Terra

Foto de new_dora

PORTO DE ABRIGO

11-4
Porto de abrigo
Meu porto de abrigo,

meu recanto, meu sonho impossivel, inalcançavel,

meu mundo paralelo, minha vida fantasiada,

o sol que me ilumina,

o vento que me muda de direccao apontando novos caminhos,

o ar que eu respiro, o fogo que acende a paixâo,

a terra firme que me alimenta, a agua que minha sede mata,

a lua que me adormece, a estrela que me guia,

o pilar que me segura, o amor que me enternece,

a paixao que me enlouquece,

a vida, a força, a coragem, a vontade,

o acreditar ser feliz!!

O meu sonho

Foto de GEOVANEpe

O ULTIMO SUSPIRO DE UM GUERREIRO

Sonhos violentos me acordaram toda essa noite
O vento frio entrava pela fresta da porta e espalhava a terra do meu piso
Tento apreciar aquela que pode ser minha ultima noite
Abraço o calor da minha companhia que dorme e se desváia em lagrimas
Beijo aqueles que futuramente honrarão o meu nome
Nunca temi tanto o nascer do sol, mas ele é inevitável por hoje
Mas temo ainda mais a presença de estrangeiros sobre Minha terra que eis de defender
Sinto que o corpo esta pesado, assim como a minha cabeça
Pelas brechas das palhas um fio do sol me abençoa e me chama
Ergo-me com a obrigação de deitalos
Olho para aquele elmo que prende o livre arbítrio de muitas mentes
Visto aquela malha que cobre o coração de muitos reis
Sei que posso confiar no fio de minha espada e na resistência de meu escudo
A morte é certa assim queremos fazer da vida
A despedida e despeça
Fria...
Me junto aos milhões de compatriotas em uma grande marcha silenciosa
Um caminho cheio de rosas, mas que passam despercebidas
Esbarro meu escudo em uma lança tremula do meu companheiro de posição
Olhos lubrificados pelo medo
Os experientes se remediam
Os iniciantes vibram sem saber o que os aguardam
Chega à vista a ultima montanha
Sei que após ela terá outra, mas que no centro terá o pivô dos nossos medos
Chego ao cume e paro atrapalhando os irmãos que vem de trás
Eis que vejo o maior exercito de toda minha vida
Uma infantaria que poderia ela só nos devorar
Acompanhada de escudos impenetráveis, e infantaria leve e pesada
Ótima nação militar, péssima negociante
Paramos diante da aberração gananciosa dos homens que deseja o que não os pertences
Vejo que nenhum acordo foi tomado a não ser a rendição. Mas não a conhecemos
O silencio antes do gritos e de estourar os tímpanos
Ergo a cabeça e olho para a bandeira do meu país que tanto amo
O sol se esconde e da lugar para um chuva de flechas que dizima metade da nossa frente
O avanço é constante...
O sangue se mistura com lagrimas e gritos, o pedido de misericórdia não se ouve
Cavalos e homens disputam espaços violentamente, enquanto em um vestígio de luz observo as baixas da campanha e o avanço do inimigo
vi gigantes cair sobre mim e diante de mim
Sangue toma o lugar da água
Lanças tomam os das aves
Empadas o do abraço
Sinto-me leve e noto que já não tenho elmo e nem a malha intacta
Deito e sou pisoteado pelo cansaço e pela extinção da vida
Olho para o sol e observo que ele sorrir e me aplaude
Olho para meus irmãos avançando, e com a visão pela metade
Sigo olhando ate que paro diante da segunda montanha
Vejo a bandeira de meu país rasgada, mas erguida
Vitoria...
Vejo que a batalha valeu à pena
Livre
Posso da o ultimo sorriso e o ultimo suspiro...

