Saber

Foto de Nennika

Lágrimas

Lágrimas molham meu rosto
Agora marcado pela fatalidade do destino
Que com suas artimanhas
Estupidamente interrompeu nossa história
Afastando-te de mim... Para sempre...
Calando assim minha voz num soluço de dor
Como ferro em brasa...
Deixando apenas um vazio.
Condicionando-me a viver assim... Sem você!
As lembranças ainda agonizam
Sobrevivendo a esse redemoinho de sentimentos...
Buscando nos momentos vividos
Forças para prosseguir...
O coração tenta minimizar a tristeza
Dissimulando verdades.
Absorto em visões enganosas
Guarda a sua imagem, sem saber.
Como será a vida agora.
Sem você!

Foto de Naja

O AVESSO DAS PALAVRAS

O AVESSO DAS PALAVRAS

Hojer preciso escrever, é imperioso
escrever sobre esse vazio em
minh´alma .
Sem saber o que dizer, o que narrar...
pois estou ôca, estou só, sem ter com quem falar, conversar...
Alguém que entenda o que digo
nessa minha confusão de pensamentos,
transtornos que parecem levar o meu sentir,
deixando-me no ar, sem sentido, sem razão,
sem eu mesma, sem meu ser.
Penso que cheguei ao avesso da vida
sem nexo, sem sentido, sem nada...
vazia.
Não sei mais como comunicar-me; tudo mudou e eu fico aqui,
no reverso da medalha,
a procura de um sentido para a vida,
de palavras coerentes, mas nada sai...
Vivo ocmo num sonho, percorrendo caminhos por onde andei, por sonhos
que não realizei, pelo amor que perdi.
Me perdi...e não mais me achei!

ANDARELA

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de Flower Medeiros

Não pude resistir

Está difícil,
Meu coração já não sabe mais o que fazer.
Tu vieste, tão meigo, tão sereno
Que não pude resistir
Lutei, mas fui vencida

Agora diante de tudo que me é importante
Diante da ética, dos valores familiares,
Como jogar tudo fora?
E me afogar nos teus braços,
E deixar que teu corpo revele,
Meus delírios escondidos.

Como dizer não a uma vida
De pudores, deveres, cumplicidade
E me arrebatar as mais loucas tentações
Que Tu, mundo pode me oferecer

Como fazer tudo que mais tenho vontade
Sem parecer mundano.
Sem deixar marcas dolorosas,
Cicatrizes incuráveis.

Como saber se tudo que sinto neste momento
Não será passageiro
E que as conseqüências vão me esperar.
Ao menos é recíproco meu desejo?
Não tenho certeza.
A única certeza é que não pude resistir.

Foto de HELDER-DUARTE

Teresa

Bosques, pomares e montes...
Vós águas, nas ribeiras correntes!
Monchique, Nave e terras outras...
E vós outras, negras pedras graníticas...

Perante vós um dia.
Nasceu Teresa, minha tia.
Essa que foi doente mental,
Em verdade afinal.

Mas quereis vós a verdade saber!
Vós zombastes d´ela,
Por ela vos dizer...
Que «santa» era.

Mas era verdade...
Era uma santa...
P´ela fé em Jesus, ter tanta.
Foi-lhe imputada, por Deus a santidade.

Pois é p´ela fé em Jesus.
E não por obras feitas...
A favor d´almas nossas,
Mas p´ela obra d´ele, ao ressuscitar e por nós morrer na cruz.

Sabei pois, vós pedras,
De Monchique, Alvor, Montes e Noras Ladeiras.
Que Teresa, sendo louca...
Na verdade no céu está e é Santa!

HELDER DUARTE

Foto de HELDER-DUARTE

Já cá estou

Já cá estou,
Numa terra,
Onde não sou,
O queria ser nesta tua guerra.

Deus meu, Deus meu!
Faz-me saber,
Quem sou eu,
E o que fazer...

