Repente

Foto de Deni Píàia

Terminal Rodoviário

-Pipoca é cinquennnn... té cinquennnn... té cinquennn
-Meus irmãos, está aqui na Bíblia.
-Amendoim torradinho só setenta.
-Pipoca é cinquennnnn...
-Tem um trocadinho pra me ajudar?
-Chocolate Suflé, só num é mais doce que mulé.
-Um é dois, três é cinco.
-E Jesus falou...
-É cinquennnn... té cinquennnnn...
-Moçô, passa na rodoviária?
-Água só um e vinte.
-E a pipoca?
-É cinquennnn... té cinquennnnn...
-Torradinho, torradinho!
-Vrrrrrummmmm...
-Peraí, moçô!
-Quando Jesus perguntou aos seus apóstolos...
-Tem uma moedinha?
-É cinquennnn... té cinquennnnn...
-Suflé é da Nestrê!
-A que horas vai sair?
...
Marqueteiros, vendedores, pastores, pedintes... Povo. O terminal de ônibus me parece uma grande colcha de retalhos humanos onde cada um busca seu lugarzinho ao sol, embora seja noite. Sentado num banco tentando registrar o que vejo e ouço, fico perdido num turbilhão de ofertas, pedidos, perguntas, conselhos, freadas, aceleradas, passos, correrias e pernas, algumas bem bonitas! Fico imaginando de onde vem toda essa gente que, de alguma forma, em sua maioria, tenta levantar uns trocados. Verdadeiros profissionais de vendas, desdentados e maltrapilhos, que vivem de seus parcos negócios, enquanto eu não consigo vender nem pra mim mesmo. Onde estão suas famílias, seus amigos, suas casas?
Resolvi experimentar o amendoim torradinho-torradinho, acondicionado em tubinhos de papel dentro de uma espécie de balde que, embaixo, tem uma abertura onde uma brasa mantém a iguaria aquecida. E não é que estava quentinho! Achei que valeu o preço: só setenta centavos. O “Suflé” até que provoca a gente, mas naquelas mãos quentes deve estar uma papa. A água mais quente ainda. Quanto à pipoca tenho vontade de chutar o pacote, de tão chato que é seu anúncio: -É cinquennnn... té cinquennnnn...
Um caso à parte é o pastor. Bela oratória! Um sujeito bem vestido, terno limpo, puído, mas limpo. Pasmo com seu nível de informação. Fala do diabo disfarçado de roqueiro, citando Led Leppelin, John Lennon e Nirvana, discorrendo sobre Raul Seixas no cenário nacional, entre outros. Faz uma profunda e excelente crítica sobre a programação televisiva onde, logicamente, lá está o capeta de novo, em todos os canais e horários. Mete o pau em religiões, todas! –Minha religião é a Bíblia, diz ele. Pisoteia sobre a moral de pastores que pedem e tiram dinheiro dos fiéis, até deixando alguns expectadores contrariados.
À primeira vista lembra uma feira onde ninguém conhece ninguém, onde todos estão sós. Ledo engano. Observando melhor percebo que, atento ao pastor/orador, outro espera ao longe para substitui-lo ou acompanha-lo no caminho de volta. O vendedor de “Suflé” acompanha o da pipoca, que é amigo do amendoim. A mulher que vende água é mãe da moça que vende frutas na outra plataforma. O pedinte de moedas é parceiro do outro que já pediu, ganhou e agora está fumando sossegado. Os motoristas são companheiros entre si e conhecidos da maioria dos passageiros. Enfim, acabei por concluir que só eu estava sozinho. E como num passe de mágica, de repente o terminal se esvazia. Para onde foram todos? Vendedores desapareceram, o pastor silenciou e sumiu, os ônibus escassearam, os pedintes já se acomodam na calçada. Fico com a impressão que se diluíram e escorreram para as bocas-de-lobo, de onde agora me observam irônicos. Seguiram seus caminhos e eu fiquei só. Vou tomar o próximo ônibus e também seguir o meu, para chegar em casa e continuar só. Mas amanhã eu volto.

