Sol

Foto de P.H.Rodrigues

Barquinho

Estrelas, meus olhos não querem mais
olhar para o alto, não que não seja capaz,
mas de longe o teu calor satisfaz.

Lua, para ti cessarei meus versos,
vejo o cair do meu teto
e com ele se vai meu caderno, e minha caneta,
mais irritante que uma abelha.

Rimas, suas lindas,
vejo que já não andas com suas mãos nas minhas.
deixei que partisses também.

Só observo o Sol se por e a Lua aparecer.
Só deixo o barco navegar, e o tempo perecer.
Deixo os registros, do que ainda está para acontecer.
Deixo previsões, do que se passou sem se perceber.

Foto de Priscila Maia

RESPLANDECENTE

Luz que me ilumina
Sentimento e alegria
Fruto de amor
Meu viver
Tão meigo
E carinhoso
Seu sorriso é um estopim
Com confetes e serpentina s
Um carnaval, um desfile colorido
Onde entre o verde e o amarelo
O vermelho lhe cai bem
Em um raio de purpurina
As luzes se cruzam
Trazendo as margens
Olhares inebriantes
Com você conjugo o verbo
Entre nossos repetecos
Todo dia, dia a dia
Sol e lua se combinam
Queres-me alcançar
As estrelas irão apontar
O caminho...seu aporte...
Seu refúgio...
Me enveredo, sem medo
Te espero

Foto de diny

NAMORADO

Namorado:
Ter ou não ter, é uma questão.
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si
mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado
de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva,
lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer
proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda,
decidida, ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de
aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o
gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um
envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter namorado.

Nao tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas,
medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Nao tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Nao tem namorado quem faz
pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.

Nao tem namorado quem nao sabe o valor de mãos dadas; de carinho
escondido na hora que passa o filme; de flor catada no muro e entregue
de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico
Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Nao tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Nao tem namorado quem não gosta de falar
do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Nao
tem namorado quem nao redescobre a criança própria e a do amado e sai
com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton
Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical na Metro.

Nao tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem nao dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu
bem ser paquerado. Nao tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem
curtir; quem curte sem aprofundar. Nao tem namorado quem nunca sentiu o
gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou
meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Nao tem namorado quem
ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de
obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Nao tem
namorado quem confunde solidão com ficar sozinho. Nao tem namorado quem
não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você
vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve,
aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções
de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de
si mesmo e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua
janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de
fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu
descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases sutis e palavras de galanteria.

Se você não tem namorado é porque ainda nao enlouqueceu aquele pouquinho
necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
Elou-cresça.

(Carlos Drummond de Andrade).

Foto de Cesar Jardim

Mentira

A primeira flor caiu,
Veja as nuvens ao redor do sol,
no horizonte,
sei que ainda espera por mim.

Renasci do fogo,
meu primeiro passo foi tão curto,
no silêncio,
ainda ouço a sua voz.

Depois da luta,
a verdade vem,
quem bate a porta é o meu passado,
o amor.

Se eu fugi,
apenas foi coragem,
a hora certa,
A escolha errada.

Longe de você,
longos são meus dias,
tão pouco me restou,
apenas a mentira.

Foto de Carmen Vervloet

Alegria

Por tudo, por nada,
por muito, por pouco,
por todo o devaneio louco...
Pelo riso sem saber por que,
pelo sol no seu alvorecer,
alegria de poder viver!

Foto de Alexandre Montalvan

Porque te Amo?

Eu não sei por que te amo
porque você me é tão querida
talvez sei lá, por engano
ou feitiço de alguma sacerdotisa

Eu não sei por que te amo de verdade
mas te amo pelo brilho que teu olhar irradia
eu te amo por uma singularidade
amo-te como uma doce sinfonia

Eu te amo como o lamento das cordas do violino
em catedrais de granitos refulgentes
amo-te como um menino inocente
louco para beijar tua boca e sentir teus dentes
em minha carne ardente

Eu te amo como ao sol nascente
que da luz ao dia a vida
e aquece a terra aonde você pisa
e como a leve brisa
que esvoaçam teus cabelos pelo vento
eu amo teus pensamentos

Eu te amo como a louca ventania
como a fúria das tempestades
como a dor de uma saudades
amo-te como a mais linda
Melodia.

Alexandre Montalvan

Foto de Carmen Vervloet

Borboleta Azul

Vem num vôo gracioso
a borboleta azul.
Pousa sobre a rosa,
também azul,
ofertando-lhe um beijo doce.
E a lua cheia de céu confunde as
imagens sobre o canteiro.
Só o sol, no seu alvorecer,
separa as sombras
dos dois vultos.
E a borboleta retorna
ao seu gracioso vôo
buscando outra flor,
sorvendo a felicidade
em pequenas porções.

