Passos

Foto de Carmen Lúcia

Não digas nada!

Não digas mais nada!
Teus olhos já disseram tudo.
Mudos, fizeram-me entender
o que tuas palavras sonoras
foram incapazes de dizer...
Perderam a força, a elocução
e na indecisão mudaram de rumo,
acovardaram-se perante a missão.
Nelas eu não iria acreditar.
Não me atingiriam tão fortemente
quanto teu olhar...
Esse sim, calou-me fundo...
Tiro certeiro, profundo,
que me fez cambalear,
perder o chão, rodar o mundo,
chorar.

Como descrer da crueza de um olhar?

Final inconsolável para quem ama
e se vê inesperadamente só,
sem mesmo o consolo da ilusão,
tendo a presença constante da solidão.
Dor inigualável ao ver fragmentados
os sonhos,
outrora tão sonhados...
Agora, farrapos atirados ao chão.

E os próximos passos
tornar-se-ão pesados, drásticos...
Deixar o tempo passar, tentar esquecer.
Tempo que não passa....
Teima em retroceder!
Achar motivo pra sorrir...
Como? Se a razão de meu riso
não está mais aqui?

Viver por viver...
Ou sobreviver.
É o que tento; o meu intento.
Sentindo na alma um frio gelado;
o coração pulsando fraco...
Vivendo dias sempre iguais,
que projetam no ar
um quê de "nunca mais..."

(Carmen Lúcia)

Foto de eliane rocha

As minhas cãs

Olhando da varanda,
sentado na cadeira de balanço,
o olhar fixo, em algum lugar,
lembranças,de um passado,
lágrimas rolam sem parar,
pensando no q já foi tão bom
e q agora todos te rejeitam,
te excluem das conversas,
não te pede mais opiniões,
nem se quer respeitam suas cãs
pessoas da própia família,
passam por ti e fingem não te ve
só te resta agora contar com a sorte,
nesse olhar vazio, perdido em algum
lugar,mas o q eles não sabem é q...
Há tanta coisa boa pra passar
tanta experiência, q poderá ser útil
eles não entendem q tambem
chegará sua vez
É triste o dispreso,
a indiferença
apenas as lembranças
me trazem um pouco de alegria
e companhia,
a minha pele irrugada
meus cabelos brancos
os meus passos já são lentos
mas aqui dentro tem um coração
q pulsa, tem um espírito
q luta pela vida, há ainda sonhos
vontade de sorrir...
luto por um pouco de carinho
de atenção...
bem é assim a vida
todos passam por isso
queiram ou não.
o grito q há em mim é...
me amem!!!!

Foto de POETAREMOS

Rosa morena

*
*
*
*
Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Eder Passos

Minha vida minha luta.

São José dos Campos, 31 de Janeiro de 2009

Até quando esperar?

Mais que nunca preciso! Vida indigesta, que não deixa ter a felicidade de compartilhar as minhas alegrias com quem eu tanto amo!
Tenho a responsabilidade de ser um lider, porem como serei se me falta apoio, se me falta dignidade, se me falta amigos ou familia.
Tenho o apoio sim, minha flor minha amada, a quem esteve e está sempre ao meu lado, ela é minha rocha. Mesmo tão fragil vejo nela força.
Quanto a Deus, sei que ele olha por mim e á de me salvar. Sei que essas tribulações vão passar, sei que vou vencer, mas parece que meus ossos estão se quebrando por tantas batalhas.
Minhas batalhas são grandes, Deus quer me provar e fazer de mim mais que vencedor. Mas como Jó esteve aflito assim tambem estou.
Parece que nesse momento Deus faz um grande silêncio, parencendo não existir. Mas sei que Ele está aqui ao meu lado e vai me ajudar. Porque seu amor é grande e Ele é poderoso .

Minhas batalhas são grandes, mas não o suficiente para derrotar minha fé!

