Repente

Foto de Carmen Lúcia

Desfile das Flores

Desfile das Flores

Num reino encantado de olores e cores
onde a fantasia sugere poesia,
desfilam faceiras, abertas aos amores,
as flores mais belas do “Rancho das Flores”.

Vem a margarida tão cheia de vida,
com saia de pétalas, girando, atrevida
e a orquídea esnobe, altiva e rica,
lembrando a nobreza da corte esquecida.

Agora...suspiros...rubores...pudores...
Maria-sem-vergonha, de ardores, fulgores,
tão discriminada, até ultrajada...
porque dá à toa...Que triste! Coitada!

Logo em seguida o lírio do campo
com sua pureza, vestido de branco,
recompõem-se as flores num clima de paz,
recobram os valores, a moral se refaz.

A um certo perfume...silêncio total...
É a dama-da-noite, beleza fatal...
Atrás dela o jasmim, que saiu do jardim
para a dama aplaudir...e sonhar...e sorrir...

E no ar, de repente, um calor eloquente
faz as flores tremerem, suores intermitentes,
exalam fragrâncias, ao vê-lo à distância...
É o amor-perfeito com um cravo no peito.

Brilhosa qual uma estrela, a papoula vermelha,
fazendo “caras e bocas” a quem quiser vê-la,
mas roubando os olhares, a tulipa amarela,
com sua postura, beleza singela.

Ponto alto da festa, momento de esplendor,
violetas dançaram a “Valsa do Imperador”,
só não se apresentaram as viçosas açucenas
perdidas pelos caminhos por conta das cantilenas.

Chegaram as onze-horas colorindo a passarela,
dando passagem a ela...à rosa...flor mais bela...
Curvaram-se todos respeitando a donzela,
rosa rainha com seus espinhos, os sentinelas.

De repente...um acidente...E fala a bromélia:
-Caiu de cima do galho a insinuante camélia.
Um chourão choramingando surgiu do jardim
com uma placa na mão anunciando...
Fim!

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Zamora

ALGUMAS DESCOBERTAS (www.pensamentodeamor.zip.net)

O texto é uma exortação baseada em relatos de pessoas que viviam conforme mencionado, e de repente acordam para a importância dos limites ou a que grau devem ser as exigências...