Foto de Zagalo Marcador

Viajar, conhecer, aprender a amar os outros

O dia em que conheci Manel, o matador
Embora resida em Lisboa e cá tenha as minhas raízes, cedo comecei a criar condições que me permitesse trabalhar e viajar, sem que uma não se oposesse à outra. Foi assim que desde os meus sete anos comecei a conher outros muitos, para além da meis dúzia de casas que compunham a minha rua.
O episódio que agora me apetece contar, o dia em que conheci Manel; profissão: matador... de pessoas.
António era um industrial agro. No Mato Grosso, Estado brasileiro de grande potencial económico, tinha 30.000 cabeças de boi; distribuia o combustível pelos restantes fazendeiros, pois também era representante da Petrobrás.
Homem bom, benemérito por convicção, era com frequência que ajudava os seus iguais. Prosperou devido ao seu trabalho sério mas árduo. um dia Manel deu-lhe seis tiros na cabeça e enviou-o para um outro mundo,
por enquanto desconhecido.
Numa das minhas viajens ao interior do Brasil, contaram-me esta história. A minha curiosidade levou-me a descobrir em que prisão se encontrava Manel e falar com ele.
Havia perguntas que qualquer pessoa normal gostaria de encontar respostas: conhia a vítima? razões do acto? entre outras.
Cerca de 1,75m e 75Kgs; cabelo loiro encaracolado; olhos azuis, rosto um pouco sardento, mas um sorriso permanente. Simpático e de conversa fácil.
"seu nome é Manel?"
"é mesmo!" respondeu sorrindo
"você está aqui a cumprir 30 anos de cadeia, porque matou António"
"hé... matei mesmo. Com primeiro tiro, caíu logo, mas dei-lhe mais cinco para ter certeza que não cobrava mais dívida aos outros fazendeiros"
"como assim, você conhecia António?"
"não, não conhecia. Eu sou de S. Luís do Marahão e um homem foi-me lá contratar, trou-me no camião dele e quando pessamos nas bomba de combustivel dele, indicou-me qual era. No dia seguinte demanhã, fui lá a pé e matei ele com a pistola do homem que me contratou"
"mas você fez mil quilómetros para vir aqui a Vila Rica matar um homem que não conhecia?"
"é verdade eu sou matador; mato tudo que me pagam"
"quanto você recebeu para matar António"
"200 reais"
"e já os recebeu"
"não porque a polícia apanhou-me quando eu ia a correr depois de matar ele"
"e vai um dia receber esse dinheiro?"
"não sei, mas vou matar o homem que me trouxe da minha terra. Foi ele que telefonou à polícia que António foi morto por mim e foi testemunhar no tribunal"
"essa profissão é muito perigosa e você é um doente que precisa ser tratado"
"Já fui tratado: meu avô era matador; meu pai era matador; eu sou matador"
"e você não quer aprender outra profissão"
"quero sim, logo que eu mate o homem que me truxe para aqui"
"Você tem ideia do sofrimento da família do homem que você matou?"
"sei sim, já mataram meus dois irmãos, meu pai, meu avô e o meu amigo Toga.
"e..."
"isso passa, como não dinheiro agente faz tudo!"
Podia continuar a conversa, por mais tempo, mas para mim chegou. Conheci um homem que não tem valores; desconhece sentimento de culpa; vive um mundo que as autoridades não conseguem controlar, mas julgo pertencer a todos a ciação de oportunidades de formação através de creches ou outras, para todas as crianças brasileiras que são colocadas no mundo sem qualquer culpa, mas passam a ser culpadas dos crimes que cometem quando crecerem.
Isto não acontece só no Brasil, há mais noutros paises da América Latina, em África e na Ásia. Como poderemos contribuir? Não tenho resposta. Se alguém a encontrar, partilhe-a connosco.
Zagalo

Foto de Joaninhavoa

O Verbo...

*
O Verbo...
*

«Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Solarengas a olhar o luar
regelado me convida a entrar
no imaginário encantado
do templo sagrado
no fundo do mar

Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Portas se abrem por abrir
na cauda barrenta sempre a zenir
Conspiram deuses do espaço
à terra no fundo do mar...

Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Ou voam num tempo
onde o espírito da cor dum poente
é o verbo...»

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/04/2010

Foto de Osmar Fernandes

Meu sonho bate asas

Dentro de mim a esperança é voar.
Voo na liberdade da inspiração.
Não tenho pressa, mesmo ao chorar...
Bate forte meu coração.

O tempo é meu aliado.
O Sonho meu companheiro.
Meu ser é animado...
Deus, meu conselheiro.

