Pássaros

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO III - NO CHALÉ

Hoje é terça-feira
Mas não quero que saias
Desse belo Jardim Encantado
Em que te vejo andando
Em terras brasileiras.

Fizestes-nos ouvir
O canto dos pássaros,
Numa suave melodia
Que aqui chega em encantada
Melodia.

Fizestes-nos consigo pisar
A relva molhada e macia
Desse belo e florido jardim.
Ora enriquecido
Com a mais bela das flores.

Flor que se cheira
E deixa impregnado em nosso nariz

O perfume de jasmim.

Trazido dos jardins de Paris
Para mim.

Ainda sinto
A brisa suave que acaricia
E acariciou tua pele macia
E, ontem, despiu-a assim,
Voluptuosa
E ardentemente.

Naquele chalé encantado
Que existiu em meu sonho,
Mas que será todo o dia
Como uma verdade para mim!.

Bom dia.

Foto de Daemon Moanir

Vontades

Tenho sede de amores eternos!
E de beber paixões violentas!
Embebedar-me em mulheres sedentas!
Sentir a boca pesada de tanto estar aberta
De falar deitado, ver estrelas cadentes,
De beijar demais lábios ardentes,
De o fazer antes e arrepender-me depois…
Tenho fome de vida! Tenho fome de vida!

Escrevo vontade, escrevo por vida!
Escrevo desesperado, sem sossego algum!
Escrevo a remexer-me, mal parado,
Escrevo fechado,
Escrevo para não gritar, escrevo na esperança
De tudo um dia voltar,

Escrevo escondido
P’ra ninguém me encontrar,
Escrevo em falsete,
Escrevo em mentira,
Escrevo sozinho
E escrevo por vida.

Bom era se vontade ter
Desse vida pra lá do nascer,
P’ra lá do viver.
Desse vida sem nada temer,
Desse os cantares dos pássaros
Sem entraves nem discordâncias.
Desse a mim o que mais ninguém quer.

Foto de Maria Goreti

AMOR SELVAGEM

AMOR SELVAGEM

Era platônico...
E era tão lindo!

Os campos,
A relva úmida,
As flores
Olhares de soslaio...

O toque das mãos
Através da vidraça...
Sinais,
Sorrisos,
Os vaivéns de beijos...

O piquenique,
A toalha sobre o relvado,
A cesta de quitandas...
As sombras das árvores,
Os trinados dos pássaros...
O volitar das borboletas...

O encontro,
As mãos entrelaçadas,
O toque ousado e sutil
Dos pés por sob a mesa...
Velas, cristais, vinho e sobremesa...
Rompem-se as tramas das sedas,
Transbordam as taças... (Maria Goreti Rocha)

O desejo...
Os corpos suados, calientes
Se enroscam como no cio as serpentes
Se acariciam por inteiro...
Sugam os poros, a respiração
Aceleram as batidas do coração
Se amam como dois selvagens animais

Os olhos
explodem num brilho estelar!
Os gritos...como de um lobo
Defloram os ouvidos
Fazem perder os sentidos..
Fazem ir aos céus e voltar
E aí, no auge do êxtase, do deleite,
Alimentam-se o corpo, a alma
com o leite do prazer! (Benvinda Palma – Bemtevi)

©Maria Goreti Rocha & ©Benvinda Palma

Foto de Raiblue

Nas asas do desejo

.

Ata-me!
Renda–me ao teu império!
Viajo pela trilha
Infinita do teu mistério...

Galáxias de sonhos
Habitamos
Na seda azul
Do universo
Deitamo-nos...

E desvendamos
Um tempo só nosso
Na eternidade dos corpos
Dissolvidos
No mais puro néctar...

Dionisíaca festa!

Tocamos o céu de Ícaro
Pássaros da libido
Nas asas do desejo...

Pégasus cavalgando
A noite inteira
Nas rotas do prazer
Sob a lua cheia...

Mandalas seremos
Atravessando o espaço
Quebrando o tempo
Outra dimensão atingindo...

Até que o amor exploda
E tudo seja meteoros de gozo
Fragmentos de estrelas
Caindo sobre o mar da realidade...

E não se saiba mais
Onde começa ou termina
A viagem ...

(Raiblue)

Foto de Paulo Gondim

Fique aqui

FIQUE AQUI
Paulo Gondim
19/01/2008

Por que tanta pressa?
Por que você quer ir embora?
Ninguém tocou meu coração
Tão forte como você
E já quer partir agora?

Fique, aqui, comigo!
Se ficar, viveremos novos sonhos
Aqueles que deixamos para trás
Viajaremos por novos caminhos
Só nós dois, sozinhos
E encontraremos paz

Por isso, não vá embora!
Não deixe morrer esta paixão
Se você for, vou ficar triste
E mais triste ainda, meu coração
As manhãs não serão as mesmas
O sol se esconderá nas nuvens
E as flores perderão as cores
Murcharão, tornar-se-ão enfermas

Por isso, não vá embora
Não vê que meu coração chora?
Fique e sinta o sabor de meus beijos
Na volúpia louca do desejo
Ignorando o que se passa lá fora

Se você for, minha fé vai se abalar
Nada mais será perfeito
Tudo logo definhará
Os pássaros não cantarão mais
Apenas vão repetir meus ais
Por isso peço pra você ficar.