Foto de Alicinhalinda

A um poeta

Naquela madrugada que eu estava sem nada fazer e de repente você surgiu,conversamos um pouco e me fez um convite que pensava que eu não aceitaria, disse: já sei que não vai poder mas estou no jardim com dois violões e uma gaita baixando música para tocar se quiser sentar no jardim, conversar bobagens e ouvir música.... sinta-se convidada.
Aceitei na hora´foi um belo convite e eu queria saber onde isso ia dar (no seu jardim, claro), não sei bem por quê mas algo entre nós dois deveria ter acontecido no passado mas naquela época eu não te via da maneira que te vi naquela madrugada. Estranho...fiquei fascinada por suas palavras, seu convite inusitado da madrugada. E não acreditando pedi que refizesse o convite porque pensei que fosse brincadeira e você disse novamente quer amanhecer o dia no meu jardim, ao som de um violão que pede, de efetiva e súbita forma seu desnude e seu carinho? Ouvir o toque, tocar e ser tocada?
Confesso que quase morri e renasci ao ler as suas palavras e ainda concluiu perguntando:quer ter uma aventura carnal e irresponsável escrita nos seus capítulos de vida? na madrugada amanhecendo o dia. Quero que saiba que desfrutei do mais perfeito momento que já tive em toda a minha vida...Não, eu não estou apaixonada mas sim, gostaria de desfrutar de muitos outros momentos desses com você. Loucura, eu sei. Você mesmo disse somos loucos, mas é bom ser assim, fazer loucuras de vez em quando reaviva a alma...te espero

Ana

Foto de Carmen Lúcia

Simbologia do Amor

Da nota mais aguda e vibrante da canção,
do arrepio eletrizante de uma emoção,
da lágrima sentida e cristalina do pranto,
da beleza singela de uma flor do campo,
do amor de mãe entoado no acalanto,
dos versos colhidos no frescor do dia,
da sensibilidade aguçada em cada gesto,
do sorriso que ilumina e irradia,
da coragem frágil que predomina,
da pequenez que de repente se agiganta,
da razão ponderada pelo coração,
do amor incondicional e sem limite,
da vida que gera vida
e que Deus permite...

Da graça de ser, de crer, de haver,
da semelhança com Maria,
Mãe abençoada do Salvador,
da mais perfeita poesia
surgiste tu, Mulher,
simbologia do Amor!

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário: "Amor de Mãe"

( As faces do Amor)

De repente faltou-lhe o chão. Acabara de ler o resultado de exame de sangue de seu filho.Há dias não dormia, não comia, não falava, não sorria. A ansiedade a consumia. Mas nesse fatídico dia se encheu de coragem, pediu à Maria, Mãe das Dores, que intercedesse por ela e que a mantivesse em pé, fosse qual fosse o resultado...mesmo aquele que ela mais temia. E era.HIV(reajente).Seu filho adorado, lindo, inteligente, culto, sua razão de viver...tinha Aids. Jamais poderia supor que isso pudesse acontecer...E agora estava ela, frente a frente com a dura realidade.
Uma assistente social veio dar-lhe o resultado, numa salinha tão funesta quanto ele e se preciso, ampará-la. Ampará-la?Depois de sentir sua alma sido arrancada?Assistente social sabe da dor de se ter um filho aidético?Só mesmo quem o tem.Mas são preparadas para isso.Consolar.
A mãe,ou o invólucro da mãe,voltou para casa, incumbida de dar a pior, terrível e mais trágica notícia.
Onde uma mãe encontra tanta coragem?Só mesmo Santa Maria pode explicar.
Encontrou o filho deitado num sofá. Podia-se ver seu coração aos pulos, aguardando a sentença fatal.
Ela respirou profundamente, procurou não chorar e num sôfrego,sem mesmo ouvir a própria voz,falou:
-Meu filho,você tem Aids!Hoje em dia há medicamentos modernos, os coquetéis,que o manterão vivo,se você se cuidar.Estarei sempre ao seu lado,o amarei cada dia mais. Abraçou-o fortemente para que o filho pudesse sentir todo o seu amor e seu amparo.
Em seguida, trancou-se no quarto, ajoelhou-se e agradeceu a Deus, a Jesus e à Maria, pela grande intercessão, por não deixá-la fraquejar e para que o filho suportasse a notícia sem novas tragédias.
Quando uma mãe se põe de joelhos,o filho se mantém em pé.

_Carmen Lúcia _

Foto de Claudio Lima

NEGAS QUE MIM AMA.

DIVIDIA COMIGO TRISTEZAS E ALEGRIAS
SONHAVA COMIGO UMA NOVA FANTASIA
ME ABRAÇAVA
E ME BEIJAVA DIZENDO SER UM AMOR ETERNO.
MAS DE REPENTE
COM AR DE SERPENTE
ME DIZIA QUE O AMOR TINHA ACABADO,
QUE O TESAO
JA NAO EXISTIA
QUE SENTIA POR MIM UM AMOR DE GRATIDAO..
E EU CHOREI
EU QUE TANTO MIM DEI
E QUE SEMPRE BUSQUEI
E SONHEI,SONHEI COM VOCE
NUM JARDIM
TE AMANDO SOBRTE O JASMIM
E VOCE VEIO DIZENDO
QUE AQUELE BEIJO ERA O FIM.
HA COMO TE AMEI
MAS MIM ENGANEI
E AGORA
VOU PEGAR MINHAS COISAS
QUE JÁ É HORA DE SAIR
PRA NUNCA MAIS VOLTAR.

