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Partículas de amor

Partículas de amor

Derramei os meus sonhos, belos sonhos, são sonhos de amor, doados nas mãos das nossas crianças, entre uma lágrima sombria, triste e solitária, eu deixei-me sonhar simplesmente.
O meu mundo está moribundo, doente, incapaz de curar as suas feridas, cheio de partículas de maldade e egoísmo.
O meu mundo tem gente que apenas conhece o desamor e o derrama como ervas daninhas por todos os lados que passa e deixa semeada a confusão e a ignorância.
Se eu não acreditasse no amor, jamais estaria aqui escrevendo isto, jamais tentaria despertar para um novo dia aqui na terra
Jamais deixaria de acreditar que não voltaria a ver nos olhos dos nossos avôs a tristeza estampada, o descuido, a intolerância, o abandono e a ingratidão.
Jamais deixaria de acreditar, que existem seres capazes de derramar sofrimento, dor, abusos, maus tratos e muitas mais coisas que recuso aqui a escrever, pois é demasiado penoso até para mim, muitos diriam que são seres da escuridão apenas.
Discordo quem plantou aqui toda a esta dor, toda esta ilusão, fomos nós mesmos, por preguiça, por não querer educar, por falta de tempo, por leis brandas, por maus governos, descréditos, ganâncias e guerras e uso indevido de nosso lindo planeta, fomos exatamente nós seres humanos.
Ser humano é como quem diz seres egoístas e demasiado consumistas, exatamente, o mundo esta como está por demasiado consumismo, até os países ricos estão a ficar pobres, até começar a faltar tudo mesmo.
Vamos à parte que importa, a escuridão existe é um fato, dentro de cada um ela é mais que evidente, por vezes comanda até as vontades de quem é fraco e preguiçoso. É bem mais agradável se fazer o bem sem olhar a quem que fazer o mal.
Existe também a luz dentro de nós, se existe a luz é porque somos pessoas inteligentes, audazes e capazes de evoluir no amor.
Ora aqui a esta a palavra chave do segredo da espiritualidade e do mundo, uma simples palavra que é a mais grandiosa de todas as palavras do vocabulário, que tanto nos faz sonhar, sentir e existir.
Lembrando nosso irmão Jesus, o que ele passou por amor a uma humanidade, para trazer a esperança, ensinar o amor na sua real existência. Jesus não era letrado, não tinha posses, nem era especial aos olhos humanos, mas tinha algo sim muito especial o amor dentro de si.
Quanto amor ele doou e arrastou multidões, fez milagres em nome desse amor, orientou sobre a nossa existência e que sempre nos falava por parábolas, pacientemente ele suportou a maldade dos poderosos, dos prepotentes e dos mal amados.
Ele apenas tinha um único chefe o seu pai, o único que apenas podia o julgar ninguém mais. Estranho mesmo ele num momento de dor e superação ele fraquejou, apenas porque ele era humano e suportou alem dos limites humanos, mas na sua fé ele apenas foi intocável porque ele conhecia o amor.
O amor que muda com disposições, o amor que nos faz chorar, rir, faz doar, ser felizes e sermos os verdadeiros seres de luz aqui.
Amor uma palavra tão pequeninha, tão despercebida e ao mesmo tempo nem o próprio universo consegue descrever a dimensão da mesma pela sua maravilhosa criação, ou não terá sido um ato de amor e inspiração de Deus ao criar todas as coisas que nos rodeiam e ate as que ainda desconhecemos.
Quando pegamos num bebê ao colo, sentimos o seu cheiro, seu calor, seu sorriso, sua pele aveludada e sua pureza quanto sentimento bom ele nos desperta e já em Jesus o mesmo acontecia.
Talvez a sua alma esteja ainda pura, imaculada de pensamentos ruins, claro que esses mesmos pensamentos poderiam ficar nesse bebê, mas logo que começa a crescer ele leva doses letais de materialismo e de egoísmo, se um o tem algo ele terá que ter algo bem melhor ou não será mesmo assim?
Mas se observar este ser tão pequenino a dormir, ele sorri, ele transmite a paz interior e a sua pureza. Ora todos os seres humanos deviam ser assim, deviam ter pensamentos puros, caminhar no amor e na doação de ajuda mutua e fraterna.
Jesus o fazia mesmo quando ninguém acreditava que ele o faria, ele não destingia classes sociais, nem vestimentas e nem condutas apenas ajudava nada mais, o resto era por conta de quem errasse.
Essas eram as partículas de amor que ele derramava como estrelas cintilantes no firmamento, nas mesmas partículas ele as adoçava com a esperança de um novo dia melhor e bem mais feliz.
“Como “somos ignorantes e egoístas, como somos preguiçosos, somos como uns caracóis arrastando-nos na nossa incompreensão” è melhor assim”, claro não sabiam e não somos cobrados por isso.
Somos bons a fugir das nossas responsabilidades, não queremos problemas, sempre escuto isto:
- Não é problema teu.
Fico incapaz, de asas cortadas, mas dentro do meu coração eu posso fazer algo sim vibrar amor e enviar amor, ai sou intocável e imputável ninguém acessa e pode criticar. Essa é a minha liberdade a do meu pensamento e ele pode ir bem longe se eu me permitir e eu nos damos ao luxo de eu me permitir sim.
Se todos começar a derramar as nossas partículas de amor em cada pensamento, em cada gesto, em cada atitude ainda vamos a tempo de merecer dar um mundo melhor para nossas gerações seguintes senão teremos um carma tão pesado e tão denso que certamente vamos regredir cada vez mais e mais para voltar a aprender de novo algo simples como o amor.
Eu estou a derramar as minhas partículas de amor e tu? Quando é que tu decides a te amar e ai derramares as tuas partículas de amor. O mundo precisa de ti e Deus também afinal tu és parte dele.
Que a partir de hoje derrames as tuas partículas de amor como as belas rosas perfumadas na estrada da tua vida e da vida do teu irmão sofrido. Afinal não custa nada sonhar, pois não? Começa a fazer a tua parte da aprendizagem.

