Respiração

Foto de nando69

Meu eu em ti...

Meu eu em ti
Será um sonho….

Entras no meu quarto
Invades a minha cama
Como um ladrão
O meu corpo obedece
Por vezes enlouquece
Minha alma desgarrada
Com a tua sedução
Abraçamo-nos num abraço profundo
Como se não houvesse mais nada
Como se não houvesse mundo
No meio da madrugada
Uma longa caminhada
E no fim o êxtase, a estação
A exaustão
Nossos corpos cansados
Molhados
Colados
Aos lençóis de seda
Da minha cama
Da nossa cama
Sentindo só a nossa respiração
……………………………………………….
Acordo sobressaltado
Olho para o lado
Não te encontro
Mas que é isto?
Foi um sonho
Uma fantasia
Uma ilusão
Levanto-me apressado
Caiu pró lado
E encontro no chão
Um pequeno cartão
Nele escrevias para mim
………………………………………………………
Amo-te, e te amarei
Mas tenho de partir
Não perguntes, o porquê, não sei
Mas quando o dia surgir
Eu já estarei
Muito longe daqui
……………………………………………..
Ao lado um beijo teu
Pintado com os teus lábios
Húmidos de carmim

Seguro o cartão
Na minha mão
Encosto ao peito
Como desse jeito
Te abraçasse a ti
Sinto o teu perfume
O cheiro da tua pele
O doce dos teus beijos
Acendem em mim desejos
De raiva, loucura, de dor
As lágrimas caem
Como se fosse uma fonte
Esta é a razão!..
Perdi para sempre
Minha grande paixão…
………………………………………..
Deambulo pelo quarto
Como uma alma penada
Já não vejo nada
Os olhos molhados
Como orvalho na erva ao amanhecer
Não me apetece nada
Não quero comer
Não quero falar
Nem ouvir
Quero morrer!!!......
Mas eis que de repente
Surgiu uma luz na minha mente
Afinal não foi um sonho
Afinal não foi uma ilusão
Ela existe
Manterei sempre viva
Esta bela recordação
Amarei para sempre
A mulher que esta na minha mente
Que conquistou meu coração

Foto de CINTIA LOURENÇO DA MATA

Nosso amor....

Nosso amor é como a chuva mansa que cai
É a flor a desabrochar
É o sol a resplandecer no céu
Nosso amor é a lingua que somente nós entendemos
É o silêncio que procuramos
É o sabor de mel adocicado
Nosso amor é a pele pedindo toque
Os lábios querendo beijo
O corpo querendo abraço
É o meu olhar pedindo o brilho do teu
Meu segredo pedindo revelação
É o meu sorriso ao ver o seu
É a minha lágrima ao ver o seu pranto
É o meu sonhar
Meu acreditar
Meu querer mais profundo
É o meu peito a gritar de dor
Minha respiração em conjunto com a sua
Meu desejo de ter você
É o meu tudo, meu nada
É o meu coração apertado, dolorido, triste e solitário
É minha fé que me transporta até você
É a minha esperança
É a minha certeza de que nós seremos o nosso amor..
Meu marido, nosso bebê e eu...

Nosso amor....

Foto de NiKKo

Você ausente, mas presente em mim.

Eu estou tão longe de você agora
Mas pelo pensamento, eu sei que posso ter você para mim.
Assim cavalgo o vento da noite na surda esperança
para através dele, te dar esse amor que não tem fim.

Meus braços querem sentir teu corpo aconchegado
Para dele extrair o calor que necessita para viver
Pois você tem sido o sol que aquece minhas manhãs
O anjo bom que fez a minha alma renascer.

Eu sei que se meu corpo você agora abracasse
Iria sentir minha respiração ofegante a denunciar
O desejo guardado em mim desde que lhe vi
E a paixão que meus lábios está a ocultar.

Em meio a penumbra que agora me encontro
meus suspiros se perdem na inquietação.
Pois querem te fazer minha por momentos infinitos
deixar você desvendar as lacunas de meu coração.

Pois sei que tenho cantos escuros e encobertos
Afinal como todas as pessoas, eu muitas vezes já sofri.
Mas para você eu me entrego sem medo ou reservas
Por você, eu me deixo descobrir.

E me entrego dessa forma total e absoluta
Como jamais nenhuma outra já me possuiu.
Você tocou minha alma com tanto carinho sensibilidade
Que toda a minha resistência ou medo, ruiu.

