Rédeas

Foto de Ivone Boechat

Pessoa boazinha

A pessoa boa é justa, muitas vezes, assusta porque é transparente e sincera.
A pessoa boazinha agrada à primeira vista. Prefere fazer comentários e críticas no camarim. Ela quer sair bem na foto com todo mundo.
A pessoa boa tem poucos amigos, mas gosta de ajudar o próximo. Não representa um papel, é ela mesmo.
A pessoa boazinha é popular, defendida por todos, “porque é boazinha, não pode ser aborrecida em nada”! Ela faz a política da boa vizinhança.
A pessoa boa vive refém da boazinha e faz um esforço enorme para agradar à boazinha, porque ela gosta de show, principalmente se tiver platéia, porque é aí que a boazinha deita e rola. Fica simpaticíssima, mas tristinha se tocam num milímetro do seu território.
A família tem sempre pessoas “boazinhas” apertando as rédeas de todo mundo.A pessoa boa se equilibra num fio esticado para agradar, porque senão a boazinha pode se vingar in off, fazer chantagens e desequilibrar o ambiente, mas aparenta não saber o que está acontecendo.
A pessoa boazinha parece ser uma pessoa de bom humor e é, se tudo estiver nos trinques, como ela quer. Todo mundo faz tudo para agradar, “afinal, ela merece, porque é boazinha”. No mínimo aborrecimento, a boazinha fica irreconhecível, não tem pressa de dar o troco, mas dá e como dá. Como ela é boazinha, se tiver testemunhas, na hora, consegue duzentas assinaturas de adesão. É oportunista. Deita e rola em cima do sucesso.
A pessoa boa é franca, direta, sempre se dispõe a ajudar em tudo, mas experimenta fazer um apelo para a boazinha dar um real a alguém. Ela dá, mas faz uma tragédia grega, debaixo dos panos.
A pessoa boa é consensual. A boazinha é teimosa, faz como quer, na hora que ela quer, do jeito que ela quer. E quando faz é elogiadíssima, porque faz tanto charme, tanta propaganda que os inúmeros fãs vêem e acham linda a sua “generosidade”.
A pessoa boazinha se faz de fraca, mas de fraca não tem nada. Vira um gigante, quanto tira satisfações com a pessoa boa.
Ser bom é o certo, é virtude! Vale a pena pagar o preço de querer ser bom.

Ivone Boechat

Foto de Fernanda Queiroz

Fugindo de mim

A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho como flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....

Fernanda Queiroz
Direitoa Autorais reservados

Foto de Arnault L. D.

Escravo

Sou apenas o escravo de meus erros
a forçar-me o aprendizado do perder,
a fazer-me conviver com muito menos
do que esperava, posto em desterros;
de quem, ou onde, eu almejei viver.
E jamais seremos realmente plenos.

É melhor sequer pensar no que seria,
melhor esquecer e deixar a vida ir.
Entregar-se a peleja por sorte, talvez;
para então poder voar em alforria.
mesmo provisoriamente, até cair,
até chegar noutro erro, outra vez.

Trago em mim cicatrizes de correntes,
velhas feridas, de todos dos grilhões
que os erros impuseram a minha pele.
Selando a ferros os sonhos impotentes,
caídos, tomados, chamados de ilusões...
que não eram; até vir quem os cancele.

Sou apenas o escravo de meus erros,
que arrebatam as rédeas de minha mão.
Por cabresto vem e mudam os meus planos,
belos caminhos que a pulso encerro,
nas picadas que abriu rasgando o chão.
Vou assim, seguindo na soma dos anos...

Foto de Carmen Lúcia

Valores adquiridos (e absorvidos)

Não quero me perder
dos valores que assimilei,
deixar a mágoa vir à tona
alagando o que sonhei.
Tomar o comando das rédeas,
se prevalecer...
Não fecharei os olhos
e deixar acontecer
simplesmente, covardemente.

Permitir sentimentos mesquinhos
me transformarem em outro ser.

Não!Não foi por isso que lutei,
bravamente, incansavelmente.
Engoli dores, sufoquei prantos, pisei pedras...
Seguindo em frente, sempre,
acreditando, sonhando, amando...

