Vento

Foto de onil

PAISAGEM ETERNA

É NISTO QUE ME INSPIRO
É AQUI QUE RESPIRO
O AR DA SABEDORIA
NA GIESTA BRAVA NASCIDA
NA CARQUEJA FLORIDA
EM TUDO EXISTE POESIA

NO VENTO SUSSURRANDO
PELOS PINHEIROS PASSANDO
É MUSICA NO MEU OUVIDO
AQUI É REAL A NATUREZA
EXISTE REALMENTE BELEZA
AQUI A VIDA FAZ SENTIDO

NESTA ENCOSTA FRONDOSA
EM FRENTE BELA E MAGESTOSA
A SERRA DA ESTRELA EXISTE
AQUI É SAUDAVEL A VIDA
NÃO HÁ TRISTEZA SENTIDA
NEM SEQUER A ALMA É TRISTE

AQUI SINTO A LIBERDADE
MAS DE OUTRO TEMPO A SAUDADE
NO MEU PEITO SE VEM PÔR
ESTA PAISAGEM DIZ-ME MUITO
E NO MEU CORAÇÃO JUNTO
POR ELA EU SINTO AMOR

OLHO EM REDOR VEJO VERDE
ISSO MATA MINHA SEDE
DE INSPIRAÇÃO POR ESCREVER
REALMENTE É VERDADEIRA
A NATUREZA Á NOSSA BEIRA
A SAUDADE FAZ ESQUECER

VEJO AO LONGE VISEU
E TERRAS ONDE VIRIATO VIVEU
ONDE SE TORNOU IMORTAL
CADA POVOAÇÃO É CERCADA
POR MATA DE PINHEIROS FECHADA
FORMANDO A BELEZA NATURAL

MAIS FORTE UIVA O VENTO
TORNANDO FRESCO O TEMPO
ABANANDO OS CARVALHOS
É QUENTE DURANTE O DIA
AO LONGE A NÉVOA IRRADIA
E Á NOITE SE FORMAM ORVALHOS

Á MILHO QUE SE VÊ SEMEADO
COM BANDEIRAS ESPIGADO
EM TERRA FARTA E MACIA
EXISTEM BONS CASTANHEIROS
FAZENDO GRANDES SOMBREIROS
QUE DO CALOR NOS ALIVIA

OLHO E VEJO OS CABEÇOS
QUE PARECEM ADEREÇOS
DE UMA PAISAGEM ENCANTADA
AS GIESTAS BRAVAS NASCEM
NA PRIMAVERA FLORESCEM
COMO UMA TELA PINTADA

É AQUI QUE ME SINTO BEM
QUE A INSPIRAÇÃO ME VEM
E ME CONSIGO EXPRIMIR
ESTA É A MINHA TERRA AMADA
QUE A ALMA ME DEIXA INSPIRADA
E O CORAÇÃO ME FAZ SORRIR.

31/08/09
ONIL

Foto de onil

ÁS VEZES…

ÁS VEZES SINTO-ME VAZIO
NO MEU OLHAR JÁ NÃO SORRIO
SINTO APERTO A AUMENTAR
ÁS VEZES SINTO-ME SÓ
E JÁ NEM DE MIM TENHO DÓ
NEM ALENTO PARA LUTAR

ÁS VEZES SINTO ANGUSTIA
E NÃO CONSIGO PASSAR O DIA
SEM ME SENTIR DEPRIMIDO
DÁ-ME VONTADE DE GRITAR
MAS TER QUEM POSSA ESCUTAR
ESSE MEU GRITO SENTIDO

ÁS VEZES MEU CORAÇÃO ACELERA
E LOUCO FICO SEMPRE Á ESPERA
QUE ALGUÉM ME VENHA CONFORTAR
SÓ ASSIM PORVENTURA
EU NÃO CAIO NA LOUCURA
DE Á SORTE ME ABANDONAR

ÁS VEZES SINTO ANSIEDADE
E NO CORAÇÃO A VONTADE
DE AO MUNDO GRITAR BEM FORTE
QUE A VIDA É PARA VIVER
NÃO APENAS POR ELA SOFRER
ATÉ Á HORA DA NOSSA MORTE

ÁS VEZES ABANDONO O PENSAMENTO
DEIXO-O LIVRE COMO O VENTO
EXPREMIR-SE NA POESIA
E NA ALMA POR UM MOMENTO
SINTO ALIVIO NO MEU TORMENTO
E VIVO UM POUCO DE ALEGRIA.

