Repente

Foto de Lou Poulit

O Trovão e o Sabiá Sereno

Sentada sob alpendre da mansão colonial, sua fortaleza de toda a vida, Sinhá havia se perdido em seus pensamentos. O dia havia se despedido há pouco, na apoteose fugaz de um céu prestante de cores e texturas, que de tudo o que pode tentou fazer para merecer a atenção da moça. Nem a sinfonia da passarada fez efeito. Tudo em vão, restaram as estrelas que nem sequer se aventuravam. A passarada se calou para dar a vez aos grilos, sapos e outros barulhentos notívagos. Sinhá revirava mecanicamente os fartos rendados da saia à sua volta, pois de fato não estava ali.

Então, passos arrastados vindos de dentro precipitaram-na do etéreo, de volta ao corpinho magoado pela posição pouco cômoda. De tão surpresa e assustada, não teve coragem de se virar. E esperou apenas, como seu sangue esperava dentro das veias. Aos poucos uma luz tênue, mas capaz de expulsar soberanamente a escuridão, se aproximou. Depois mais um pouco. A moça temeu que se aproximasse ainda mais e explodiu em gritos nervosos: Saia já daqui! O que quer de mim, demônio? Eu não lhe chamei aqui!

A pouca distância um caboclo mulato de aspecto impressionante, pele muito morena e os olhos claríssimos de uma onça enterrados no rosto embrutecido, como pequenas gemas raras no emboço úmido da terra adubada pelos séculos. O velho Sereno segurava a candeia, tentando compreender, tão próxima, a moça que à distância vira crescer, como flor única naquelas glebas. Durante parcos segundos, Sinhá não conseguiu balbuciar uma palavra. Tentava decifrar como aquela figura estranha havia invadido seu silêncio, que significado poderia ter dentro dele e se seria perigoso para as coisas ricas que guardava em segredo. Porém, achando que o silêncio era ainda mais insuportável, a moça voltou à carga: Quem lhe deu o direito de estar aqui? Ele tentou explicar: Vim só alumiá o negrume da noite pra vosmicê, Sinhazinha... Carecia de se assustá não... Não tenho medo de nada, ela empinou a própria fragilidade. Como poderia temer um empregado dentro da casa do senhor meu pai? Ademais, estava aqui com meus pensamentos...

O homem olhava com segurança os olhos escorridos de lágrimas da moça, cheios de brilhos amarelados pela chama da candeia. Sentia pena dela, mas sabia pelas décadas de convívio que não se devia manifestar piedade para com os senhores. Sereno sabe que está triste, Sinhá. Ma num pode fazê nada não, disse ele abaixando os olhos. Mas como pode saber disso? Não lhe dou esse direito. De onde você saiu?... Ainda com os olhos baixos, ele respondeu: Sempre estive aqui, Sinhazinha. Vim pra essas terras do senhor seu pai na barriga da minha mãe, que se foi embora amarrada naquele pé-de-jurema-branca, bem ali na direção onde a lua vai nascer já. Eu era desse tamaninho, cabia no cesto onde o alazão comia o seu mio. Naquele tempo o capataz era um homenzinho muito do ruim... Ela só queria alimentar a sua cria...

A moça se refez da letargia quando o ouviu falar no alazão, tornando a gritar: Não me fale do meu alazão. Eu amava o Trovão como se fosse uma pessoa! Ninguém montava nele além de mim! E acabaram de trazê-lo num arrasto de pau-de-mangue... Ele estava morto! E eu vou matar quem fez isso com ele... E a chorar convulsivamente ela recostou-se no portal, até sentar-se de novo no degrau do alpendre. Sereno continuou calado, imóvel, com os olhos cravados nas lages do chão. Como se sua alma cansada procurasse uma brecha para um imenso arrependimento.

Tentando descobrir em seu próprio silêncio o que deveria fazer naquela situação triste e constrangedora, o velho caboclo foi lentamente até a arandela pendurar a candeia. Não sabia o que fazer a mais. Durante quase vinte anos quisera ajudá-la em muitas situações de perigo, mas sempre chegava alguém antes. Sereno trabalhara sempre na plantação, às vezes tratando dos cavalos doentes e outras como mateiro. Amava a menina, antecipava os riscos que ela corria, mas haviam outros mais próximos dela. E agora o mesmo sentimento de proteção lhe parecia palpável de tão denso. E ironicamente, embora estivessem ali apenas os dois, simplesmente não sabia o que fazer.