Varei sóis e luas, tropecei calçadas, quedas duras,
amanheci noites mal dormidas,
entardeci antes do entardecer
sem ver o sol morrer,
a esperar a lua que não vinha, não via...
Nem a corrosão da dor mais contundente
se interpôs, fazendo-me esmorecer.

Plantei flores sobre rochas
e regadas a suor as vi florescer;
cicatrizei profundas feridas
que me fizeram crescer.
Agora que cheguei onde cheguei
seguindo os dogmas que a mim criei,
tentam destruir o castelo que arquitetei...

Não, de meus valores eu não abro mão.
Junto fortemente os dedos e não deixo vãos;
impeço escorrerem entre eles
os sonhos que me sustentaram...
Não, nada há de vir que me abale.
Calo minha voz e deixo que o silêncio fale...

_Carmen Lúcia_

Foto de Fernanda Queiroz

Antes que o Ano Termine

Falta um dia para que o ano termine. Um dia intenso que pode mudar toda minha existência. Só preciso ter coragem e ir até onde você está... Antes, 450 km, agora 50 km. Por que veio para cá? Queria me confundir ainda mais? Estaria esperando que a proximidade me fizesse ser mais mulher... mais corajosa? Sabe que meu destino está traçado. Não me deixaram editá-lo. Sabe que não posso voltar, então porque não vem... Rouba-me, Toma-me, Leva-me para nosso mundo de sonhos; onde tua ausência presente foi marco de nossa história.

O sol está se pondo, o alaranjado de céu é o contraste perfeito com a relva que se estende verde e úmida pelas chuvas de dezembro. Tanta calmaria vem de contraste a minha alma conturbada e sofrida. Posso sentir meu coração batendo forte, tão forte quando o podia ver por aquela janelinha mágica do computador, cenário de nossa história, testemunha de nosso amor, cúmplice de nossos segredos, arquivo de momentos que perpetuarão dentro de mim. A brisa suave sopra. Parece querer brincar com meus cabelos, alheia a tempestade que envolve meu coração. Deixo a mente explorar o passado... Tão presente... Teus olhos, tua mania constante e única de apoiar teu rosto nas mãos. O sorriso espontâneo, a cara emburrada, os olhos se fechando de sono, e a vontade de ficar um tempo mais...e mais ...até o galo cantar...a madrugada... o sol nos encontrar ...felizes ou tristes...juntos.

A noite traz a transparência de minha alma, negra, sem luzes, sem amanhecer. Preciso me movimentar, sair deste marasmo de recordações. Thobias, meu companheiro de peripécias, que um dia correu tanto quanto no dia em que estouramos uma colméia; está selado, entende o que me vai à alma, conhece meu estado de espírito, sabe quando é preciso deixar as paisagens para trás, mais rápido, mais rápido, até se tornarem uma massa cinzenta, sem cor, ou forma retratando o mais profundo que existe em mim. Agora, no embalo do cavalgar, meus sonhos se afloram. Estou indo ao teu encontro, nossas mãos se tocarão, nossos corpos se unirão, nossos corações baterão em um só ritmo. A brisa tornou-se um vento tão gélido quantos minhas mãos que seguram as rédeas de um futuro-presente. Gotas de chuva descem sobre minha face, misturam-se as minhas lágrimas. Tenho a sensação de não estar chorando e sim caminhando para você. Na volta para casa nem o aconchego da lareira, o crepitar constante elevando as chamas transmite liberdade, as sombras sobrepõe à realidade que trará o amanhecer, elevo ás mãos solitárias tentando voltar ao tempo de criança onde elas davam vidas retratadas na parede imagens de bichinhos animados, mas não se movimentam, parecem presas ao aro de ouro reluzente que por poucas horas trocarão de mão fecundando o abismo que se posta diante de nós. O cansaço e as emoções imperam. Entre sombras e sonhos, meu pensamento repousa em você, na ilusão, nos sonhos, na saudade pulsante de momentos mágicos vividos, onde nossas almas se encontravam, onde nossos corpos não podiam estar. De desejos loucos e incontidos de poder realizar, antes que o ano se finde, antes que as horas levem tudo que posso te dar.

