Riso

Foto de Daniel Sena

Talvez

Talvez essas sejam minhas últimas palavras
E é possível que nunca mais me vejas, nem me escutes
Talvez seja verdade o que eu soube, mesmo sem entender
Talvez eu quisesse tanto a ti, que esqueci de mim
E ainda é possível fazer com que meu amor seja teu
Posso provar, se quiseres… posso até te ver mais vezes
Talvez não seja só dor, seja querer
Talvez tudo o que eu faça seja por ti
E se porventura estivéssemos com medo?
Talvez nos amássemos já ali, mas as ondas nos assustavam
Fazíamos festa adormecida entre corpos escaldantes
E controlávamos o mundo, éramos tão bons amigos
Talvez eu não soube te encontrar
E por estares perdida, meu amor… a demora nos distanciou
Talvez eu ainda te ame pra sempre, ou te esqueça daqui a algumas horas
Talvez eu me case na sexta, e me divorcie aos 50, com filhos, cabelos brancos
E se estiveres lendo o que penso?
Pensas que talvez possamos dividir tempo e aconchego ainda?
Talvez eu seja um coração, e tu sejas meu pulsar
Talvez eu não valha muita coisa, mas te sou honesto
E é possível que eu te ame tanto, tanto…
Tanto quanto o meu peito suporta durante um suspiro
Talvez eu case contigo, sua boba
E te roube pra mim
Talvez não tenhamos existido, e nos perdemos entre tempos
Somos o que talvez alguns chamem de “almas gêmeas”
Eu nos chamo pelos nomes, e escuto um eco tão apaixonado
Noto até o perfume entre fonemas e dicção
Talvez sejamos o fio mais fino já feito de amor
Por isso nos machucamos às vezes
E é possível não pensar em ti?
Ou não te querer por perto enquanto vivo os meus dias?
Meus solitários, nervosos… às vezes divertidos, mas escuros dias
Talvez eu rasgue os versos que te fiz, só de pirraça
E depois te faça rir, talvez tenhas uma crise de riso
Talvez ao te visitar, eu , na verdade, esteja voltando pra casa
E talvez tenhamos um lindo ocaso só nisso
Com um sol particular, e liberdade pra olhá-lo pelo tempo que for
Não gosto da ideia de te pedir pra me esquecer
Mas talvez seja melhor
Os segundos que não estás por aqui, a mim custam em sangue.

Daniel Sena Pires – Talvez (21/09/2010)

Foto de Anjo Serafim

Lágrimas da dor

Amei te com a esperança da vida,
Ate Domei a minha imaginação saciada
Me vendi nos sabores dos teus beijos,
Acarretando a tesão dos teus desejos

No amor intenso da vida, comparei te a uma sensação,
Vivi contigo o inesquecível, tornando o teu amor em algo inestimável,
na calçada da solidão tu foste a minha solução
Mas tu foste embora, levando assim a cor do meu amor por ti

Para que viver, se já não me apetece conviver,
Estou no jazigo da dor, o meu espírito deseja morrer

Sei que sou o imaturo, duro, tudo que é obscuro,
Mas os meus canticos de amor eram escritas dum jeito puro

Revestiste as minhas lágrimas em gelo
Obrigaste pôr o meu coração inocente em leilão
Fuzilaste os meus sentimentos com duelo
Mataste me sem a chance da ressurreição

Para que viver, se já não te tenho,
se desconheço a real essência do teu carinho

Não te ter é o meu descontentamento,
Rasgaste o nosso amor na linha do testamento,
agora o que direi para paixão, se já não sinto os meus sentimentos
Humilhaste os meus pobres pensamentos

Agora sou o riso em forma inversa
A infelicidade tomou conta da minha esperança.

Feito em: 26/10/2009

Foto de Anjo Serafim

Revelação silenciosa

Despertei os meus olhos para tocar o que não devia olhar;
E expressar o que não devia revelar.
Ao ver no riso da sua boca a essência da minha sinceridade;
Assim como vejo no além do teu corpo tatuado o conhecimento;
Todavia você é a cobiça da honestidade,
e do colo sossegado do meu caminho certo.
Porém já não me importa sorrir ou chorar,
Tu és mais que respirar duma metáfora e o agir especial das ondas do mar.

Por favor leva-me na produção da sua sedução…
E reveste no meu contentamento a magia da sua encenação.

Você é mais que brilhar da luz duma vela,
o trono da Rainha onde o Agostinho Neto declamaria os seus poemas;
assim como uma das paginas pintadas dos livros de Pepetela.

As vezes fico calado! Quando leio os teus poemas com raros delírios,
que me deixam espantado;
Harmónica é o teu tipo de vestuário que aceito sem me importar se é quente,
Bem como me entrego no seu amor e nos seus desafios…
o meu amor por ti me faz agir como um rico demente.

Nessas suas curvas como da serra da leba é onde me molho,
mesmo na época do cacimbo.
Os teus encantos reflectem a minha alma no espelho,
mesmo que eu diga que não sou um bobo.

Porem a tua mona lisa de mulher é um tempero que frita o teu costume;
Essa calmaria e bugiar das suas carícias limpam o meu Reino,
que cativam a força do meu auge, sentindo me como rei Mandume.

Quis esconder este sentimento, mas é no seu perfil onde me libero,
por isso que do muito que falarei de ti será sempre pouco,
o que eu quero dar-te é muito mais que um presente dum futuro.

Eu não quero sentir o teu amor como um objecto,
eu quero apenas tratar-te com lógicas do amor,
não com discursos, quero dar a minha vida a ti por completo.