Passados alguns poucos e imensos minutos, a moça quebrou o silêncio, mais calma, porém sem perder a altivez da voz: Como se chama? Sereno, Sinhazinha - disse ele. E porque está aqui, nunca lhe vi dentro de casa?... O velho empurrou a aba do chapéu para trás e coçou a calva rala e branca, como sempre fazia quando se sentia inseguro. Demorou um pouquinho mas respondeu: Eu vim de pés lá de trás da serra dos pastos... O senhor seu pai mandou que me alimentasse e ficasse por aqui até amanhecer. Ela insistiu: Mas por que veio de pés? Ah, Sinhazinha, parei no meio da mata para ouvir o sabiá-da-mata, tava cantando bem em cima de mim. Desde menino adoro os sabiás, num gaio da mangueira, por cima da minha palhoça tem um que fez ninho agora. Quando passo o café da tarde ele tá arrebentando os peitos, de tanto chamá uma fêmea pro seu ninho novinho e arrumadinho. Mas me distraí, meu cavalo assustou-se com a onça e saiu desembestado, nem sei pra onde. Mas vou lá buscar, pro seu pai meu senhor num ficá num prejuízo maió. Não é um bicho caro, é até meio capenga... Mas é um bom companheiro, num sabe? Vendo a perplexidade dela, ele perguntou: Que foi Sinhá, com essa boca aberta, quem nem peixe morto? A moça sussurrou: Onça?... Que onça é essa, Sereno?

O velho respirou profundamente. Não haveria mais de esconder. Ela que soubesse a verdade e que fizesse o que achasse justo. Disse a ela com segurança: a mesma que pegou o Trovão... Aquele sangue todo foi porque quando cheguei ela já tinha garrado no pescoço dele – disse caboclo limpando instintivamente as mãos grosseiras nas calças. A moça mostrou-se inconformada: E você não fez nada para ajudar o coitado? Não tinha uma arma, Sereno? Sinhazinha, ele caiu por cima da bicha, esperneava como um porco endemoninhado... Endemoninhado é você, miserável! Ele era o alazão mais valente que conheci... Só que havia uma onça mordendo o seu pescoço... E um homem medroso e inútil assistindo a sua morte desesperada! Que queria que o Trovão fizesse?... Sereno, se calou constrangido. E ela quis saber mais: E depois, Sereno?... Sinhazinha, num é nada fácil chegar perto de dois bichos grandes e raivosos... E eu só tinha mesmo o meu facão de mato e não queria ferir ainda mais o Trovão. Sim, mas o que você fez? – ela implacável. Eu nada, Sinhazinha, a onça é que resolveu desaparecer. Onça é um bicho covarde. Só pega pelas costas, sangra e espera morrer. Mas se sentindo insegura ela larga e fica de longe só espiando. Esperando a hora de comer sossegada. E o outro, que também é bicho, sabe que vai morrer e que ela vai vir lhe rasgar as tripas. É só uma questão de tempo... O mundo dos bichos é assim mesmo, Sinhá. Ninguém muda não. Vosmicê ta triste e eu também... Mas o Trovão tá não... Só tá esperando os primeiros lampejos do dia, pra correr por essas terras sem fim, pelos campos e pelas matas fechadas, num tem mais nada que lhe impeça... Vai conhecer todos os lugares onde nunca tinha ido, vai beber água do rio grande e vai saltar nas ondas da praia... Enquanto isso nós vai fica aqui chorando de tristeza, porque num pensa que ele ta livre como nunca foi... É que como nós só sente o sentimento da gente, só pensa com a cabeça da gente, então acha que o trovão ta sentindo e pensando a mesma coisa, Sinhazinha... Não tenha raiva não... Que ele não pode aparecer pra vosmicê e lhe contá como que é lá donde ele vem, ele vai ficar triste por causa da sua tristeza...

