Tempo

Foto de JGMOREIRA

TEMPO VAZIO

TEMPO VAZIO

É de janeiro e fevereiro
Que chegamos a março e abril
De maio e junho
Alcançamos julho e agosto
Para deslumbrar setembro
Com o próximo outubro
Que se encanta em novembro
Desagua em dezembro
E puxa janeiro e fevereiro
Para ajudarem
Nos março e abril
Que suportam meus ais
De saudade da tua presença
Que só Deus sabe como dói
Cada dia só de ti em minha vida
Não é só um coração partido
É uma vida perdida
Com Deus por companhia

Foto de Raiblue

À luz dos teus olhos índicos...

.

Vem...
A noite me preparou para ti
Despiu-me
Banhou-me em um óleo
Escuro e finíssimo
Feito de vento
Com gotas de lua
E aroma afrodisíaco...

Vem...
Cai sobre meu corpo
Agora!
Estrela cadente
Riscando um verso
Incandescente
Em minha carne
Molhada pela tinta vermelha
Do desejo...

Vem...
Adentra minha íris
Enquanto meu corpo todo treme
Ao mínimo contato
De sua língua solar
Queimando minha pele
Sem doer
Incendiando a noite...

Vem...
Meu eterno poente
Põe o sol dentro da noite
Põe-se dentro de mim...
E grávida ficarei
Da luz que vem de ti
Em direção ao meu jardim...

Vem...
Sou seu banquete
Ofertado pelos deuses
Nesse espaço
Fora do tempo
Espécie de transe
À luz dos seus olhos Índicos
Hipnose
Destino...

Vem...
Nosso mantra é profano
Feito de notas de um orgasmo insano
Invoco seu prazer, de joelhos
Sugo seu néctar, celebrando a festa!
Saciamos a fome
Entre ritos e rezas
Sob o manto azul celestial
Nosso gozo transcendental!

(Raiblue)

P.S.:Todos os meus poemas estão registrados na Biblioteca Nacional.Lembre-se de que plagiar é crime!

Foto de JGMOREIRA

MESES

MESES

Saio de dezembro atrasado
Vestindo um janeiro apertado
Já quase chegando a março
Pulando fevereiro aos pedaços

De abril faço azuis e maio
Junho marrom, de desmaio
Julho sem gosto quase insosso
Imitando agosto, o do desgosto.

Setembro é mês de virada
Ridícula parada armada sem graça
De casa nem saio, me cubro
Adormeço esperando outubro

Que passa desvairado, nem lembro
Arrastando às pressas a cruz de novembro
Para atirá-la ás costas do Nazareno
Que morreu no coração de dezembro

Assim levo meu tempo, sem pensar em nada
Aguardando uma época mais naturada
Aguardando que chegue um dia de vento
Que sopre tempo para não matar o tempo

Tempo que transborda pela vida
Como água na fonte esquecida
Aos poucos criando limo
Que cobre do fundo ao cimo

As pedras não se mexem, estagnadas
Nessa poça de água parada
Que não corre para nenhum rio
À espera de que voltes, meses a fio.

Foto de JGMOREIRA

AMOR TRISTE

AMOR TRISTE

Fico rodeando nada
Esperando milagre
Dormindo tarde
Saxofone na tarde

Fico olhando o tempo
Esperando o momento
De soprar o instrumento
Algum som sem lamento

Deixo correr a solto
Ouvindo sinfonia
Acordando o dia
Às vezes, alegria

Assim passo o tempo
Rodeando o nada
Devagar na estrada
Poupando a caminhada

Devagar ando muito
Observando à volta
Até a Inês estar morta
Sem teto nem porta

O que chamavas ataraxia
Digo que é pura apatia
De quem nunca aceitaria
Amor sem alegria

Por isso, rodeio nada
De olho na estrada
Que amor sem risada
É queijo sem goiabada.

Foto de JGMOREIRA

CHUVA-CRIADEIRA

CHUVA-CRIADEIRA

A chuva dos anos amainou as chamas
Que crepitavam em meu coração.
Do incêndio que devorava cada ato
Restaram fagulhas que alumiam o passo
De quem anda cauteloso admirando vulcão.

