Tempo

Foto de Gideon

Saudades do meu saxofone

Há dias não sinto o sabor de sua língua
Não sinto o atrito de seus dedos
Não sinto o peso de seu corpo.
Deixei-te quieto no canto de meu quarto.
Estojo meio empoeirado, pendente pro lado.

Partituras largadas e desarrumadas
Na estante recostada na parede
O som ainda ligado querendo recomeçar
Um play-back que deixei por terminar.

Sinto falta das escalas tossidas prá te desengasgar
Antes dos desafios das lições de sábado pela manhã.
Preso ao minúsculo quarto desse triste hotel
Sinto-me triste por não te tocar.

Não sei por quanto tempo vou suportar
A solidão dos meus sons, devaneios e elucubrações.
O semblante do Tom Jobim no song-book anotado
Pertuba-me, vez outra, em sonhos tumultuados
Da alma perdida sem saber pro meu Rio voltar.

Dias desses tentei solfejar uma bossa
Prá tentar quebrar o jejum musical.
Não fui longe, pois logo uma lágrima atrevida
Veio pingar justamente no dorso da mão
Que eu usava para marcar o compasso da canção.

Desisti meio sem jeito
e sem rumo fui-me deitar-me.

Foto de Graciele Gessner

Quando, Meu Bem? (Graciele_Gessner)

Quando teremos o nosso momento de amor?
Os meus desejos estão sufocando-me a cada novo dia,
Ainda não surgiu esta espontaneidade...

Quando vou saciar este descontrolado desejo?
Por favor, não me deixe esperando por muito tempo.
Quero senti-lo sobre meu corpo, me amando sem medo.

Quando teremos momentos de muito prazer?
Quero tê-lo, sussurrar em seus ouvidos palavras de amor;
Arrepiar o seu corpo, sentir prazer só com você, meu bem.

11.05.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Sonia Delsin

VENCI O TEMPO

VENCI O TEMPO

Venci o tempo.
Venci.
Lutei.
Venci.
Fiz migalhas do tempo grande.
Fiz imenso meu pequeno tempo.
Venci.

Foto de Sonia Delsin

MEUS VINTE ANOS

MEUS VINTE ANOS

Não tenho mais vinte anos...
Ah, quanto tempo faz.
Que eu tive vinte anos.
Não tenho mais a mocidade.
Mas o que significa a idade?
Se eu tenho um coração menino e vejo tantos jovens amargos, maduros demais...
Tenho esta idade do corpo que o mundo me diz.
Mas lá no fundo sou ainda tão jovem e sou feliz.
Meu coração não envelheceu.
O seu ritmo ele nunca perdeu.
Então...
Não tenho mais vinte anos...
Mas tenho.
Me sinto jovem. É o que importa de fato.

Foto de Cecília Santos

FOTOS ESPALHADAS

FOTOS ESPALHADAS
.
.
.
Fecho os meus olhos, não quero
ver o tempo passar.
Sinto tanto a tua falta.
Sinto tanta saudades de você.
Espalhei suas fotos pela casa.
Na doce quimera, de que sofreria menos.
Ledo engano foi o meu,
pois a saudade só aumentou.
Pra todo lado que olho,
me deparo com teu lindo olhar.
A realidade foge pra longe,
dando lugar pra ilusão.
E nesse mundo ilusório,
tenho-te, ao alcance das mãos.
Posso tocar teus cabelos,
sinto teu perfume no ar.
Entre as brumas dos meus sonhos,
ouço tua voz a me chamar.
Nesse emaranhado de loucura,
você pra mim é tão real!
É como se o tempo voltasse,
e trouxesse você pra mim.
E nesse devaneio sigo,
com receio de acordar.
Pois quando meus olhos se abrirem,
sei que não vou te encontrar.
A única coisa que terei, são tuas fotos
espalhadas, a me olhar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/06/2008*

Foto de Graciele Gessner

Intenso Mês de Julho. (Graciele_Gessner)

Nunca esquecerei deste mês,
Neste período que juntos viveram;
Das diversas conversas profundas;
Dos registros que ficaram marcados;
Tudo muito intenso e perfeito!
Meus escritos cheios de sentimentos,
Cheios de anseios e declarações quase vividos.

