Terra

Foto de Sonia Delsin

“Instrumentos da emoção”

“Instrumentos da emoção”

Ele disse algo
que tocou meu coração.
Chamou minha atenção.
Ele falou:
- sou um estranho no ninho.
- um peixe fora d’água.
- não devia estar aqui.
- não sou daqui.
Encarei o profundo de seus azuis olhos e pensei.
Também eu.
Também eu pertenço à outra legião.
Somos, meu poeta amado, instrumentos da emoção.
Aí é que está o nosso encanto.
Pro faminto de vida somos pão.
Na terra o grão.
Somos (pelo menos tentamos ser) transformação.

Foto de Darsham

Gotas de Pecado

Amarga-me a boca!
Sinto-a seca…
Tão seca que sabe a cortiça!
Definho por uma gota d’álcool!
A água não me sabe, e é no álcool que me sinto…
Demasiadas emoções embriagadas cambaleiam,
como num compasso, lento e fugidio…
As raízes do desassossego remexem-se na terra,
como prenúncio de tempestade…
A noite, escorraçou o sol com tamanha agressividade,
que já nada se vê diante do espelho…
Pele Seca!
Sangue quente!
Um arrepio dentro de uma garrafa já vazia e tombada…
Um aroma suave e quente aconchega-se,
no silêncio da saudade que as gotas de espírito cantaram…
A espera arde!
Canivete ácido!
Incisão perfeita!
A mente atravessa o breu à procura do líquido sedento,
de uma outra garrafa tombada,
que contaminou toda a água…
com a cor do pecado!

Foto de killas

A TERRA QUE TE VIU NASCER

As cores desta fresca terra,
Da terra que te viu nascer,
A beleza que ela encerra,
Será a tua até morrer.

Só me apetece beijar,
Este solo que é sagrado,
Aqui eu consigo respirar,
E voar sempre a teu lado.

Ainda bem que nas viagens,
Eu te consegui encontrar,
Por entre tantas passagens,
Logo ao pé de ti fui chegar.

As voltas que o destino pode dar,
São sempre algo de surpreendente,
Nunca pode ser de admirar,
Quando nos toca a sua mão quente.

Foi ele com a sua longa mão,
Que até a ti me foi conduzir,
E criou em mim uma grande paixão,
Sem eu nada ter de pedir.

A nossa maior felicidade,
Vai estar à nossa espera,
Para ser uma realidade,
Basta acreditarmos nela.

A rainha eu quis procurar,
Onde quer que estivesse,
Nem que tivesse de viajar,
Até ao dia em que morresse.

Esta terra por Deus criada,
E lá um dos seus anjos deixou,
Foi ela a minha grande amada,
Que na minha luz eterna se tornou.

Foto de Joaninhavoa

SÓ QUERO VOCÊ!

*
SÓ QUERO VOCÊ!
*

Atraída por você
Cada movimento fica gravado
Na memória do meu fado
Na mente que vai discorrer
O filme há muito iniciado
Seus gestos me fascinam
Até céu e terra move
Os primeiros se ocultaram
E eu penso “Só quero você.”

Atraída sinto resistir
Um sentimento peregrino
Seu terno peito ferir
De setas ronda cupido
E neste estado em que me encontro
Te peço cumpre o meu desejo
Me beija! Pois eu penso
“Só quero você.”

Atraída flutuo suspensa
Neste enigma de sedução
Assombrada na existência
Da constante emoção
Sinto no ar em cada esquina
Rastros de seu amor
No espaço liberto o interior
Em espiral ascendente
Pode ser verdade
Cada vez mais eu penso
E digo “Só quero você.”