À medida que chovem anos
Os montes se tornam planos.
O ar menos denso de fumaça
Deixa ver o que a mim negava
O fogo que ardia meus sonhos.

Na pressa louca dos condenados
Corria afoito por fora dos dias
Executando a foice meu tempo
Sem deter o golpe um momento
Para ver que não havia ali misericórdia

Passei em chamas pelos amores
Ardendo em fúria, atropelei a paixão.
Exalando fumaça ignorei os sinais
Que a vida acenava prevendo os ais
Que suspiraria no tempo da compaixão.

Não via os sinaleiros se desesperando
Com suas bandeiras acenando perigo
Passava ao largo de tudo, sem medo
Sempre era constante, nunca era cedo
Deus era vogais e consoantes de abrigo.

Quando choveu anos em minha vida
As chamas reclamaram comburente.
Era o tempo derramado nos dias
Reclamando quem dele se aproveitaria
Já que não havia nada de urgente.

Enquanto os anos desabam na cabeça
Num chuvaréu que não termina
Vou caminhando calmamente
Apreciando o homem virar gente
Admirando vulcões explodindo cinza.

Foto de Carol Apolinário

O Amor e o Medo

Há muito tempo lhe procurava, mas nunca o encontrava;
Andei por muitos lugares querendo encontrá-lo.
Passei por lugares escuros e sombrios; lugares bonitos e alegres, mas ainda assim não o encontrava.
Cheguei até a pensar que fosse você quem não quisesse me encontrar;
Mas não desisti.
Continuei essa longa procura, mas sempre imaginando que poderia ser uma procura em vão.
Quando me dei conta já havia passado vários anos e eu não tinha o encontrado.
Só que de repente você apareceu:
Bonito, alegre, meigo, as vezes um pouco descontrolado e muitas vezes até chegava a me machucar por dentro; mas essas feridas logo cicatrizavam pois eu sempre me lembrava de que procurei muito por você e não queria perdê-lo nunca mais.
Mas um certo dia você se foi...
Se foi, pois muitas feridas acabaram por não cicatrizar, mas confesso que doeu muito mais quando você partiu....
Por muito tempo, senti sua falta e jurei nunca mais procurá-lo novamente para não correr o risco de machucar-me ainda mais.
Após você Ter me deixado, eu comecei a sentir algo que jamais havia sentido anteriormente: angústia e desafeto por todos, era algo muito triste....
Então comecei a me perguntar:
“ Quem é você que eu jamais procurei mas ainda assim me encontrou”?
E depois de tantas perguntas vazias, eu obtive uma resposta.
Era o medo....
Medo de apaixonar-me novamente e encontrar o amor mais uma vez.
O amor? Perguntou o medo!!
Sim, aquele amor que era bonito e alegre, mas que deixou feridas quando se foi....
Então o medo me disse:
Vá atrás do amor, pois enquanto não o encontrares novamente e fazê-lo ser sempre uma alegria em sua vida eu estarei presente ao seu lado!
Não deixe que o amor que você tanto procurou vá embora assim, ache-o novamente e sejas feliz eternamente; não o deixe machucá-lo e nem permita que ele se torne algo triste e cheio de cicatrizes....
O amor é algo bonito, alegre e humilde; é o mais puro dos sentimentos!

CONCLUSÃO
Nunca deixe que o amor se transforme em medo, pois se isso acontecer o medo de amar sempre o acompanhará e você nunca será feliz o suficiente para dizer EU TE AMO! Não permita que sua procura pelo amor seja em vão....faça-a valer a pena!!

CAROLINA APOLINÁRIO

Foto de Inês Santos

Há quanto tempo...