O telefone que toca; eu corro para atender.
Uma ligação que levou horas para finalizar.
Marcamos o primeiro encontro para nos conhecer.
Chegando ao local marcado, fiquei retraída por alguns segundos.
Tive certa pressa em iniciar a conversa, talvez por ansiedade.
Hoje, é história que recordamos com muita felicidade!

Nosso encontro foi envolvido com uma conversa amistosa.
Expor os problemas que ambos estavam vivendo
E concluir que nem tudo era tão fácil.
Relacionamentos anteriores já eram páginas viradas;
Decepções, perdas, traições...
Aprendizados vividos.

Parecia um conto de fada com direito a castelo.
Estava frente a frente da pessoa que um dia gostei.
O Passado Virou Um Lindo Presente diante de mim,
Tudo tão inesperado e tão desejado por mim.

Nesta inicial amizade cultivamos a confiança.
Falamos de relacionamentos e respeitamos o tempo.
Cada um teve o seu espaço, a sua liberdade.

Lembro que foram raras as exceções que fiquei quieta.
Falei com ele como se nos conhecêssemos séculos...

Um intenso mês de julho inesquecível!

04.05.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

A Música do Nosso Amor. (Graciele_Gessner)

“Quando tudo nos parece sem muita cor, algo novo surge em nossas vidas para colorir. É como uma música que fazia tempo que não se ouvia e, de repente, sem muito sentido, ela está sendo tocada naquela estação de rádio, naquele exato instante”.

30.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

A Junção de Nós Dois. (Graciele_Gessner)

Você, que faz todos os sentidos do meu viver.
Nós dois, que distante estamos para nos ver.
Você possuidor dos olhos da esperança, da minha inspiração.
Nós dois precisamos aprender a suportarmos a solidão.

Por algum tempo a sua ausência me consumirá,
Mas você é meu chão, meu alicerce, meu fundamento;
Sem você jamais existiria embasamento.

Você, que entrou na minha vida inexplicavelmente.
Tentamos sobreviver desta imensa saudade, desta solidão.
Você é meu conto de amor que envolveu passado e presente.
Muito além do passado, criamos um conto de amor eternamente.

Nossa história que implica distância e muito sentimento,
Resistindo os nossos anseios, nosso passado.
Apenas nós dois, uma junção de nosso momento.

24.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Caminhos Trilhados. (Graciele_Gessner)

Caminhos sem fim, você e eu frente a frente.
Rastros seus, deixados no passado, perante o meu presente.
Ao te ver, muitas lembranças virão à tona, sem pedir permissão.
Quem me dera tê-lo aqui nos meus braços neste instante.

Pegadas deixadas na areia, seus últimos vestígios.
Agora, vejo seus rastros, uma pista da sua existência.
Nestes caminhos que trilhamos e jamais nos encontramos.
Quanto sofrimento, recheada de nossa ausência.

Devo escutar o meu coração suplicando que eu vá ao seu encontro.
Será uma colisão ao encontro do amor que suportou ao tempo.
Caminhos trilhados, eu acompanharei o seu último rastro.

Nosso caminho pode ter feito rota diferente,
Mas agora tenho seus vestígios para seguir.
Nosso caminho se cruzará e será um lindo presente.

23.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Sirlei Passolongo

Retratos de Infância

.

Quando eu era menina
Meu pai tocava violão,
eu o ouvia silenciosamente
viajando nas letras das canções,
e ficava a sonhar o mundo...
Minha mãe me emprestava o colo pra encostar a cabeça.
Meus olhos se fechavam e o tempo girava a minha volta...
O silêncio da noite era tomado pelo som das cordas do violão,
até as estrelas pareciam parar sobre nossa casa...
O tempo girou depressa, hoje, olho o violão solitário...
E os sustenidos daquelas noites ficaram gravados
nos retratos empoeirados na parede.

(Sirlei L. Passolongo)

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