O amanhecer desponta, caminho a esmo, no escritório, ao lado direito da janela que desponta para colina verdejante (cenário de nossa história). O computador me atrai.. Você está off, está há apenas 50 km, mas em meus arquivos de vídeo teu rosto se faz presente, tua boca elabora a mímica de três palavras mágicas “EU TE AMO”.A musica no fundo é a mesma que partilhamos tantas vezes juntos COM TI RAMIRO, gravada em meu studio amador ao som de flauta. As notas enchem o ar, a melancolia prevalece, meu coração se enternece, “POR FAVOR, VENHA ME BUSCAR”, não vou conseguir sozinha, você sabe disso, é exigir demais de quem só soube amar, sem nunca saber lutar, sem nunca poder gritar, com um destino a cumprir, um dever de tempos idos e protocolados nos princípios de toda uma existência. O dia se arrasta imortalizando o passado. Estou diante do espelho, o rosto moreno não consegue esconder a palidez, o vestido branco de seda cai placidamente sobre meu corpo inerte. Vestido que outrora minha mãe usara com os olhos brilhantes de felicidade. Os meus não têm brilho, este fora reservado às perolas que adornam meus cabelos negros, sempre me achei parecida com ela, mas a imagem reflete somente uma semelhança física onde a mortalidade de meu semblante contradiz a vida de tempos passados.

Pedi que me deixassem ir só, queria ficar com meus pensamentos, onde você é soberano. Que bom que ninguém pode me tirar isto: tua imagem, teu sorriso, tua forma única de existir para mim, mesmo que em sonhos, mesmo que em lembranças, mesmo que em minha morte para a vida que se inicia. A escada imperial e central se desponta com teu corrimão de prata por onde desci tantas vezes lustrando-o com minhas vestes. Minhas mãos se apóiam nele, trêmulas, frias, para que eu não quede diante da realidade... Apenas trinta degraus? Deveria ser trezentos, três mil, ou trinta milhões? Eu os percorreria com gosto, antes de pisar na relva verde coberta por um tapete de pétalas de rosas que conduziam à capela. Porque desfolhá-las? Porque enfeitar a vida com a morte? Rosas brancas, pálidas como minha alma, desfolhadas e mortas como minha vida. Ao lado o lago que outrora me fazia sorrir, brincar e acreditar....queria parar...descalçar o pequeno sapatinho branco e sentir a frescura das águas elemento mais forte e presente da natureza em minha vida...mas agora não posso parar a poucos metros está minha rendição, meu destino onde o oculto será sempre meu presente, onde o passado será minha lembrança futura, onde você viverá eternamente, onde ninguém poderá jamais alcançar. A capela parecia lotada, não guardei rostos, somente sombras. No altar uma face, feliz, despreocupada, livre, sentado em uma cadeira de rodas estava papai, tuas pernas não mais suportavam me conduzir, teus braços que muito me embalaram, já não mais me apoiavam...segui em frente. Pensei em me voltar ..olhar para trás, mas não iria te encontrar. Palavras ditas e não ouvidas... trocas de alianças...abraços de felicitações....buquê lançado ao ar, festividades...todo ar de felicidade.

Faltavam dez minutos para findar o ano...minha existência já tinha terminado, o celular em cima do piano da sala...8 minutos...mãos tremulam ao aperta a tecla da re-discagem...minutos eternos...do outro lado a apenas 50 km, tua voz ...doce...amada...terna, parecia querer ouvir o que eu queria falar e não podia...engolindo as lágrimas. Apenas um pedido: seja feliz, seja feliz por nós dois...uma resposta que mais parecia um lamento, que por mais suave, parecia um grito...Seja feliz também.....um tum tum era o sinal de desligado....zero hora. Fogos explodindo no ar...

Fernanda Queiroz

Direitos Reservados

Foto de Carmen Lúcia

Circunstâncias

Circunstâncias reverteram meu perfil,
invadiram-me a alma,
redigiram meu destino...
Teia ardilosa!Armadilha sutil!
Transtornaram os meus planos,
vasculharam meu avesso...
Fizeram-me, da medalha, o reverso
e de meu sorriso, o inverso.

Circunstâncias mudaram o meu rumo,
inverteram meu trajeto,
impuseram-me decreto...
Tomaram-me as rédeas,
conduziram meu futuro,
embargaram-me o presente,
embaçaram meu passado
que prefiro nem lembrar
para não me ver chorar...