Foto de Sonia Delsin

PURAMENTE CARNAL?

PURAMENTE CARNAL?

Uma hora, um dia...
Não sei quando.
Mas sei que assim será.
Um dia este ser que eu sou... voará.
Para outro lugar mudará.
Tem horas que eu me sinto uma árvore, cheia de galhos...
Onde cantam pássaros.
Tem horas que me sinto uma raiz buscando o fundo da terra.
Noutras eu me sinto uma antena em busca dos sinais dos céus...
Vou lá no alto.
No infinito azul...
Encontro nuvens, urubus.
Aeronaves...ó quantas eu encontro... nas minhas viagens.
Vou mais além.
Encontro planetas.
Seres desconhecidos.
Perco os sentidos.
Volto.
Penso.
De que material sou feita afinal?
É inadmissível que somos um ser puramente carnal.

Foto de Cecília Santos

V I D A

VIDA
#
#
#
No céu esculturas de algodão.
Nas flores o perfume suave,
colorido e beleza ímpar.
O beija-flor de flor em flor
colhendo pólen, espalhando
vida e amor.
A cachoeira cantante,
de águas límpidas e tranqüilas.
Pássaros em revoadas
dançando no azul do infinito.
Tela magistral, retratando
o céu e o mar.
Vento suave que desenha,
transparência e suavidade.
Mãos que acenam, diz adeus.
Mãos que afagam com ternura.
Mãos que tocam letras,
viram versos e canções.
Mãos que tocam a tela,
formando os desenhos.
Ganhando inspiração.
Lábios que sopram luz e vida.
Que sobressaem sorrisos,
e beijos de amor.
Vida que dá a vida.
Desde então és vida.
E por amor serei, serás.
Seremos eternamente vida...!!!

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Adriana Mallet

Meu Choro

Meu Choro

Eu choro, e minhas lágrimas a rolar por minha face,
Como se toda a dor da minha alma,
Se dissolvesse por minhas entranhas!

Quanta dor em meu peito...
Meu lamento, é ouvido como o canto dos pássaros;
Meu choro solitário, por entre as paredes do meu quarto...

Meu canto mudo, em meu peito a naufragar,
O amor que dividiamos...
Então eu choro, sem ninguém vê!

Traçamos caminhos diferentes...
Novas jornadas sem razão de ser...
Novas diretrizes de nosso amor que findou!

Eu choro, sem você vê!
Eu sofro por não te ter!
Eu morro por você!

Findo meu lamento, sem esperanças,
Meu choro, ainda preso na garganta...
Me faz adormecer!

Foto de Noslen

Acordei..

Acordei cedo, fui fazer os meus kilometros de bicicleta.
O brilho da manha não é nada comparado com o brilho dos teus olhos.
O suave cantar dos pássaros chilreando á minha passagem torna-se ruído ao lembrar-me do doce som da tua voz.
O ar puro que respiro ao ritmo que pedalo torna-se asfixiante com a falta do teu cheiro.
Aquecem-me o rosto os raios de sol , que tenuemente espreitam por entre as nuvens que teimam em não se dissipar mas, tornam-se em gelo quando comparados com o calor do teu corpo junto do meu.
As gotas de agua que bebo para saciar a minha sede, tornam-se em lufadas de pó ao pensar na paixão e amor que recebo dos teus lábios.
Volto ao beijo de ontem, ao abraço de antes, as palavras que me disseste ao te despedires e assim encontro forças para pedalar mais um pouco e chegar a casa.
As coisas mais simples da vida só tem significado porque tu existes…
Obrigado,
obrigado por seres a minha principal razão de viver…
Amo-te…

Foto de Carmen Vervloet

Homens Suicidas

Homens Suicidas

O universo em profunda dor silencia...
O céu acinzentado compartilha essa dor
Entornando lágrimas de chuva
Que caem sob a forma de cristal...
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
Quem sabe com vergonha de ver tanto desamor...
As sombras deixam as flores mais desbotadas.
O luto toma conta da natureza...
Os pássaros já não cantam tantas melodias...
O vento está calado, já não quer mais uivar...
Por onde passo ruge a ambição...
E vejo homens amputados de seus sentimentos...
E a Terra Mãe em agonia pede que eles não a matem...
Que não a deixem dar o último suspiro, o último adeus...
Para que estes mesmos homens possam viver outros dias
Em harmonia com o universo...
O universo é bom, o homem é perverso...
Matando a terra, mata a si mesmo...
Antecipo um suicídio coletivo...
E este cenário estremece a minha vida...

Carmen Vervloet

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