Feito em: 22/ 07/ 2011

Foto de Eveline Andrade

Corações Animais (Zé Ramalho)

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair…

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir…

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais…

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar…

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair…

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir…

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais…

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar…

Foto de Carmen Lúcia

Somente hoje...

Hoje eu quero esquecer as tristezas,
andar livre pelas ruas, reverenciar a lua,
achar que o mundo é acervo de belezas
e que a amargura é fruto da imaginação...

Reencontrar amigos que há muito não via
e juntos chorarmos o riso da alegria
relembrando o tempo em que a gente sorria
nas calçadas tortas da nossa ilusão.

Quero rostos corados virados pro sol
refletindo neles a luz do arrebol,
apagando as rugas presas em suas testas,
envolvendo a todos num clima de festa.

Hoje eu quero ver estrelas enfeitando o céu,
quero ouvir canções feitas por menestrel
e achar que o mundo não é mais cruel,
tudo que é ruim passou e a dor já teve fim.
Quero a vida assim...

Hoje eu quero abrir as portas, escancarar janelas,
deixar voar os sonhos livres de tramelas,
nada que os impeça de poder voar...
Quero ser teleguiada por meu coração,
que me perdoem o juízo e a discrição,
que a razão se ausente e deixe a emoção
dançar comigo a dança da imaginação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Backup

Prometa-me que ao me esquecer,
continue a buscar por mim,
pois, é o que de melhor terá
e nesta buscar irei viver,
nas entrelinhas, viés e confim...
Sei, meu nome não mais meu será.

Nos detalhes das coisas pequenas,
a qual se atira, sem pensar, por gosto.
Naquilo que ao lábio um riso traz
e as farpas e pontas tornam amenas,
como a toda dureza em seu rosto
serei eu, sombra e nada mais.

Prometa-me que enquanto esquece,
não torne as lembranças diferentes,
que apenas as dilua a evanescer
até que de mim, no seu cesse...
A espero desconhecido a frente.
Prometa-me lembrar-me no esquecer.

Prometa-me esquecer de me esquecer...

Foto de Marilene Anacleto

Nos beirais da praia

Feito relâmpago,
O clarão da lua nos abençoa
Entre as folhas das árvores.

Feito canção de amor,
Ondas nos trazem o som do infinito,
Espraiam-se em farfalhar de asas.

Feito uma luz imensa,
A luz divina em nós se expande,
Colore a noite ao toque do beijo eterno.

É o amor
Riso que esparge, brisa que passa,
Canção que ecoa, perfume que exala
Ao toque suave de corpo e alma
Sob as árvores nos beirais da praia.

Foto de Marilene Anacleto

Teu Riso, Minha Flor Azul

De tudo que tenho na vida, teu riso
É meu sustento, bálsamo para minha dor
Devolve-me o ritmo, dá-me calor.

O dia de trabalho me espreme.
Pessoas tristes, amigos carentes,
Socorro como posso, esses viventes.

Sociedade que só busca o poder
De humilhar, de fazer o outro sofrer,
Esmaga minha alma. Preciso sobreviver.

Sem saber me doar, volto cansada.
Tento recuperar o riso na estrada.
Só o encontro em nosso altar, a nossa casa.

Entre teus braços abertos estala o riso,
Como a onda que cresce e espraia-se em rendas,
Feito o botão de flor que sua beleza desvenda.

Subo ao céu, encontro-me a mim mesma.
A hora mais escura do dia, agora clareia.
Teu sorriso é uma queda de água fresca.

Uma água no corpo e teu riso de cascata
Tudo transmuta. Meu Eu divino volta a reinar.
Faz-me eu, a flor azul, em risos, desabrochar.

Já estou curada das mazelas do dia.
Leve como as asas dos cisnes, posso me entregar.
És a flor azul, alma gêmea do meu altar.

Ria, querido. Nas manhãs e nas noites,
Nas estações dos dias escuros e claros.
Teu riso é o amor que eu esperava.

Foto de Carmen Lúcia

Aquele sorriso franco

Já não trago o sorriso escancarado
mas um riso teso, meio que forçado...
Se se abrisse em sonoridade esfuziante
certamente não seria livre, mas forjado.

Já não trago nos olhos o brilho de antes
a refletir da vida a alegria pujante.
Olhos que falavam o que a voz não conseguia
e hoje, anuviados, observam calados.

Já não sinto o mesmo frisson
da paixão que arrebata, rouba os sentidos,
nos faz submissos, tira-nos o chão
e nos (en)leva a uma viagem plena de emoção.

Hoje descrevo o que vivi, o que senti,
a essência do que chorei e do que ri,
carícias de pétalas, crueza de espinhos,
sentimentos que transcrevo em poesia
e vejo renascer na folha de papel em branco
a luz que reluzia de meu sorriso franco.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Rafael, Luz da Minha Vida

Você chegou, doce criança,
trazendo luz para meu lar
e neste tempo de bonança,
ondas de felicidade no ar.

Um riso gratuito, tagarela...
Conversa até com os gerânios da janela
e perfuma todo o ambiente
deixando meu coração sempre contente.

Lá fora o inverno que arrepia,
aqui dentro a primavera discordante...
Botão que se abre em alegria,
néctar que se faz mel tão abundante!

E eu adivinho seus pensamentos
e volto junto a você a ser criança
correndo de mãos dadas pelo apartamento,
brincando de pique com a esperança.

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