16/07/09
ONIL

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de onil

SOU POETA ME JULGO EU

PRECISO NO PAPEL ESCREVER
DEITAR PALAVRAS AO VENTO
E SEMPRE EM CADA MOMENTO
DA VIDA NÃO ME ESQUECER

PRECISO AS PALAVRAS RIMAR
PORQUE ME FAZ SENTIR BEM
E MAL DISSO NÃO ADVÉM
DEIXA-ME NA VIDA SONHAR

QUANTOS SONHOS JÁ ESCREVI
QUANTAS PALAVRAS RIMEI
QUANTOS AMORES INVENTEI
MAS BEM E FELIZ ME SENTI

QUANTOS SONHOS E DESEJOS
ALGUNS TAMBÉM OS VIVI
E COM CARINHO SENTI
A TERNURA DE ALGUNS BEIJOS

QUANTOS SONHOS REALIZEI
DEPOIS DE MUITO SONHAR
NA VIDA ACABEI POR PASSAR
TUDO AQUILO QUE SONHEI

ESTA É A VERDADE SUPREMA
PASSAMOS A VIDA A SONHAR
MAS PARA ALGO SE REALIZAR
SEM SONHOS NÃO VALE A PENA

É LIVRE MEU PENSAMENTO
DE SONHAR EU NÃO O IMPEÇO
E A DEUS SEMPRE EU PEÇO
QUE SEJA LIVRE CADA MOMENTO

QUE NÃO ME FALTE INSPIRAÇÃO
PARA ESCREVER TUDO A MEU GEITO
O SENTIMENTO QUE VAI NO PEITO
E FAZ VIBRAR MEU CORAÇÃO

FALO DE CADA SONHO MEU
ESCREVO PARA MEU PRAZER
E EM CADA POEMA AO ESCREVER
SOU POETA ME JULGO EU.

24/03/09
ONIL

Foto de Paulo Master

Meu lugar é no seu coração!

Quando teus pensamentos estiverem distantes é ali que vou estar, nas curvas mais tensas e esguias do vento, no sopro do lamento, talvez no teu suspiro dobrado, quebrado pela saudade, a felicidade parece distante, ela some no horizonte, ela mostra um lugar especial, cheio de cores, beleza e sabores, como perfume de flores embriagando a primavera, existe um clima de ternura pelo ar, e deixa a vida mais branda, entorpecendo os dias, apagando aos poucos o que resta do passado que habita nos seus pensamentos tão distantes e levam ao seu coração.

Foto de Carmen Vervloet

Tropeços

Andava... E muito era meu alento
Acelerava cada vez mais os meus passos
Corria... Corria... Contra o tempo
Tropecei em meu próprio cansaço!

Ofegante... Eu levantei os braços
Pensei... Desse jeito certamente morro
E envolvida no meu embaraço
Sinalizei e gritei por socorro!

Cai muitas vezes... Feri meu corpo
Feri minh’alma, o meu sentimento...
Atraquei minha dor num porto
Vislumbrei a fé num singelo templo!

Do meu mar de lágrimas cristalinas
Fiz uma lagoa de água mansa
Vesti-me com a paz da menina
Soltei ao vento minhas negras tranças!

Enfeitei meu rosto com um sorriso
E saí leve... Caminhando devagar
Santa Rita me segredou que não era preciso
Um mar em fúria para a felicidade abraçar!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Amor sem fim...

Não creio que tenha tido fim...
Tua presença está eternizada na saudade que ficou.
Sinto-te em cada canto de mim,
a luz de teu sorriso ilumina meu amanhecer...

És o olhar da noite escura , intérprete do luar,
o vento fala tua voz e teu hálito vem me soprar...
És a brisa que me beija, canção a me embalar,
vejo-te Deus em minhas preces a me escutar,
a desvendar caminhos
sendo ponte para eu passar.

És as cores a bailar nos horizontes,
o matiz de onde surgem os amores...
encontro-te nas águas dos mares,
no ápice das montanhas,
sobre os santificados altares,
no frêmito de minhas entranhas...

Sei que me esperas...
Mesmo em outra esfera, nova era.
Amor assim é infinito,
lavra a alma... inferno e paraíso,
misto de divino e profano,
certeza a superar enganos...
Sentimento que vai se aprofundando
e pelo universo se perpetuando...

Amor assim
é princípio e meio...Sem fim.

Carmen Lúcia

Foto de EvertonSca

Triste ilusão da vida

Triste ilusão
Eu estou assim , confuso , difícil de entender
Pareço estar bem a todos momento
Todos os dias que passam tento viver
Mesmo sem saber o porque de tanto sofrimento.

Estou vivendo tentando compreender
Cada dia que passa , cada palavra cada sentimento
Mas não consigo, já não sei o que dizer,
Estou perdido em meu mundo perdido ao vento.

Sou um bom amigo ,apesar do meu jeito tímido
Sei que não sou o que penso ,ou se sei, talvez não compreenderei
As vezes me pego a pensar comigo,
Mais um dia passa e mais uma vez eu viverei.

Eu sempre me perdia em minhas ilusões,
Eu sempre vivia sob compreensões,
Eu sempre dizia não estar bem em minhas canções,
Eu sempre estava aqui a pensar nas decepções.

Hoje talvez isso tenha mudado
Mas meu coração continua sofrendo calado,
Sem ter como me controlar , mais uma vez fiquei a pensar
E sabia que meu coração amargurado mais uma vez iria chorar.

Sem entender os caminhos que a vida traz
Olhei para o mundo e disse que nunca mais
Eu queria viver assim , esse sentimento ruim
Que me destrói , que por dentro me corrói.

A única força que me deixa com vontade de viver é a alegria
A alegria das pessoas ao meu redor, elas estão sempre felizes
Sorrindo e todas elas em uma grande harmonia,
Essa é a razão que me faz esquecer dessa triste ilusão.

Foto de Ayslan

Nenhuma palavra mais para escrever

Nenhuma palavra mais para escrever... Poesia sem inspiração uma canção sem letra e as notas ainda sim me fazem chorar. A porta está aberta esperando você voltar e essas três palavras que quero te falar me atormentam, mas não quero escrever, quero olhar em teus olhos e dizer... Quero sentir o vento o som das folhas secas caindo no chão, os pássaros cantando... Quero te abraçar fechar os olhos e chorar... E quando abrir os olhos não quero mais acorda... Esse sonho silencioso é realidade da minha vida sem você. Estamos lado a lado no ponto de ônibus e olhamos um pro outro... Não consigo lembrar-se da ultima vez que estávamos tão perto um do outro... Nossos olhares se cruzam e todos conseguem notar e ouvir as batidas do meu coração... Todos neste instante me olham como se me conhecessem apenas você diante de quem tanto te ama parece que nunca me viu... Bom quero apenas que saiba "eu te amo"... E que irei te amar e te reconhecer a onde quer que você vá.

Para: Priscila

Foto de Carmen Lúcia

Suave Canção

Seguiremos a doce melodia...
Partirei de um ponto qualquer
e irei lhe encontrar onde você estiver...

E então, pressentindo meus passos
virá ao meu encalço em plena sintonia
com meu coração, com a suave canção...

Seguindo os acordes da sinfonia
que se tornam mais fortes
à medida que de mim se aproxima...

E a cada passo que damos
gravada deixamos, a chama do amor...
no chão que pisamos,
ar que respiramos,
perfume da flor...

Nos dias que antecedem
o nosso encontro, em qualquer ponto,
marcado pelo destino que aponta o caminho
para nos encontrar...

Seguiremos a suave canção
entoada ao vento,
regida pelos astros...

Serão muitos sóis e luas
que rastrearão nossos rastros...
a testemunhar nossos passos
nesse afã de chegar...

Mas toda estrada se encurta
se partimos em busca
do incólume desejo de amar.

Carmen Lúcia

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