem.
E quis apagar todo o mal.
O mal do adeus incompreendido.
Parece mesmo que aconteceu a outra pessoa.
Não eu.
Em outras horas parece que a vida me roubou e me devolveu.
Mas de repente o que parecia real se dissolveu.
Foi assim nosso amor.
Fragmentado, atormentado.
Um permitir, um não permitir.
Um ir... um ir...
Parece que somos feitos para o adeus.
Parece que são todos sonhos meus.
Mas não.
Tenho a convicção que tu dormes eternamente dentro do meu coração.

Foto de TerrArMar

Milagre de Natal

Milagre de Natal

Há muitos anos, havia um país onde viviam dois irmãos, eram completamente diferentes um do outro, um, o mano mau, vivia só par fazer maldades ás outras pessoas, só ficava contente quando conseguia fazer mal a alguém, o outro, o mano bom, era precisamente o contrário, vivia para espalhar o bem, só se sentia feliz quando conseguia ajudar alguém.
Um dia, o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Olha lá, tu já viste, que todo se aproveitam d tua bondade? Tens mas é de fazer como eu, deixares de t importares com os outros e pensares mais em ti.
O mano bom respondeu unicamente:
- Consegues ser feliz assim?
- Ser feliz, o que é lá isso de ser feliz?
O mano bom resignou-se, ele sabia que nunca conseguiria mudar o modo de viver do irmão, contentava-se em o ir desculpando perante as pessoas a quem ele magoava e ofendia.
Passados dias o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Mano, estou desgraçado.
- Desgraçado porquê o que é que e aconteceu?
- Meti-me numa trapalhada e agora estou desgraçado.
O mano bom que não podia ver ninguém mal, muito menos o seu próprio irmão, disse-lhe:
-Oh Homem, senta-te e conta-me o que se passa.
- Mano, preciso urgentemente de uma grande quantidade de dinheiro, tenho uma divida e ameaçam matar-me se não pagar.
- Mas quanto homem?
Mano mau disse-lhe quanto e o ma bom fico incrédulo, onde iriam arranjar tanto dinheiro.
- Mano, o que acabas de me contar é e facto complicado.
- Tu é que me podias valer, toda a gente gosta de ti, podias pedir no banco e eu ia-te pagando.
- Não, o banco não me empresta tanto dinheiro.
- Podias ao menos tentar, promete-me que tentas. Só tu me podes salvar a vida.
O mano mau sabia como enganar o mano bom.
- Está bem, prometo-te que vou ao banco, mas não te prometo mais nada.
- Obrigado mano, eu sabia que não me virarias as costas. Agora tenho de ir falar com o tipo a quem devo o dinheiro.
Saíram ambos, o mano bom em direcção o banco e o mano mau em direcção ao encontro de um homem.
- Então, conseguiste enganá-lo?
- Claro, caiu que nem um patinho, vais ver que não tarda muito temos o dinheiro para ir festejar o fim de ano como nunca festejámos.
- Podes acreditar, isto é que vai ser, tudo do melhor.
Passados poucos dias mano bom lá conseguiu o desejado empréstimo e assim que recebeu o dinheiro apressou-se a entregá-lo ao mano mau. Quando soube que tudo não passara de mais uma mentia do irmão ficou em pânico, ele tinha ido embora, desaparecera e agora quem pagaria o empréstimo? Bem talvez o irmão voltasse rápido, o seu bom coração não lhe deixava pensar mal de ninguém.
Foi na semana do natal que a noticia chegou, o mano mau morrera, tinha apanhado uma grande bebedeira e caíra ao mar, não conseguiram resgatar o corpo. Estava desgraçado, como iria pagar o empréstimo? Pensou em suicidar-se, preparo uma corda e fez o laço, atirou-a sobre a viga da velha casa e preparou-se para o desfecho final, subiu ao banco, colocou a cabeça entre o laço e…
Aquelas três pancadas na porta acabaram por lhe salvar a vida.
- Amigo, tu! O que estavas a pensar fazer?
O mano bom acabou por contar a sua desgraça ao amigo providencial.
- Tu vens comigo para minha casa, logo arranjaremos uma maneira de resolver o problema.
O mano bom aceitou a ajuda, caminharam rua abaixo e passaram defronte de uma casa de apostas:
- Anda ali comigo, quem sabe se está ali a resolução de todos os problemas, os teus e os meus.
- Qual quê, amigo. Há quanto tempo tu jogas?
- Desde que começou o loto.
- E o que é que já te saiu?
- Bem, na verdade nada. Mas tenho fé, estamos no Natal e é por uma boa causa.
Lá foram, entraram e o mano bom disse:
- Tenho estado a pensar no que me disseste, ser Natal e não sei quê mais e também vou jogar.
Assim o fez. Passaram-se os dias e nunca mais se lembrou do loto, era a primeira vez que jogava, além de que andava preocupado.
- Amigo, tu já viste o teu loto?
-Eu não, nem sei ver isso.
- Onde está o bilhete?
- Aqui mesmo.
Deu-o ao amigo, este desdobrou-o, fitou-o muito bem e começou a ficar pálido.
- O que foi homem, sentes-te mal?
- Não meu amigo, sinto-me muito bem. Tu estás milionário, tu acertaste no loto. Tu tens o teu problema resolvido.
O mano bom nem queria acreditar o que ouvia, ajoelhou-se, apertou as mãos, elevou-as ao ar e exclamou:
- Obrigado meu irmão, se não fosses tu eu nunca jogaria.
Levantou-se, abraçou o amigo contra si e passado um pouco colocou-lhe as mãos nos ombros, olhou-o nos olhos e disse:
- Há aí uma coisa que não bate certo.
. O que é que não bate certo, homem?
- Tu disseste que eu estou milionário e que o meu problema está resolvido.
- Sim.
- Não.
- Mas como não?
- Eu não, nós estamos milionários e os nossos problemas financeiros estão resolvidos, tu ajudaste-me na pobreza e eu não te iria abandonar na riqueza.
Levantaram, ambos, as mãos ao céu e exclamaram:

“Milagre de Natal”

Moral da História: “ Não hesites em ajudar quem nada tem, porque será ele quem te poderá valer um dia”

FrancisFerreira

Foto de Daemon Moanir

Sou pecador!