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Tango"

(As faces do Amor)

Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente. Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional. Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara. As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar. O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango. Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual. Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente e com ela vestir a máscara que a camuflava.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Retrato da Vida

Num canto da sala balançava a cadeira. Por cima dos óculos ela só observava. Não dava palpites.
A rotina diária...Muita algazarra, correria. Todos apressados, em tropeços, passavam por ela.
Nem sequer percebiam que ela percebia. Olhava a todos e a tudo.Sem que ninguém a visse.
Os dedos já cansados esboçavam um bordado. Pareciam mecanizados, de tão acostumados a esses traçados. Chegavam à perfeição.
Seu rosto, sem expressão, semblante enrugado, eram marcas que o tempo lhe deixara.
Um tempo ausente que corria lá fora. Agora mais veloz, levando embora a vida que ela via caminhar, além da janela, afastando-se cada vez mais.
Vieram-lhe as lembranças. Ricas lembranças.Criança correndo pelo campo, sem tempo, sem marcas, só esperança. Só risos. Sonhos. Fantasias.
Então cerra os olhos.Começa a imaginar.Ouve uma música suave. Esboça um doce sorriso e se pega a rodar, a girar, por entre flores, pés descalços na grama úmida com o vento acariciando seu rostinho de criança feliz. De repente a criança põe-se a correr...para um lugar belíssimo, indescritível, inimaginável...
A cadeira já não balança. Permanece imóvel no canto da sala.
Caído ao chão, um bordado perfeito e já terminado.
Repousa de lado aquele rosto sem expressão, marcado agora pela morte.
A lida prossegue lá fora. E lá dentro, a rotina de sempre. É a vida!
Ninguém percebe a partida.

_Carmen Lúcia_

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - É PAU, É PEDRA, É O FIM...

É PAU, É PEDRA, É O FIM...

Sempre que chegava em casa, ligava a TV por assinatura, onde já estava sintonizado o canal de áudio “Bossa Nova”. Hoje não foi diferente! Só que desta vez, invadia o ambiente, e seus ouvidos, a música “Minha Namorada” de Vinícius e Carlinhos Lyra: - “Se você quer ser minha namorada... Ah, que linda namorada...”
Ainda mais saudoso dos seus olhares, beijos e abraços, tudo o que Cabeça realmente mais queria no momento era exatamente o que Branquinha menos desejava: estar juntinho outra vez. Separaram-se por causa das frases malditas do último sábado e que, toda vez que isso acontecia, ele não conseguia digerir.
Surgiu, então, uma névoa na relação. Ela dizia-se cansada, confusa; ele parecia cachorro caído do caminhão de mudança: totalmente perdido. Por isso, a cada telefonema, a cada convocação dos amigos, ninguém mais o encontrava, nem mesmo ele. Era o telefone tocar que já iam atendendo e logo dizendo: - Ele não se encontra!
Depois do último tête-à-tête e algumas ligações malsucedidas com Branquinha, juntou todos os porta-retratos da sala que revelavam seus melhores flagrantes juntos, além da beleza e do sorriso dela, colocou-os raivosamente um contra o outro, escondendo-os onde a visão não alcançava: na gaveta do armário do último quarto do seu apartamento, um lugar ermo que mais parecia um depósito de entulhos.
Outras tentativas foram feitas sem sucesso, pois sua voz não era ouvida, seus pedidos não eram atendidos, muito menos sua dor arrefecida. – Vamos voltar, vamos ficar juntos, rastejava Cabeça, insistentemente. E Branquinha, apesar de ligar quase todo santo dia, só conseguia repetir aquela estarrecedora frase: - Estou confusa! E rapidamente desviava o assunto, partindo para amenidades.
Dia após dia era assim: ela, perdida, vivendo seus momentos de confusão; ele derramando-se em infusão: chá de camomila, hortelã ou erva-doce para acalmar o sofrimento; chá de boldo para as agruras e os nós no estômago... mas a única coisa que deu resultado mesmo foi o sofrido chá de cadeira que estava tomando dela.
A essa altura do campeonato, mesmo depois de milhões de declarações, ele queria mais era tomar chá de sumiço: suas palavras continuavam sem forças, sem encontrar eco no coração de Branquinha! E se o coração não ouve mais, babau!
Apoderando-se do verso oportuno de “Chega de Saudade” que tocava, ao telefone, Cabeça insistiu sua derradeira vez: - Amor, chega de saudade: não quero mais esse negócio de você longe de mim, disse aos prantos. Como não era profunda conhecedora da obra de Tom e Vinícius, suas palavras não a sensibilizaram e, do outro lado da linha, o silêncio era total: o telefone estava mudo, ela não atendia ao seu chamado, afinal, nada já tocava seu coração.
De repente, a aflição invadiu o peito dele: a linha caiu, rompendo definitivamente a ligação que existia entre os dois. E o que se ouvia naquele instante eram apenas os seus soluços misturando-se aos versos de Águas de Março: - É pau, é pedra, é o fim do caminho...

