Tempo

Foto de Carlos Lucchesi

Dois Rios: Uma Amizade

Dois rios corriam lado a lado,
Divididos por uma pequena faixa de pedras,
Sem nunca terem se tocado.

Aconteceu que o céu em nuvens negras se fechou,
E das águas que caíram,
Um dos rios transbordou.

Um tocou o outro,
E brilharam num sorriso de alegria,
Como se houvesse naquele encontro,
Algum tipo de magia.

Mas a chuva forte logo passou,
E voltaram novamente a ser dois rios,
Como no momento anterior.

Contudo, algo ali havia mudado,
Pois as águas que eram duas
Haviam definitivamente se misturado.

Mesmo estando cada um em seu lugar,
Trouxeram com eles,
Parte do outro rio,
Que corria do lado de lá.

Muito tempo se passou,
E, apesar da longa espera,
No céu não se formaram mais pesadas nuvens,
Pra chover naquelas terras.

Bateram forte pra romper a parede que os separava,
Mas a rocha era dura,
Resistia e não deixava.

Ficaram muito tempo separados,
Mesmo bem próximos um do outro,
Correndo lado a lado.

Assim como o encontro entre as águas de dois rios,
Também é todo amor, ou amizade:
Do outro tiramos sempre;
De nós deixamos parte.

Foto de Carlos Lucchesi

O Cordão Mágico de Ellen

Naquela tarde de domingo,
Caminhava pelas ruas da cidade deserta,
Quando algo chamou minha atenção:
Uma menina solitária numa janela entreaberta.

Poderia ter passado despercebido,
Não fosse ouvir sua voz suave dizendo:
"Ei moço, conversa aqui um pouco comigo!"
Já estava um pouco adiantado e, ao voltar,
Prestei mais atenção,
No objeto que ela segurava na palma de sua mão.

Ela o olhava com tristeza,
Algumas vezes pensativa,
Ergueu um pouco a cabeça e disse:
"Moço, esse cordão mudou a minha vida".

Confesso que não levei muito a sério,
As palavras por ela ditas,
Pois como poderia um simples cordão,
Mudar a vida de menina tão bonita?

Ela abriu aquela porta
E, na calçada, ao meu lado então sentou,
Ainda com o cordão entre os dedos,
Sua história começou...

"Sempre fui menina esperta,
Sorridente e divertida,
Até que um dia, encontrei este cordão,
Que transformou a minha vida.

Estava lá jogado ao chão,
Sem nenhum dono aparente,
E ao parar para pegar,
Notei nele um brilho diferente.

Pra casa o levei,
Com ele me tranquei no quarto,
E quando da bolsa o tirei,
Surgiram luzes por todos os lados!

Uma voz dele surgiu,
E disse no meu ouvido:
- Agora que me encontrou, seu destino deve ser cumprido:
Sou o conhecimento do futuro, do tempo que vem adiante,
O atalho para os caminhos e o desvio dos perigos constantes.

No início achei bom,
Mas logo tive uma certeza:
Que o mesmo cordão que me deu o poder de ver as alegrias futuras,
Me fez ver também as futuras tristezas.

Moço sou menina adolescente,
Não quero este conhecimento do futuro,
Prefiro caminhar passo a passo
E construir meu próprio rumo.

Pra me desfazer desse achado,
Existe uma condição:
Fico livre do seu poder mágico,
Se ele for pra outra mão.

Faça dele o que quiser,
Desfaça esta magia,
Quero voltar a ser menina
Vivendo com alegria..."

Não tive como recusar
O pedido da tal menina,
Carrego comigo o cordão,
Cumprindo assim a minha sina...

Nunca mais caminhei nas tardes de domingo
Pelas ruas desertas,
Tranquei-me em meu quarto e sob as luzes mágicas do cordão,
Me transformei em poeta...