Por ter passado muito tempo da minha vida somente me dedicando a outros, fui ficando triste por conta do pouco que recebia, mas é da minha personalidade dedicar-me para aqueles a quem admiro; é claro que não devemos pensar em retorno de forma impulsiva, mas é natural do ser humano saber que se nos damos é porque acreditamos receber, ainda mais de determinadas pessoas.
Certa vez resolvi fazer um teste; resolvi me dar na medida em que receberia; fui percebendo que de repente estava me sentindo sozinho, porque estava me dando além do meu próprio limite para isso; fui o culpado, claro que sim; é como se eu transmitisse uma imagem mentirosa de mim, como se eu vivesse sem dor, sem cansaço, sem sonhos, sem lutas, quando na realidade todo meu tempo era para dedicação.
Aconteceu que aos poucos fui poupando minha privacidade, minhas liberdades, e para alguns era como seu eu nunca pudesse errar em nada; não fiz cobranças, apenas quis me sentir amado, não mesma medida, porque ninguém ama na mesma medida, queria me sentir simplesmente valorizado, assim como eu fazia com pessoas queridas. Tudo isso gerou conflitos na mente, muitas vezes cobrando das pessoas como elas deveriam ser comigo, pode até ter sido um erro, mas arriscava...
Fui ficando cansado de ser inferiorizado ou de ser procurado na maioria das vezes nos momentos de conflitos alheios, prestei homenagens com amor e carinho, confesso que faria tudo outra vez se fosse preciso; é que neste exato momento estou triste porque observo que alguns se distanciam e quando chegam a procurar por mim querem-me ali disposto como antes; passei tempos e tempos da minha vida me dedicando, no fundo sei que sou amado; só queria que as pessoas compreendessem minha presença na vida delas, infelizmente acaba parecendo que toda a dedicação foi em vão, coloque-se no meu lugar, um ser humano imperfeito, por sinal também falho; mas acreditando saber amar e perdoando facilmente seus semelhantes. Com certa medida de carência comecei a me apegar facilmente com algumas pessoas, talvez por olhar as qualidades delas, estava eu esperando demais? Quem me conhece sabe que não.
Outro motivo pelo qual estou desabafando é que me cansei de ficar tentando fazer os outros compreenderem quem sou, que estou lutando arduamente pela vida; porque viver é guerra dura, é preciso coragem. Em muitas das minhas dificuldades pude contar com algumas pessoas, mas na maioria das vezes estava sempre só, mantendo a peteca em pé.
A impressão era de que eu estava esperando demais das pessoas, mas nunca fui assim, talvez passaram a me ver como alguém sempre muito forte, me virando pra lá e pra cá, então, ficaram pensando que não preciso de ajuda, sei lá... É vago o entendimento disso para mim.
É a mais pura realidade de que muitos acabam dando valor quando as causas são perdidas, muitas amizades são assim.
Não fui visto por pessoas que esperava, mas continuei amando assim como amo hoje; embora sofri decepções; aprendi várias lições de vida, agora procuro me conter, ter limite, passar algum tempo sozinho para meditar, sonhar mais, falar menos dos meus planos aos outros, compartilhas todas as coisas positivas; mas tem sido difícil colocar as coisas no lugar, ainda mais agora depois de tantos anos. Não é impossível, sei que não é, mas vai demorar um pouco para dar certo. Amar nunca é um defeito, mesmo quando pensar estar amando demais. Sempre respeitei o espaço dos outros, querendo que meu espaço fosse respeitado, mas como se eu mesmo esqueci o meu espaço?
O que parecia crítica era conselho...
O que parecia reclamação em excesso era desabafo...
A atenção especial era fonte de carinho, uma forma de confiar, amar sem olhar somente os defeitos e os erros.
Saí do limite sem perceber, e fui notando pessoas me evitando, embora as mesmas sempre puderam contar comigo, muitas vezes menti não perceber mentiras ou outras desculpas... Mas ninguém é perfeito, eu nunca fui...
Também posso viver uma paixão, ter altos sonhos, priorizar momentos, passear, quem foi que disse que não gosto dessas coisas? Lendo livros descobri não haver máquina do tempo, nada nos faz voltar atrás, no entanto é possível reescrever a história da vida, mudando rumos, conquistando, reconquistando...
Quem julga o que não sabe não sabe nada da vida, afinal quem somos nós para julgar? Não quero ficar daquelas pessoas que me derrotam quando nem mesmo eu sou derrotado, entende? Jamais ser tratado como coitado ou resto de algo, eu não sou objeto...
Pior são aqueles que pensam que vivo de poesia, Meu Deus, bem se fosse assim...
Poucos entendem de emoção, mas todos querem ser amados. Também quero.
Não sou o único a poder fazer sacrifícios, embora nunca fiz nada que não fosse com amor e dedicação, porque querendo ou não sei ser sincero.
O mundo é injusto, eu sei. Nem por isso a injustiça deve ser modelo para que eu aplique no meu viver. Não há vida sem dor. Dedicação não é defeito. Falta de atenção apropriada (Quando outra pessoa necessita) pode até ser, não tenho certeza.
Não sei se você está compreendo o que estou tentando passar com esse texto; é algo construtivo quando se trata de entender limites, de respeitar as pessoas, mas nunca “se esquecer”, porque ninguém notará isso, somente você mesmo. Abrir os braços demais não se faz possível abraçar o mundo mesmo sendo por amor...
Algumas pessoas amadas por mim estão começando infelizmente e perderem por conta da má cultivação...
“Certa vez resolvi fazer um teste; resolvi me dar na medida em que receberia; fui percebendo que de repente estava me sentindo sozinho, porque estava me dando além do meu próprio limite para isso; fui o culpado, claro que sim; é como se eu transmitisse uma imagem mentirosa de mim, como se eu vivesse sem dor, sem cansaço, sem sonhos, sem lutas, quando na realidade todo meu tempo era para dedicação” e lutas constantes...
(Escrito por Paulo Zamora em 24 de setembro de 2010)

Deixamos de ser importantes para pessoas que não nos olham. (Paulo Zamora)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Carmen Lúcia

Tributo à Mãe-Terra

Impiedosamente devastam o seu verde,
inconsequentemente abortam de seu ventre
o fruto a germinar sementes
para dar vida a essa gente
que inconscientemente a destrói
buscando avidamente a ganância que corrói,
esburacando o mundo , a se suicidar...
e levar a morte a todo lugar.

