Rios

Foto de Arnault L. D.

Criptografado

Meu pombo correio entre senhas voa,
plana em binários, redes e fios.
Por rumos distantes sem guia a proa,
desaguar nalgum mar, cabos por rios.

Buscando por ela aonde estiver,
além da esperança que a trama fia.
Tendo como norte aquela mulher
que encontra-la, a sorte me sorria...

Vão, sinais de fumaça digitais:
Fogos e faróis sobre a água fria,
céu de telas luz em astros irreais.
Conecto aceno a pirotecnia.

Vai pombo-correio, leva-me a busca.
Eu contigo, e me entregue selado
a esse destino que por tanto custa...
Meu corpo a querer ser encontrado.

Tornar da tinta, tecla, luz e dados.
Faces deste eu criptografado,
os pedaços de arquivo “linkados”
em fogos, asas, luz, vapor, chamado.

E quando visto, download acessado,
converta-se do formato virtual,
total, extraia desfragmentado.
Alma e corpo, o eu a ela, em real.

Foto de batista alves

Foi um revoar de pássaros em busca d’água

Foi um revoar de pássaros em busca d’água
De uma fauna, o teu cheiro sem pudor
Perpassou o intimo da minha alma
Implorei a ti o seu amor

Não permita que minha alma apareça
Não esqueça faço o Maximo pra ti ter
Vou beber, tenho sede de amar
Só lembrar, dentre tantas, quis você

Dos meus vê, desce rios de orvalhos
Atrapalho seu sentido de viver
Quero ler, vivo cego enxergando
Essa pagina não virada por você

Misturamos o passado no presente
Mas tem gente entre agente que não ver
Entender não entende, mas entenda
Compreendo para te compreender

Uma árvore tem raízes tão profundas
Uma duna tem seu vento pra crescer
Um amor verdadeiro não se mata
Numa guerra alguém sempre vai sofrer.

Foto de MarioC

Poemas vazios

Meus poemas são vazios
Não têm cor, ou essência.
São gotas, e mesmo rios
De um mar em evidência.

Sem mensagem nem pensamento
Têm apenas um objectivo:
Querem criar um sentimento,
Torná-lo em algo altivo.

Não têm nada para decifrar.
Apenas querem existir!
Só desejam poder deixar
Alguém triste a sorrir.

São simples, sem ocultismos
Dizem apenas o que querem
Dão lugar a altruísmos
Altruísmos que, por vezes, ferem

Não são dedicados à cabeça
E carregam consigo um senão:
Se a lê-los alguém começa
Tem que ler com o coração.

Mas se quem lê não o usar,
Nem vale a pena começar…

Foto de pctrindade

VELHOS TEMPOS

Houve um tempo, em que os anjos brincavam neste quintal, ao olhar des-preocupado de Deus, pois não havia maldade. Eram anjos de todas as cores, sem raça definida, mesmo porque não existia um conceito que definisse a palavra raça. Eram anjos de aparência diferente, porém iguais.
Era possível encontra-los em qualquer lugar, pois viviam entre nós também que já pertencíamos a uma hierarquia mais antiga e nossa missão era fazê-los sentirem bem.
Houve um tempo em que o sol sabia controlar a medida certa de seu calor e dividir fraternalmente seu domínio com a chuva e o vent
Houve um tempo em que as estrelas não escondiam mistérios, e o papel da lua era apenas embelezar, sem a responsabilidade do domínio de rios e mares.
Houve um tempo em que não era preciso compor canções, pois todas elas pairavam de maneira etérea, ao alcance de qualquer ouvido e a poesia, estava configurada na alma e expressa no olhar.
Houve um tempo em que não existia saudade, e a maior distância conhecida era o tempo de fechar os olhos sonhar e acordar longe.
Era o tempo da felicidade que palavras seriam impossíveis de descrever mesmo ao mais arguto sábio.
Mas um dia, Deus sentado em sua varanda celestial, ao olhar seus anjos brincando, entediou-se, mas não por seus poderes supremos, e sim por estar cansado de ser mantenedor da harmonia e então resolveu repartir sua supremacia delegando
poderes e individualidades. Criou o livre arbítrio num estalar de dedos.
Os animais que antes enfeitavam seu quintal, notaram as diferenças entre si, o mesmo acontecendo com os anjos que passaram a olharem-se estranhando fisionomias, cores e vozes. O Criador instituiu raça e sexos.
Agora, novamente na varanda, Deus chora baixinho ,olhando seu quintal vazio, sombrio e silencioso .
Fecha seus olhos e vê seus anjos desentendidos, dispersos e morrendo em batalhas, ansiosos por tomarem seu lugar.
Adeus hierarquia
Abre os olhos novamente, olha para o alto e vê a lua que, já não cheia como criou, preocupada também em estender seus domínios.
Num gesto de desespero, usa seu infinito poder, conclamando o vento para transportá-lo às estrelas longínquas, onde restabelecerá suas forças, e de lá governará esse universo obscuro longe de nossos olhos.
Mas engana-se quem pensa estar Ele sentado em algum trono. Não,Ele adora simplicidade, e continua sentado numa varanda, só que agora cósmica, e tem à sua frente um vasto quintal também cósmico, onde brincam poucos anjos, todos resgatados de nosso quintal terreno.