A moça se esforçava para aceitar aquela sabedoria estranha, que quase desdenhava os seus mais puros sentimentos, todas as coisas que aprendera a sentir. Mas, embora não tivesse coragem de dizê-lo, até que gostava muito de imaginar seu querido Trovão suando da correria que tanto amava, brilhando ao sol e ao luar. Ele amava o vazio dos espaços, os obstáculos que vencia, amava o vento revirando as suas crinas, enchendo-lhe os pulmões no peito enorme e musculoso, e depois expirava com força fazendo seu próprio vento, era quase um deus da natureza... Ah, como ele gostava disso... – dizia a si mesma. Alagada da própria ternura, disse então ao velho: Ele lutou até o último instante não foi, Sereno?

Ele era valente demais, eu o conhecia desde que era um potrinho muito abusado... Sou lhe muito grata, quero que fique, se alimente bem e descanse bastante. E depois vá buscar o pangaré, antes que essa onça o coma, já que não comeu o Trovão, pois que os homens foram buscá-lo antes disso... Sereno sentia-se mais à vontade agora, já sentado também no degrau de baixo. E completou: Vou Sinhazinha, antes de clariá vou atrás dele. E ai dela que se meta... Faça isso por mim, Sereno – ela pediu com raiva.

Não posso prometer, Sinhazinha... Não Sereno, não se arrisque, leve uma arma... E se ela lhe pegar pelo pescoço, como fez com o Trovão?... Vosmicê num fique triste não, Sinhá... Também sou meio bicho, já fiz muita coisa nesse mundo de meu Deus... Já matei oito onças, seu pai meu senhor pode lhe dizer... Uma delas ia morder era o pescoço dele... É que de uns anos pra cá elas estavam sumidas, que os cachorros farejam a catinga delas de longe... Gato tem raiva de cachorro e vice-versa, num sabe?

Eu prometo, Sereno. Vou contar para os meus netinhos essa estória. E vou me lembrar de dizer que você foi um herói, que não pode salvar o Trovão, mas veio de pés buscar homens, para que ele tivesse um enterro digno. Meus netinhos vão aprender a odiar todas as onças, porque essa matou o Trovão... Mas eis que tais palavras indignaram o velho filho-do-mato, e ele quis ser exato: Não, Sinhazinha... Isso não é certo, não é verdade não... Como, Sereno? Se ela não matou o meu alazão, então quem foi?... Fui eu mesmo, Sinhazinha... A moça de um pinote ficou de pé, com o dedo em riste, enfurecida lhe disse: Seu traidor! Vá embora, suma daqui! Nunca mais quero ver sua cara! Não vou lhe perdoar jamais! Vai... Antes que eu grite por alguém para lhe surrar no pé-de-jurema, desgraçado!

Naufragados novamente em profunda tristeza, ambos se foram. Ela para chorar na cama e ele no mato. Mas nenhum dos dois conseguiu dormir. A moça rolou na cama, sobre o lençol úmido das suas lágrimas, até que lhe viessem chamar para o almoço. Não foi. À tarde, na hora da refeição também não quis sair do quarto, deixando a todos apavorados. Seu pai começou a preocupar-se, vendo que as mucamas não paravam de cochichar pelos cantos. Resolveu-se a sacudi-la. Entrou no quarto como um furacão para intimidá-la e foi querendo saber o porque daquele drama. Sabia o porque, também sentia muito pelo alazão, sabia o valor que tinha, mas não queria perder também a filha. Sinhá estava desolada e não apenas pelo seu Trovão. As horas lentas da madrugada lhe convenceram de que havia sido injusta com o Sereno. Estava agora claro que quisera apenas poupar o animal de mais sofrimento. Não podia carregá-lo nas costas e com certeza não quis que o alazão assistisse a desgraçada da onça comer-lhe as carnes ainda vivas. Ela estava soterrada de remorso e com muito jeito fez o velho concordar em mandar buscá-lo. Assim também concordou em levantar-se para se banhar e voltar à vida normalmente.

