Sol

Foto de P.H.Rodrigues

O que eu queria

Sabe o que eu queria?
Residir no conforto de uma boa vista.
Sem nenhuma formação.

Ver o sol nascer e se por.
Tendo como distração
um caderno, canetas, e meu violão.

Alguns livros para ler,
Uma rede para descansar.
Olhar para o céu e bocejar.

Foto de Elias Akhenaton

Poeta Beija-flor

Sob a luz do sol em alguma parte
Deste lindo planeta azul,
Sutilmente minh’alma de beija-flor,
Voa, levita sobre o jardim florido
Em busca do néctar da flor.

Não procuro a mais bela, simplesmente
Àquela que possa me alimentar
Em inspirados e suaves versos de amor
Que tem no doce mel do seu interior.

Porque a verdadeira beleza,
À verdadeira essência está no néctar
Da flor do coração, falo com o peito
Carregado de emoção e
Com a alma de um humilde
Poeta e peregrino passarinho beija-flor.

-**-Elias Akhenaton-**-
“Um peregrino da vida, pescador de emoções.”

Foto de Carmen Vervloet

Noite Encantada

Na antiga praça, refúgio dos apaixonados,
passam de mãos dadas, sob o luar,
um casal de namorados.

E a lua, no céu
azul diáfano, perpassa formosa,
cheia de argênteo, cheia de graça.

E o casal vai, cheio de graça,
cheio de sonhos, cheio de prata,
seguindo o luar.

Vai, flutuando na paixão,
perdido num mundo de ilusões
trocando juras de amor
no encantamento do luar.

Mas quando a noite se vai
e a lua cerra seus olhos brancos,
surge o sol com seus raios escaldantes
e liquefaz o encanto daquela noite de ilusões.

Foto de Ronita Rodrigues de Toledo

Naufrágio

A distância inóspita e hostíl
Que vive as margens do tempo,
Lançou minha esperança ao vento
E como um náufrago ao léu
Eu chorei e naufraguei.

Naufraguei como uma barca vazia
Levada pelo vento,
Sem âncoras nem garras,
Sem amarras.
Sem varais nem mastro,
Sem rastro.

Só você no pensamento...

Quando o mar,
Chicoteando os corais de um atol
Lançou-me sobre a area branca
Incendiada pelo sol
Que acolheu-me.

Sobreviví...

Hoje volto,
Supondo então encontrar-te
E ao olhar em teus olhos
ver submerso a história de um passado,
Quando juntos navegamos
No mais calmo dos oceanos.

Mas... ao reve-lo,
Pude ver em sua alma
O desejo que sobreviveu,
A indagar por que não sou sua
E por que não és meu...

Ronita Marinho
Registro BN

Foto de Ronita Rodrigues de Toledo

ABISMO

Vou andando por aí
meio afobada
a procura de mim...

Corro ruas,avenidas,
dobro esquinas,
vou de encontro
a contra mão.

Meu relógio parou,
é inverno
o sol se ofuscou...

Escrevo o passado a giz,
apago as tristezas
e arrisco dizer
que fui feliz...

E o vento da noite
vem me falar:

-A vida é mesmo assim!
Posso e falo por mim
que ontem bramia
com a tempestade no mar
e hoje sou briza solitária
na noite fria a sussurrar...

E... vou andando por aí
na companhia
do meu grito calado,
escalando o abismo
que há em mim...

Vou em busca de outros braços
para abraçar meu abraço
e eu possa, quem sabe um dia...
encontrar-me
em fim...
Ronita Marinho - BN

Foto de Carmen Lúcia

A última estrela

O dia amanhece após infindável noite
marcada pela presença tediosa da insônia.
A última estrela apaga suas luzes
cega pelo farol do sol que desponta.
Submissa ao sistema recolhe-se à reclusão
para ressurgir nova em nova missão.

Tal rotina não a obstina.Dócil e matreira
oferece à nova noite a doação rotineira.
Brilhar sempre, enquanto brilho tiver...
Brilho que é seu, oferenda para o céu
a abraçar os insones, suavizando suas noites
até que olhos afoitos lhe sorvam a luminosidade
e um dia ela se acabe
perdendo-se na soturna escuridão...