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/01/2009

Publicado no Recanto das Letras em 25/01/2009
Código do texto: T1404102

Foto de Martorano Bathke

O Jogo do Bicho

O Jogo do Bicho.
Deu macaco!
Por um triz o sessenta e nove não é macaco, mas deveria, pois de todo lado que se olha tem um por cima do outro e um imitando o outro.
Já que estamos falando de bichos só por curiosidade, os lobos costumam viver em grupos organizados hierarquicamente e liderados por um casal alfa formando uma matilha. Os leões são os únicos felinos verdadeiramente sociais formando uma alcatéia liderada por três machos e de cinco a dez fêmeas formando até trinta indivíduos. Os macacos vivem em bandos liderados por um macho o mais forte. Marcam o seu território pela urina deixando o seu cheiro e toda esta organização tem um objetivo, a sobrevivência. (fonte: Busch).
Charles Darwin em 1882 veio polemizar tudo com a sua teoria evolutiva e dizer que o homem é descendente do macaco.
Ha, o homem o ser humano este bicho é um animal político vive em sociedade, é liderado, liderados por quem? Que pergunta interessante. Marcam o seu território com... E tem o objetivo de...? Mais duas perguntas intrigantes.
Vamos olhar para este animal ao longo do tempo e da história que conta, quem o lidera e como marca o seu território.
Vários Impérios foram construídos, só para citar alguns, Egípcio, Romano, Grego, Asteca, Maia... Francês, Inglês, Alemão e para terminar USA.
Construídos com dinheiro, escravidão, suor e sangue dos seus semelhantes. Com objetivo único de dominar através da força. Marcados com obras mirabolantes e destruição da Terra. Para o seu Líder satisfazer o seu desejo exagerado de atrair a admiração ou as homenagens dos outros. Opa, isto é uma resposta e tem um nome: Vaidade.
Continuando no mundo animal. “Você sabe por que o coelho não tem medo da pantera? É porque é mais inteligente do que ela!”
Martorano Bathke.
martoramobathke@hotmail.com
*Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de Martorano Bathke

O Jogo do Bicho

O Jogo do Bicho.
Deu macaco!
Por um triz o sessenta e nove não é macaco, mas deveria, pois de todo lado que se olha tem um por cima do outro e um imitando o outro.
Já que estamos falando de bichos só por curiosidade, os lobos costumam viver em grupos organizados hierarquicamente e liderados por um casal alfa formando uma matilha. Os leões são os únicos felinos verdadeiramente sociais formando uma alcatéia liderada por três machos e de cinco a dez fêmeas formando até trinta indivíduos. Os macacos vivem em bandos liderados por um macho o mais forte. Marcam o seu território pela urina deixando o seu cheiro e toda esta organização tem um objetivo, a sobrevivência. (fonte: Busch).
Charles Darwin em 1882 veio polemizar tudo com a sua teoria evolutiva e dizer que o homem é descendente do macaco.
Ha, o homem o ser humano este bicho é um animal político vive em sociedade, é liderado, liderados por quem? Que pergunta interessante. Marcam o seu território com... E tem o objetivo de...? Mais duas perguntas intrigantes.
Vamos olhar para este animal ao longo do tempo e da história que conta, quem o lidera e como marca o seu território.
Vários Impérios foram construídos, só para citar alguns, Egípcio, Romano, Grego, Asteca, Maia... Francês, Inglês, Alemão e para terminar USA.
Construídos com dinheiro, escravidão, suor e sangue dos seus semelhantes. Com objetivo único de dominar através da força. Marcados com obras mirabolantes e destruição da Terra. Para o seu Líder satisfazer o seu desejo exagerado de atrair a admiração ou as homenagens dos outros. Opa, isto é uma resposta e tem um nome: Vaidade.
Continuando no mundo animal. “Você sabe por que o coelho não tem medo da pantera? É porque é mais inteligente do que ela!”
Martorano Bathke.
martoramobathke@hotmail.com
*Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de ERIKO ALVYM

NOBREZA

É hora de partir
os que celebram estas terras
se alegrem
- o pirata recolhe a bandeira
e o menino encontra na flor o selo sagrado

O pássaro sobe além da carne
e da saudade,
quando a ansiedade
é recebida com descaso
o levante da armadura é iminente

Ao longo da praia
o azul é o véu do êxtase
eu introduzo em você
a carne pelo abismo estrelado
e o céu se mostra em profundidade e corpo

Da nobreza
o cavalo cheira a entranha da fêmea
e a centelha se abre anjo
pelo encantamento
que a tua carne flameja

