Sol

Foto de Carmen Vervloet

Cheiro de Saudade

Meu Deus... é o cheiro de infância,
de boas lembranças,
é o cheiro do tempo,
é o cheiro do pão...
O sol que acorda lento,
espreguiça-se no firmamento,
boceja sonolento,
esquenta meu chão!
É o cheiro das flores,
nuances e cores...
Cata-ventos felizes,
amanhecer em matizes,
liberdade dos pássaros,
entrelaces de mãos!
É o som das cirandas,
bate papos nas varandas...
É o som das montanhas,
sabiás e façanhas!
É o gosto das frutas,
jabuticabas e uvas,
é o som da labuta,
é a ameixeira na curva
do tempo lá trás!
É o cheiro de nenhuma certeza...
De tantas proezas...
É o cheiro de Santa Teresa!

Foto de Priscilla Porfirio

Imagine

Imagine

Imagine viver sem a pessoa amada
Imagine viver por viver
Imagine acordar e não ver o sol nascer
Imagine o amanha não existir
Imagine não ver o romper da aurora
Imagine tentar seguir sem poder caminhar
Imagine a razão sem fundamentos
Imagine a fé sem seus fieis
Imagine a morte sem vida
Imagine o mundo sem cor
Imagine o céu e por fim
Imagine a vida por si
Imaginou ?
Então você terá a noção de como se ama
Como se vive
Como se quer
Pois imaginando tudo isso e
Vendo que esta tudo a se perder
Você aprenderá a valorizar o amor
E acima de tudo aprenderá a amar
Um amar de verdade
Um amar por amor
Um amor por sacrifício, um amor por amizade
Por carinho por realização
Sabe ...
Não imagino viver um minuto sem você
Não me imagino olhar pro céu e não ver o seu azul
Não imagino viver sem o romper da aurora
Não imagino acima de tudo o mundo sem o amor
O amor é um sentimento inexplicável uma razão que temos
Para existir.
Não adianta viver nesse mundo por viver
Temos que viver
Porque sentimos, porque queremos,
Ou porque até pensamos em existir
A vida esta ai para ser vivida de maneira
Exagerada, de um modo surpreendente
Com um perfil que o simples ser humano não sabe,
Mais o verdadeiro amante aprendeu
A arte de viver e de amar a vida e as pessoas
Como elas são de uma forma inteligente .

Priscilla Porfírio

Foto de Rafael Ribeiro de Sousa

Fantasia

Uma fantasia para mim ...
Nesta bela face de aurora...
A qual a luz do sol e da lua escolheu para tocar ...
Rastejando por florestas infinitas absorvendo a chuva ...
Havera um lugar entre o céu e o mar em que irei te encontrar ...
Na costa sentaremos e esperaremos o mesmo brilho da lua ...
Suspiros da Lua ...
Almas oceanicas..
Desejos profundos silenciosos...
Um toque de amor para o verdadeiro nome ...
Um canção para mim ...
uma sinfonia corajosa ...

Foto de raziasantos

A ROSA AMARELA.

Traspondo as brancas nuvens do céu azul.
Contemplo o esplendor do firmamento.
As estrelas formam um tapete de luz e esplendor.
Iluminando o mais profundo abismo.
A lua imponente com teu brilho prateado.
Refletem sob o lago azul, em meio ao jardim florido.
Na sala onde estou aprecio ao lado do meu amado,
O mais belo espetáculo de imensurável beleza.

Nossa casa na colina onde vivemos a mais bela historia de amor:
Amor este tão forte, e mágico que nem um conto de fadas foi possível.
Descrevê-lo.
Tomada pela magia do amor e esplendor da natureza
Que nos convida.
Em um pulso tomo as mãos de Jorge e sem nem uma palavra,
Corremos para o jardim as gramas molhadas pela relva da noite.
O fresco, e o perfume das flores nos embriagam de amor.

Estonteados corremos como corças, nos abraçamos.
Jorge toma-me em teus fortes braços:
Suas mãos aveludadas acariciam-me.
Neste delírio nossos olhares se cruzam.
Eu me pergunto…
Que amor é este!
Que me faz flutuar, que nos leva as nuvens…

Juntos contemplaram as constelações, o brilho da lua,
Que parece brilhar somente para nós.
Foram dez anos de amor intenso…
Dez anos, Jorge me presenteia todas as manhãs com uma rosa amarela.
No rio de d/águas vivas nos banharam por esta, fonte inesgotável de amor.