Busquei ao Senhor e Ele me respondeu:
Livrou-me de todos meus temores.
Salmos 34:4

Éder Passos

Foto de THALLYSSON O POETA DO AMOR

AO AMOR É UM SENTIMENTO NA QUAL TODOS MORREM CHORAM POR ELE

PRECISO DE TI

Preciso de ti para ir à felicidade,
para encontrar a alegria.
Preciso de ti para servir o mundo,
para saber valorizar o meu irmão.
Preciso de ti para socorrer os mais fracos,
para dar abrigo aos sofredores.
Preciso de ti para caminhar,
para dar passos firmes.
Preciso de ti para não tropeçar,
para erguer o olhar confiante.
Preciso de ti para respirar,
para curar as minhas angústias.
Preciso de ti para ser a música,
para cantar a esperança.
Preciso de ti para ter a paz,
para seguir com o Pai Divino.
Preciso de ti para sorrir,
para afastar as tristezas
Preciso de ti para pensar no futuro,
para fortificar o presente.
Preciso de ti para ser gente,
para crer no meu interior.
Preciso de ti para despertar sabedoria,
para desvendar certos mistérios.
Preciso de ti para ser criança,
para ser a simplicidade.
Preciso de ti para pedir carinho,
para trazer emoção.
Preciso de ti para sonhar,
para amar, para vive
MSN::thallysson.game@hotmail.com

Foto de Thyta2000

Esta lagrima em minha face

Esta lagrima em minha face
By Thyta

Soluço tristemente
Esta tarde de saudade
Sozinha o meu lamento,
Meus olhos morrem nesta ansiedade.

Como flor murcha,
Dança a angustia
Em lagrimas na minha face
Única herança, a distancia.

Sonhos irreais,
Sem trilho
Sem memória
Fugindo me perco nas brumas deste caminho.

Tiro de dentro do peito a emoção,
Faço das rimas perdidas
Os passos da dor.
Meus versos se compõem
Nos sonhos do momento.

Porque pensativa
Exponho o vago
Iludo os outros,
Mas não minto...

Foto de Thyta2000

Esta lagrima em minha face

Esta lagrima em minha face
By Thyta

Soluço tristemente
Esta tarde de saudade
Sozinha o meu lamento,
Meus olhos morrem nesta ansiedade.

Como flor murcha,
Dança a angustia
Em lagrimas na minha face
Única herança, a distancia.

Sonhos irreais,
Sem trilho
Sem memória
Fugindo me perco nas brumas deste caminho.

Tiro de dentro do peito a emoção,
Faço das rimas perdidas
Os passos da dor.
Meus versos se compõem
Nos sonhos do momento.

Porque pensativa
Exponho o vago
Iludo os outros,
Mas não minto...

Foto de Fernanda Queiroz

Resultado e Premiação do II Evento Literário de 2008 tema Mãe

Este é um tema fantástico, pois transforma três letras em um mar de sentimentos.

O Primeiro Lugar para um poema que falou da realidade, da mais pura verdade, sem deixar de ser a delicadeza da maior pureza, que recebe da doadora “ Uma Artesã”um colar de Argila plástica. Graciele Gessner

Terça, 13/05/2008 - 23:30 — Graciele Gessner
As Mil Faces das Mães.
(Por Graciele Gessner)
Mães tentam,
Mães fracassam.
Mães querem acertar,
Mães sábias erram.
Mães falham arriscando,
Se culpam e se destroem.
Mães brilhantes estimulam a pensar,
Atinadas promovem a arte de questionar.
Mães guerreiras instigam, protestam.
Mães que cuidam também se preocupam.
Mães, nossas eternas mestras!
Mães protetoras!
Mães também tropeçam.
Punem-se e se manifestam ou se silenciam.
Mães enfrentam, e muitas vezes ousam.
Mães salvam vidas e de seus feitios auxiliam.
Mães decifram... Decodificam.
Mães compreendem ou tentam entender.
Mães se envolvem e se machucam,
Simplesmente porque nos amam.
Muitas mães se aventuram
Algumas outras se isolam.
Mães, exemplos de amor que inspira poetas.
Nossas mães, nossas heroínas!
Mães de múltiplas faces e corações,
Puramente cheias de emoções e comoções.
Mães sinônimas da afeição e do sentido à vida!
Mães, as experiências mais sublimes da dedicação.
Mães que educam, que batalham,
Às vezes esbravejam com razão.
O combate começa, a criança cresce
Restam apenas recordação.
Mães, artesãs das almas lapidadas,
Por vocês existimos, suspiramos e poetizamos.
Mães, exemplos de bravura e determinação,
Assinaram o contrato de risco sem preocupação.
Mães de sangue, de alma, de pensamento...
Mães anônimas, da poesia, de coração...
Seus versos, seu filhos, seus orgulhos,
Assino a minha homenagem com cordial saudação!
-- 12.05.2008 -- «G²»
O segundo lugar recebe também desta patrocinadora, o premio de “Uma caixa de madeira, decorada com tecidos”, Rose Felliciano