E a Mãe-Terra a tudo assiste...
Vê sugarem de seu peito a seiva da vida,
desmatarem florestas, fincarem feridas,
secarem seus rios, chorarem seus céus,
emudecerem as aves, extinguirem animais,
vandalismo inconcebível às riquezas naturais,
masoquismo irreprimível à fauna e às essências florais.

Mas ela não desiste...Persiste.
Num esforço supremo faz verter as suas lágrimas
que correm para os rios a procura de seus mares,
sopra fuligens do tempo purificando os ares,
carrega em suas asas as aves entristecidas,
acaricia seus filhos numa prece emudecida,
espreme de seu peito a seiva que alimenta,
que ainda existe e que fomenta
a luz da esperança que tende a se apagar,
mas que de repente se acende e se inflama...
Terra-Mãe que derrama seu sangue e o esparrama
em cada botão prestes a desabrochar.

_ Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Vento Noroeste

Vens assim de repente
qual vento noroeste
que tudo desarruma e desveste,
mormaço quente, passional,
precedendo temporal...
Redemoinho de efeitos
arrombando janelas,
varando por elas
como um vendaval...

Vens feito ciclone
desrespeitando espaços
desfazendo laços
varrendo ilusões...
Um festival de arroubos,
de impetuosidade rompante
nesse teu ar petulante...

És o dono da situação,
desnudas os sentimentos,
roubas os melhores momentos,
deixas marcas da paixão...
E vais assim como vens,
devastando os lugares
nublando céus
agitando mares
causando desolação...

Fruto da adversidade,
senhor da insensibilidade,
devorador de emoções.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Sinais de Trânsito

Pare...

Se o amor acabou
Se o céu apagou
Se a noite não mais termina
Se a nova semente nunca germina
Se a dor se faz presente
Se a alegria anda ausente
Se o mundo mudou de repente...

Atente...

À velocidade com que o tempo passa
À beleza das flores que seus olhos não veem
Aos sonhos não sonhados e desperdiçados
Ao hoje que é certo, à incerteza do amanhã
À fagulha da paixão que ainda crepita
Ao preço da descrença que possa vir a pagar
A tudo que existe e irá se transformar...

Siga...

Se o amor renasce a cada dia
Se a canção ecoa em sintonia
com a natureza que a vida vem lhe dar
Se o seu rosto se suaviza com a brisa
que sopra ao seu ouvido segredos do céu e do mar
Se é capaz de discernir o bem e o mal
Vai em frente...
Acredita...
É esse o sinal.

Carmen Lúcia

Foto de onil

NA PÁGINA DA POESIA (PÁGINA DE INSPIRAÇÃO)

MAIS UMA VEZ EU ME SIRVO
DESTA PÁGINA EM QUE VIVO
MINHAS ALEGRIAS MEUS DILEMAS
É NESTA PAGINA QUE ME INSPIRO
E SÓ DA POESIA EU RESPIRO
QUANDO ESCREVO MEUS POEMAS

LIBERTO ASSIM A MINHA ALMA
DEIXO-A NA PAZ E NA CALMA
ALEGRE AS PALAVRAS RIMAR
A POESIA A VIDA ME PREENCHE
E O MEU CORAÇÃO SE ENCHE
DA PAZ QUE ANSEIO ENCONTRAR

ESTA É POIS PARA MIM SAGRADA
A PÁGINA QUE ESTÁ GUARDADA
PARA ESCREVER MEUS POEMAS
A POESIA É O GRANDE ALENTO
QUE PREENCHE O MEU TEMPO
E ME ALHEIA DOS PROBLEMAS

É NA POESIA QUE LIBERTO
É NELA QUE EU DESPERTO
SENTIMENTOS ESCONDIDOS
AQUI EU TENHO A CORAGEM
DE REVELAR UMA IMAGEM
DO MEU EU DOS MEUS SENTIDOS