Alguns dias depois estava novamente sentada no alpendre, mas dessa vez assistiu a obra da natureza que se comprazia em dispor da sua atenção. O dia terminou. Escureceu por completo. Ela se lembrou da noite em que se assustou com Sereno. Dessa vez queria imensamente que ele lhe trouxesse a candeia. Havia preparado algumas palavras para lhe pedir que perdoasse a grosseria. Ninguém lhe dissera uma palavra durante esses dias, tinha a impressão cada vez mais densa de que não lhe queriam falar a respeito. Uma luz veio de dentro, mas pelo andar sem botas não poderia ser Sereno. Era uma mucama, que foi dispensada. Sinhá só queria a luz do velho caboclo, como naquela noite. Agora queria gostar dele, da sua sabedoria e da sua paz. A lua começou a aflorar, derramando seu prateado pelas colinas que pareciam abraçar em segurança a mansão. De repente, algo mexia nas folhas do pé-de-jurema-branca, que pareciam lhe acenar variando o reflexo do luar. Então, para sua imensa surpresa ouviu com nitidez o canto mavioso de um sabiá... Mas como? Sabiá cantando há essa hora? Não pode ser... Não queria aceitar o que seu próprio silêncio lhe dizia, lutava contra com todas as suas forças... Então ouviu de novo, logo ouviu outra vez e de novo tornou a ouvir... As defesas que havia erguido em si própria foram ruindo a cada canto, como se fossem rojões de poderosos canhões. Até que não pode mais sustentar a certeza que preferia. O sabiá só podia estar feliz. Tão feliz que nem se importava com a noite, não queria esperar o amanhecer! Se quisesse vê-lo sempre feliz, devia afastar a tristeza. Libertá-lo do próprio peito para que fosse completamente livre, para que cantasse onde quisesse e quando quisesse. Seu canto não era triste como o de outros, mas vigoroso e doce como o de uma flauta da natureza. A mucama voltou com um semblante pávido, mas quedou-se quando à luz da candeia viu que o de sua Sinhazinha sorria para a lua, já em seu esplendor. A mucama lhe disse: Sinhazinha, o seu pai mandou meu irmão e me primo buscar o Sereno... Mas eles não querem falar, estão com medo. Medo de que? Diga logo... Não fica brava comigo não Sinhazinha... Fala de uma vez, mulher... É que a onça pegou o Sereno também, Sinhazinha...

Completamente perplexa, a mucama ouviu a Sinhá lhe dizer com doçura: Não fique assim tão triste. Há essa hora ele deve estar bem assobiando por aí... Por onde, Sinhazinha?... Pela natureza, pelo céu, pelo rio grande, ou se lavando nas ondas do mar... A pobre mucama não conseguia atinar com aquelas palavras surpreendentes e Sinhá completou: Anda, pode deixar a candeia na arandela e vá pra dentro. Se precisar eu lhe chamo, agora vá. Quando mais tarde seu pai veio lhe buscar para dentro, aliviado pelas falas da mucama, encontrou-a bem disposta, quase feliz para aquelas circunstâncias. Sinhá aproveitara o tempo para fazer uma prece emocionada, repleta de gratidão e amizade, pela alma do velho Sereno. Durante toda vida estivera bem ali e nem o havia notado. Mas havia sido de grande valia justo no momento que mais precisou. Se estava feliz a ponto de assobiar no galho do pé-de-jurema àquelas horas, então deviam estar todos felizes: O Sereno, sua pobre mãe e também o Trovão. Não, não queria mais pensar em tristezas. Foi quando seu orgulhoso pai, sentindo necessidade de participar daquele momento lhe disse: Deixe estar, querida... Aquela maldita onça não irá longe... Eu me encarregarei disso pessoalmente.

Lou Poulit
Direitos Exclusivos do Autor

Foto de Neryde

"Amigo e Amor"...Como te dizer quanto te quero?

Antes eu vivia submersa na melancolia,
Com poucos momentos de alegria.
Porém você apareceu de repente,
Dizendo de frente:
"Aqui estou".
E se tornou especial em minha vida.
O passado já não me ameaça,
Contigo recuperei a esperança.
Seu brilho em minha vida,
Tem sido como uma chama.
Guardo em meu coração,
A paz que de ti emana.
Valorizo muito suas qualidades,
Se comporta valente quando eu reclamo,
Prudente a cada instante que me aconselha.
Encontro em você toda calmaria que preciso,
Se pudesse te teria sempre comigo.
Não sei como dizer o que realmente sinto,
Mais gosto muito de você.
E estou feliz por ter te conhecido,
Por isso, "te amo meu amigo"......