Pois penso nada ser,
Só sei, quem tu és, eras e virás,
Em teu poder...

Mas até esse dia,
Em que reinarás,
Meu ser guia, guia, guia...

HELDER DUARTE

Foto de Eliel

FERNANDA EU TE AMO !!!!!!!!!!

NUNCA VOU TE ESQUECER MINHA VIDA SEM VC FERNANDA Ñ TEM SENTIDO SAIBA Q VC É A UNICA MULHER NESSE MUNDO PARA MIM, Ñ EXISTE MAIS NADA ALEMDE VC, MINHA VIDA ESTA EM VC TE AMO E SEMPRE VOU TE AMAR!!!!!!!!!!

E nada mais,
Nem mais um sinal
Nem mais perguntas.
Eu e Você
Basta para se sentir feliz.
O mundo inteiro
Poderia parar e aplaudir
Eu e Você,
Pois dançamos muito bem,
Não erramos nem um passo
Que a vida nos ensinou,
E que o amor aprovou.
Nada mais importa,
Basta
Eu e Você
Para se escrever uma história,
Para saber o porquê
De tanta alegria.
Eu e você
E tudo fica perfeito
Tudo fica completo.
As notas da canção
ficam fáceis para se aprender,
Para se tocar em um instrumento
Chamado coração.
Tudo é lindo e maravilhoso
Quando se diz:
Eu e Você!!!

BJ LINDA TE AMO FERNANDA DE PAULA ANTUNES
Q TODO O MUNDO SAIBA DISSO Q VC É MINHA DEUS,RAINHA, O Q SEJA MAS Q SEJA MINHA FER, MINHA BABUXA.... BJ TE AMO
LIEL...........

Foto de HELDER-DUARTE

Lamentação

Porque neste fado estou?!
Como quem foi mal fadado!
Porque não sou,
O que poderia ser, se estivesse noutro estado?!

Porquê? Mas porquê?
Pergunta alma minha.
Meu ser mal caminha.
Também para quê?

Sem força caminho,
Com rumo incerto.
Sem saber meu destino...

Só uma coisa sei...
Ao certo...
Contudo , no juízo a Deus verei!...
HELDER DUARTE

Foto de Rodrigo Mazoca

Limite da solidão

Aonde chega o limite da solidão?
o meu coração já não aguenta mais a dor..
Ele chora, porem não derramo lágrimas...
Mais no meio dessa escuridão,
Encontrei um forte e novo brilho....
Que saio de seus olhos em direção aos meus....
Com você eu me senti vivo...
Senti a importância de cuidar de alguem novamente..
Senti que para alguem eu era necessário...
Senti a felicidade me tocar, em sua face desacordada...
Felicidade vi em teu sorriso quando acordou...
Olhando em direção a mim, com os olhos de sono de que ainda precisava dormir..
Te levei a suas amigas, que lhe conduziram até em casa.
Te liguei no outro dia para saber como estava.
Ouvi pelo telefone a voz de um romance.
perguntando a ti se eu ainda tinha alguma chance.
viemos a sair para ver no que ia dar.
Essa tarde maravilhosa que vivi
onde com voce estive sempre a contar,
Com carinhos e beijinhos
Nos despedimos nesse mesmo mundo de amar...
Agora me chega a solidão...
A luz se apagou
E novamente no escuro estou..
Feliz por esperar que o brilho apareça
A me dizer que:
Eu quero te amar

Foto de daninho

eu amo a fe

Eu amo a Fernanda mais que tudo . Por que ela tudo na minha vida

E meu olho, e meu nariz e o meu coração, ela e o meu sentimento.

O amor que sinto por ela e maior do o céu por que a frase que falo para ela eu amo muito ela , mais que tudo na minha vida

Ela e minha por que sei ela eu sinto que eu estou perdido , sem assas e se saber o que fazer e sem ela e uma loucura por que minha vida e ela

Fe e minha alegria e meu sentimento so sei que cada dia gosto mais dela

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