NA POESIA SOU LIVRE DE PENSAR
NINGUÉM O QUE DIGO VAI JULGAR
A POESIA NÃO TEM JULGAMENTO
SAI LIVRE DA NOSSA MENTE
NUM MOMENTO DE REPENTE
SE ESCREVE NOSSO PENSAMENTO

16/09/09
ONIL

Foto de Felipe Ricardo

Poesia Em Vermelho

De repente um barulho
E tudo parece um formiqueiro

Sirenes tocam, gente fala, grita
Chora, ri e praqueja por alguem

Um silencio... Um corpo estatico
No chão e no asfalto sua ultima
Poesia se escreve em vermelho

Foto de Felipe Ricardo

Poesia Em Vermelho

De repente um barulho
E tudo parece um formiqueiro

Sirenes tocam, gente fala, grita
Chora, ri e praqueja por alguem

Um silencio... Um corpo estatico
No chão e no asfalto sua ultima
Poesia se escreve em vermelho

Foto de robson oliveira

Notas de um Diário

Hoje sem querer encontrei a morena dos meus sonhos
Dos meus sonhos não, por que ela existe.
Ela é bela e formosa
Sua boca me encanta e me fascina
Eu fico meu tempo a imaginar um beijo dela
Como não dever doce e gostoso
Beijar aqueles lábios tão morenos e carnudos
Ela esta na minha frente agora
Ela lê...
Eu escrevo...
Ela não sabe que é pra ela
Mas eu olho pra ela
E ela não olha pra mim
Eu tento me concentrar para escrever,
Ela nem pisca lendo.
Eu fico abismado ao olhar pra ela
Ela ta nem ai pra mim
E ela é realmente bela
É a segunda vez que nos vimos
De novo na biblioteca
Eu de novo a escrever
Ela de novo a ler
Ela já me contou a sua historia
Já sabe da minha
Da primeira vez que nos vimos
Eu disse que ela ia pensar em mim
Hoje ela disse que pensou mesmo.
Hoje ela não sabe o que eu estou sentindo por ela
Mas e eu saberei?
Sei o que sinto por ela, ou o que ela sente por mim.
Seus olhos não saem do livro
Ela diz ser bom
Eu não achei tanto
Ela achou o livro que eu estava lendo ruim
Acho não combinamos então
Além do mais ela é morena;
Morena da minha cor.
Não gosto de morena
Não combina
Gosto de brancas,
Aquelas que fica marca até de pressionar o dedo na pele
Mas e daí...
esquece
Gostei dela mesmo morena
Mas ela escuta rock...
Ta agora eu apelei,
Por que procurar defeitos
Se ela tem tantas qualidades
Além do mais aquela boca...
Voltei-me a ela
Pensei comigo,
E se ela só esta a ler o livro porque não falo algo interessante
Mas o que seria interessante pra ela?
Iterai.
Vou me concentrar.
Não tem como.
É impossível
Seu olhar faz com que eu me perca
E tenho a impressão que ela quer que eu me perca mesmo
Sua boca faz-me viajar em fantasias e desejos
Falo pra ela...?
Deixo assim?
E se ela aceitar?
E se ela não aceitar?
As perguntas aumentam em minha cabeça
Mas porque não perguntar?
De repente...
Fui salvo.
Hora de ir embora
Fui salvo.
Ela foi com a duvida o que eu tanto escrevia
Mas ela saberá que é pra ela
Por que amanha ela estará na biblioteca de novo
E se ela pensou em mim da outra vez
Pensara de novo em mim.
Daí terei minha resposta amanha
E se ela não pensar agi certo
Se ela pensou falarei amanha
Ta, mas estava esquecendo ela é morena.
Ta e daí? Algo contra?

Foto de robson oliveira

Soneto da Dúvida

E de repente veio o vento da saudade
E fez-me lembrar de você de verdade
Talvez tenha sido por um instante
Mas será que pensar em você é importante

Por que pensar em você?
Por que querer te ver?
Explique-me, preciso entender.
Ah! Você também não sabe me responder

Você também sente saudade de mim
Ate muitas vezes me disse que sim
Mas a vida nos fez assim

Somos maus um para o outro
E sem querer vamos nos matando pouco a pouco
Talvez seja por isso que nos chamam de louco...

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