Foto de Izaura N. Soares

A essência do prazer

A essência do prazer
Izaura N. Soares

De você guardo as melhores lembranças,
Em você sinto as melhores fragrâncias,
Um aroma que perfuma o tempo perfumado...
Que na minha face mostra o ser desejado...
E o quanto tu és amado!
Sinto-me solta devaneando sonhos,
Soltando as minhas asas
Encontro-me com sorrisos risonhos,
Que na suavidade de um toque...
Enterneço-me com a essência do seu prazer.
Desejos que me envolvem...
Transpirando suavemente o suor do amor,
Que brota no meu corpo suado
De tanto desejar-te e querer-te!
Eternamente silencio meus devaneios,
Fecho os meus olhos...
Deixo-me guiar pela força do momento,
Onde não há espaço para o sofrimento.
Nossos caminhos são livres,
Percorrem estradas de fantasias...
Sempre procurando o sol da magia.
Porque em ti, guardo as melhores lembranças,
Em ti, cultivo sempre a esperança.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"RELATOS DE UMA TRISTE MANHÃ"

“RELATOS DE UMA TRISTE MANHÔ

E eu olhava o horizonte como se fosse possível entende-lo...
A vida passava lenta naqueles breves minutos...
E ele continuava impávido, impossível desvendá-lo...
Os sonhos eram esquecidos enquanto se extinguia os segundos!!!

Embora a chuva fina meu rosto molhasse...
Às minhas lagrimas não conseguiam se misturar...
Tudo o que eu queria é que aquilo tudo passasse...
E de alguma maneira pudesse descansar!!!

A cada punhado de terra arremessado...
Uma fisgada funda atingia o meu peito...
Já não sei dizer se entendo o acontecido...
Ou se ainda vou compreender o que esta sendo feito!!!

Não é uma pagina que esta sendo virada...
É todo um livro que esta sendo perdido...
Não houve tempo de caminhar de mãos dadas...
Nem de escutar os relatos vividos!!!

Rompe-se um elo com a historia...
E se cria um interminável vazio...
Aquela chuva agora tão fria...
Já atrapalha minha visão do lógico!!!

Se foi uma grande parte do meu eu...
Perdi muito da minha vivacidade...
Não tenho mais aquele que me concebeu...
Foi embora, enchendo-me de saudade!!!

Foto de Dirceu Marcelino

PALAVRAS - VÍDEO-POEMA - III EVENTO LITERÁRIO DE 2008 - Dia dos Namorados - Inscrição para LU LENA e SEMPRE-VIVA a q. homenageio

1ª - PALAVRAS DE AMOR

Sinto-me fugidia e perco totalmente a razão
nessa minha vontade em te ter, percorro um vão
num êxtase que arde e fere de tanto te querer

Em lágrimas incontidas, que choram tua ausência
num corpo flamejando, implorando tua presença
insensatez essa, sobrevivo de esperanças oclusas

Assim, vou vivendo entre sonho e realidade,
essa ilusão é como a bruma que borda o amanhecer,
e vivo assim em passos lentos caminhando sem saber...

Flutuando em silêncio nessa utopia virtual,
és como um vírus que adentra meu mundo introspecto e real...
e assim vou soprando escritos ao vento nessa divagação,

Numa nuvem ilusória, onde o alvo seja teu coração
sentir o que sinto, não tem explicação e nem teoremas,
pois tudo o que digo e te escrevo, está em meus poemas...

E, por mais que eu tente escrever e expressar o meu desejo
uma brisa suave invade meu corpo em orgásticos lampejos
tu'alma enlaça-me com volúpia e paixão e vem me dizer:

- Palavras, pra quê...? (Autoria LU LENA )

2ª - PALAVRAS AO VENTO I - Respostas ao vento são iguais as que são colocadas em garrafas e jogadas ao mar

Eu sinto uma espécie de encantamento
Ao lembrar-me daquela única vez
Em que te amei e sinto aquele momento
Em que penso em ti e em tua nudez.

Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez
Tão remoto foi esse deslumbramento
Eis que tenho sim o dom de cupidez

Infinita desse instante é o tormento
A romper minha vergonha e timidez
De pensar em ti relance e fragmento

D’um amor transcendente o invés
Do real em que hoje lamento
Essa dor que me causa tantas trepides.

