Vento

Foto de Fatinha

Pensamentos

Hoje bem cedinho meu primeiro pensamento foi para você...
Despertei para as coisas simples e deixei que meu coração compratisse a cada instante de sua vida...
E ele é tão cheio de promessas quanto o amanhecer e é como o amanhecer que te quero...
Se ao sair a rua sentir a triste presença da chuva pense tudo é amor...
Eu quisera ser o pó o vento ou até mesmo o nada para estar junto de você...
Olha eu naum queria nada, mais agora o tudo me basta já não sei o quero nem o que quis...
Só sei que entre todas as coisas você é a mais importante por isso digo

TE AMO

Fatinha Lourenço

Foto de Teresa Cordioli

Estações...

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Estações...

Olho pela janela
Vejo o céu escuro
Tudo esta negro... Lá fora,
São apenas os relâmpagos que clareiam
O céu...
Dentro de mim, o sol brilha, tudo é luz
Com teu sorriso...
Tuas palavras, teus carinhos,
Tua voz em meu ouvido,
Calam nosso silêncio!
Enquanto não chegas,
O céu lá fora continua negro...
A chuva começa a cair
São chuvas de verão
Em final de primavera!
A chuva cai
Torrencialmente lá fora...
São sinais de novas estações,
O vento bate forte,
Levará o pólem
Para germinação do fruto
Que colherei
Na próxima estação!...
Enquanto as folhas de outono caem,
A primavera florescerá,
Em outros jardins...
Gotas batem e escorrem pela janela
Parecendo lágrimas,
Mas meus olhos apenas sorriem...
Então é apenas a chuva
Que molha o solo...
Nessa estação
De outono primaveril.

Foto de Henrique Fernandes

MAR DE BOLSO

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Sinto na pele a cólera dos vulcões
Forças que modificam a minha face
Dos sismos devastadores da alma
Até á incalculável força do olhar
Por campos abertos na autonomia de amar
E esse olhar dá voltas e voltas ao infinito
Dando frescura eterna ao meu intimo
Com sopros de ar puro ao meu profundo
Ditar o terror dos cumes montanhosos
No reino do meu vento de areia congelada
E estouro a ameaça da erupção da vida
No enigma do meu querer mais e mais e mais…
Tenho a idade do meu tempo deste tempo
Um errado calendário de pedra feita pó
Pó onde choro e faço o molde de lama seca
Do meu oásis invisível no deserto de solidão
Minhas lágrimas são um mar de bolso
Que me acompanha na pesquisa ao desconhecido
Não encontro o paraíso das nascentes quentes
Morada dos fantasmas que guardam tesouros
Nas areias de ouro das entranhas da terra
De onde me chega á pele a cólera dos vulcões
Prisioneiros na fonte da vida esquecida

Foto de Henrique Fernandes

SAI DA DISTÂNCIA E ENTRA EM MIM

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A minha alma dispersa-se pelos calabouços
De uma saudade que surge de um desejo
Sentido de pedra e cal na alma
Corroendo-me o corpo de tempo parado
Impedido pela distância dos sentidos
Náufragos num mar de emoções á deriva
Temendo a barbatana da ansiedade
Que tem sido o tubarão assassino
Dos meus sorrisos nesta espera oca
E só um carinho me toca a pele carente
Através de uma carícia no sopro do vento
Alimento-me do brilho aromatizado da lua
Em mim homem em busca de fragrâncias
Singelamente, eternas femininas
Completando o poder de uma mulher em mim
Motivando-me a dar o braço aos remos
Por entre as marés da sedução
Que engolem sem mas, as minhas fés
Valorizando as diferenças de um ser igual
Em soma total nesta procura indecisa
Como quem vê o que os olhos não vêem
Ouvindo o frenesim do silêncio controverso
Exibindo sobre uma tela de lágrimas nuas
O segredo encapuçado de medo da felicidade
Vitoriando os sentimentos sobre a razão
Pensar é o padrão da vida e sonhar, é vive-la
Neste faminto continuar romântico
Desabafando aos astros que quero amar
E sentir alguém que adormeça no meu peito
E que saia da distância e entre em mim

Foto de Sonia Delsin

DÓI A LEMBRANÇA

DÓI A LEMBRANÇA

Meu olhar se perde no que resta...
Da floresta.
Os galhos que se balançavam estão na minha lembrança.
Eu guardei o meu lugar.
Guardei a relíquia da minha infância.
Passo lá e olho o que sobrou.
Meu peito fica apertado.
Suspiro fundo, suspiro dobrado.
É do meu passado.
A floresta em festa.
As abelhas, os pássaros, o vento nas folhas...
O cheiro.
Deus, o cheiro de mato!
Guardo tudo e a reminiscência chega a me doer.
Parece que meu coração vem moer.
Quem diria que uma pequena floresta ia morrer?

Foto de Paty Fraga

Quero ser para sempre uma ilusão.