Confesso que estou entregue a esse sentimento
Que não consigo mais poesias tristes escrever
Mas sei que isso só é possível agora
Porque o amor está em mim a viver.

E mesmo sentindo essa saudade toda de você
Não me sinto triste ou amargurada
Sou feliz, amor mesmo distante
Porque sei que amo, e sou amada.

Foto de JGMOREIRA

ANJOS

ANJOS

É por onde ando vergando
Cambaleando sem mar
Que deixam seus rastros

Encontro seus vestígios
Coisas que caem das alturas
Enquanto passo adernando
Nas calçadas apertadas
De pernas ocupadas

Na escada do prédio
Também encontro vestígios
De uma curta revoada
Impossível no espaço exíguo

Caem-me sobre a cabeça
Por vezes irritando pelo excesso
Às vezes, quando anojado, sublimando
Elevando minha dor à felicidade

Do terraço na São Sebastião
Aspiro fundo até ofender a respiração

Um dia, quando forem suficientes,
Com paciência, desvelo e arranjo
Colarei cada uma das penas perdidas
Que encontro todos os dias da minha vida
Para construir asas como as dos anjos

que farão voar
Quem sequer anda direito

Foto de JGMOREIRA

A FALTA

A FALTA

A falta que amo
Adormece em nácar
Desperta sob marfins.
A falta hedionda que mata
Dorme ao meu lado, impune.
Incólume, na distância do
Meu desejo.
Pela minha falta de ti
Calculo tua falta de mim
E morro pensando que morres
Da minha saudade de ti.

A falta que amo tanto
Sussurra seu nome nas conversas
Dos amigos; abraça-me
No vazio do abrigo.
A falta, que é tanta
Cavalga-me em leitos em cio
Sob o som de mil chicotes
Em noites de trêmulo pavio.
Noites a fio.

Desafio a falta que não sei se me ama
Na minha falta, que ama.
Desejo-a em todas as minhas palavras,
No leito imenso dos solteiros.
Sob edredons em desalinho
Na feiúra do linho,
Quando penso na blusa
Da sua pele morena
Me abraço sozinho
Desespero solitário.

Ardo em outros corpos
Bebo outras bocas
Aceito palavras
Mas não perco o senso
Que reside na falta
Que amo.

Topométrico, meço minhas subidas e descidas.
Faço mil cálculos sem obter a medida
Exata da falta
Que não sei se me ama.

Assalto mil castelos
Atravesso os inimigos
Com a espada do silencio.
Lanceio meus amigos
Com desejo enorme da falta,
De tão imenso.

Ela ressona em azuis
Cavoucando meu abismo.
Conduzo meus demônios e archanjos
Para o pasto verdiço
Como fora apascentar
O desejo da falta que angustio.

A falta retoma a jornada dos anos.
Prossegue comigo, massacrando-me,
Desfazendo cada carapaça, armadura
Da sua longa pele moura
Renasce meu desejo infinito.

A falta me rouba o tempo,
A respiração, o sono, o amor.
Ela levou o amor.
O amor foi, cordeiro,
Ao chamado da falta.
Correu ao seu encontro
Como se ela fosse a presença
Que ama. E não falta.

O que ama a falta, soluça
Na pele escura da blusa
Da falta obscena.
O homem acena à falta
Que não ama: recusa
O que ama na falta da cor
Além da bruma, blusa,
Que nem sei se ela usa.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

MERGULHO.

MERGULHO

Quando mergulho no silencio profundo...
Acesso áreas do meu cérebro desconhecidas...
Viajo por quase todo o mundo...
E relembro de coisas já adormecidas!!!

Vez ou outra me distraio com o som da respiração...
Até nessa hora me disciplino...
E diminuo o arfar dos meus pulmões...
E na prospecção do meu eu me declino.!!!

Vou bem fundo nos quadrantes da mente...
E inicio um safari intelectual...
Quem vê pensa que estou ausente...
Mas só estou fazendo um estudo mental!!

No fim desta viagem introspectivo...
Sempre algo de bom acabo trazendo...
Soluções, resultados, alternativas...
E é assim que meus problemas vou resolvendo.!!!

Foto de neiaxitah

Crónica do mar...

Com uma vida superior, ao superior que a capacidade humana acarreta, sei hoje o que significa o menos e o mais infinito. Menos infinito é o lugar de onde sou originário, suor ou lágrima de uma existência metafísica que, também, causa desvios na crença da humanidade. E o mais infinito é a sina da minha existência com a qual terei eternamente de viver. Sou quem nasceu para jamais morrer, no fundo sou quem sofre, sou quem vê, sou quem chora, sou quem vive. Sou o melhor indicador da idade humana. Vejo nascer no nevoeiro e no orvalho da manhã, na chuva miudinha da tarde, ou entre uma chuva incansável da noite, aquele que tal como eu é ser, aquela criança que irei acompanhar durante todo o trajecto da sua curta existência. E assim sendo, prezo todos os da sua espécie e protejo os que em mim buscam protecção. E acreditem, ou não, são muitos, apesar de grande parte nunca me ter visto, sonha comigo e, nesses sonhos, eu espalho a espuma, a lágrima do meu corpo e ouço também atentamente os seus júbilos e pesares.
Inicio todos os dias, senão a todas as horas, jornadas diferentes com o ser humano.

Não há ser mais robusto e complicado, mais sábio e ignorante, mas divertido e envolvente. O ser humano enquanto ser pequeno, bebé ou criança, vê a minha angústia, consegue perceber se estou triste ou feliz e, por isso consegue distinguir uma lágrima num oceano inteiro, o que m deixa deveras surpreso e inibido. Inacreditavelmente, num acto de facto humano de ser ingénuo e puro, a criança brinca comigo, recupera o meu sorriso; faz o seu splash-splash, que me faz cócegas; corre para mim espalhando o seu sorriso estridente entre gritos apaixonantes de alma intocável; tudo isso, nas praias que me dão abrigo e, por tal vejo-me na obrigação de lhe beijar os pés. Perante tal tolice minha, a criança grita mais, ri e corre numa alegria imensa enchendo-me o coração que é de sangue azul, mas não aristocrata, que imaginando um mundo sem crianças entristece; e chora lágrimas tal salgadas que até me sinto agoniado com o péssimo sabor da inexistência dos pequenos. São eles que me fazem viver, nunca duvidei de tal. Mas o tempo passa, e o que ontem foi criança morena a quem eu beijei o corpo, hoje é miúdo, pré-adolescente, com manias de rebeldia e actos encantadores revolucionários. Desse pobre, eu tenho pena, nada mais que isso. É alguém que sem saber a pequenez dos seus actos tenta acordar os mais crescidos.
Em má fase se encontra, revolta-se pela incompreensão das novas obrigações que até então não existiam e da incompreensão dos pais. Mas a idade passa e dizem os humanos mais velhos que aquilo também há-de passar; no entanto eu digo que não passa, mas adormece, e com o passar dos anos vai morrendo no coração, ou acorda pelas razões erradas, todos sabemos. Eu também me revolto, mas as minhas revoluções já vão fazendo alguns estragos, quando me vejo com os nervos a flor da pele devido às guerras desumanas, às discussões sem fundamento, ao ferimento que me causa quem me esquece e me tenta destruir, quando me cortam a respiração, são gotas de agua a mais e revolto-me. Vou continente adentro, desbasto, grito, discuto, magoou. Vejo o mal que fiz, mas não e por isso que não o volto a fazer; no entanto, no momento, assombrado pela minha pertinácia, recolho as tropas e volto com as tropas para o vasto território que me foi consagrado. Passo dias ou anos, em sossego e quieto entre lágrimas e arrependimentos, porém, se me voltam a ferir o orgulho, reviro o coração de criança mimada, choro e faço quem me magoa chorar comigo. Não. Não me orgulho de ser assim, mas é feitio, e apesar de tudo, baseio-me naquela máxima de que feitio não é defeito. Às vezes paro, penso e questiono-me que idade teria na idade humana? Nunca cheguei a uma conclusão valida. Mas mesmo assim vou procurando no seu crescimento semelhanças com a minha pessoa.