*

Foto de maria guimaraes

emoções

Ali naquele mesmo lugar soltei
Palavras que tinha para te dar.
Falei de silêncios correndo entre nuvens
Negras ao anoitecer.
Em laivos de ventos espalhando o céu
Em cores tardias do dia a morrer...
Falei de mitos e lendas antigas presas a nós
Com correntes de saudades,
Com fúrias de não ter...
Falei de castelos de esperança,
De guerreiros da verdade...
De espadas loucas desembainhadas
Nos caminhos largos da liberdade...
Falei de cânticos góticos serenos,
De notas povoando a alma,
Formando armorias de desejos
Quentes, loucos, como vendavais
Em desertos de areias escaldantes pelo sol do meio dia....
Falei do nada, do vazio
Do fim, do precipício da alma acabando na morte ....
Falei de tudo, Do Deus supremo do amor...
Das asas douradas do sonho...
Falei no riso e na força do olhar....
Falei de nós com todas as palavras
Que tinha para te dar....

EMOÇÕES

Trago comigo emoções que se soltam ao por do sol.
Sento-me na beira da vida,
Desfraldo a bandeira dos sonhos,
E corro em cavalgadas de esperança.
Crio o infinito ,invento um dia de sol
Numa manhã de temporal...
Sonho com rios mágicos que me levam
A navegar por caminhos inventados,
Que ninguém ousou sonhar...
Sonho inventando uma canção para te dar,
A ti que real ou inventado,
Trago preso ao peito como jóia, como penar...
Sonho inventando tudo o que quero inventar...

Foto de gilsanjes

RECENTIMENTOS

A saudade é dor sem fim
O silencio mensageiro
A solidão é ruim
O amor é passageiro

Corpo e alma naufragados
Em rios de salso cristal
Sentimentos consternados
Onde o querer é vital

Quero a saudade sem fim
Quero a solidão ruim
Quero o amor passageiro

Quero o corpo naufragado
Sentimento naufragado
E o silêncio mensageiro

Foto de HELDER-DUARTE

«LUSO-POEMAS»

Luso és! Eu também!
Sou português de Portugal.
Do pais, que, já cá estava, em...
Tempos remotos. Cá estava, afinal.
Esse pais que Deus usou!
Sim! Usou! E sabeis de que modo!?
Usou, pois. É claro! O grande «Eu Sou».
Foi este. Não outro. Mesmo sendo pequeno.
Não temeu o gigante, do cabo da África...
Não teve medo. E eu penso, que não tenho, também.
E porque não tenho medo? Porque, sou pequeno, bem.
Portucalen, é pequeno, mas força não, lhe falta.
Pois cá está, Dom Afonso Henriques, para lutar.
Sim! Vamos lutar, com uma espada, de ouro.
Bem afiada, para matar e também, salvar...
Essa espada me deu, «o ancião de dias»
Pois esse, que o profeta viu, na deportação.
Para os rios de Babilónia. Onde cantou, cântico de Sião.
Sim. Também a tinha na mão Eliseu e Elias.
Portugal, foi usado. Mas porquê usado?
Para juntar o mundo. As gentes...
Aqueles, que são descendentes de: Sem, Cão e Jafé.
Aqueles, que em yavé, deveriam ter fé.
Mas não têm. Mas a têm, em deuses doentes.
Como a têm, na fátima, que tantos joelhos tem magoado.
E estas gentes... São os que saíram de Babel.
A terra da torre, de antigamente. Elas estão, sem leite e mel.
E têm, fome. Eis que caminham, para a morte.
E separadas de Deus, estão, no sul e no norte.
No oriente e no ocidente. No espaço e no tempo.
E assim,é desde o Adão de antigamente...