Minha mulher
no ventre teu
os Céus acenam à Terra
ao te Amar eu entendo o Deus

Foto de Letícia

Responde

Quero teu grito, tua loucura, teu gesto insano e tua ternura
Quero tua sanidade na ponta dos dedos
E minha loucura sob teus medos
Quero todos os nossos segredos escancarados
Nos mesmos dados que nos revelam
A tua dor
A minha dor
A dor suprema
Que nos permite nunca sofrer
Posso querer?
Ou devo apenas me esconder e como tu mesmo me fingir oculta?
Nunca mais nossa permuta?
Nunca mais nós?
Apenas o segredo antigo
A dor
O desejo
E o medo?
Apenas isso?
Que tanto pergunto se não me ouves?
De que me valem meus anos se ainda me engano com uns olhos ternos?
Sejamos o que nunca concebemos
E que nossa terra bem leve apenas nos vista
E que nunca
Nunca
Niguém descubra
Que te amei

Foto de ALTOLIVER

Orvalho do Amor...

Orvalho do amor...

A cada manhã, espero que venhas...
Já não agüento mais...
Minha sede aumenta...
Minha garganta secou...
Minhas narinas procuram teu cheiro...
O mesmo cheiro de terra molhada...
Que me fez encontrar, minha amada!
Quando estava a procurar...
Terra fértil, onde eu possa...
...repousar minha semente.
Terra que germinará o arbusto singelo,
Mas que será pai de fruto doce!
Só que nada disso existirá,
Se você não vier...
Sei que virá...
...pois precisas de mim para existir.
Como nestas linhas, agora...
Tu, que quando vier irá banhar-me...
E banhará também, a minha amada!

Altair Oliveira

Foto de Agamenon Troyan

Canções da Terra

CANÇÕES DA TERRA

Chrystian Dozza Cunha nasceu em Machado em 1983. Aos treze anos ganhou do seu pai (Prof. Pedro Cunha) seu primeiro violão, aprendendo com ele os primeiros acordes. Anos depois passou a ter aulas na Casa da Cultura. Vendo seu desempenho, sua professora o aconselhou a procurar outro mestre, pois segundo ela, já não havia mais nada a ensiná-lo. Em Alfenas (MG) passou a ter aulas com o músico e jornalista Fredera. Aos 15 anos, Chrystian ganhou sua primeira guitarra. A partir daí passou a influenciar-se musicalmente pelo Rock ouvindo guitarristas como Slash (Guns´n`Roses) e Adrian Smith (Iron Maiden). Juntamente com os amigos Luciano e Wesley, formou o Seventh Steel, a primeira banda de metal melódico da cidade. Em 2001 Chrystian entrou na Faculdade Santa Marcelina de Música e Artes de São Paulo (capital).
Durante uma aula, André (um estudante de Regência) o convidou para tocar na sua nova banda, o Jethro Tull Cover. A banda já se apresentou em Machado dividindo o palco com o Overture. Em 2007, Chrystian pretende fazer seu mestrado nos Estados Unidos e, posteriormente, abrir no Brasil uma escola de música... Graças ao apoio de alguns machadenses que acreditaram em seu talento, Chrystian lançou seu primeiro cd independente de música instrumental, o “Songs from the Land” (Canções da Terra). Podemos classificá-lo como “World Music” (Música Mundial).
O termo foi criado pela crítica americana para designar os discos influenciados pela cultura mundial. Independente disso, “Songs from the Land”, remete-nos ao profundo oceano da alma: “Lachrymãe Pavan” do compositor renascentista John Dowland, que viveu na Inglaterra entre 1563 a 1626. “Elf´s Jig” (A Dança dos Elfos), contendo um pequeno trecho de um poema de William Shakespeare e ”Terra Mãe”, um instrumental que reacende as nossas origens com um dos mais populares ritmos brasileiros: o Baião... A capa foi elaborada pelas alunas Mariângela Ghizellini e Célia Nakabayashi.

Contatos: (35) 3295-1706 ou
chryscunha@yahoo.com.br

Fote: Fanzine Episódio Cultural

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