Quinta, 08/05/2008 - 02:55 —
Rose Felliciano
"Mais que gerar a vida
É trazer à vida
Ser a acolhida
Ensinar a viver....
Muito mais que dar à Luz
É mostrar a Luz
Luz que conduz
e separa das trevas...
Mais que ensinar a falar
É o que falar,
quando falar
E a importância de se calar...
Bem mais que ensinar a andar
É acompanhar os passos
Falar dos espaços
Incentivar a seguir...
Mais que corrigir e educar
É ensinar com seu exemplo
E em silêncio,
Falar as mais sábias palavras...
Bem mais que ovário e útero....
é Coração.
Sua maior proteção...
a Oração.
Mais que colo... é abrigo
E ter nos olhos, o sorriso
Que boca alguma jamais deu...
Mais que Mãe....Uma dádiva de Deus" (Rose Felliciano)
.

O melhor vídeo Poema fica para a contagiante Poetisa, Carmen Cecília, que ganha como premio um DVD, O espetáculo Alegria do Cirque Du Soleil
Mãe Carmem Cecília

Mãe!

Reverenciamos todas as mães em orações...
E a homenageamos em todos os lugares...
Senhora de todos os lares
Por tudo que somam e representam...
Do teu ventre a vida...
Do teu seio o alimento...
A seu faminto rebento...
No teu colo abrigo a todo o momento...
Mãe... sinônimo de amor...
Que sempre busca o melhor...
Mãe ...esposa , amante, amiga, profissional...
Seja o que for. Está sempre ao nosso redor!
E o mundo fica sempre em flor...
Pois pra tudo dá cor e sabor...
Mãe ...Mulher instinto ...Labirinto...
Mulher absinto!
Ah...mulher!
Todo teu ser...
É um constante bem querer...
E em ti está todo o poder!
Coração de mãe...
Genuína doação...
Eis me aqui pedindo sua benção...
Pela sua eterna dedicação...
Aceita aqui os beijos mãe...
Daquela que foi moldada por ti...
E por ti se sente guardada
E eternamente amada...

Carmen Cecília

Parabéns a todos participantes, as ganhadoras, devem enviar teus endereços para receberem a premiação para fernandaqueiroz23@@gmail.com

Grande Abraço

Foto de pttuii

Interior III

Parece já ser tarde. O olhar que insiste em traçar a bissectriz a uma calvície nascida pelo rigor da meia-idade, despoletou uma reacção impossível de ser travada. A única funcionária responsável pelo atendimento na repartição da segurança social encerra o serviço cinco minutos antes da hora prevista.A jovem que tilinta um piercing no nariz está a ter uma crise de choro, gritando a plenos pulmões que irá ser censurada pela mãe se não entregar a declaração de imposto, e quiçá impedida de ir à festa da espuma prevista para o fim de semana que bate à porta.O paciente do único psiquiatra da freguesia tenta encontrar uma explicação para o momentâneo desenrolar de eventos, mas ao que parece não está a conseguir.

A ruborescência tomou conta de uma face assustada, e que luta por escapar de uma realidade asfixiante.Uma idosa, vagarosamente amparada por um par de muletas ferrujentas, pede ajuda para se sentar porque está a ser assoberbada por uma crise de artrite reumatóide. Cai antes de o conseguir, parece ter fracturado a anca, e é necessária a presença urgente de técnicos de emergência médica.