Olhos que por ela se encantam
e obcecados roubam-lhe a luz
refletida em lágrimas derramadas.
Despertos durante noites inteiras,
longas madrugadas, horas de solidão,
tendo como fiel companheira
a lucidez de uma estrela sem constelação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Procura

Tem a inquietude do girassol,
movimenta-se a cada passo do sol,
busca um não sei que sempre além!...

Suponho que busca a essência
que escorreu daquele coração
e você guardou naquela
frágil gota de orvalho,
encantado com seu brilho!
Só que suas mãos sempre ocupadas
não conseguiram segurá-la
e ela se perdeu em alguma flor do caminho.

Foto de Cesar Jardim

Reviver

Renasci com o teu perdão,
agora a vida segue em frente,
e deixamos para trás todas as mágoas.
A intenção de rever teus olhos bem de perto,
segue aos meus desejos ilusão.

Se fores além,
permita que eu te siga sem pedir.
Se eu for também,
permita que eu te ame a luz do sol.

Voltamos a viver,
pelo teu amor,
e não há dívida melhor a se pagar.

Se ao silêncio fores embora,
ao menos da sua voz me deixe a canção.
Se me deixares ir,
Sempre irei ao teu encontro.
Se me deixares te amar,
saibas que nunca terás o que sofrer.

E ao viver assim,
você será a minha eterna musa,
inspiração e minha razão mais pura,
que Deus criou com perfeição.

Foto de diny

Mágoa

MÁGOA

Procuro no coração do todo. E nada!
Não há vida
Insisto; não há vida
só pesado silencio
só solidão que atropela meu ser
esfacela meu coração
com dor que sufoca e mata
com a violência da mágoa
dessa ausência de ti.

Estou completamente perdida
sem o teu amor
tento firmar os meus passos
mas não existe horizonte em mim
sem o teu sorriso
sem tua voz pra trazer-me
o que as distancias não conseguem ausentar
sem o teu olhar que lembre:
a luz do sol e fome de viver...

Então não suporto mais nada!
incluso os soluços do meu coração
sucumbindo manso e só
na dor da mágoa dessa falta tua
e de não conseguir ser completa,
sem teu amor, sem tua vida; sem ti!

Te amo...
sinto mágoa por te amar tão só, meu amor.

Foto de José Bento

O velho e o rio

Navega o velho no rio
No barco velho, sentado
Ao lado o velho embornal,
Uma espingarda tacanha,
E um facão enferrujado

O olhar pregado no tempo
Absorto a contemplar
Ao longe, ao pé da serra
Uma ovelha a pastar.
E assim como a ovelha,
Também foi com os anuns
Onde haviam centenas
Hoje só restam alguns

Navega o velho do rio
Perdido em seus pensamentos
Trazendo marcas no rosto,
Sentindo o sopro do vento,
Que lhe traz recordações,
Lembranças e sensações,
Da vida em outros tempos

É assim toda manhã,
Antes do sol levantado
Navega o velho no rio
No barco velho, sentado

Segura a velha tarrafa
E a joga com cuidado
Vai lentamente puxando
O cordão todo emendado
Tenta pegar algum peixe
Se é que ainda existe
Porem o peixe não vem
Mas o velho não desiste.

Navega o velho no rio
No barco velho, sentado
Ao lado o velho embornal,
Uma espingarda tacanha,
E um facão enferrujado.

Volta pra casa a noitinha
Vencido pelo cansaço
Trazendo a pele queimada
E calões nos pes descalços
Quem sabe então amanhã
Mais sorte lhe seja dada
No despertar matutino
Ao cantar da passarada.

Lá vem o barco do velho
Descendo pela encosta
Trazendo o velho embornal
E a tarrafa que ele gosta
O barco desce sem rumo,
Parece não ser guiado
Morreu o velho do rio
No barco velho sentado

Desce o barco á deriva
Navegando lentamente
Arrastando-se nas curvas
Buscando o sol nascente
Como quem diz num aceno
Que o barco não volta mais.
Adeus meu querido velho!
Deus te guarde, siga em paz!

José Bento

Páginas

Subscrever Sol

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma