Sol

Foto de Arnault L. D.

Sinto tua falta

Ah, meu tudo, deste que foste
sou apenas luva sem mão,
o mundo tornou-se tão triste,
o relógio perdeu a razão...

As horas se emendam iguais,
só se travestem doutro dia.
Apenas luz que vem e vai
mas, sempre a mesma que eu via.

O que foi riso é chover,
o horizonte, fez-se aos pés,
cada dia, acordo em morrer,
desde quando não me és...

Meu prazer foi junto a ti,
cor da flor, calor do sol,
todo o amor que vi e ouvi,
todo tom tornado em bemol.

Sou-me apenas eu e não basto...
Um fragmento, ou pedaço,
ou quem sabe, talvez, um resto.
O resultante do fracasso...

Mirando o chão me enterro,
na inanição e inércia calo,
no erro, o por que encerro,
no encontro da alma ao ralo.

Sempre é o tempo do quando
é tornado insuportável.
Quando estavas foi voando
ao partiste... o interminável.

Foto de andrelipx

Olhar quebrado...

Quero encontrar-te, quero descobrir-te e quero olhar-te. Perdi o meu olhar, pedir o brilho não sol do anoitecer, por isso procuro-o. Vaguei-o mundos e oceanos a procura do meu olhar, daquilo que me fazia olhar e ver a beleza, será que estou corrompido, ou será que já não consigo olhar tanta beleza? Não sei. Quero-o só para mim, perdi-o, e alguém o encontrou, quero o meu olhar, para poder olhar com intensidade tudo o que há e deve ser olhado, quero ver as flores, as borboletas, os pássaros, as nuvens, o amor, a felicidade, mas não consigo nada, nem ver nem fazer ver. Dá-me uma hipótese, de voltar a olhar, só quero ver o infinito e o finito, quero ver o anoitecer e o amanhecer, não quero mais olhar e ver o que não quero, sinto-me sem brilho, sem algo que me mostre como sou e como devo de ser... Sou sentimentalista, infeliz, romântico, mas sem ti não sou nada... Perdi-te nas correntes do oceano, e tu não me quisestes mais por isso fugistes, só quero uma hipótese para voltar a olhar, para voltar a contemplar e a admirar tudo o que há de belo... Faço, crio, procuro e construo-o palavras para que este brilho me volte a encontrar e a ver-me outra vez. Estou incrédulo, sem fio condutor, sem metal que me ligue ao brilho, sem cobre que faça este brilho trabalhar, só me resta o que construo-o, estas palavras, estas consoantes e vogais, que depois formam um conjunto infinito de Palavras sentimentalistas, quero o meu olhar, o meu brilho, a minha vida... Volta para mim, não me deixes sem ti perco a pouca vida que me resta... Quero voltar a olhar para as flores do meu jardim e ver que não caem, mas sim rejuvenescem...Volta para mim peco-te, suplico-te, ponho-me de joelhos para te ter outra vez... Eu sei que fostes sem mim, mas que um dia vais regressar, e despertar o meu olhar... Ele está morte, e moribundo, com magoas e aguas... Quero que voltes e me dês a vontade de viver, porque afinal és o meu olhar, é o meu viver, é as minha fonte de alegria... Volta olhar...Dá-me uma hipótese, mas volta...

Foto de Marilene Anacleto

Saudade a Beira Mar

Bem-te-vis brincam a lavar-se
Nos ramos cheios de orvalho
E a saudade do abraço
Atravessa infinito espaço

Na praia, as gaivotas
Pegam rápido o peixe
Que se livrou do anzol.
Alimento-me dos raios de sol.

Urubus disputam sobras
Dos já fartos quero-queros
Que se afastam a largos passos,
Como que para encontrá-lo.

E o mar, que não descansa,
A dançar as suas ondas
Lança espumas no espaço,
Feito preces que ora faço.

Com elas lanço a saudade
A seguir de onda a onda,
E, feito a diáfana renda
Desmanchar-se em teus braços.

Foto de Nailde Barreto

"Guerra de seda e cetim".