Foto de angela lugo

Um mundo indiferente

Vivemos em um mundo indiferente
Onde o assassino e o inocente
Vivem de maneira igual realmente

E não adianta querer se mudar de repente
Porque não existe outro lugar simplesmente
Então todos acabam vivendo normalmente

É preciso mudar este lugar urgentemente
Porque as vezes de repente a insegurança
Parece tão normal extremamente coerente

Mas... Tudo vai tão mal, sem mudança.
Todos fazem de conta que vai bem
Num lugar onde só existe a indiferença

Onde é preciso resgatar os povos que vem
De sua dormência inerente distante
Passado, presente nada tem importância também.

Todos continuam a se enganar amargamente
Esquecem rapidamente o passado cruel da violência
E o presente crucificante que vem eminente

Violência cega que caminha sem qualquer inerência
Em qualquer lugar espreitando suas vitimas
E ainda falam de direitos humanos com reverencia

Crueldade, violência e a indiferença são como imãs.
Uma gera a outra sem qualquer qualificação
E a humanidade segue em frente esquecida que são irmãs

Dos frágeis seres que cheiram a flor de papoula com reação
E também das plantas assassinas que vivem libertadas
Sem contar as dezenas de toxinas que causam lamentação

Oh! Povo dispersado que esquecem as valsas cantadas
Quando dançando pela vida, taparam os ouvidos.
Ensurdeceram para o apelo geral de novas moradas

Foto de angela lugo

Bailando na chuva das lágrimas

Dançando entre os pingos da chuva quente
Que caiu de repente
Você vem e abraça-me fortemente

Vez ou outra vem o choro calmamente
Choro um amor contido
Ainda bem que tu me olhas docemente

Não podes imaginar meu sonho partido
Por te amar escondido
Um amor sem ser correspondido

Dançando na chuva vejo teu bailar descontraído
O amor nos dá maior percepção
Para sabermos quando estás distraído

Queria que tu tivesses sobre o amor mais informação
Sem deixar-me aqui nesta chuva em solidão
Bailando contigo e sustentando a minha condenação

Meu amor por ti é honesto e cheio de retidão
É alentador e acomodado
E quero que um dia ele saia da escuridão

Declarando a ti este sentimento que está sufocado
Dentro do meu coração
Não precisa ser aqui na chuva neste bailado

Pode ser em um dia quando tiver mais emoção
Quando você não estiver em clima de tensão
Procurando justamente por uma afeição

Sentir-se sozinho e não querer da vida somente ilusão
Então poderei te oferecer meus sentimentos
E assim doar-te o meu amor sem dimensão

Quando acontecer viverei intensamente todos os momentos
E quando assim em teus olhos encontrar o amor por mim
Enfim estarei ao teu lado com a alma repleta de contentamentos

Foto de Anandini

Menino magia...

Ah!! sabia que te conhecia...
Descobri em seu olhar!
Um olhar pisciano,carente...
descrente...
daquilo chamado AMOR?
Sim!!
Você é fruto da poesia
Asas de passaro,livre...
Caminho incerto,
onda,
poesia...
O azul do ceu,o sal do mar
Me dizem que você,
É menino , magia...
Doce sorriso,olhar mistificado...
Que prende ,que conquista...
o que não era para ser fisgado...
Sua ternura me leva a caminhos...
Seu corpo me clama ,
me pede...carinhos...
E de repente ,encontra...
o que não pode ser...
Conquista,corpos proibidos.
Faz que o pensamento,vagueie,sonhe,deseje...
Estar ao lado,do não pode ser conquistado.
Mas já não adianta,está acorrentado...
Está preso,neste sorriso leve...que
outrora me destes...Menino amado...
Te quero,mas não posso,o que faço?
Com esse doce olhar,que agora me prendeu?

Foto de PoetaProfeta

Amor á 1ª Vista!!!