Foto de Paulo Zamora

Várias reflexões do poeta e escritor Paulo Zamora- O POETA QUE MAIS GRAVOU POEMAS (www.pensamentodeamor.zip.net)

Seu espaço
Na perda do próprio espaço é difícil a labuta da vida, quando nos esquecemos de nós mesmos involuntariamente acreditamos que dias melhores virão, somente se persistirmos em carregar nossas próprias cargas. Isso faz sofrer, faz até mesmo você pensar que a vida não tem sentido; mas a sensatez reflete um mundo diferente; olhar para frente, sempre estar esperando...
A liberdade é para todos. A privacidade ajuda nas expectativas dos sonhos. É muito complicado ter que ser torre forte quando já se atingiu um cansaço enorme, e recomeçara a cada dia é tarefa; no entanto existir em maneira tão difícil é saber das missões e acima de tudo, como colocar a fé a frente das situações. Quantas vezes dar a mesma explicação? Quantas vezes as pessoas irão ainda pensar que você está forte e capaz, como se suas chances de ser humano fosse inibida; mas seus direitos são os mesmos.
Na corrente do tempo ficar olhando esse mesmo tempo passar, e sabe que a saída virá no momento exato. Caminhar até lá é um desafio complicado, porque você precisa ainda apreciar a voz dos pássaros quando nada mais está fazendo sentido.
Dizem que vida é assim. Para todos?
A luz do sol ainda brilhará, se ninguém lhe entende, se as pessoas não souberem perceber sua presença, não desista; sei que perder a privacidade é muito desafiador; e quando você sente que não tem mais o direito de pensar em você passa a ser preciso lutar contra lágrimas, tristezas que vem e vão; mas continue na sua estrada, visando vencer a luta com as armas corretas da humildade e da fraternidade. Como lidar com tudo isso? Você acaba descobrindo sozinho, mesmo sendo incompreendido e até mesmo achar que não tem ninguém para lhe entender, ou pelo menos que escute seus desabafos.
Até quando resistir? Torna-se ainda mais difícil ao perceber que ao redor pessoas cobram e cobram, sempre querem algo e você ainda não aprendeu a viver sem se dedicar tanto. Compensa? Dizem muitos sábios que sim. Mas nada teria que comprometer a privacidade, a liberdade enfim. Mas você é um mundo onde somente você sabe o que acontece. Fazer outros sorrir, deixar palavras de esperanças, amar sem preconceito, e quando for a sua vez estar sozinho, simplesmente porque outros acreditam que você é auto-suficiente. Decisões controlam a vida, reconquistar seu espaço requer uma luta árdua, algo que diariamente você aprende, sem saber quando a vitória vem, mas ela vem; apesar de tudo ela vem granjear. Enfraqueceu-se o prazer, distorceram as idéias, mas e o amor? Ele funciona a partir do momento em que é aplicado, ainda mais quando há receptividade da parte de outrem.
Ser sozinho não é o mesmo de estar só. Reflexões contínuas nos fazem girar sem saber aonde chegar. É preciso saber esperar o tempo certo, quando? Onde? Para quem? Com quem? Por quê? A identidade de uma pessoa vem de seu modo de vida, e passar por cima exige um esforço fora do normal, desafia sua paciência, sua moral, seus sonhos, sem saber como vai ser o amanhã. A perda do espaço é reter sua liberdade, ainda mais quando se julga necessário quando já desaprendeu a ser livre com conta de tantos desafios. Minha dica a você é: CONTINUE, PROCURE CAMINHOS AINDA NÃO PRECORRIDOS, VENÇA USANDO ARMAS CERTEIRAS, UM DIA A GUERRA SEMPRE ACABA...
(Escrito por Paulo Zamora em 25 de dezembro de 2010)