3ª PALAVRAS AO VENTO II

São tantas as palavras sem sentido
Que ouves que acha melhor as apagar
Do seu acervo de escritos tão eruditos
Eis que cada uma é uma flor que tens de olhar,

Vedes cada rosto de seus queridos
Amigos e do teu amor a te assombrar.
Fluem delas para ti os ventos benditos
Que a fazem sem querer te despertar.

Vedes o tempo passado e perdido,
Que pretende de algum modo recuperar
Mas são como ondas dum vento invertido

A lançar contra ti as águas do mar,
Despertam e mexem com tua libido
Eclodindo nessa vontade de amar. (Autoria Dirceu Marcelino )

4ª - PALAVRAS AO VENTO III - DUETO

"Palavras ao vento rolam no espaço
Flutuam ao léu e dançam ligeiras
Sem notas e sem rumo ou qualquer compasso
Nos ventos do céu como em brincadeiras

Felizes de crianças que num abraço
Dançam sob o encanto de verdadeiras
Músicas, cantos d’amor no entrelaço
De almas tão puras sempre a navegar"

Sobre nuvens brancas e alvissareiras
Das palavras que aprendem antes de andar
Aqui ou em qualquer terra estrangeira

Como faremos para ensiná-las a captar
Tanto àquelas como as brasileiras
O significado uno do verbo amar (Autoria SEMPRE-VIVA e Dirceu Marcelino )

Foto de DeusaII

Sentimento Perfeito!

Foi num dia perdido,
Numa noite esquecida,
Por um tempo perdoado,
Foi numa altura indiscreta,
Que sentimentos impossíveis
Assolaram minha mente,
E deixaram-me perdida
No meu próprio caminho.
Uma sintonia perfeita,
Feita de amor e magia,
Penetrou minha alma,
E o destino, entrou em acção.
Então,
o céu de cor viva,
Perdeu a sua tonalidade,
Tornando-se mais harmonioso,
Mais suave.
Um sentimento estrondoso,
Penetrou dentro de meu ser,
E por momentos deixou-me
Num estado perpétuo de pura divagação.
Um sentimento perfeito,
Surgiu, de entre muralhas,
Deixou-me assim, neste estado,
Neste mundo já preso,
Perdido e achado.
Deixou-me assim, perdida,
Foi então,
Num mundo perfeito,
Numa vida fantasiada,
Num destino incerto,
Num momento inesquécivel,
Que percebi...
Que te amava.

Foto de Paulo Gondim

O que é a verdade?

O QUE É A VERDADE?
Paulo Gondim
29/06/2008

Buscamos, cada um de nós, nossa verdade
Em nossos sonhos, nossos anseios
Nossos projetos, nossas ilusões
Pagando o preço alto de nossas intenções
E nos decepcionamos com o tempo
E não encontramos nossa verdade

E o que é o tempo? O limite.
Não tem princípio nem fim
Apenas nos leva para o fim
Mesmo que não reconheçamos o início
Só nos damos conta perto do fim
Quando percebemos o que se perdeu

E o que é a verdade? O medo.
Medo do insucesso, da perda
Medo do pensamento superior
Medo do que não somos
Medo da idade, medo da morte.

E nossa verdade nos questiona
No que somos e o que devemos ser
O querer ser se esconde no querer ter
No pensar que a meta é o poder

E aí se estranha essa verdade
Que nos faz vazios, medrosos
Isolados em nossa vaidade
O que é o tempo?
O que é a verdade?

Foto de Joaninhavoa

O dia de "São Nunca à tarde".

***
*
*
Quem diria que te viu e em que momentos
Me olhas e me falas sentindo o que dizes sentir
Oh que dor! Angústia alucinada e os ventos
Trazem vozes na madrugada clamando por teu devir

Belo o duelo em bruto me é imposto
Pura poesia! Virginal a rosa e o verso
Assim vivo morro e renasço em cada passo
Na luta da batalha desta loucura de fogo posto

«... Deixa que eu viva um amor romântico...
Na esperança... que chegue aquele dia...
Mas agora não...»