Minha Princesa… O mistério do amor nasceu dentro de mim e tomou conta de todo o meu ser, da minha vontade, do meu pensamento, dos meus actos…O mistério do amor chegou e se alojou em mim, não estou a falar de ilusão mas sim de factos.Não sei como, nem como foi...Apenas nasceu…Não sei…Apenas aconteceu... Veio...Não sei de onde... Surgiu...Mas sei que veio preencher o meu vazio…Olhaste em meus olhos com indiferença…Mas não consigo disfarçar a tua presença…Tua voz era música aos meus ouvidos...Conseguis-te mexer com todos os meus sentidos…Tu não sais do meu pensamento, nem quando estou a dormir…Não me canso de lembrar da tua imagem a sorir… O simples contacto de tuas mãos fazia-me tremer…O mistério do Amor tinha-se instalado e não havia nada a fazer…Sentia que estava a amar... De repente comecei a notar Que havia mais brilho no luar... Eu sorrio por tudo e por nada…Já és a minha princesa encantada…Eu não me reconheço mais...E sonho pelos teus mesmos sinais…Sinto que é amor... Sinto que minha vida esta intimamente ligada à tua...Talvez pela força do destino ou da lua…Ou por qualquer estranho laço inexplicável…Só sei que não á nada igualável…E desde então, Amo-te num sentimento sem fim…O pouco que me possas dar é tudo para mim…Falo tanto em amor e amar…Que me sinto na obrigação de explicar…
A carta que te estou a dedicar..
O amor, amor verdadeiro, como o que sinto por ti…

È como um incêndio na floresta...tudo ele consome sem saber onde vai ser o fim… Tão violento que não existem meios de controlar...Quem no meio dele se atravessar…É como uma tempestade no mar…Violenta e poderosa, pronta para destruir aqueles que a tentam desafiar…È como um raio de sol…Aquece o meu coração ao ponto de o deixar mole…É uma força, um poder…Que tem de triunfar e conquistar…Todos os dias para nunca chegar a acabar…Isto é o amor! Como podes tu resistir ao meu modo de amar!?

Minha Princesa…Esta foi 1 tentativa de colocar em palavras o sentimento do meu coração….O amor que sinto por ti não pode ficar por uma carta em vão…

Foto de fer.car

POR ESTA JANELA

Por esta janela vejo sorrisos soltos, abraços apertados
Vejo a brisa fresca tocando a face, e o amor em cada palavra dita
Mas de repente olho para estes cantos vazios, esta poeira sobre os móveis
Vejo tanta saudade estampada em cada retrato, em cada poema escrito
Por esta janela vejo crianças amparadas no colo de seus pais
Pessoas com o olhar perdido a procura de algo, ou apenas admirando uma paisagem
Neste momento acredito que estou só, porque nem eu mesma sei o que anseio
Nesta janela avisto um mundo ainda a ser conquistado
tantas idéias, projetos, e um vazio ás vezes no peito
Um vazio porque me falta algo além do que já tenho, do que já sou
Falta-me aquele que irá me deixar flutuando depois de uma dia estressante
falta-me a gargalhada sadia depois de uma piada bem contada
falta-me acreditar que a pessoa que eu amo saberá me fazer feliz
Por esta janela vejo lágrimas disperdiçadas e palavras descarregadas num grito de dor
E um sentimento cruel, doloroso que crava espinhos n'alma
Por que um anjo ainda não apareceu em minha vida?
Por que esta janela mostra que existe tanta vida ainda para ser vivida
E aqui dentro é pura solidão? Pura tortura?
Quando me torno mais fria que o pior ser humano
E me faço cega diante de demonstrações de amor
Porque para sempre achava que não mais amaria outro...
Por esta janela vejo que muito se sentiu, muito se chorou, muito se amou
Por esta janela ainda imagino dois destinos, um final
Uma união, uma espera, quem sabe uma perda
Por esta janela, tenho o sentimento do mundo
E por ela sinto o amor pulsando em meu corpo
Que janelas se fechem, outras se abrem
Não existe amor insubstituível,
Nem uma vida para ser calcada num único amor
Amores vem e vão
O que me faz viva é acreditar
Que amanhã por esta mesma janela
que um dia se fechou, hoje se abre para mais um dia viver...

Foto de Lorenzo

Mudanças Ocultas

Aqueles olhos que antes falavam
Hoje, se recolhem a simples... olhares

Não, não provarei desse mal,
Dessa dor que surge dos meus olhos,
Escorre pelo meu rosto,
E beija o canto da minha boca.

Queria eu não permitir que a injúria persistisse
Mais do que a boa vontade que me atinge
E me dar uma dose a mais desse lícor de lágrimas
Para sentir uma vez aquele afago que acalma...