Tal como a criança é feliz, o pré-adolescente revoltado, o adolescente ou jovem é inseguro ou em contrapartida, seguro demais; assim como eu. Há dias em que acordo com devaneios de conquistar mundos e fundos, de espalhar os meus feitos numa Europa senhora ou num África criança; porem toda a minha segurança se vai dissipando com o tempo, e perco as minhas oportunidades por medo de falhar desperdiçando se calhar boas oportunidades. Sou um jovem velho, tenho sonhos largos e medos amplos, pobre de mim e pobres dos adolescentes. Não há um jovem que me tenha passado nas mãos equilibrado; aliás o equilíbrio é uma utopia. Dá-me um prazer infinito escutar o drama duvidoso de um garoto ou a glória daquele que me vem falar das suas façanhas. Jamais o considero presunçoso. Gosto da capacidade, vontade, nem sei bem definir o que o ser humano possui no seu código genético que nem cientistas reparam que os ligam a mim. O ser humano tende sempre em vir falar comigo, no fundo sabe que mais ninguém lhes irá escutar as glórias, duvidas, medos com tanta atenção e tanta capacidade em ouvir como eu, no fim,
gosto de dar o meu palpitezinho, a minha opinião de mar sábio e sabido. Gosto, também, de ver nascer o amor juvenil que passa por mim e a quem eu pisco o olho e dito um murmuro de boa sorte que só os corações sentem, levando os apaixonados a visitarem-me e a contarem-me os desacatos e boas bonanças. Por vezes aparecem-me descontrolados e desejam mais que outra coisa nas suas curtas vidas, virem viver mais perto do meu coração do que do coração já aglutinado ao seu, do que do coração que amam por uma mera discussão por vezes insignificante ou mesmo porque o amor se esgotou ou acabou. Claro é que dou os meus concelhos mais uma vez, e humilde à parte, por vezes vejo nascer uma esperança de quem me apareceu em retalhos; contudo, é evidente, que me sinto muito mais feliz com os que vêm celebrar o seu amor para a minha beira. Aqueles que unem laços de amor eterno, ou se não for eterno que dure muito tempo, vestidos de branco, de chinelo na areia num dia em que eu mesmo mexo os cordelinhos e como prenda de padrinho que sou, apresento um dia celestial. Céu azul límpido, sol amarelo brilhante e tudo o que os meus afilhados desejarem e merecerem. Em prol daquela união sagrada, pelo menos para mim, recebo de ondas abertas os recém casados. E feliz me sinto ao ver o jovem passar a adulto, porque é nas grandes e verdadeiras decisões que se vê esta transição melhor que nunca. O ser adulto é uma fase bastante intensa, de renovação, cíclica. Existem cinco tipos de adultos na minha eterna vida. O adulto solteiro que vem correr para a praia de manhã, e na sua corrida continua denoto um vazio, ouço a musica tristonha a entrar-lhe pelo ouvido e a penetrar-lhe o coração. O ser humano tem atitudes estranhas, porque quando está triste ouve músicas tristes, quando se sente sozinho procura a solidão. De facto, este adulto solteiro apela-me ao sentimento, e não sei que posso fazer eu por eles se eu mesmo sinto uma semelhança entre a minha vida e a vida deles, pois também eu corro nas praias, com músicas tristes como som de fundo. Com vista a debater este negro pensamento descrevo outro tipo de adulto. O adulto que vem passear a namorada ou namorado acompanhado pelo cão. É aquele que namora anos e anos e mais uns anos com a mesma pessoa, sendo, ou não fiel e acolhedor a esta, mas que em contra partilha repudia casamentos e só permite a entrada do cão na sua vida pessoal. Uma escolha que, por vezes, lhe compromete a vida toda. Se é ou não feliz, nem eu sei, parece ser, mas será totalmente feliz, mesmo que não se sinta bem com as escolhas que faz?
O terceiro tipo de ser adulto é o adulto casado com vida de solteiro que não quer ter filhos nem animais. É aquele que não sabe viver a dois, é alguém que precisa do seu espaço sem perceber que quanto mais espaço tem mais precisa, afastando aqueles, que no fundo, quer por perto, arriscando-se por vezes a perde-los e deixando sempre um vazio na sua vida. Ao menos o outro tem o cão como companhia.
O quarto é o divorciado, adulto que todas as semanas vêm para a minha beira contar que já não sabe o que há-de fazer da vida. Coitado! O personagem bem vai tentando arranjar companhia, mas as que arranja duram pouco e ele percorre a sua vida com o filho do primeiro casamento, o cão de segundo, e assim vida fora.
Por fim, e aquele que prolonga os bons momentos da minha existência é o adulto pai. Aquele que me traz as crianças iniciando um novo ciclo e ocupando os meus dias. Aquele que vem jantar, fazer piqueniques e mais um enorme leque de coisas para perto do Mar, ou seja, de mim. Sinceramente os dias, as gerações vão passando e quanto mais vivo, mais vontade sinto em viver. A eternidade não é boa, nunca o foi nem há-de ser, pois ela é maçadora, sem sabor; no entanto encontrei neste mundo que tanto crítico, que tanto me fere, o que sempre procurei, a vida. Dá-me uma alegria tremenda e uma vontade de viver suprema ver nascer as crianças, vê-las crescer e revoltar perante a insensatez do mundo que um dia se ergueu, tenho um gosto fantástico em vê-los crescer, embora em entristeça ver que eles perdem muitas vezes o desejo de luta por um mundo melhor e até ajudem as más pessoas, que existem em toda a parte, a tentar arruinar, e quem sabe um dia a conseguir, a minha eterna existência; contudo alegra-me as suas aventuras, as suas histórias, as suas esperanças. É admirável ver o evoluir de uma raça. A juventude é a fase mais curta e mais complexa, e é entre todas as fases a que mais gosto, pois também é a que mais companhia me faz e alegrias, e até tristezas me dá; em suma é aquela que me dá o complemento essencial de uma vida. Os adultos também me fazem uma mediana companhia; porém só me aparecem com as crianças ou então para chorar as mágoas, muitas vezes completamente embriagados, raro é aquele que aparece no estado dito normal apenas para dar um simples passeio a olhar para mim. Gosto que olhem para mim confesso, disso não me envergonho, um pouco de vaidade nunca fez mal a ninguém. Mas agora sim chegou a altura de falar a idade que mais admiro. Pura admiração nutro pela velhice.
São os mais velhos, os idosos, que se levantam de manhã e vêem tomar os seus banhos de ouro, que vêem molhar os pulsos e tornozelos no meu corpo ensopado ou apenas o passeio matinal perto de mim. Gosto de os ver a jogar a canastra, tardes ao sol, brindando saúdes. Admiro os que confessam as diletantes vidas e se arrependem e tentam remediar qualquer coisinha no final de vida e admiro principalmente o amor daqueles que passeiam com o companheiro de uma vida inteira de braço dado. É uma sensação estrondosa que graças a Deus, ou graças a alguém que me pôs no mundo, eu possuo e apesar de saber que o que a eternidade não é boa, é bom saber que há seres não perenes que me fazem sentir uma perpétua felicidade com as suas vidinhas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraças ou quase perfeitas, e é por tudo isso que eu, todas as manhãs me levanto com o amigo Sol, com a amiga Chuva, ou com o amigo Nevoeiro e abraço este ingrato e saboroso mundo, levantando os braços para ver os surfistas se erguerem no esplendor. Beijo a acolhedora areia agradecendo diariamente o abrigo que esta me dá em cada praia que abraço e dou palmadinhas nas Rochas com um desejo de bom dia. Prolongo a minha tarde viajando pelos cantos do mundo, ouvindo as deslumbrantes e apaixonantes vidas, e à noitinha o sol despede-se sempre de mim, mesmo que nem sempre o veja a despedir-se, e sinto o manto de estrelas abraçarem-me enquanto cobre todo o céu, e penso que só me posso sentir bem com os amigos eternos que tenho.
A querida Lua vem sempre toda espevitada com a sua tão terna voz dizer: “Tio Mar conta, conta o que aprendeste de nojo hoje, o que ouviste.” E sento-me eu a contar as histórias do meu dia à Luazinha, e ela fica bela, encantada, e eu desejo ter mais para lhe contar. Desejo um novo dia, enquanto ela deseja uma nova noite e uma nova noite… desejo uma evolução nesta humanidade, desejo ver as pessoas repletas de felicidade. E o novo dia nasce, e eu observo atentamente cada pessoa que me aparece, ouço as histórias com os ouvidos bem abertos, primeiro porque quero aconselhar de forma correcta as almas que me aparecem e segundo, porque a Lua nunca me perdoaria uma noite sem história. E por mim vão passando vidas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraçadas, perfeitas, ou pelo menos quase perfeitas que cobrem os pedaços de terra, que alguém habitou para preencher os dias.
Esta é a minha vida, eterna vida, e assim é e assim será a eternidade, preenchida de defeitos, e com poucas qualidades, mas cada qualidade sobrepõe-se a muitos defeitos, fazendo com que esses sejam quase nulos.
A.C.