A lua e as estrelas se despedem dando lugar ao rei sol.
Que num espetáculo divino começa a surgir à força de sua luz.
Jorge me toma por inteira, sussurra em meus ouvidos suas juras de amor.
E em meio a lagrimas de emoção por tanto amor eu adormeço.

Desperto com a voz da governa ta que traz em suas mãos uma manta.
Carinhosamente me cobre, ajudando-me a levantar-me seus olhar de piedade.
E com voz suave diz "senhora venham para casa sua cama nem foi desfeita"
Ele se foi senhora já se passou dez anos.
Ao me levanta encontro uma rosa amarela ao meu lado.
Tão viva e linda como fora nossa noite de amor.

Foto de Carmen Vervloet

Alvorecer

Como anular a luz
que a manhã irradia
se é nascente que jorra alegria
que em fulgor é parida
do ventre do novo dia?

Raios de sol que incendeiam o mar
e se transmutam em gestos de cortesia
e nas ondas do meu sonhar,
lembro que vão se apagar,
devoro o momento qual doce iguaria.

Fonte que jorra energia...
A praia que se acende,
o canto lírico da cotovia,
a flor que se abre silente
dando vida a tanta de poesia...

Foto de Arnault L. D.

Noturno

Ao amor que me regê
não cabe olhar o dia.
Busca a tênue bruma, fria,
da noite que nos protege.

Não convém sair ao claro
e assim vive escondido.
Entre os detalhes, diluído,
Doçura num bitter amaro...

Não me atrevo além do luar,
ao esmiuçar da luz, direta.
Qual o morcego, que incerta,
no temor da aurora voltar.

Mas, não duvides, é amor.
Verdadeiro, triste e cálido,
como a luz de um prata pálido
num reflexo de sol, sem calor...

Vivo na obscura distancia,
o breu sonambulo de alfombra,
pelas frestas do não, e sombra,
acalento desejo, boca e ânsia...

Mas, o sinto, e à noite integro,
como irmão da sombra incógnita,
oculto satélite, por ti a orbita,
imerso no breu do espaço negro.

Sou no canto d'ave notívaga
que o ignorar diz mau-agouro...
mas, é tudo que lhe posso deste ouro,
o meu choro por ti na noite amiga.

Foto de vânia frança flores

vou viver sem ti..

Antes do sol pôr, ainda consigo me iludir e até chego a pensar que tudo é como era.
Que nada acabou e o meu pesadelo teve um fim e vou te encontrar na cama a minha espera.
Mas a noite vem e com ela o sonho se desfaz
Quando chego a casa e vejo que não estás...
E vou viver sem ti outra noite ao sabor da solidão
E vou viver sem ti a morrer com um nó no coração
Neste quarto a chorar, sem conseguir dormir
A pensar que outra noite vai chegar e vou viver sem ti
Antes do sol pôr, posso até fingir que sou feliz e consigo mentir, mentir-me a mim mesmo
Mas a noite vem e com ela o sonho se desfaz
Quando chego a casa e vejo que não estás
E vou viver sem ti outra noite ao sabor da solidão
E vou viver sem ti a morrer com um nó no coração
Neste quarto a chorar, sem conseguir dormir
A pensar que outra noite vai chegar e vou viver sem ti
E este vazio não vai acabar, como acabou o teu amor por mim
E eu bem me iludo que está tudo igual, mas no fundo eu sei que te perdi
E vou viver sem ti outra noite ao sabor da solidão
E vou viver sem ti a morrer com um nó no coração
Neste quarto a chorar, sem conseguir dormir
A pensar que outra noite vai chegar e vou viver sem ti
E vou viver sem ti outra noite ao sabor da solidão
E vou viver sem ti a morrer com um nó no coração
Neste quarto a chorar, sem conseguir dormir
A pensar que outra noite vai chegar e vou viver sem ti

Foto de Carmen Vervloet

Bem-vindo, Ano Novo!

Ele chegou como o sol e seu cabelo de ouro
Trazendo luz para a alva flor dos meus sonhos
Na sua bagagem trazendo alguns tesouros
Entre as nuances do seu alvorecer risonho.

Ele chegou pródigo em promessas
Exalando em seu frasco todo um perfume doce
Fazendo-me seguir suas pegadas sem pressa
Norteada pelo facho do lume que me trouxe.

Ele chegou e me abraçou com carinho
Entregou-me uma caixinha repleta de sementes
Entregou-me a foice, a enxada e o ancinho
E acordou a vontade que dormia displicente.

Foto de Arnault L. D.

A mais longa da noites

Se for me falar de amor,
então espera o Sol se por.
Quero ouvir a voz que ama,
enquanto a noite se derrama.
Declama...