Foto de carlosmustang

FOI...

Uma vela pra minhas andanças
Uma pequena acesa pra minhas esperanças
Minha oração é pra sentir-me vivo!
E não contar com alguma vitanice

Abraçar pedras extremas, incondicionaveis
Deixar me em loucura e tornar-me controlável
Contar a cada gomo de liberdade
Consentir a viver piedosamente a sua vontade

Sou louco(todo machucado) em mente Sá!
Ansiando pelo amanhã
Gritando desesperadamente pelo amor ao Sol

Apurrinhando ver(e pisar)caminhos aqui
Chegar alguns charmes, amar, pressentir
Na pia tudo preparado, THE END

Foto de Arnault L. D.

Castelo e flor

Na rua, uma sombra alta e triste
ergue-se dentre a névoa gélida;
noite suspensa de um passado.
Tal braço, retesado em riste
do afogando, mão a buscar vida
e um mistério no tempo guardado.

Alta torre faz relevo à vista,
contrasta ao azul, somando ao céu.
Nuvens bordam a moldura entorno;
acima, janela a lua avista
e a filtra em vitrais, a luz pincel...
Quadro vivo, tela o chão, adorno.

Vestígios da beleza em ruína,
restos de sonhos, solvem a volta,
dos risos, dos casos em segredo.
Degraus subindo o mármore a cima,
ligando ao nada a ilusão solta...
Velhos fantasmas a trazer medo.

Apenas restou o que se ergue,
pois, mais ninguém, mais nada lá ficou.
Junto a ultima gota que verteu,
taça de cristal, vinho, e sangue,
estilhaçada a vida se quebrou.
Por testemunha a noite, que esqueceu.

O solo pontilhado de luar,
vazando aos vidros coloridos;
cintilou em matizes de carmim,
que a aurora escureceu ao raiar.
Revelando os Reis adormecidos,
em uma noite, que não teve fim.

Mas, o Sol não trouxe a claridade
que rompesse a densa névoa escura,
que encerrou dentre a alvenaria,
atrás de portas, paredes, grade.
Causas, culpas da história, pura,
não se soube, o oculto não traia...

E veio o anoitecer novamente.
Trancou as portas, fechou as grades,
cerrando as cortinas e os portões...
Desbotando tons, e o inconsciente
se encarregou de criar verdades.
Por provas, fez de mitos as razões...

Recolhido entre as salas desertas,
os anos a somar o abandono
pilharam a beleza em pedaços.
Abrindo furos, rasgando frestas.
E o dormir deste eterno sono,
Morfeu colheu por entre seus braços.

Tudo agora é escombro somente;
cravado à cidade, triste confim
de velhos espectros e da sombra.
Partilhado ao mendigo, indigente,
covil de ratos, aranhas, capim,
que feri aos olhos frágeis que assombra.

Mas, longe da escuridão, um alguém
guardara a lembrança, a luz vencida.
Que afundou-se aos relógios se pôr.
Lembrando a quem, já a muito além...
por tantos anos, por toda vida.
Posto uma prova que houvera o amor.

Solitária rosa, deixava ali.
Em data exata, quando ao ano vem:
De aniversário um presente terno,
no envelhecer do castelo e a si...
Até que a noite deitou-se também,
a pele esfriando-lhe de inverno.

E a ruína, assim, ficou mais só
e a historia, tornou-se rumor.
O castelo apartou-se do mundo,
sequer memória, saudade, ou dó.
Como se sempre ele fora a dor;
tal de canto algum oriundo...

Quiçá, a torre, querendo altura,
qual mão, apenas anseie outra flor,
pelo céu procurando a encontrar...
E para não quebrar-se a jura,
fez das pedras, pétalas, por amor.
Fez-se o castelo uma rosa a murchar.

Foto de Asioleh

estou a te esperar

A saudade me faz definhar,
Neste corredor me lembro, de te ver passar...
Você me sorria, me abraçava com o olhar,
Olhar que não mais vejo,
E dor a latejar,
É triste não te ter,
É triste não estar,
Ao lado do meu grande amor que sempre ei de amar,
Meus dias sem você,
É como o sol sem luar,
E meu sorriso se desfaz quando te vejo passar.
Passa como o vento, leve e veloz,
Meu sonho era te ter aqui, ao lado, meu herói.
Queria te dizer que não te esqueci,
Mesmo tantos anos, eu ainda estou aqui
Pensando em você,
Chorando devagar, calando minha dor
quando te vi passar...
Eu sempre ei de te amar,
agora e depois,
eternamente eu estou, buscando o teu amor.
Se não puder te ter nesta vida, a vagar,
na próxima, estarei meu bem, ainda a te esperar.

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