E Deus usou, também: Noé, Abrão e Moisés...
E Israel, Babilónia e outros, mais...
E assim, vai dirigindo, o mundo...
Pois é dele e não nosso. Dele é tudo.
E tu, Site! És de Deus... Pois!...
Continuemos, poetas, pois em actos seus.
Agora ainda e mesmo nos tempos depois.
Porque, há papel para escrever poemas teus.
Ai!... Se há!... Tanto cartão, na tua rua.
E também, o há na minha. E gente sem pão e nua.
Mas nua, da verdade. E da liberdade...
Por isso, vos digo... Não escrevamos...
Só no papel e no site de poemas...
Mas canto, agora com força de Camões...
Um cântico de poeta! De poeta de Portugal.
De poeta de Deus, também, afinal.
E tudo o que é verdade digo. Como o Daniel. O dos leões.
Digo, então! Ide à rua! E escrevei, vossos poemas.
Com, da verdade, rimas e temas. E sem métrica, esquemas.
Escrevamos, nossos poemas, nos cartões, da rua.
Onde está a gente sem pão e nua…
Ide! Oh poetas!... Também à cova dos leões!
E falai, sem medo!... Sem medo!...
Sai , não em mim , mas no nome , do que vem , cedo!...
Sai , na força da verdade… e liberdade.
Libertai os povos!... Oh poetas deste site, de caridade!

Foto de Altair Maciel

VONTADE DE TI AMAR

As vozes dos ventos me trouxeram
a novidade, e alegrou meu ser
Muitas coisas me falaram, e pensei em voce
Pensei, no amanhecer de outono
Friozinho de arrepiar de manhã
E calor de suar durante o dia
Me trouxe também, a sinfonia da natureza
exaltando em diversas imagens
teu rosto, tua beleza
E caminhei em direção aos sons
e cheguei à beira do mundo
obersevando do alto, as nuvens
e fazendo-me sentir a extrema
vontade de bater as asas da imaginação
e lançar-me ao ar, e buscar
e a ti tentar encontrar,
na vastidão de terras e montanhas
cachoeiras, rios e mar
Externar tudo que sinto, para todos verem
que agora, toda felicidade que sinto,
é porque vivo e tenho desejos
anseio tudo, até o que nem vejo
não sai da mente a vontade louca,
e inebriante sensação de estar contigo
sentir teu corpo e te amar.

ALTAIR MACIEL

Foto de Arles

Águia

A vida desfalece no compasso,
De uma infinita monotonia.
Breve, calma, simples... Complicada...
E nunca entendida.

A mesma espairece como árvore
Antiga, a deita-se às margens!
Dos rios, que lhe servem de espelho
E oferece água em abundância.

Somos de uma geração que
Jamais permitirá, que águias
Voem tão alto, pois nos
Acostumamos a viver tão baixo.

Nunca alguém viu a carcaça de
Uma águia, pois em seus últimos
Momentos ela voa bem alto e
Espera os instantes finais nos altos picos.

Foto de LuizFalcao

Rios de Gente!

De LuizFalcão

Centro da cidade!
Rios de gente ganham as ruas!
Rostos em quantidade!
Em quantidade, bocas... olhos... pernas...

Bocas em silêncio!
Bocas em conflitos!
Bocas que metralham palavras perdidas!
Bocas que falam o que não sabem!
Bocas que sabem e que não falam!

Olhos!
Olhos que sorriem!
Olhos que choram!
Olhos que se fecham!
Olhos que se olham!
Olhos que se negam!
Olhos que seguem os desenhos das calçadas!

Membros!
Membros que se agitam!
Braços que se acotovelam nas entradas!
Pernas que tropeçam nas saídas!
Tantos braços!...
Tantas pernas!...
Em movimentos frenéticos no balanço do andar.

A grande massa de gente se multiplica com o passar das horas.
“Formigueiros” humanos!
Sobem e descem os arranha-céus com pressa!... Tanta pressa!
O tempo não espera!... Os ponteiros dos relógios não param!
E mais pressa!...

Pensamentos voam longe!...Atravessam fronteiras!...
Viajam o mundo na face dos caminhantes.
Muitos rostos nos olhando nos olhos,
Espelhos da alma dos viajantes!

Tristezas, alegrias, decepções!... Amores!... Paixões!
Mundos em meio a outros mundos, satélites de si mesmos!
Universos únicos em expansão!

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