Pressa

Foto de nelson de paula

O SELO DA SORTE(de "Vozes do Aquém")

A sorte
não está
ainda
selada,
está
apenas
lançada.

Para atravessar
o rio
não há
nenhuma condição,
apenas disposição
de molhar
os pés.

Água
faz bem,
carrega
os piolhos e o pó,
mas,
nem sempre,
livra
dos pecados.

Por isso
não se deve
ter
pressa
de atravessar.

Fica
mais leve
quem
aproveita
a paisagem.

Ao subir
do outro lado,
a cabeça muito erguida
pode vir a ser
alvo fácil,
a não ser
que o capacete
seja de prata,
marcado
com as letras
mágicas.

O céu, meu amigo,
precisa
ser conquistado.

Não sei
se deve
ser
a ferro
e fogo.

Mas,
não cabe

covardes,
senão,
como
ultrapassar
os demônios?

A palavra
desembainhada
penetra
com rigidez
o tórax
do anjo
guardião.

O qual
soluça.

E abre bem
o caminho
do umbral
secreto.

Foto de So_fia_So

SAUDADE

Morro de saudade.

Não sei como passar sem Ti,

O ar falta-me se não ouço tua voz

Que me conta coisas banais,

Ambos sabemos porquê,

Mas sorvemos cada palavra

Como se nos olhássemos, beijásemos,

Apertássemos as mãos com a força do nosso Amor.

Como estamos longe,

Cada palavra, mesmo sem jeito,

É um beijo doce dado ao vento,

Com os pés na areia da nossa praia,

A sentir o corações baterem

De tanto se quererem.

São nossos corpos suados de amar,

Num êxtase que não pára.

Movemo-nos devagar,

No Amor que fazemos,

Sem pressas,

Aspirando cada gota que sai de nós,

Quando se confunde o Eu e o Tu.

Somos completos e perfeitos

Na arte de Amar e saborear o instante.

Porque sabemos que o nosso Amor

É superior à distância que nos separa,

E isso não nos deixa levar pela pressa.

É a perfeição natural

Como a água cristalina que brota da Terra.

Fomos feitos um para o outro,

Sentimo-lo em cada entrega.

Não só o corpo se encaixa, mas o Ser,

O pensar, o estar, o querer.

Amar assim é bênção

Agradecida em cada dia

Que reconhecemos

Ser-nos dado

Porque Deus assim queria.

Foto de Fernando Vieira

Sinhá menina

Sinhá menina
(Fernando Vieira)

Levanta sinhá menina
Acorda vamos ver
Levanta sinhá menina
Ou não tem o que fazer?

Se avexe tenho pressa
Vem logo me ajudar
Passa ai esse café
Põe o cuscuz pra cozinhar

O dia já raiou
Menina venha pra cá
Pois se eu já me levantei
Porque que tu vai se deitar?

Vai catar o arroz
E debulhar o feijão
Prepara o baião de dois
E carne de leitão

Depois que encher o bucho
Nem pense em se deitar
Lave a louça do almoço
E depois vá estudar

Levanta sinhá menina
Acorda vamos ver
Levanta sinhá menina
Ou não tem o que fazer?

Foto de Carmen Vervloet

Conexão Saudade

Olhando para esta chuva que do céu escoa,
eu lembro com saudade do meu passado,
meu pensamento, leve flutua, feito canoa,
num lago que eu guardei intato, puro e azulado.

São transparentes as águas deste lago
e nele mergulho sem nenhum medo...
Das profundezas surge um velho mago
que reconstrói em lembranças um doce enredo.

São cenas de uma infância livre e feliz
num lar construído com todo amor,
meu pai meu herói, tronco e raiz,
minha mãe meu aconchego, perfume e flor.

E no calor que emanava daquele abrigo,
feliz e tão segura eu me sentia,
guardada e protegida de todos os perigos,
com a felicidade em plena sintonia.

Olhando para esta chuva que do céu escoa
e bate como contas em minha vidraça
a saudade no meu peito seu canto entoa
lembrando que, com pressa, a vida passa.

Foto de Carmen Vervloet

Bem-vindo, Ano Novo!

Ele chegou como o sol e seu cabelo de ouro
Trazendo luz para a alva flor dos meus sonhos
Na sua bagagem trazendo alguns tesouros
Entre as nuances do seu alvorecer risonho.

