Sempre

Foto de Bruno Silvano

A Caverna

Seu olhar era triste, talvez pela saudade que estava sentindo de casa, ou por esta se sentindo uma estranha, em um pais desconhecido, sem nenhum amigo. Cursava o primeiro semestre de Moda em uma das maiores universidades de Londres, mas ainda era uma garotinha ingênua e insegura, cheia de expectativas para o que mundo pudesse vim a lhe mostrar, a lhe trazer.
A primavera chegava, e florescia o coração daquela jovem, que por muitas vezes pegava-se a observar o céu estrelado chorando de solidão, da falta que uma companhia lhe fazia. Deitava-se sozinha na rede para acompanhar a transformações das flores, sentia-se como uma, a mais sensível e perfumadas delas, uma daquelas flores que enfurecida com o descaso das pessoas abria somente a noite, onde realmente tinha liberdade para ser somente uma flor.
Costumava banhar-se em um riacho com águas claras, doces, ao som de passarinhos e da goteira que pingava uniformemente da parte de cima da caverna. Era o lugar em que costumava se encontrar com seu interior, em que botava calma na alma, o que ajudava a disfarçar o seu semblante triste.
Sua solidão era cada vez maior, procurava relações de todos os tipos, porém nada fazia com que aquele sentimento tivesse um fim. Sempre procurava cura naquela caverna, aquilo se tornava um vicio, porém em uma de suas idas encontrou algo lá, algo que para ela realmente valesse a pena, a os seus olhos ele era diferente, tinha seu brilho especial, era espetacular, tinha seu toque de humor e simpatia. Foi paixão a primeira vista, fez dele o seu tudo, passava horas com ele, já mais havia sentido tanto amor e prazer quanto o que ele deu a ela, juntos, ela realmente se sentia mulher, algo que não sentiu com mais ninguém.
A caverna tornou-se seu ponto de encontro, não havia alegria maior do que ir todos os dias para lá, e em seu ponto de êxtase deixou-se seduzir de vez por ele, o acariciou com vários movimentos, se deu toda a ele, utilizou de todo os artifícios que havia aprendido em sua vida, deslizou sua mão suavemente sobre todo seu corpo, fazendo-o sentir vibrações, porém ele já não estava com mesmo brilho de como ela a viu pela primeira vez, porém insistiu em acariciá-lo, deslizando com toda sua sedução, a mão até suas partes mais sensíveis, e em um gesto de amor ela pediu “me deixa cuidar de você?”, porém não obteve resposta, o seu brilho foi diminuindo lentamente, até que sem saber o que fazer, ela o deixou ali imóvel, até que toda sua bateria acabasse. Porém não se deixou abater, saiu correndo em direção a cidade e em menos de uma hora já estava com um novo amor, um iphone 4s, que embora seja menos compacto que seu antigo amor ainda trazia lembranças de seu já sem bateria iphone 5.

Foto de KEKE

Apenas Eu

Não sei o que pensar
Não sei o que fazer
Nem como agir
As forças me abandonaram
Tudo está estranho e nebuloso
Não consigo sentir dor
Não consigo sentir nada
Parece apenas ter um vazio.
Acreditei, confiei...
E esse foi o meu erro
Abandonar minhas antigas idéias
Achar que poderia dar certo
No fundo eu já sabia que não.
Não sinto dó de mim mesma
Nem mesmo lamentar consigo
É assim, mas tinha que ser assim?
Por que deixou tudo acabar
Não dá para entender
Não dá para aceitar
Só quero meu eu de volta
A minha vida
Esquecer que tudo existiu
Saber que sou apenas eu
Apenas eu como sempre deveria ter sido
Como havia planejado
Como meu coração havia me avisado.

Foto de Carmen Lúcia

Sinais da vida

Pulei as reticências ...
Me prendi nas lembranças de um passado distante
que me trouxe até aqui, ofegante.
Que me fez, me refez...
Por que pensar num futuro que pode nem vir?
Então desprezei as reticências,
acontecimentos não vividos,
momentos contidos no incontido da vida.

Marquei com asteriscos
os passos seguros que andei
e me levaram a ancorar portos seguros
(anjos que, de repente, suavizam os caminhos).
Desviei dos que caminhei entre falsos atalhos
e causaram tantos transtornos e retornos.

Gravei nas entrelinhas
os bastidores por onde passei,
onde os suores se intensificam
e a espera justifica a lição que sempre fica,
enfatizando o aprendizado, refazendo cada ato,
deixando apto a conquistar o palco
onde a vida representa a arte
ou a arte é a própria vida.

Risquei as interrogações
das perguntas que não mais farei,
respostas que jamais vieram
e se vierem, não serão as que busquei...
Tanta demora não mais vigora
num tempo que anseia pelo agora.
Abastar-me-ei de exclamações;
a perplexidade comanda a humanidade.

Após as vírgulas, pequenas pausas ,
tão necessárias para o recomeço,
recobrar o fôlego, respiração precisa,
concisa , antes de novo arremesso .
De sonhos preencher lacunas,
apagando marcas de esmorecimento.
Estar feliz comigo mesma
no momento certo do ponto final.

(Carmen Lúcia)

Foto de Siby

Duas vidas e um caminho

Vinha tão só no meu caminho,
Então você surgiu, sem avisar,
Foi chegando sem eu esperar,
Se aproximando de mansinho.

Agora o meu é o seu caminho,
Na estrada da vida a caminhar,
Onde há obstáculos a superar,
Retas e curvas, flor e espinho.