Circunstâncias são tratores,
represálias aos amores...
máquinas devastadoras
que arrastam e assolam
sentimentos mais profundos
e a dor maior do mundo
vem à tona...E detona!
Reabrindo as feridas,
impugnando a vida.

(Carmen Lúcia)

Foto de MarcosHenrique

Da Vida, Roteiro

Luz
Jus
Ação
Conclusão

Tanta luta,
Renúncias, pesar.
Fico a pensar
Em tantas alicantinas
Da vida a me atingir.
Próximos meus a me ferir.
Paro, em razão, penso,
Que sem eles não há como seguir.
Tudo incide como um roteiro.
A parte chata do atuar.
Mesmo poucos a me amar,
Voltarei a prosseguir.
Tomar as rédeas,
Me sentir.

Marcos Henrique

Foto de von buchman

UM AMOR MESMO NO DISPRESAR DE UMA MULHER...

Cet !
Meu eterno amor ....
Hoje pude ver que a minha vida se foi
E com ela você...

Vejo como fui tolo e bobo em não perceber
Que ti machucava com meus
Bat- papos ou tec na net,
Mesmo sendo para ajudar pessoas
Homem ou mulher que estive-se em desespero...

Sei que muitas vezes fiz de birras
Para ver se você olhava para mim,
Tentado despertar em você um pouco de ciúmes...
Até não nego pedia para as pessoas mandarem
Mensagens para mim ou clips de amor para
Ver se você reagiria e viria a ter mais amor por mim,
Errei só provoquei ciumes e confusão ...

Você também nunca parou para conversar
Ou dialogar como gente civilizada,
E sim para discutir ou bater boca,
A palavra diálogo nunca existiu no seu vocabulário..

Bem sabes que tu só lançava maldições
E misérias sobre mim e minha empresa,
Todo dia quandou ia trabalhar
Tu nem notavas mais elas iriam
Cair sobre você também...

Até que um dia você me abençoou...
Uau... Eu parei e fiquei pasmo por tais palavras:
- Tenhas um dia abençoado que não mais existia na tua boca...
Você bem lembra-te disto...

Mui lentamente o tempo foi passando
E os anos foram me consumido
Junto com tua paciência e a minha espera por ti...

Hoje na minha solidão
Estou envelhecendo mui rapidamente.
E você feliz por realizar seus sonhos
De seu cantinho e sua vida solita,
Só sua sem deveres e sem ter que
Dividir nada tanto material com Sentimental...

Meu corpo já não é o mesmo
De um atleta que tu conheceste
A um velho homem,
De pele já se enrugando
Mostrando os anos de lutas ,
Batalhar para construir
Uma família e um doce lar.. .

No espelho ao me deparar com o meu semblante
Vejo que os anos passaram arduamente
E nem pude se quer vir e perceber
A realidade nua e crua,
De um envelhecer amando sem ser amado,
E nunca ter sido amado puramente
Ou dedicadamente...

Minhas pálpebras caídas
Mãos não tão firmes até em um acariciar,
Passos lentos, movimentos não firmes,
Bem devagar custo a entender
Este meu transformar
De um campeão de natação e surf
A um novo ancião não tão velho e cansado
Mais firme no meu objetivo,
Que é um dia teu coração
E o teu doce amor vir a recuperar...

Bem sei que o meu coração
Continua loucamente apaixonado por ti
E cheio de amor para lhe dar...

Seguo mui firme nesta luta pelo meu teu amar
Nem que passe os últimos dias da minha vida
Orando no pó, no jejum e renunciando
Muitas coisas mas ei de ti ter de volta,
Profetizo isto sobre minha vida..

Pois bem sei que és minha unica fonte de vida
Aqui na terra
E minha eterna musa
Do meu versejar...

Passei anos esperando de ti uma atitude,
Como minha mulher,
Minha esposa,
Minha amante.
Mulher,
Namorada,
Amante,
Caso,
Concubina,
Mãe,
E uma Devassa...

Não só viver com uma amiga e
Mui raramente uma companheira na sociedade...
Quero você por inteira so para mim
De seu olhar a seu se dar...