Dormindo, o sonho bate asas.
Acordado, o destino me encaminha.
O mundo é minha casa.

Meus pés são eletrizantes...
Essa alma é só minha.
A terra e o céu, meus diamantes.

Foto de F. M.

Por tí

O anjo que me guarda sou eu,
eu sou o anjo,
o anjo que te guarda,
o anjo que te ama
e não me amo.

Meu principal objetivo nessa terra
é você,
cuidar de você,
olhar por você,
viver por você.

E assim eu continuo
vivendo,
te vendo
e te amando
como um anjo,
o teu anjo da guarda,
o teu anjo sou eu.

Foto de F. M.

Anjo abandonado

Eu sou um anjo,
um anjo caído nessa terra
abandonado por Deus,
foi cortada minhas asas,
mas ainda sinto que posso voar,
voar, voar, voar.

Meu olhar triste e angelical
mas penetrante te fascina,
eu sei, e sempre saberei.

Meu corpo magro pela fome
que mata o Ser-Humano
envelheçe cada dia mais,
e sinto... concerteza sinto
todo o ódio que o Ser-Humano
sente entre sí.

A cada olha uma dor,
a cada dor um amor,
um amor adormecido
que irá acordar,
um dia.

E eu
Um anjo sem asas,
sem amor,
vagando solitário
à cantar músicas
que um dia aprendí nos céus,
clamo à Deus minha volta ao paraíso...
se é que ainda existe o paraíso.

Foto de F. M.

Anjo solitário.

Eu sou um anjo,
um anjo caído nessa terra
abandonado por Deus,
foi cortada minhas asas,
mas ainda sinto que posso voar,
voar, voar, voar.

Meu olhar triste e angelical
mas penetrânte te fascina,
eu sei, e sempre saberei.

Meu corpo magro pela fome
que mata o Ser-Humano
envelheçe cada dia mais,
e sinto...concerteza sinto
todo o ódio que o Ser-Humano
sente entre sí.

Acada olhar uma dor,
a cada dor um amor,
um amor adormecido
que irá acordar,
um dia.

E eu,
um anjo sem asas,
sem amor,
vagando solitário
à cantar músicas
que um dia aprendí nos céus,
clamo a deus minha volta
ao paraíso...
se é que ainda existe.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

A ESPORÁDICA MAJESTADE DO INCOMUM

Há dias que a retina não controla
A projeção de imagens.
Há dias que a urina infunde
Á leve menção do simples laivo da vontade.
Há dias que a doce e inócua brisa
Escalavra cruelmente a face.
Há dias que a noite
É contínua manhã incólume: a aderente Paisagem!
Há dias que a Escuridão é a alameda
Onde reside a foz de toda a universal verdade.
Há dias que o dia
Aparenta ser fluxos e refluxos de miragem.
Há dias que o Poema
É o mais etéreo plenilúnio da Vacuidade
Há dias que a latitude e a lembrança
São o mais edaz epicentro da saudade.
Há dias que o ser concreto
São os sortilégios de Mérlin, Iemanjá,
Baco, Amon-Rá e o Hades.
Há dias que o Poeta
É corpo sem Verve, a terra sem Verbo: A Vácua Viagem!
Há dias que a guerra
Sucumbe ao sopro do vento da Amizade.
Há dias que a Porta
Não é uma mera passagem.
Há dias que o sofrido povo
Não é miríade e sim, O Principal Personagem.
Há dias que a Poesia sonha
O sonho de ser o Graal da IGUALDADE!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://bocamenordapoesia.webnode.com.pt/

Foto de Joaninhavoa

... em diálogo...

*
... em diálogo...
*

«Esta vastidão que me circunda
me envolve e enleva me acalma
me dá uma enorme alegria
como uma doce melodia
É o tocar a terra que me inspira
deste lugar onde os montes
se abrem devagar
com seus ressuscitares
transpirando energia e vida
Sei que faço parte desta terra
e ainda assim a exaltação
domina meu ser à exaustão
Durmo um sonho vigiado
Em diálogo
com meus antepassados».

Joaninhavoa
(helenafarias)
11/04/2010

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