Somos duas vidas e um caminho,
Compartilhando a mesma paisagem,
Paisagem da vida, que é uma viagem,
Na vida, com sonhos se traça o caminho.

Tudo passa, o que ficará é o carinho,
Tenho você para me acompanhar,
E de mãos dadas vamos andar,
Seguindo sempre o mesmo caminho.
(Siby)

Foto de Leidiane de Jesus Santos

SILÊNCIO

Eu fiquei tentando encontrar,
Um sinal em seu olhar,
De que ainda havia amor.
Mais o silêncio Se fez mais presente,
Do que as tantas palavras,
Que deveriam Ter sido ditas.
E que foram enterradas,
Pelas nossas escolhas.
Hoje vivemos assombrados,
Pelo que poderia ter sido.
Será covardia nossa,
Será que vale apena sentir tanto medo,
A verdade é que a resposta,
Ficará para sempre escondidas no olhar,
E na triste duvida causada pelo silêncio.

Foto de Joaninhavoa

Um voo ...

...
...
..
..
.
.
.
«É noite
e na noite
a gente queda-se
fica no silêncio
dos sentidos
como cisne
parado no lago.
Deslizo suave
onde vou
para onde voo
tenho-te
na paisagem
na imagem
que crio
ou reflete
no pensamento
sempre.»

Joaninhavoa
(HelenaFarias)
2013/03/23

Foto de Lidia Lima de Oliveira Soares

Que amor é este

Que amor é esse, que faz sorrir e faz tão feliz,
Faz-me atravessar rios e montanhas prá te ver.
Que amor é esse, que saio todas as noites,
Como uma gaivota nuns voos rasantes

Que estão sempre a minha espera...

Que amor é esse que me faz correr,
Ter pressa de viver,
Faz-me feliz, quando ouço.
Sua voz e me faz tremer nas bases, RSS.

Que amor é esse que eu estando lavando louça,
Lembro-me da sua empregada,
Sua máquina de lavar,
E rio sozinha comigo mesma... RSS
Que amor é esse que deixo as faxinas para sexta,
Porque quero te ver no sábado.

Que loucura é essa,
De correr da escola só prá ver o teu sorriso
Que amor é esse que brinca comigo,
Puxa meu cabelo,
Como um adolescente da infância,
Quando rouba um beijo da coleguinha... só prá chamar a atenção rss
Que amor é esse que me faz, falar de mim,
Sem medo de ser feliz?

Que amor é esse que faz os meus
Sentimentos mais nobres brotar,
Em versos e canções intermináveis,
Que só eu e você sabemos ler...

Ah que amor e esse que me tira do chão,
E faz voar voos rasantes, cada vez mais altos...
Esse é o meu amor... Esse é o teu amor,
Esse é o nosso amor louco de amigos,
Que só eu e você entendemos. RSS

Lídia Lima de O. Soares

Foto de Lidia Lima de Oliveira Soares

Verdades Não ditas

"Verdades"

O que são as nossas verdades?
As nossas mentiras?

As minhas verdades
Eu as conheço
De cor.
Ah... Ou serão verdades adquiridas?
Não as minhas verdades não são
Mentiras...

São as verdades que eu conheço,
Que aprendi com o tempo,
Aprendi com a vivência,
Aprendi com a dor,
Aprendi com os vazios da noite,
Aprendi todas com amor.

Verdades ou mentiras...
Já nem sei, mas são as minhas verdades.

As minhas verdades, não são as tuas verdades,
E as minhas mentiras, podem ser a tua verdade.
Então ficamos assim, você com suas verdades,
E eu com as minhas mentiras?

Não! Há sempre um caminho novo,
Caminhos não percorridos ainda,
Veredas novas, caminhos coberto de flores,
Caminhos cheios de esperança e amor...

Então vamos juntos, eu e você, de mãos dadas.
Caminhar esse novo caminho,
Descobrindo nossas verdades, e eliminando.
Nossas mentiras.

Lídia Lima de O. Soares

Foto de poetisando

Não me procures

No dia em que eu partir
De mim nunca mais saberás
Nem penses em me procurar
Porque não mais me verás
De mim já tudo te eu dei
Em troca só me enganaste
De tanto amor que te dei
Quando tu a mim não amaste
No dia em que eu partir
Escusas mais de me procurar
Irei embora para sempre
Não mais me vais encontrar
Tanto que em ti confiei
Acreditando que me amavas
Eu a amar-te loucamente
Comigo é que não estavas
No dia em que eu partir
Levo o coração magoado
Como ele te amava tanto
Sabendo que não era amado
Quando eu me for embora
Não me vás mais procurar
De mim não mais vais saber
Nem voltas mais a enganar

De: António Candeias

Foto de poetisando

Estás no meu pensamento

Passo noites em claro
Contigo no meu pensamento
Quando fecho os olhos eu me vejo
A abraçar-te louco como te beijo
Como te amo loucamente
Não estando tu ao pé de mim
Estás dentro do meu coração
Distante te amo mesmo assim
Queria sentir o teu corpo
Para te amar mais meu bem
Abraçar-te bem contra mim
Com a força que o coração tem
Passo noites sem dormir
Amor és a minha florzinha
Não me sais do pensamento
Desejo louco de seres minha
Queria ter-te na minha vida
Amor que não fosse a sonhar
Não sais do meu pensamento
Como desejo teu corpo tocar
Estás sempre no pensamento
Viagem eu para onde for
Acompanhas-me na viagem
Dentro do coração meu amor
Passo as noites em claro
Em ti é o meu pensar
Estás dentro do meu coração
Ande eu por onde andar

De: António Candeias

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