HÁ QUANTO TEMPO…

Há quanto tempo!
Não escrevia umas palavras…
Estas parecem lavadas pelo vento…
Para mim parecem raras…

Não tenho nada a dizer…
Nada a acrescentar…
Não sei o que fazer…
Nem no que pensar…

As palavras sem vida!
Não têm sentido…
Só os uso na lida…
Não lhes dou o valor devido…

Terminando este pensamento…
Vago e confuso…
Que tive de momento…
Um pensamento que recuso…

Inês Santos

Foto de Joaninhavoa

AUSENTE


VAGANDO NA LUZ DE VASTOS
MANTOS DE NUVENS
FIQUEI AUSENTE
POR MOMENTOS
POR SEGUNDOS
PERDI O CONTO
PERDI-ME
NO
TEMPO

AINDA ASSIM PRESENTE
QUANDO TEUS RAIOS
DE SOL RAÍANDO
APARECIAM
DE QUANDO
EM VEZ

DESCULPEM
DISTRAÍ-ME NUM VOO
MÁGICO DE VALQUÍRIAS
E ANDEI DE NUVÉM EM NUVÉM
OUVINDO MÚSICA
VIOLINOS E HARPAS
VIOLONCELOS
E FLAUTAS
ACORDOS
QUE SÓ
ALI
SE
CONSEGUEM
OUVIR
E
SENTIR

JoaninhaVoa, in “Valquírias – meus Amores”
(em 20 de Janeiro de 2008)

Foto de NiKKo

Teatro chamado Vida

Capítulo 8: Teatro chamado VIDA
(por Fenix , adicionado em 15 de Janeiro de 2008)

Eis aqui meu coração repleto de saudade
com um enorme sorriso pintado no rosto.
Finge estar com a alma tranqüila e serena
a ninguém revela sua amargura, seu desgosto.

Ele seria motivo de chacota para muitos
pois rindo diriam: eis um farrapo humano.
Meu coração então bate apressado no peito
e esconde entre soluços o nome de quem amo.

Mas quem me vê não imagina a minha dor
pois eu aprendi com a vida esconder e disfarçar.
Assim vou caminhando de cabeça erguida
e ninguém vê ou percebe minha alma a soluçar.

Aprendi a duras penas que o amor só traz fantasias
que no fim só restam mesmo a decepção e amargura.
Que na alma as feridas demoram a cicatrizar,
que essas marcas só mesmo o tempo, cura.

Reconheço que aprendi a viver apenas o momento
por descobrir que toda felicidade é passageira,
que amor eterno não existe. É fantasia.
Que juramento de apaixonado é coisa traiçoeira.

Desta forma vou vivendo interpretando meu papel
nesse teatro que é hoje o meu viver.
Todos acreditam que superei o fato de ter te perdido
mas eu confesso que não consegui te esquecer.

Mas descobri que o amor que me prendeu a você
para você de verdade, nada significou ou valeu.
Para você eu fui um simples ato no teatro de sua vida
que acabou, quando a cortina sobre o placo desceu.

Foto de NiKKo

Teatro chamado Vida

Capítulo 8: Teatro chamado VIDA
(por Fenix , adicionado em 15 de Janeiro de 2008)

Eis aqui meu coração repleto de saudade
com um enorme sorriso pintado no rosto.
Finge estar com a alma tranqüila e serena
a ninguém revela sua amargura, seu desgosto.

Ele seria motivo de chacota para muitos
pois rindo diriam: eis um farrapo humano.
Meu coração então bate apressado no peito
e esconde entre soluços o nome de quem amo.

Mas quem me vê não imagina a minha dor
pois eu aprendi com a vida esconder e disfarçar.
Assim vou caminhando de cabeça erguida
e ninguém vê ou percebe minha alma a soluçar.

Aprendi a duras penas que o amor só traz fantasias
que no fim só restam mesmo a decepção e amargura.
Que na alma as feridas demoram a cicatrizar,
que essas marcas só mesmo o tempo, cura.

Reconheço que aprendi a viver apenas o momento
por descobrir que toda felicidade é passageira,
que amor eterno não existe. É fantasia.
Que juramento de apaixonado é coisa traiçoeira.

Desta forma vou vivendo interpretando meu papel
nesse teatro que é hoje o meu viver.
Todos acreditam que superei o fato de ter te perdido
mas eu confesso que não consegui te esquecer.

Mas descobri que o amor que me prendeu a você
para você de verdade, nada significou ou valeu.
Para você eu fui um simples ato no teatro de sua vida
que acabou, quando a cortina sobre o placo desceu.

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