Sou pecador!
Peco pela minha loucura fria,
Que à noite aquece e me faz explodir
Em frustrações e gritos calados,
Expressos sob versos para sempre malfadados.

Sou pecador!
E já não me importo de o gritar.
O céu lá vai bem longe,
Desta penso na vida. Nem passado nem presente,
Mas aquela que tenho pela frente.

Sou pecador!
E peço perdão.
Sei que tudo será em vão,
Porque amanhã será igual
Como sempre foi.

Foto de vargas17

Amor antigo

"Queria dizer que sou livre,
que nunka fikei preso no passado,
que ja eskeci tudo o que passamos juntos
mas naum posso,pois me coração ainda
sente a sua falta e ele queria mais uma vez
bater junto ao teu para mais uma vez,sermos felizes."

Foto de Sirlei Passolongo

Fuga

       
Ando recolhida em mim, escondendo-me do mundo
tentando dormir sem sonhar; acordar sem chorar
sorrir sem fingir, ando fugindo de mim.
E vez por outra volto a encontrar os sonhos que deixei nas gavetas, as sombras que não me seguiam mais, e quando fecho os olhos salto para os braços do passado que tenho tentado enterrar, e os flashes da memória aparecem como se fossem as cenas de um filme que eu já conheço o final, e a trilha sonora é a mesma que embalou meu sorriso e minha solidão...
Outra vez, a tentativa inútil de abandonar os fantasmas
E assim me recolho... Me escondo num conto que não desejo real.
       
       

Sirlei L. Passolongo

Foto de Izaura N. Soares

Relembrando o Amor

Relembrando o Amor
Izaura N. Soares

Relembro o dia em que nos conhecemos.
Foi um dia tão especial que hoje me recordo
Com tanto carinho, com tanta saudade.
As lágrimas caem sem que eu perceba.
Fico pensando: o que aconteceu?
Não vejo você sorrir e quando acontece
De eu presenciar um lapso do seu sorriso ele
É tão opaco, sem brilho, sem luz.
Como eu te quero! Como quero te ver sorrindo!
Você se vai lentamente elevo os meus braços
Para puxar-te para perto de mim, mas você se
Afasta. Joga para mim uma linda rosa
Simbolizando um adeus. Não, não vá!
Como posso viver sem você...
A sua ausência me faz sofrer!
A solidão toma conta de mim,
Deixa-me perdida em meus pensamentos.
Quando você se foi à nostalgia veio para ficar.
Fez-me recordar de seus beijos ardentes,
De seu corpo cheio de vida, de calor,
Chamando-me para perto de ti.
Ah! Como eu te quero!
Amo-te com tanto amor...
Procuro vencer toda a tristeza, toda a solidão.
Não as deixo me torturar ainda mais!
Ficar sem você é recordar o que passou num
Passado recentemente que me fez vibrar de emoção,
De êxtase e de paixão. É difícil te esquecer.
É difícil esquecer um amor que me fez viver o mais
Terno, o mais grandioso de todos os amores.
Não vá! Não me deixa aqui tão só a sua espera! Volte!
O amor é uma chama que não pode se apagar!

Foto de Marta Peres

Entre Mim e Meu Sonho Há Um Rio

Entre mim e meu sonho há um rio

Quando abri a janela pela manhã
Senti leve brisa beijar minha face,
Pensei no meu sonho e vi que entre
Ele e eu há um rio suponho esperando
Para o banho matinal em suas águas,
Lavar meu corpo do pecado e das mágoas.

Rio que corre sem fim,
Desde a infância circulo por suas margens,
Da janela do paiol vejo o caminho das águas
Que descem no fundo da horta, serpenteando
Leito abaixo, levando quaresmas que caem.

Com os olhos sobre as águas penso no
Passado, viajo e medito sob o teto onde habito
E esse rio sem fim não quer levar minhas mágoas
Correm de mim com a velocidade que têm.

Saudades do tempo de outrora!
Meu silêncio fala, o pensamento voa,
O soluço preso na garganta, calado entoa canção
Que destoa, mágoa abrindo chaga que nunca fechou
E sangra cheia da dor da saudade e decepção.

O telefone não toca, ninguém me chama
E se chama é só para reclamar, não me reclama,
Não me ama nem nunca me amou, não tenho ninguém...
Passei por eles como um eco e hoje me perdi
Rumo ao desconhecido, nenhuma luz, nenhum ponto
Para referência, meu nome nem se lembram mais.

Sonho que sonho, rio entre mim e meu sonho
Não consigo passar suas margens, ir além
naquelas viagens de criança a procura de alguém
que dormiu, acordou e esqueceu que sonhou!

Marta Peres

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