Foto de Paulo Zamora

Sagrado amor

Por conta dessa paixão veio dores e aflições, indecisões se era mesmo você a mulher da minha vida.
Não encontrei saída, minha intuição estava me enganando; porque não seria com outra a minha felicidade. São crises de casais. Momentos a mais que nos ensina a importância do amor, do sagrado amor...
É santo o que eu sinto. É santo o que você sente. O amor que veio de Deus não pode ser tratado assim com repudiaçoes. Aceite meu coração como sendo seu. Há tanto para amadurecermos quanto a esta vida, que talvez tenha acabado de começar, ainda não tivemos tempo para ver a santidade do perfume do amor que nos invade totalmente a alma.
Fica perto de mim, não saia, não pare de fazer carinhos. Eu necessito desse sagrado amor, preciso amar, preciso corresponder com meus limites.
Por que tanta emoção ao dizer que temos em nosso coração o perfeito amor. Não quero que vá embora, não me deixe; dê-me mais uma vez seu perdão.
Estou muito triste sabendo que estou sem você por mais este momento...
Onde estão os frutos desse sagrado sentimento, sagrado amor? Estão em nosso espírito, contidos no amor que eu sinto, e que você; sei que você sente... não temos medidas, não temos tempos.
Chorar não tampa feridas.
Reclamar não muda a partida.
Mas o amor por ser sagrado leva a voz da verdade aos ouvidos de quem precisa entender de sofrer, de estar só. Ame este sagrado amor, que aflora em nós nos momentos de respiração. Você pra mim é sagrada... te amo!
(Escrito por Paulo Zamora em 01 de Agosto de 2007)
www.pensamentodeamor.zip.net
Orkut: Um poeta de Três Lagoas MS

Foto de fer.car

PROCUREI POR VOCÊ

Procurei por mares, ares, aromas e peles
Segui estradas, mundos e fundos atrás de meu amor
Socorri-me em braços vazios, bocas sem gosto
Beijos sem calor, e corpos que exalavam apenas paixão
Quis um amor pleno, sério, amor real e forte
Me fiz olhar outros olhos, avistei muitos
Mas nos teus me encontrei
Em seu toque senti o pulsar da vida
O calor de suas mãos passando sobre minha cintura
Seu corpo ao meu, juntos, selados em uma alma
E neste exato momento vi "o Amor"
Sua respiração ofegante em meus cabelos
Seus gestos puros e cheios de doçura
Ao mesmo tempo tinha o jeito sensual, malicioso
Queria ver-me longes desta volúpia
Deste seu porte másculo e feroz
Desta boca me leva a loucura
Deste corpo que me mata a vontade de amar
E deste cheiro que me entorpece
Procurei por tantos momentos, dias e vidas
Passei por terremotos, chuvas e vulcões
Socorri-me em braços vazios, bocas sem gosto
Beijos sem calor, e corpos que exalavam apenas paixão
Quis um amor pleno, sério, amor real e forte
Me fiz olhar outros olhos, avistei muitos
Mas nos teus me encontrei
Em seu toque senti o pulsar da vida
O calor de suas mãos passando sobre minha cintura
Seu corpo ao meu, juntos, selados em uma alma
E neste exato momento vi "o Amor"
Acho em minha vida inteira
"Procurei por você"

Foto de fer.car

Procurei por você

Procurei por mares, ares, aromas e peles
Segui estradas, mundos e fundos atrás de meu amor
Socorri-me em braços vazios, bocas sem gosto
Beijos sem calor, e corpos que exalavam apenas paixão
Quis um amor pleno, sério, amor real e forte
Me fiz olhar outros olhos, avistei muitos
Mas nos teus me encontrei
Em seu toque senti o pulsar da vida
O calor de suas mãos passando sobre minha cintura
Seu corpo ao meu, juntos, selados em uma alma
E neste exato momento vi "o Amor"
Sua respiração ofegante em meus cabelos
Seus gestos puros e cheios de doçura
Ao mesmo tempo tinha o jeito sensual, malicioso
Queria ver-me longes desta volúpia
Deste seu porte másculo e feroz
Desta boca me leva a loucura
Deste corpo que me mata a vontade de amar
E deste cheiro que me entorpece
Procurei por tantos momentos, dias e vidas
Passei por terremotos, chuvas e vulcões
Socorri-me em braços vazios, bocas sem gosto
Beijos sem calor, e corpos que exalavam apenas paixão
Quis um amor pleno, sério, amor real e forte
Me fiz olhar outros olhos, avistei muitos
Mas nos teus me encontrei
Em seu toque senti o pulsar da vida
O calor de suas mãos passando sobre minha cintura
Seu corpo ao meu, juntos, selados em uma alma
E neste exato momento vi "o Amor"
Acho em minha vida inteira
"Procurei por você"

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