Ah, se essa dor que me anestesia
Por um único momento me deixasse
E me permitisse ver o que me ocultaste

Sei que não seria mais o mesmo esse coração
E se sentisse depois a tua pele quente
Meio assim, que, de repente
Certamente morreriamos de paixão.

Foto de Carla Trein

O Barco e o Rio

Às vezes parece que estou nas nuvens,
Mas quando me deparo com certos momentos
Percebo que as coisas não são bem assim.

Às vezes parece que é pra sempre,
De repente tudo vira ao avesso;
E nem tudo é tão bom assim.

Queria poder ficar
tão pertinho, quase juntinhos,
um só...
Entende?!
Queria que tudo fosse assim, como normalmente parece ser,
um assim mágico,
que ninguém consegue entender...
E ficar juntinho, assim tão de pertinho,
Quase tão perto que nem poderíamos respirar.
Dançaríamos qualquer música;
Mas na verdade isso não iria importar...

Eu só queria saber:
Porque os peixes vão contra na piracema???
Por que não se deixam carregar???

Tenho minhas dúvidas,
muitas dúvidas
Que nem sei se algum dia, vou saber explicar.

Mas eu quero...
Eu preciso desse rio.
Misterioso rio...
Confesso: Ele me atrai
Me seduz...
Suas margens,
Sua profundidade,
Seu leito calmo e aconchegante,
Sua alma,
Sua intraduzível nitidez,
E seus diversos afluentes a o desencaminhar
Torneando-me
Estonteando-me...

Meu barco é a vela
E muito já tive que assoprar
Mas ele ta lá
Continuando a navegar
Por essas águas tão misteriosas,
Tão turvas...

Eu tenho medo
muito medo, do que ainda possa encontrar.
Mas as diferenças me encantam,
muito que me surpreendem
Tanto que me engrandecem.
Algumas vezes é verdade que entristecem
Mas o rio ta lá
E em alguns momentos
Ele fica tentando dar outro rumo ao barquinho
O desencaminhando de suas oscilantes águas
Repleta de indiferenças e desconfianças com aquele velho e remendado casco a lhe cortar.

Eles estão tão distantes
Mas ao mesmo tempo tão perto...
Tão próximos...
Que quase se pode ouvi-lo chorar
Mas ele cede o seu leito,
E o acaricia com suas irregulares ondas.
Então segue aflito em busca do mar
Onde deverá desembocar
Cheio de sonhos e planos
Em busca da imensidão que lhe espera
Cheias de coisas para se conquistar
Ele não quer muito,
Mas o que quer pode alcançar.

E o barquinho,
Continua a navegar.
Não tem muito aonde ir
Também nem pode ir muito longe
Mas tem um destino a completar.
Então, continua devagar...
E rezo, pra que quando a tempestade chegar ela logo cesse;
Mesmo que a chuva faça parte desse encantado ritual...

Muito me alimento desse rio
Dos peixes que ele me oferece
Da água que me mata a sede
Definitivamente, ele me faz crescer.
...
Será que algum dia o vento que nos carrega vai parar de assoprar?
É...
Eu só sei de uma coisa:
Cada um sabe da dor e da alegria de ser quem é.

Foto de fer.car

DESPEDIDA

Despedida, uma palavra triste e símbolo de adeus
Despedida que invade a alma, e traz lágrimas na face
O dia em que não quis acreditar que o fim seria possível
Que longe estaria de seus braços, de seus dias, de sua vida
Despedida, um silêncio que tocou por um segundo meu coração
E de repente fez trágicas marcas em meu interior
Pela saudade que nunca cessa, pela vontade de mais uma vez...
Mais uma vez tocar seu corpo, dizer que sinto muito pelo mal causei
Mas que o amei acima de minhas próprias forças e de meu querer
Uma despedida, uma partida, um passo a frente e um adeus
Amor, pode ir, pois sei que vai em paz
Numa despedida, sempre tem um a chorar
Despedida, morre estando vivo quem sabe a dor de uma despedida
Porque a falta é pior que a acusação, que a maldição e o pecado
E o carinho não suprido, uma carência jamais saciada ante outros abraços
Despedida, palavra cortante, triste por si mesma
E hoje em meu viver a sua imagem
Como nódoa que nem uma despedida é capaz de apagar...

Autoria: Fernanda B. Carneiro
Direitos Autorais Reservados

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