Esta é a mensagem entrelinhas por ti lançada
Aos quatro ventos de há muito, muito tempo
Só agora a entendo! Só agora a entendi!

JoaninhaVoa, In “O Meu Amor”
(30 de Junho de 2008)

Foto de Graciele Gessner

Um Amável Amor. (Graciele_Gessner)

Por sorte, hoje tive a oportunidade de descobrir qual era a música que me inspirava, me fazia refletir. Hoje, estive tão pertinho de você, e a música tocou “Circle of Life”. Nunca pensei que esta música tocaria num momento tão crucial, uma música que me fará lembrar de você, antes, durante e depois... Eternamente!

Você faz-me suspirar com tanta intensidade, me surpreende com a sua ousadia, coragem, determinação de fazer acontecer. Você que eu amo, mesmo depois de tudo, sinto sede pelo esplêndido momento. Sinto-o mesmo que agora você não esteja aqui neste instante. Imagino-te chegando de mansinho, me abraçando, me amando como nunca foi feito antes, e mesmo sendo certo anseio de desejos ocultos sei que tudo tem o seu tempo.

Meus pensamentos decolaram, estou-te vendo na minha frente. Visualizo você se aproximando como num sonho, mas parece tão real que você me beija como nunca. Sim, você que continua sendo a minha infinita inspiração; invento e escrevo cada novo pensamento.

Nosso corpo se toca inesperadamente e vou sendo dominada pelas suas carícias. Uma pausa, olhos nos olhos, achego-me e te beijo com muito desejo de te amar. Boca macia, beijo profundo, um misterioso silêncio, semblante pensativo.

Quanta alucinação e desejo deixaram de relatar neste escrito. Vem aqui meu amável amor! Molhada, despida, situação inédita que tento transpor no papel. Mas como posso? Não vivi este momento contigo, mas te desejo como mel nos meus lábios. Você nunca me viu despida, se deslumbra com a arte do meu corpo. Devagar se aproxima, beija-me com desejo, me pega em seus braços me aquecendo.

Plaft! Acordo do sonho da insensatez. Tenho consciência de que tudo é apenas mais uma etapa de inspiração, nada comparado à vida real.

Enquanto escrevo estas linhas, ouço a música que embala a minha imaginação. Será que foi apenas um sonho de inspiração?! Parece-me tudo uma realidade. Apenas uma única certeza, foi inesquecível estar naqueles braços me possuindo, me amando.

O amor tem disso, viver intensamente cada momento, seja loucura, seja inspiração, seja apenas sonho. Viva sempre que possível! Não deixe o momento de sua felicidade passar. Não deixa de ser feliz jamais.

Um novo ciclo de vida se começa...

02.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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Nota: Este conto participou de Concurso Literário.
http://www.poemas-de-amor.net/um_amavel_amor_0

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Foto de Graciele Gessner

Quando Eu Te Vi. (Graciele_Gessner)

A primeira vez que eu te vi,
Coração arquejou de forma diferente.
O seu olhar discreto me encantou.
Beijei-te com meus olhos de “chocolate”.

A primeira vez que eu te vi,
O meu corpo ficou em estado de alerta.
Um brilho no seu olhar, uma paixão bateu.
Você apareceu como um anjo na minha vida.

A primeira vez que eu te vi,
Repensei os meus objetivos,
Transformei a minha vida por completo.
O amor foi sendo cultivado na medida.

A primeira vez que eu te vi,
O nosso amor resistiu ao tempo.
Fomos atingidos pelo cupido.
Só quem ama sabe o que senti.

A primeira vez que eu te vi,
O nosso amor se revelou azul igual o mar!
A felicidade de viver essa história contigo me realizou.
A menina serelepe ama o seu lindo travesso!

29.03.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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