Hoje a idade vai a galopando
Sonhos e desejos ficando para traz
Na estrada da vida,
Não sei se por muito
Conseguirei segurar as rédeas
No galope da vida
E se terei as condições de por muito te esperar...

Só sei de uma coisa que é mui certa!
Meu amor por ti nunca vai mudar,
Mesmo com todo o mal e desprezo,
Lançado sobre mim,
Muitas vezes imperceptível por você
Nestes 32 anos de vida a dois...

Podem passar horas dias e décadas,
Mas esta paixão por ti nunca vai se acabar,
Pois ela é eterna,
Mesmo afogada nas lágrimas que vertem
Do meu sofrido coração
Por muito ti amar...

Na minha velhice que se aproxima,
Posso até não mais andar
Ou talvez nem falar ou escutar...
Mas o que sempre sentirei
É este meu eterno e doce amor
Que sinto por você meu anjo do amar!

Mui Bem- dito as palavra de Deus!
- Pois o que Deus uni,
Nenhum homem deve ou conseguira separar
Por que se tornarão um só carne ...

Sei que posso até perder-te fisicamente,
Mas espiritualmente nunca ...
Seremos sim um só carne
Até que a morte nos separe!

Por isto mesmo, posso sofrer,
Ate vir a me destruir ou desfalecer,
Mas com outra jamais irei deitar com outra
Ou vir à amá-la...

Está minha paixão por você é eterna ,
Que está entranhada nas raízes do meu coração,
Como também no seu mesmo sabendo
Da dureza e insensibilidade do seu amor...

TENHAS MEU CARINHO
E O MEU ETERNO ADMIRAR

Foto de Saulo Lalli

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Os relacionamentos de longa data proporcionam uma repetição de experiências semelhantes, onde cada um mostra ao outro suas reações, decisões, atitudes, capacidades e incapacidades. Desta forma ambos, pouco a pouco desenvolvem outras reações como respostas a cada uma das manifestações do outro, também de forma repetida e com poucas variações, tornando-se bem conhecida e previsível.

Cria-se um mundo particular entre estas duas pessoas e bem conhecida no âmbito inconsciente e pouco no âmbito consciente. Por ser baixo o nível de conhecimento consciente pouco se faz para alterar este quadro. Todas as reações acostumadas que provocam sensações agradáveis ao outro não faz falta aprofundar, porém as que provocam no outro sensações desagradáveis merecem um estudo e compreensão mais profundos.

Como em experiências de ratinhos de laboratório, que podem ser treinados para terem respostas certas a estímulos repetitivos, nós humanos temos certa semelhança em relação a eles. Nada mais, nada menos o que ocorre nas relações de longa data é esse treinamento onde ambos se revezam no papel de cientista e rato. Pressupõe-se que o papel mais favorecido é a do cientista que tem a ciência a seu favor.

Numa relação dentro do estágio de desgaste, por repetitivas sensações desagradáveis, podemos deduzir facilmente que se houver uma vocação ou inspiração ou desejo do rato virar um cientista, pode ser um início de melhora na relação. Se apenas uma das partes virar cientista eliminar-se-á cinquenta por cento dos problemas.

Mas como um rato pode virar cientista?

Basta admitir inicialmente que é um rato que age instintivamente sem ciência e que deve agir com ciência. Em seguida deve procurar a ciência. Mas onde encontrar essa ciência? Uma forma mais direta sem ter que frequentar uma universidade é a busca em seu próprio interior. Descobrirá este rato um mundo novo. Perceberá que pode deixar de ser rato e ser humano no melhor sentido da palavra.

Contradizendo o ditado popular de que errar é humano descobre-se que acertar também é humano e ainda mais que escolher também é humano. Basta então escolher ser humano e não ser um rato que reage sempre de forma mecânica à sua própria história, às adversidades da vida, bem como às reações daquele que convive diariamente.