O abraço das palavras (Amizades)
Algumas pessoas perdem seus melhores amigos por não saberem cultivar, ninguém têm grandes conquistas emocionais se visar somente seus próprios interesses; talvez colocamos as pessoas em bolhas que nós mesmos criamos, mesmo quando elas nem estão presas nessas bolhas. O reconhecimento e a compreensão são detalhes capazes de fazerem durarem os relacionamentos. Consegue observar quantas foram às dedicações a você? Como retribui? Todos gostamos de pessoas que nos entendem, de pessoas que abrem seus olhos para nos verem; e acredito que contigo não é diferente.
Não podemos querer somente receber, temos que nos dar também sabendo depender disso as durabilidades. Dar um elogio quando necessário, ligar de vez em quando para saber como a pessoa está; lembre-se sempre de pessoas que te consideram, sonhe por elas, acredite nelas...
Algumas pessoas perdem seus melhores amigos por não perceberem o quanto essas pessoas precisam também de afagos; e amizade é assunto sério quando respeitamos alguém. Não queremos amigos que nos inferiorizem sempre, conselhos são vitais, mudanças muitas vezes determinam-se radicais; se muitas vezes os bons momentos deixaram de acontecer não culpe somente os outros, olhe para você e analise-se; é impossível receber sem se dar. Os sentimentos sobrevivem à base troca.
Nada tem que ser na mesma medida, basta ser de coração, mesmo sendo pouco o que se tem para dar; ou simplesmente que se perceba sua presença em momentos importantes ou que se julgue necessário. Manter relacionamentos não se pode ser um mar de cobranças ou ter que cumprir um montão de regras, não é nada disso...
O crescimento humano baseia-se em como nos comportamos diante da vida.
Ninguém é sábio sem conseguir compreender, ninguém é inteligente suficiente sem conseguir observar quais são os valores principais de uma vida. Já observou de perto a luta de muitas pessoas que você conhece? Já abriu a mente para ver pessoas ao redor vencendo obstáculos? Manter relacionamentos é cultivar o abraço das palavras.
Não queira que as pessoas sejam inesgotáveis, que não se cansem, que não se deprimem, isso não quer dizer nada quanto a se ter rumos a seguir pela vida; os sonhos especiais estão em mentes brilhantes; no entanto todos sonham...
Pessoas vivem situações diferentes, alguns sofrem mais, outros menos, a carga é pesada para muitos e para outros é leve até demais, mas algo é certo; quando se cultiva um solo as sementes tornam-se árvores frutíferas.
Se não souber cultivar não se perca na ilusão de que as pessoas estarão sempre esperando por você.
Que decisão tomar? Ainda há como salvar seus relacionamentos?
Ninguém é perfeito, entenda, ninguém tem que ser perfeito para você. Amigos são pessoas errantes, ferem em pensamentos e também em atitudes, mas são amigos, lembra-se de quantas vezes alguém especial esteve ao seu lado? Lembranças nos ensinam...
De repente lá está indo uma pessoa querida, se distanciando mesmo sem querer, o porquê pode ser a não percepção do afeto. Enfim, todos os tipos de relacionamentos são assim; dependem de como são tratados.
Algumas pessoas perdem seus melhores amigos sem perceberem...
O perdão abre portas imensuráveis. Assuntos de vida destinam pessoas a crescerem tanto emocional como espiritual, assim como material. O importante é saber a colocação.
Respeitar o espaço dos outros é dividir os gostos...
Não precisamos de pessoas que morram por nós ou que passe todo o tempo nos olhando, queremos simplesmente pessoas que se importam.
Em que necessitamos de mudar? Cada qual se deve pensar nisso.
Infelizmente, algumas pessoas perdem seus melhores amigos...
(Escrito por Paulo Zamora em 15 de novembro de 2010)

www.pensamentodeamor.zip.net

Foto de Carmen Lúcia

Uma história de amor...

Um dia tu surgiste em minha vida
e o céu se abriu em cores, no esplendor da aurora,
como em Romeu e Julieta,ouvi cantar a cotovia,
presságio de amor que nunca vira outrora...

Até então eu mergulhava em sombras,
não via estrelas, nem sabia de luar,
enclausurada em meu próprio ego,
entregue ao medo de deixar-me amar.

Então chegaste como a poesia
que sensibiliza e nos faz sonhar,
dancei com as flores, me explodi de amores,
de peito aberto fui de encontro a ti.

Mas de repente o sonho acabou...
Teu sorriso aos poucos foi se apagando,
teu olhar vazio foi me definhando,
ouvi teus passos se distanciando...

Eu fui feliz, não há como negar,
intensamente esse amor vivi.
mas a história teve um novo fim,
pois do veneno, só eu bebi,
só eu morri...

Carmen Lúcia

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