Quero ser para sempre ilusão

Quero ser apenas o sonho de alguém.
Quero ser uma imagem desconhecida.
Um abrigo no relento.
Uma lembrança na solidão.
Quero despertar olhares curiosos,
Sentimentos inexplicáveis,
Emoções incontroláveis,
Mas não quero ser tocada, não quero ser possuída, não quero ser conquistada.
Quero ficar para sempre num pensamento alheio,
Num coração assolado...
Quero ser profunda nas palavras e tocar almas com os dedos do meu espírito,
Quero ser coroa de ceda no reino de espinhos.
Quero ser ponte para a travessia daqueles que precisam transitar para o alto.
Quero ser inesquecível aos olhos
Quero ter corpo desejável,
Quero ter lábios enfeitiçadores,
Mas nunca mais quero estar enfeitiçada.
Todos se viciam em emoções,
Sempre querem mais, suplicam veemente para seus corações palpitarem paralelamente a tremores e calafrios, sentem sede de feromônios, sentem fome de “carne humana”, mas são todos animais, por isso quero ser apenas uma arte, um quadro pintado na parede, uma ilusão, uma projeção psicológica.
Enquanto eu for apenas uma doce ilusão, serei perfeita, terei beijos de mel, terei perfume de bálsamo, terei pele de algodão, cabelos de veludo e sedução das flores,
Mas se eu deixar de ser ilusão e passar a ser verdade, descobrirão minhas fraquezas, saberão que sinto fome, que adoeço, que penso, que choro, que sinto dor, que amo e que odeio.
Quero viver para sempre escondida por trás do rosto de boneca, esculpido por mãos divinas,
Quero ser para sempre a menina dos olhos do pai,
A menina que corria pelos corredores com sorriso nos lábios, gritando “saiam da frente!”
Não quero que fujam de mim, por isso não lhes darei oportunidade, saberei fugir quando meu coração me avisar.
Não vou mais me enganar com as outras artes espalhadas por aí, um dia descobrirei que elas têm mal-hálito.
Então...
Deixe-me ficar, pois, quero ficar
Mas não da maneira que me queres,
Deixe-me no deserto
Lá eu sempre serei sua
Não me leve para casa, porque certamente morrerei ou tu me matarás
Deixe-me ao vento, ele sabe o que fazer comigo
Não me abrace,
Porque teu abraço me prende
E eu quero apenas ser livre!

Foto de Carmen Lúcia

Outono das paixões...

E vem chegando o outono das paixões,
Que voam como as folhas desgastadas,
Soltas ao vento, sem alento nem compaixão,
Num verde amarelado, queimado,
Carente de ilusão...
Melancolia que reina após o verão,
Aroma que invade o ar de solidão
Depois de acender fogueiras nos corações
E apagá-las no final da estação.

Algumas folhas resistem, esquecidas...
Que com a brisa,
Persistem em sobreviver ou renascer...
Perambulam pra não cair, sucumbir...
E não perder o verde de suas cores,
A frágil esperança incerta, reticente...
Tentam enraizar-se, ressuscitar amores,
Inutilmente...A brisa leve é impotente...
E incapaz de espalhar sementes...
E as paixões transformam-se em quimeras
Que se congelam no inverno de cada estação...

(Carmen Lúcia)

Foto de Mentiroso Compulsivo

O que estou sentindo!

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Em cada momento da minha vida
Pintei tempestades do olhar que respiro
A chuva que cai agora já não faz sentido
Reclamo as gotas de água feitas de fogo
Que queimaram e molharam o meu telhado de papel
Trespassando as paredes densas do meu coração
Inundando as veias do meu corpo difundo no céu
Só o vento é capaz de ter a consistência plena
Para me proteger da alma que me quer espavorecer.

18.FEV.08. Jorge

Foto de Mentiroso Compulsivo

AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

Agora que deste lugar parti
Como dói a ausência do nada
Como é triste sentir-me assim
Neste silêncio oco e desumano!

Trago comigo apenas a lembrança
Do enlaçar das mãos dos momentos passados
Nas teclas pousadas no meu teclado
Dos meus dedos, na noite tardia, cansados
Soltando palavras ao vento por entre o lamento
Dos amigos que aqui criei e deixei
Como quem acaricia duas pétalas de rosa
Manchadas de rubra cor, na manhã silenciosa.

Ah…! Como a noite pesa e não passa,
Como dói o imenso vácuo dos sentidos
Que aos olhos cansa e aos ouvidos ensurdece,
Que estraçalha os nervos rendidos
E dá vida e voz ao irreal que permanece…!

Se soubesses voz daí…
Se pudesses sentir a marcha cansada
Do silêncio escorregando nos degraus da escada!
Se pudesse ouvir o diálogo absurdo entre mim e ele
Ele, ele silêncio doloroso e lento
Que vem abraçar agora o canto a onde me sento
E povoa de rumores trágicos e cores de verde fel
As sombras mortas-vivas talhadas sem cinzel!

Das paredes húmidas escorrem pesadelos
Flutuam mistérios em cada canto,
Espíritos tristonhos vagueiam errantes
Voláteis, etéreos, sinistros, ululantes
Em risadas escarninhas de timbres funéreos.

Lá longe, na praia
O som cavo da onda desmedida
Emudece o grito metálico da ave ferida
E o uivar dos cães nesta noite fria

Já não sei
Já não consigo diferenciar o real da Ilusão:
- Egoísta, reparto comigo o caos
Buscando refugio onde não existem laços
Numa voz gelada, oca e vazia

Áh… ! Como queria sentir de novo
O calor das palavras que me faltam agora
Mesmo quando ninguém está aqui comigo!

As horas vão passando, amargas,
Marcadas pelo tic-tac do relógio
E lá fora
Embalado pelas copas das amendoeiras
O nevoeiro agita-se
E descobre o desenho informe
Numa nuvem perdida na maré doirada
- Eu te saúdo nuvem alada, mensageira
Que anuncias risonha a chegada
Duma nova e sempre querida madrugada.

Jorge Oliveira

Foto de Sirlei Passolongo

Desejo a você

Desejo a você
um sorriso em forma de sol
um carinho em forma de vento
um abraço em forma de caracol
que possa te aquecer
e levar meus melhores sentimentos.

Desejo uma canção
que te faça ninar
uma paixão
que te faça feliz
um sonho
prestes a realizar
e desejo que seja
o que você sempre quis.

(Sirlei L. Passolongo)

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