Abra a janela do seu coração,
Venha assumir seu posto na minha vida,
E acender a noite, o vento e as velas da emoção,
Deixe-me rolar no seu jardim,
Veja meu corpo despir-se de seda e cetim.

Em crise, sinto falta da sua chegada,
Do abraço e do beijo que me acalma;
Joga-me na cama e me devora...
Enquanto as velas derretem noite a fora.

A sensata emoção não engana,
Está claro que é a mim que você ama,
Deixe o orgulho de fora dos nossos momentos,
Espere comigo, os raios do sol da manhã, sem tormento!
Da janela do quarto e ainda na cama, a sóis,
Amando-nos, despidos entre os lençóis.

Assuma de vez esse amor na sua vida,
Antes que você sofra e chore com minha partida,
Vestida com nova seda e cetim.

_escrito em 12/07/2011_

Foto de Carmen Lúcia

O que fui...O que sou...

Já fui sombra...
Em noites enluaradas,
vagando escura na estrada.
Fantasma mal assombrado,
de medo, alimentada...

Nuvem escura,
que veda o sol e augura...
Presságio de vendaval
a desabar em minha cabeça.
Juiz de minha sentença,
sentei-me no banco dos réus...
Condenada, culpada, infiel.

Fui atalho,
bifurcação dos caminhos,
empecilho predestinado
a embaralhar os destinos.
Desarrimo, desatino, descaminho.
Pedra fincada na planta do pé,
riscando pegadas,
sangrando jornadas.

Fui cobertura de sapê.
Aguapé ... em tempo de estio.
Desvio de um rio
que nunca chega ao mar.
Anjo de asa quebrada
sonhando poder voar...

Agora sou
o que a vida traçou.
Apenas alguém...
Ou simplesmente...
...ninguém...

(Carmen Lúcia)

Foto de Rute Mesquita

Tudo mudou

Um dia,
o sol espreitou...
parecia normal
mas, logo um ponto acrescentou
mudando o final!
'Reencontrei te'
após tanto tempo
o céu abriu-se num azul vivo...
cumprimentei-te
através do vento...
brisa suave, simpática
e de súbito num prisma
se decompôs a luz
do sol escaldante!
A tua forma de ser reluz
no céu numa noite estrelante!
E assim, mudou o dia
e todos os que se seguiram!
Com a tua alegria,
partiram
os ventos ferozes,
as chuvas torrenciais
dando lugar
a um jardim
florido de essenciais:
amizade,
carinho,
euforia.
'Nunca mais os dias foram iguais!'
Assim o digo e dizia!

Foto de Carmen Vervloet

Outras Andanças

Chega entre luas de sutilezas,
de sonhos que diz desbravados...
Não posso confiar em tantas certezas
se já me fez derramar lágrimas, lá no passado.

Meu coração através de seu para sol rendado
enxerga dias que adormeceram nublados...
A lua refletida num mar escuro, arqueado,
no barco de um amor que naufragou encalhado.

Como acolher pés que me pisaram
e o silêncio que foi o grito da sua intolerância
se tantos sonhos se desfolharam
na suposição da poesia, no respirar da dissonância?

Versos não iludem mais esse sofrido coração...
O silêncio sempre foi a arma mais ferina.
Não navego mais num mar de ilusão,
navego por outros mares em busca de outra sina.

Foto de Gomes S

Uma obra de amor -

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Hoje, a tristeza pintou meu rosto com quatro cores distintas. Minha face se tornou um quadro repleto de emoções, e com tal perfeição, que homem nenhum jamais pensou ou imaginou em criar obra tão valiosa.

A primeira cor que tomou conta daquele vazio imenso foi a tristeza. Era uma dor inexplicável e sem razão, mas necessária naquele branco de minha face, que buscava encontrar um sentido para continuar a existir.

No momento em que a tristeza se tornou a única parte concreta de meu vazio, ela foi surpreendida com outra cor. Essa brilhava como o sol e trazia euforia e paz. A alegria pintou a minha face, e nessa mistura, uma grande obra começou a nascer daquilo que era apenas um caos.