Sei, que são durante as noites
que os sonhos são vividos...
Pois, quero a mais longa das noites,
e perdurar, adormecido.
Diz-me: Meu querido...

Diga ao ouvido e me abrace,
enquanto duram os devaneios,
enquanto o tempo não passe,
ou dele, sejamos alheios,
a tudo de feio.

Espera, vir a noite, meu amor...
ao pedir-me que adormeça.
Por toda forma e o que for
e do mais... Que se esqueça.
Desfaleça.

Se o mundo acabar nesta hora,
então que seja à noite alta...
Que esteja bêbedo de sono agora.
Diga-me, sonhe, e nada falta.
E nada mais me falta...

Foto de Rosamares da Maia

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

UM CALDEIRÃO CHAMADO BRASIL

Nos teus céus, o luar é da mais pura prata,
Sob a noite das congadas, exibes tua beleza,
Verde, esplendorosa
Despertando desejo, paixões e a cobiça dos homens.
Por ti, bateram-se nobres cavalheiros,
Também aventureiros, sem eira, beira, ou tribeira.
Todos atravessaram oceanos,
Enfrentaram tormentas, vindos de distantes lugares,
Tudo por ti, prenda preciosa.

Villegainon tomou-te a força.
Na França Antártica pretendeu desposar-te,
Mas, viu o brandir da borduna, E o ar sibilando de flechas,
Defendeu-se a tua honra.
E dançastes para comemorar.

Nassau encantou-se de ti a primeira vista.
Na alta Olinda, o mar invadiu seu sonho,
Esculpindo em obras de amor e arte a sua conquista.
No batuque do maracatu a história desenha traços,
Seguiu jogando pernas pro ar. Rabo-de-arraia,
Jogada de mestre e moleque do garboso capoeira.
Mas perdeu-se o moço nos olhos de uma morena,
E no samba de roda foi namorar.
Ginga, samba crioulo, arranca do chão a vida,
Mesmo na seca caatinga faz o teu destino.

Brasil,
Teu gosto é café, cacau docinho, rapadura, carne de sol,
Churrasco dos pampas, tutu com linguiça e carré.
Tens o cheiro da pele das meninas, das cadeiras mulatas,
Também, da branca estrangeira.
Tudo no liquidificador das raças - misturadas,
Com estilo, para extrair um suco verde e amarelo,
Que enfeita e enfeitiça, traduzindo-se na imensa passarela,
Por onde desfila a mais nova porta bandeira.

Brasil,
Dos contos e lendas, de bravuras e bravatas,
-São filhos de botos cor-de-rosa, que saltam das águas,
Para emprenhar donzelas, Caipora, Curupira,
Mula Sem Cabeça, Saci Pererê, Negrinho do Pastoreio,
Lágrima de princesa índia que virou Vitória Régia,
E Orfeu, príncipe negro da favela?
Da tua fé mestiça, soam os atabaques, rodam sete saias de rosas.
Do mar, na rede dos humildes, ergueu-se Santa, Aparecida.
Na voz de teu povo consagram-se: Anastácia, Padre Cícero,
Dulce, a irmã da bondade.
Um grito de gol, de bola na rede que apaixona milhões.
Fé, pés, talento e arte. Essa é a tua gente!

Brasil,
Quanto resta do bugre Xingu, do Português, do Holandês?
Quanto ainda corre em teu corpo?
Somam-se tantas outras ocidentais e orientais misturas.
Desaguando todas, finalmente, na grande pororoca amazônica.
Colocamos a massa miscigenada para dourar ao sol de Copacabana,
Faz-se repousar o resultado deitado no colo do Redentor,
- Eternamente de braços abertos, em berço esplendido.

É assim o teu despertar, Brasil.
Se a maledicência diz que a tua certidão é imprecisa,
Que e a tua paternidade é duvidosa,
Pouco importa o despeito desta gente maldosa.
Fenícios, espanhóis, portugueses – Quem primeiro aqui aportou?
Quem afinal, de forma acidental ou intencional te encontrou?

Este é apenas um detalhe.
Estamos aqui! Construímos a nossa história.
Mais que navegar, foi preciso tecer,
Prender o fio de tantas origens.
Somos a raça da verde / dourada flâmula,
“Da loura Bombril e do negro alemão”.
Emergimos do caldeirão da Humanidade.
Mexido com a rica madeira vermelha
Ela que deu origem ao próprio nome,
“madeira de dar em doido”, brasa viva e incandescente,
Que forja e “ergue da justiça à clava forte”, sem fugir da luta.
Somos o Brasil.

Rosamares da Maia

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