Superfície

Foto de - Fael Henrique Leal Vale -

Reflexões de se Mesmo

Tem pessoas que ver uma pessoal e acha ela linda, mais superficialmente.
Outras podem ver além da superfície, elas preferem, o coração do que a superfície.
São essas pessoas que amam de verdade !

Foto de P.H.Rodrigues

Vente

Tua língua, toca o açúcar na caverna
Tuas mãos, tocam os muros de concreto
Tuas unhas, arranham a malha de ferro

Teus olhos, enxergam a base da torre
Teus pensamentos, reproduzem o seu fim
Seus desejos, trazem agora um fim

O vento sopra e, suas lágrimas lamentam
Pois teu desejo, agora estás no alto de Babel
Teus pensamentos, estão lá em cima, nos céus
Teus olhos, correm livres mas não dançam

Tuas unhas, agora não arranham nem papel
Tuas mãos, não alcançam as paredes
Tua língua, não toca mais o mel

Pois, O Vento que lhe tocava o rosto,
Agora corta o mundo, corta o fel
Agora corre livre da superfície onde foi pisado
pois ali, Vento não era apreciado.

Ascendeu.

Foto de Carmen Vervloet

Algoz

O tempo mastiga os homens:
mandíbulas frenéticas,
sem tempo pra degustar.
Alimenta-se deles sem dó
e deseja (inconsciente?)
que logo virem pó.
O tempo sorve os homens,
como o mar sorve embarcações,
levando-as para abaixo da superfície,
num mergulho profundo e sem volta.
O tempo dejeta os homens:
o abatimento, a doença, a morte,
o silêncio, a solidão...

Foto de Carmen Vervloet

Feliz

Feliz por recostar a cabeça no travesseiro
com a consciência tranquila...
Feliz por enxergar a beleza da paisagem
nesta curta viagem que é viver...
Feliz por ter conseguido arrancar
tantas pedras do caminho e
com elas ter pavimentado outros caminhos
por onde passo mais leve, sem tantos tropeços,
vendo as flores desabrochar numa superfície calma
fazendo-me sentir o aroma da alma
exalado pela dádiva de ver a vida
com olhos de amor!

Foto de Delusa

Cidade segura

Um dia caíu em mim,
Todo o peso da tortura,
Os escombros de pedra dura,
Sombras negras e espessas,
Vultos desconformes e pesadelos.
Caíu, dobrou-se p'los joelhos,
E sobre mim ruíu,
A linda cidade de promessas.

Coberta de escombros,
De uma cidade que amei,
E a chorar fiquei,
Sepultada na tortura,
Sob toneladas de pedra dura,
De uma cidade arrasada,
Que eu própria edifiquei.

Tudo o que era luz e côr,
Sacrifício da minha canseira,
Uma cidade inteira,
Construída de amor,
Ruíu pedra sobre pedra,
Toda se esmoronou...
E tão depressa se esfumou,
A vida de uma cidade inteira.

Mas tive por aliado o tempo,
Que de mim se condoeu,
Porque inocentemente, eu
Sucumbia ao sofrimento.
Nos escombros da tortura,
Arrancou-me da sepultura,
Querendo que eu existisse,
Trouxe-me à superfície,
Dos escombros de pedra dura,
Para que de novo construísse,
Uma cidade segura.

Delusa

Foto de Rosamares da Maia

Naufrágio

Naufrágio

Recolho de mim fragmentos, destroços,
São pedaços da minha vida naufragada,
De um barco arremessado contra os corais.
Fustigado pelo vento no auge da tempestade,
Tudo o que emerge vem do abissal da alma,
Restos de vida boiando na superfície.
- São letras.
Contam de mim histórias loucas, ideias tolas.
Nem sempre entendidas. Pouco me importa.
São rascunhos da alma.
Apenas fragmentos, somente vêm à tona,
... Escapam e afundam para sempre.

Rosamares da Maia
09/01/2004

Foto de Allan Dayvidson

EM TODOS OS SENTIDOS

"Explore mais seus sentidos..."

EM TODOS OS SENTIDOS
=Allan Dayvidson=

Invade minha retina, percorre minha superfície;
é música para meus ouvidos... e ao mesmo tempo...
incomoda feito um mosquito e me mobiliza de um jeito esquisito.

Eu sei que você também sentiu isso,
algo entre áspero e liso;
e que ouviu todos os alarmes e avisos
sobre esta relação compulsória e irresistível,
feito cócegas e crises de riso...
Você me deixa sensível.

O calor de sua respiração em meu rosto,
o toque da sua mão e o cheiro do seu corpo...
E o som da sua voz... o som da sua voz... o som da sua voz...
ecoa e faz um estrago feio, chega e me acerta em cheio.

Eu sei que você também sentiu isso,
do cítrico gelado ao doce quente;
e que vê as mesmas cores reluzentes
nessa descarga elétrica forasteira e imprevisível,
uma experiência completamente diferente...
Você me deixa sensível.

Ah! Acho que eu preciso de mais provas,
porque estas sensações ainda são tão novas,
mas devo isso a você, seu jeito, seu corpo, meu corpo
e a essa tensão insubstituível...
Você me deixa sensível.

Foto de Fabio rude boy

Solidão

Solidão

Ás vezes não me considero parte desse mundo
Tenho vontade de mergulhar bem lá no fundo
Distante da superfície onde eu fico confuso
Prefiro ficar aqui onde o silêncio me diz tudo.

A solidão ás vezes me conforta
Diferente da multidão que me sufoca
Tento me concentrar mais minha mente decola
Mais tenho um método que traz ela de volta.

Eu preciso de uma vacina anti-monotonia
Por que o vírus que me acomoda causa paralisia
Penso em correr mais meu corpo não reagia
Desistir agora seria apelar pra covardia

Muitas vezes já pensei em recuar
Distanciando-me da onde eu tenho que chegar
A vida me ultrapassa e me faz enxergar
O quanto ela se move sem que eu possa notar.

Foto de Ricky Bar

Escrevo

Escrevendo em você!
Não quero escrever
Poesias no papel
Quero escrever com meu corpo
No teu e traçar o teu desejo
Te marcando em mim
Adornar teus seios
Com letras traçadas por meus dedos
Desenhar com meus lábios tua boca
Perdida e entregue a minha
Tuas mãos selvagens em meu corpo
As minhas como pena do poeta
Ávidas te percorrendo
Poesia do meu corpo no teu corpo nu
Na superfície da tua carne
Nas profundas fendas do teu sexo
Fazendo as palavras serem sentidas
Em espasmos e nos orgasmos
De nossas poesias e no nosso prazer

Foto de Marilene Anacleto

Chove

Chove. Vejo a lagoa pelo vidro da janela.
Na casa verde, crianças debaixo das cobertas,
Sequer se pode deixar a porta aberta.

Gotas abalam a projeção da água,
Afogam as formas outrora espelhadas.
Somente círculos em constante caminhada.

Peixes continuam seus desígnios.
Embora na superfície haja perigo,
O fundo é segurança e abrigo.

O vento, ao fazer cócegas nas árvores,
Provoca-lhe risos, descompassa os galhos,
Devolve à terra, o orvalho armazenado.

Mas, quem assiste vê choverem diamantes
Iluminados pelo fugitivo raio errante
Que, entre nuvens, atira a luz fulgurante.

Aos olhos, extasiados pela beleza,
Acontece o caos nas águas da Lagoa
Da parceria entre vento e luz acesa.

Com estranhos movimentos dançantes,
Entre lâminas de águas nas janelas,
Segue a vida no interior da casa verde.

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