Uma mãe jovem tenta, sem sucesso, fazer parar uma avalanche de lamentos de um menino em idade de pré-primária, que insiste querer lanchar um pastel de nata com um sumo de laranja.João está encostado à parede. Percebeu que está num daqueles momentos cinematográficos. Cresceu consolado por uma realidade alternativa, que ainda hoje define os momentos épicos da sua vida. De repente, e vindo do nada, apareceu ali naquele cubículo o Tuco Ramirez, de ‘O Bom, o Mau, e o Vilão’.
João está com as mãos amarradas atrás das costas, empoleirado num crucifixo de madeira carunchosa, e com o nó de força enrolado no pescoço. O careca será um Clint ‘Blondie’ Eastwood de circunstância, moldado por uma raiva que João parece não entender. O careca mexe no bolso do casaco nervosamente, e deixa transparecer um vulto com uma forma cónica.Já chove, e entram os técnicos de emergência médica.
A barata que, lutava amargamente por escapar aos passos do bulício, conseguiu chegar sã e salva a uma cadeira, contígua ao assento onde o careca desfia a sua raiva. Lentamente rasteja um caminho que parece a via sacra, e está já a poucos centímetros da mão direita do careca. Um gesto brusco fá-la tombar, e cair no frio dos mosaicos azuis. É esmagada, inadvertidamente, pelo pé esquerdo de um dos técnicos de emergência médica que socorrem a senhora das muletas. A fractura confirma-se, assim como o desfiar de rosários de uma alma que afirma esperar a visita de uma ‘senhora de negro’, com quem afirma já ter tomado chá por diversas vezes. (continua)

Foto de pttuii

Interior II

Alguns lugares mais atrás, um outro adulto jovem fita o azul claro dos mosaicos da repartição pública. Parece estar perdido, e quem souber analisar a profundidade da linguagem gestual humana, com certeza que descobrirá um pedido de socorro. As mãos fincadas nos bolsos de uns jeans rasgados. Um cachecol multicolor a afundar uma cabeça que tremelica ocasionalmente. O pé direito a 'embicar' com uma saliência no chão impecavelmente limpo da repartição estatal. Assim ao longe, o jovem parece estar apenas a fitar uma simples barata doméstica que corre pela vida no meio de passos 'gargulescos'.
Na realidade, ele procura a chave para a dissolução de uma personalidade que só lhe tem dado tristezas.Transporta consigo um currículo de relacionamentos amorosos falhados. O último levou-o mesmo ao Hospital, já que terminou com uma tentativa de suicídio. O jovem fechou-se na garagem da moradia recém-construída dos pais. Com botijas de gás armazenadas no porta-bagagens do 6 cilindros da família, montou um esquema de transporte de gases que o matariam em pouco tempo. Não fosse a intervenção casual da irmã, e teria sido encontrado inerte, no lugar do condutor da viatura. Ao fim de uma semana de internamento nas urgências de um hospital, começou a ser acompanhado por um psiquiatra de renome. Ainda está na fase do reconhecimento da enfermidade devendo, a breve prazo, ser-lhe receitada a devida medicação.
Noutro contexto, dois homens de meia idade repartem uma fila de cadeiras de plástico, como únicos passageiros de uma calma astronómica. A calvície de um, claramente incomoda o outro. Um fitar quase assassino disseca os pequenos pelos de uma meia-lua que parece aumentar a uma velocidade constante, e envergonhadora. É este o universo onde, previsivelmente, poderá ocorrer o crime. O autor repete. Ainda é cedo para estar a afirmá-lo taxativamente. Mas o cidadão calvo parece estar a ceder a uma pressão que poderá ser explicada pelas contingências da vida.
Foi despedido nesse mesmo dia. O outsourcing, a ditadura dos cortes económicos da empresa de fabricação de motorizadas, levou-o nessa manhã ao gabinete do senhor administrador. A um condescendente 'desculpe, mas já não contamos mais com os seus serviços', respondeu com um silêncio preocupante. Já tem na sua posse um cheque com uma indemnização correspondente aos melhores 15 anos de uma carreira contributiva de 30, e aguarda agora pelo seu lugar na atribulada agenda da técnica de comparticipações por desemprego da segurança local.
Quem o observa não faz por mal. João, um João talhado para as pequenas coisas da vida de uma localidade de interior, tem um quotidiano marcado pela missão que Deus lhe deu. Cuidar de uma avó idosa. Tão velha, que já se esqueceu de quando nasceu, nem do local onde deu o primeiro beijo. João está confinado, tantas horas quantas necessárias por dia, às quatro divisões de uma moradia do seculo XIX. É uma casa grande, de paredes grossas, e que já lhe está prometida quando o inevitável acontecer. João não trabalha, já que se comprometeu a servir a avó. Por isso, não terá culpa de a sua mente estar formatada para uma realidade tão doméstica, quanto triste. (continua)

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