Betimartins

Foto de Marilene Anacleto

Signos Difíceis

Cobra? Ah, sim! Sou serpente
No horóscopo chinês.
No ocidental, que emoção: sou escorpião.

Duas forças poderosas regem o meu viver
Confundem-me, realmente se não sei o que fazer.
Tudo pode acontecer, na hora do desfecho,
Se me pegam de mau jeito.

Dando suas ferroadas o escorpião aparece,
A ira depressa cresce, a serpente vai atrás,
Executa suas dentadas se o assunto a enfurece.

Mas se o objetivo é bom, não há o que discutir
Inteligência e astúcia já começam a se unir.

O escorpião até quer dar as suas ferroadas,
A serpente vem de manso, enrolando o camarada.

Com aquela conversa doce feito a da pomba branca,
Acaricia o oponente, que já lhe faz concordância.

Mas vos digo, caros amigos, o escorpião tinha mais força
Estava sempre presente para que eu não caísse na forca.

Foi ele que me valeu para que eu não sucumbisse.
Nos tempos de rejeitada em maior depressão caísse.

Mas a cobra ressurgiu do autoconhecimento e estudo
Da prática da caridade e sabedoria, sobretudo.

Hoje posso até dizer que há quase um equilíbrio, enfim,
Uso a força que é melhor para determinado fim.

Já não há necessidade de viver na defensiva.
Para tudo há tempo e idade: segue assim. É a nossa vida.

Foto de betimartins

Disfarce!

Disfarce!

Quis-te mostrar o que já não via
Calar a boca da minha, real, existência
Despir-me de todos os preconceitos
Ignorar todos os meus, sentidos sentimentos
Apenas por ti e para ti, por causa de ti...
Quando eu me vi em ti, só em ti
Descobri que era a tua alma, parte de ti
Apenas, parte de tua luz que encandeia
Momentos de ternura, amor e partilha
Sonhos vividos e deveras tão sonhados
Neste meu corpo por si, já tão cansado
Neste meu véu, estilhaçado e purificado!
Olho-me e me vejo através do tempo
Espelhos que não enganam e não perdoam
Deixo as minhas rugas, sobressair e sorrirem
Minhas mãos que até não são calejadas
Apenas! São suaves, delicadas e enrugadas
Pelas palavras, que por ela foram transportadas
Meus olhos, espelhos de alma aflita
Que já não brilham com estrelas no infinito
Apenas é memória, pedacinhos de minha alma
Do que eles já te olharam, sentiram e tocaram
Mas! Eu coloco permanente a minha mascara
Disfarço-me de uma jovem e linda fada
Dando verdadeiro uso à varinha mágica
Para que ainda as minhas forças não falhem
Apenas por ti Aqui e agora sejam renovadas...
Neste meu disfarce! Apenas o meu disfarce...

Foto de betimartins

Dedico a todos os colegas deste site - Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!

Mensageiros da escrita, os anjos de Deus!

Um dia Deus decidiu bem lá no céu, dar alguns dons gratuitos
Como já muitos tinham os recebidos e não fizeram uso deles
Deus voltou a ponderar e ordenou aos anjos ajuda na terra
Os anjos, apenas ajudaram, escolheram e marcaram-nos...

Nos testes foram implacáveis, não perdoaram nada de nada
Colocaram pedras afiadas nos seus caminhos, ferindo-os
Provocaram tempestades gratuitas, calunias e desespero
Apenas fizeram que o amor não fosse ofertado a eles...

Eram milhares de homens e mulheres na terra, chorando!
Aflitos, sem créditos e sem direção no seu caminho, esquecidos
Alguns buscaram as forças em seu acreditar, no poder do Pai
Trabalharam a sua espiritualidade sem nunca duvidarem, dele...

As fortes dores acalmavam a medida que o poeta despejava
Tudo que sua alma continha, tudo que sua alma almejava
A luz se fez presente, os anjos sorriram, as crianças brincaram
Pela paz que cada poema confortava na alma de quem o lia...

Então Deus achou que era preciso melhorar a esperança da vida
Entrou nos corações dos que ainda acreditam nos milagres de amor
Inspirou-os, levando-os a descrever as benções dos céus e alegria
Transbordando palavras gratuitas de amor, palavras de gratidão...

E Deus ainda não estava satisfeito com tudo que construiu no poeta
Envia seu anjo Lúcifer, para que ele seja provado ao mais alto nível
Tirando-lhe tudo, desnudando até sua alma, nada deixando ao acaso
Fazendo da vida do poeta um verdadeiro inferno, será que ele acredita?

No que ele sente e escreve, no mundo que ele descreve, no seu mundo
Entre lágrimas de sangue, sem duvida de seus sentidos e escrita, continua
Sem nunca duvidar dos desígnios de Deus para ele proferidos e ordenados
E ai ele se entrega de coração ao rubro e mente inquieta a sua escrita aqui.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Supremo

Quem ama tenta se iludir. O mundo é muito grande, mas quem ama de verdade sempre tenta se iludir. Procura uma verdade oculta nos olhares distantes, aquele que ama, Procura satisfazer o desejo impossível de nunca dizer nunca, adeus, saudades de ti. Não coloco aqui a barreira do dinheiro, da paixão, das religiões. Quero apenas dizer que quem ama tenta se iludir, de um amor recíproco e sincronizado, único na sua diversidade.

O amor é injusto e desencontrado. Eu, e uso esse pronome sem medo desta vez, acredito sinceramente que esses anjos que atiram flechas nas pessoas são todos meio ceguetas. Uma mãe pode não amar um filho, e suplantar seu bem querer, ou seu tesão, com o brucutu ali da esquina. Cito em mais uma oportunidade o estilo quase agressivo rodriguiano. Copio, a bem da verdade. Lasque-se, odeio os palavrões desnecessários no texto! Se os suaves anjos da opinião, que acreditam em um amor puro, leve, matemático, acreditam que os sintomas são claros e que suas causas são igualmente lógicas, então me calo cínico diante das imagens dos santos, belos e perfeitos, imutáveis, criações frias do imaginário popular.

O amor é um sentimento doentio. Mente, rouba, mata, atravessa fora da faixa. O amor é ao mesmo tempo duro e sutil. Ele engana, e é exatamente isso o que queremos. Sentimos-nos bem, ao nos enganarmos com o amor! Talvez, vendo de um âmbito filosófico, lembramos que é do amor de um homem e uma mulher que se adia a morte. Perpetua-se a vida com mais uma vida, por meio do amor. E amamos quem queremos, mesmo que no inconsciente. Escondemos muitas vezes os sentimentos mais fortes para não demonstrar a fraqueza óbvia do amar. O coração bate mais rápido, levando nessa velocidade apavorante o tempo que temos. A carne esquenta. Um ser humano não é mais humano, é vulcânico. As descrições todas se tornam superficiais. Os parâmetros perdem seu maior crédito.

Quem ama gosta de se iludir, diante das mentiras mais absurdas. São as inverdades que nos sufocam, quando queremos o não e não o achamos, quando o sim é breve e aguarda um para sempre.

Foto de janie

AH! COMO EU SONHO!

Sonho...
Faço da realidade...
Um palco de fantasias!
A vida é breve demais...
Pra vivê-la sem poesia!

No meu parque de diversões...
Sou uma roda gigante...
Posso subir bem alto...
E descer a qualquer instante!

No palco do meu picadeiro...
Uso a pintura do palhaço...
Escondo atrás dos tons...
As angústias e o cansaço!

Desenho a própria alegoria...
Faço a farra do meu carnaval!
Invento um tom pra bateria...
Tocar minha nota musical!

Foto de betimartins

As Pedras do meu caminho.

As Pedras do meu caminho.

Na vida tudo acontece e nada é ao caso, nada fica de lado, nada é esquecido, apenas pode ficar adormecido e esperando pela hora certa. A minha vida não foram flores, mas plantei muitos jardins, semeei arvores, colhi da terra, a terra também cobrou, resmungou e sabe lá que mais ela aprontou, ali.
Como uma buscadora de respostas, aprendi que não adianta as buscar, apenas aprender sobre a vida e a vida é sagaz na sua sabedoria, ela não dá tempo para aprenderes, ela te cobra de forma cruel na lei da colheita.
Claro que tive alegrias, recebi muito da vida, mas no meu caminhar a vida não foi nada meiga, nada fácil, vivenciei muita dor, caminhei sobre pedregulhos, alguns calhaus também, pedras e em muita areia. Quando eu falo de areia, fui levada no colo de meu irmão mais amado do mundo, pegou-me no colo, levou-me, confortando-me, me vendo chorar, aliviou a minha dor e me carregou para eu descansar e voltar ao meu caminho, ainda com muitas pedras para eu superar.
Existiu uma determinada parte de minha vida que ela retirou um a um aqueles que eu mais amava, deixando-me sozinha, confusa e revoltada. Como eu estava confusa que Deus era este que me abandonava aqui sozinha, apenas caminhando como um bebê com medo de cair do precipício?
Curiosamente, eu cresci como eu cresci e entendi que era hora de partida dos meus entes tão amados, que eles apenas tinham feito o seu papel, diria que na peça teatral da vida eles acabaram sua apresentação e eu seguia com a minha ainda. O medo deixou de assolar-me, aprendi que existe algo, poderoso, profundo, maravilhoso que nos protege nos conduz, O Deus do meu coração.
Este maravilhoso pai, que nunca abandona seus filhos, por vezes se julga que ele é cruel, porque exatamente ele coloca estas pedras no nosso caminho, para ver como aprendemos a caminhar e superar o mesmo. Este nosso Pai, confesso que ele esta triste, chorando, até, porque ele não vê melhoras dos meus irmãos aqui na terra.
A ganância, a guerra, a fome, a morte, a podridão parece governar, a escuridão parece estar cobrindo a terra no desamor, isso entristece meu pai, entristece a mim e a nossa futura geração se é que irá existir essa geração ainda..
Hoje aprendi a ter desprendimento, nada me pertence, nada é meu nem o corpo que uso é meu, apenas está emprestado e tenho que o conservar e dignificar, ainda bate aqui dentro alguns sentimentos que não consigo controlar, mas sei que irei os aperfeiçoar aos poucos e superar as pedras que ainda estão no meu caminho.
Engraçado, nas bordas do meu caminhar, deixei plantado flores, belas flores de amizade, que hoje florescem lindas e perfumadas. Outras secaram, por falta de entendimento, inveja e malvadez, mas eu as lembro e agradeço pela sua passagem em meu caminho. Elas foram importantes a mim, ajudaram-me a crescer e ser o que hoje eu sou e isso eu devo a elas e que Deus as cobra de benções e amor.
Deus meu pai, deu a oportunidade de poder agradecer aqui de forma clara as pedras que eu tive que calcar, fazendo sangrar meus pés na dor, mas também na caminhada ele facultou as ervas da cura para as pedras do meu caminho.

Betimartins www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de Edigar Da Cruz

SENSIBILIDADE

SENSIBILIDADE

“Certa vez alguém me disse, que o que escrevo são frases pré-fabricadas. Que invento, ou finjo verdades aparentes. Mas quem sabe o que vai a meu coração? Quem consegue ver a minha alma, a não ser eu mesma (o) ? Somente eu sei como estou, o que sinto, porque sinto! Se transcrevo para o papel meus sentimentos, é porque os sinto verdadeiramente. Não uso de imaginação para enganar minha ’alma nem meu coração. Minha sensibilidade fala mais alto e forte dentro de mim. Verso, poesia, alegria, dor, tristeza, saudade, amor... São palavras que se juntam, se enlaçam, formando um texto, que pra alguns não diz nada, mas pra outros diz muito. A sensibilidade de sentir, está em cada um que lê”cada um de nós temos um tempo
Alguns e instantes outros breves, para alguns talvez nem chegue!, o amor e puro para quem sente
As palavras soltas e livres que se transcreves,..
Eu você a cada um de nós no Hemisfério da vida
Fazemos parte de um novo tempo da vida..
Pois em todas as palavras que dali se sai
De dentro de cada um
São palavras ricas e verdadeiras
De um momento especial de cada um
Pois Sensibilidade em tempo de guerra não existe
Somente os mais sensíveis têm
Assim como se tem a cada sensibilidade de momento de cada um
Da vida! Que peso as palavras mais lindas
E quase perfeitas que falem do amor..
Da amizade..
Da família
Daquela pessoa especial,
Que sempre vem a lembrança
Ou de um momento nada bom que marcou
Transcrever e Escrever um momento novo
A direção e expressar o que sente sempre
Sem medo de ser de feliz

Ed. Cruz

Foto de fidenildo barbosa dos santos pereira

SOMOS A FORÇA DE UM SIMPLES PENSAR

OLHAR NOTURNO

...Olhos vendados sentimentos divididos,olhos fechados pensamentos comrrompidos,olhos cansados comportamentos adquiridos..O olhar é o mais belo encanto de quem não sabe cantar.Um olhar é a mais rápida viajem de um corpo,é a busca por horizontes desconhecidos.Um olhar é o gesto mais sincero de um ser humano,é como uma troca de identidades.Um olhar nunca se perde,nem doce neblina freia,o caminho percorrido pela luz desse olhar.Existem olhares de varios gostos de varios estilos de formas e medidas até de sabores.Um olhar é a entrega intima do ser,é a combinação de emoções,é um doce delirio submaginario.Um verdadeiro olhar vale mais que um caminhão de rosas,tem brilho infinito que o tempo não pode apagar.Meu olhar é como laço ,se nao tem corda uso cadaço,mas sem doce embaraço não posso ficar.O seu olhar é do tipo carente e tão envolvente não posso negar..Entre tantos olhares viajo autos lugares que só boa mente é capaz de ofuscar.O olhar que procuro é forte e seguro,perdido em qualquer direçao,guiado pelas ondas do mar.

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido recarregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria nesta onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...

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