Depois de descobrir que não é um rato e sim um humano inicia-se outra etapa que consiste em silenciar a máquina mental que provoca todo processo de reações mecânicas. Escolha um momento onde possa ficar só, sem interferências do mundo externo e mergulhe no silêncio interior. Aquiete-se seu corpo, deixando-o paralisado e não abasteça a máquina mental afim de que fique em ponto morto, em baixa velocidade. Desta forma perceberá que existe alguém no comando desta máquina, alguém humano, que não é máquina, que não é rato. Este humano pode intuitivamente agir dentro de escolhas estimuladas por um silêncio presente onde não se impera a história, o registro do passado, ou expectativas do futuro, nem em função das reações do outro.

Esse alguém recém descoberto pode escolher as suas reações mediante estímulos internos e profundos, de alguém aparentemente desconhecido, mas por outro lado muito familiar. Este encontro com esse alguém ou consigo mesmo é muito agradável. Esse alguém, que é a própria pessoa, é a essencialidade humana onde existe a matéria original, nativa, responsável, inteligente, sábia, conhecedora da ciência universal. Como uma fonte inesgotável dentro de si mesmo produz os estímulos com ciência de como agir. Ela é a energia que decide na vida de seu mundo externo, ou seja, em relação ao mundo social e consigo mesmo. Esta força interior, este poder é que deve comandar a máquina mecânica mental. Uma vez alcançada a experimentação de si mesmo, percebendo a independência que existe e deva existir em relação a mente mecânica e repetitiva é que o rato se torna um cientista.

Uma vez diante da pessoa a quem tem relacionamento de longa data, de posse de quem comanda o rato, poderá se relacionar em outro nível não programado e ainda surpreender a outra parte. Aquela que estaria esperando uma reação conhecida assiste perplexa a uma nova reação. Esta diante de uma reação nova poderá reagir de forma diferente da usual. Desta maneira abre um portal para um mundo maior, livre e cheio de possibilidades.

Antes disso o mundo desta relação era pequeno, como uma prisão de ações e reações predefinidas e com pouquíssimas chances de novas possibilidades. Este novo cientista, que não irá revezar o papel como rato irá sabiamente conduzir a nova relação com parâmetros dentro de valores universais coerentes à sua condição original e primordial própria de um ser humano que acerta, pois quem acerta também é humano. O outro uma vez rato, recebendo um tratamento diferente, humano e sábio deixará de ser rato ou terá maior chance de não se-lo.

Quer resolver uma relação desgastada, de uma vez por todas? Deixe de ser um rato e torna-se um cientista ou um verdadeiro humano que acerta.
Prepara-se meditando e sossegando o corpo e a mente (ingressando ao seu mundo interior e assumindo as rédeas de si mesmo). Visualize o outro já como outro humano igual a você e não a um rato, como era. Comece a conversar, mostrando mais através de expressão corporal que na fala, que não é um rato. Mude o tom de voz costumeiro, olhe nos olhos, sorria, respire pausada e profundamente, oxigene mais seus pulmões proporcionando alento à sua essência primordial. Lembre-se de si mesmo a todo instante e repita se necessário for: Eu não sou um rato. Sabiamente ouça o que o outro tem para lhe dizer. Após uma introdução do que queira transmitir ao outro deixe-o manifestar. Algo dentro de você conhecerá as reações costumeiras antigas, mas você, não sendo rato, terá a certeza e abertura para receber novas impressões. E caso receba aquelas reações velhas não haverá problema algum, pois são reações conhecidas, não haverá surpresas. Você é que deve surpreendê-lo com as reações novas diante das velhas dele. Reações próprias de um humano e não de um rato evocarão ao outro, dentro de uma grande chance, reações de humano e não de rato.

Rato! Você não quer virar humano?

Melhorando: Humano! Você não é rato.

Aperfeiçoando: Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Descondicionando para renovar.

Foto de Mitchell Pinheiro

As Faces do Amor

O amor pode ser representado pelo gostar muito
Esse é o carinho enorme que sentimos pelos mais próximos
O amor pode representar também apenas Eros
O prazer da carne sobre as rédeas de um romance
Mas quando se trata do amor de estar junto do seu par
Da união desmedida das mentes e dos corpos
Esse amor só existe nos envolvimentos mais especiais
Nem adianta dizer que sua paixão que beira a insanidade merece tal mérito
É aqui que nasce a poesia
Onde os astros se alinham pra compactuar com um casal feliz
Onde a realidade confunde-se com a fantasia
Onde os olhos falam o que a boca não diz

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