Ele chegou pródigo em promessas
Exalando em seu frasco todo um perfume doce
Fazendo-me seguir suas pegadas sem pressa
Norteada pelo facho do lume que me trouxe.

Ele chegou e me abraçou com carinho
Entregou-me uma caixinha repleta de sementes
Entregou-me a foice, a enxada e o ancinho
E acordou a vontade que dormia displicente.

Foto de Marilene Anacleto

Sem Pressa

Como eu, ele também abandonou
O medo de que o corpo envelhecesse.
Nossa voz é ainda mais serena,
Nossos olhos ainda são os mesmos.

Para que tanta pressa?
Cada dia, atitudes mais calmas.
Sentimos ainda o frescor
Das nossas jovens almas.

Foto de Enzo 7231

N320; DA MINHA JANELA 01 DE 02 - VISTA PARA O STRESS (POESIA, DESCRIÇÃO)

Quando acordo de manhã
Depois de me levantar
Vou até à janela da sala
Para um pouco observar

Esta janela é no entanto
Uma porta para o mundo exterior
O que divide o meu lado calmo e pacifico
Do lado do stress e da dor

As pessoas a correr, cheias de pressa
Ainda agora acabaram de acordar...
"Ai tenho que ir apanhar o comboio"
"Ai que me vou atrasar"

E assim de repente
Mais um acidente
Alguém que ia meio a dormir
Não viu o carro da frente

Mais gritos, mais discussão
Mais carros, mais trânsito
Despertam os vizinhos
Bem-vindos ao inferno.

Num banco não muito longe
Onde nunca se tinha passado nada
Há hoje, com três indivíduos...
Assalto à mão armada

A criança faz birra
Quer o colo da mãe
"Cala-te imediatamente!"
Grita ela também

Hoje acontece tudo
É dia de uma manifestação
Entra a policia de choque em cena
Mais violência...mais confusão

Incêndio num prédio velho
Perto do bairro de lata
Onde toda a gente é assaltada
Cada vez que por lá passa

Esta é a vida na cidade
A vida que ninguém merece
Vejo tudo isto da minha janela
Janela com vista para o stress

BY:Enzo 7231
20/08/2009
12:05

Foto de Adriana Dantas

Minha vida é te amar

solfejo uma canção de amor no fim da tarde...
balanço-me na rede sem pressa porém cede de amar....
espero a noite chegar com vontade de adormecer para sonhar
com o amor que você por pura birra não me entregou.

que maldade... que maldade...
eu sou como uma criança
cheia de medos mais também sou cheia de prosas, poesias ...

enlaço-me inteira em melodias
assobio minha história em direção a romaria...
lararáaa...minha vida é te amar....

Foto de Adriana Dantas

Minha vida é te amar

solfejo uma canção de amor no fim da tarde...
balanço-me na rede sem pressa porém cede de amar....
espero a noite chegar com vontade de adormecer para sonhar
com o amor que você por pura birra não me entregou.

que maldade... que maldade...
eu sou como uma criança
cheia de medos mais também sou cheia de prosas, poesias ...

enlaço-me inteira em melodias
assobio minha história em direção a romaria...
lararáaa...minha vida é te amar....

Foto de Carmen Lúcia

Sem lembranças

Recomeço do agora...
Olho as cinzas esvoaçando,
meu interior se esvaziando
levando suavemente o passado
que perde espaço
no decorrer das horas.

Lembranças felizes permeiam o ar,
querem voltar,
teimam em ficar
apesar da decisão irrevogável,
relutância inexorável
de não as levar,
de me libertar.

Difícil resolução tomada
após ter sido amparada
por essas ausências vividas,
pelas reminiscências floridas
no jardim de um tempo
que já se perdeu,
não sobreviveu.

Respiro suas fragrâncias
que não mais inebriam
a imaginação,
só fantasiam a alucinação...
Fantasmas que não mais amedrontam,
perderam o fascínio, são sombras.
Apenas vagueiam
cerceando os caminhos
de pura ilusão.

Recomeço do agora...
Sem pressa, sem hora,
vazia do ontem,
esquecida do outrora.(?)
Fechada a lembranças
que trago fincadas
no cerne baldio
de meu coração.

_Carmen Lúcia_

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