A alegria começou a bailar sob aquele quadro com tanta felicidade, que até mesmo a tristeza se alegrou. Naquele momento um perfume tomou conta de minha face, e outra cor foi pincelada carinhosamente com traços perfeitos sobre mim. Era a paixão, uma cor forte que queimava, mas não ardia, feria, porém não doía.

Aquele encontro de cores tão distintas parecia uma canção de amor, pintada com o mais singelo e suave traçado feito na história da humanidade. Tudo parecia perfeito e lindo, mas outra cor foi jogada agressivamente sobre aquela obra. Essa cor se chamava solidão, a mais dolorosa de todas as cores. Ela transformou aquele quadro em algo tão frio quanto o gelo e mais amargo que o fel.

Tudo parecia perdido naquele momento, até que todas as cores começaram a se unir, e repentinamente, se tornaram uma só. Era algo inexplicável. Esta obra se transformou no mais importante dos sentimentos. Ele surge no momento em que tudo parece estar perdido. Todas essas cores em união me fizeram entender que, aquele branco que estava sob mim só podia ser preenchido por seu sorriso. Nada mais no mundo me importou naquele momento. Uma lágrima saiu de meus olhos e passou por toda minha face, eu estava feliz, pois aprendi a pintar o amor.

Foto de Edigar Da Cruz

Conversando Com Lua

Conversando Com Lua

Conversando com a lua ela me disse assim..
Estava eu e ela na boa..
um olhando ao outro
Eu aqui ela lá bem longe!
Prestando atenção em mim..
Eu prestando a atenção a ela
Ela nada mais que olhar a mim,..
Fui conversando com ela ao lado um monte
De estrelas brilhantes lindas,..
Envolto ao seu véu brilhante.
Hora e grande paca! essa linda lua de amor..
Eu! um simples ser falando de amor a uma lua
Linda maravilhosa
Uma moldura linda de sonhos
Sempre ali se fazendo presente,..
Que leva aos pensamentos para longe de mim..
Hoje esta ao lado feita amiga
Uma linda luz de lua amiga..
Não perdera a beleza...
Isso vem de sua natureza do seu lindo ser.,..
Pois ela é imutável, mais outro amigo me anseia... e o meu coração que se anseia, de vontade de tocar a lua linda luz de vontade e paixão.....
Ela vem quando você se for...
seu nome e SOL grande e poderoso..
Tem estilo e beleza...
Mais não e isso que o atrai..
Na face de luz ardente dessa lua e o sol..
E diferente de você.
Não traz sonhos..
Ela e o sonho!
E traz vida..
Brilho! Calor! E vida...
E COR DE VIVER..
A LUA E SOL são eternos companheiros
Quando um vem falar de amor...
Com véu de CEU estrelas
A outra vem ilumina o dia dos apaixonados (A) com seu astro rei brilhante de encanto

Meteoro Das Emoções

Ed.Cruz

Foto de Rute Mesquita

Meu amor

Deodato Melo, com esta carta digo-te que não preciso te ver para saber que de noite és a lua e de dia o sol que me guia. Que não preciso te tocar quando sei que ao vento pedes que me abrace. Quero dizer-te que foste a única àgua na qual mergulhei, a única aventura na qual fui a personagem principal sem medo do protagonismo. Foste tu, o único que me aqueceu a alma, que me fez sentir muito que nunca julguei sentir. Foste tu, que me levaste por sonhos, por ambições, por planos de vida nunca antes por mim tão desejados. Mas, o que quero mesmo dizer-te é que não só foste como és. És aquelas mãos de seda que me conhecem, aquele olhar profundo que me faz sentir a mais bela fada. És tu, aquele meu sonho realizado. És tu, meu amor, o reflexo que vejo ao olhar-me ao espelho, minha cara metade.
Por fim, és, foste e sempre serás o único meu sonho concretizado, a única peça deste puzzle, a única chave deste meu coração e a minha eterna inspiração.

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