Vento

Foto de Boemio

Carta de amor

Eu te amo, sem saber quando, como ou por que, te amo como se ama a uma rosa que nasce em meio às pedras e tempestade, te amo como se ama o sol depois das longas noites de inverno, como se ama frio em noites onde o sangue ferve, como se ama a exatidão, o perfeito.
Eu te amo, sem saber quando, como ou por que,te amo como se ama o orvalho que repousa suave em cada folha, te amo como se ama o fim de um sacrifício, como se ama o começo de uma aventura, te amo como se ama a cura da doença, Como se ama e tem fé na crença.
Eu te amo, sem saber quando, como ou por que, como se ama a resposta da duvida que afligia, como se ama a duvida do aprender, como se ama o que é justo, assim eu te amo com toda a força do meu ser, te amo até com o que eu não posso entender, te amo antes mesmo de saber.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, te amo sem barreira de tempo e de espaço, te amo infinitamente, como uma gota de água que corre livre o oceano, como um grão de areia ama a liberdade de ser levado pelo vento, te amo sem preconceito, com o peito aberto a todo o momento.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, como se ama o silencio antes de dormir, como se ama o café ao acordar e o abraço ao sair de casa, como se ama o que é bom e se repete, como se ama a musica, o dom, a plenitude, os interesses bons, como se ama os sons.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, te amo assim sem fronteiras, sem guerras, te amo simplesmente por amor, sem duvidas, sem remorsos, te amo com a certeza que tem aquele que luta a boa luta, te amo sem precisar razão, ideologia ou pensamento, te amo por sentimento.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, como se ama até o suor de algo conquistado com dificuldade, como se ama o sucesso de algo valoroso, como se ama a verdade, como se ama a lagrima que fortalece, como se ama a felicidade, como se ama a realidade.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, não por que é lógico, coexistente ou conveniente, te amo por que meu coração se alegra com sua presença, te amo sem mistura, com um sentimento totalmente puro, te amo de amor livre e forte, te amo como um barco ama o porto seguro.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, como se ama o badalar dos sinos que anunciam o natal, como se ama as estações do ano, te amo sem projeções, leviandades, te amo de verso, de poesia, te amo até com meu mais ínfimo poema, cada palavra que digo te ama.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, por que a dor que sinto não é nada comparada a todo o meu amor, te amo sem malicia, te amo com espontaneidade, te amo como um floricultor ama o seu jardim, te amo como não amo mais ninguém, te amo com tudo que há em mim.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, sem pretensões, sem devaneios, te amo sabendo que este amor é o que faz a minha vida completa, por que eu sem o seu amor sou como um verso sem rima, como peixe no aquário, como um pássaro que canta tristonho em uma gaiola.
Eu te amo sem saber quando, como ou por que, e sem o seu amor sou apenas mais um que vagueia perdido a estrada que leva ante a morte, como um domingo sem o mínimo raio de sol, como a primavera sem as flores, como um poeta sem inspiração, sem palavra, sem prosa sem poesia.

Foto de Dirceu Marcelino

INSPIRAÇÕES DA BAIXADA SANTISTA

Talvez, seja
O ar praiano,
Essa brisa do mar,
Ou o vento minuano
Que nos faz amar...
Eu sinto essa magia
Quando estou nesse lugar,
E surge-me a vontade de poetizar...

Lembro-me muito de MARTINS FONTES...
Embora prefira as MUSAS...
Mas acredito que existem
Instantes
Em que esses vultos temos de avocar,
Pois foram deles as obras que lemos.
Que nos fizeram inspirar,
Em algo que escreveram
Em momento de inspiração
Como este poema
De amor e
Paixão,
Que não esqueço.
Jamais...

Escrito da mesma maneira,
Que o li há quarenta anos
E entreguei num bilhetinho,
A quem queria dar carinho
E a perdi por ter feito um pequeno
“plagiozinho”...

E, chamei-a ainda de "pomba",
Ei, "Faustão", porque, você não existia "põ",
Talvez fosse minha saída...

E, agora, quero tirá-lo(a) de minha cabeça,
Mas ele(a) não sai,
Parece que é meu, mas não é
Por isto te publico, sai!!!

“SONÊTO”

“Antes de conhecer-te, eu já amava,
Porque sempre te amei a vida inteira:
Eras a irmã, a noiva, a companheira,
A alma gêmea da minha que eu sonhava.

Com o coração, à noite, ardendo em lava
Em meus versos vivias, de maneira
Que te contemplo a imagem verdadeira
E acho a mesma que outrora contemplava.

Amo-te. Sabes que me tens cativo,
Retribues a afeição que em mim fulgura,
Transfigurada nos anseios da Arte.

Mas, se te quero assim, por que motivo
Tardaste tanto em vir, que hoje é loucura,
Mais que loucura, um crime desejar-te?”

(Autor: José Martins Fontes, nascido em Santos, (1884/1937 ).

Foto de fer.car

POESIA

Poesia que cobre minha alma de doçura
Que me fez forte quando fraca me encontrava
Que deu vida aos meus dias e matou a saudade
Poesia, que é senão esta leve beleza em dizer verdades?
Que acarinha o mais frio coração e cala a maldade
Cada palavra escrita é uma gota de suor, de uma vida sentida
Um sentimento que se foi, outro que vem
A poesia que é prima da morte e do renascimento
Cada verso pronunciado, uma lágrima que eclode do peito
Um sorriso abrasador que demonstra o mais íntimo de um ser
Poesia é senão a nossa maior farsa descoberta
A metade nunca revelada e agora despida
O grito que ficou engasgado na garganta e ora solto ao vento
A loucura mais exagerado, o mundo sob a ótica de um palhaço
Poesia que me fez dizer em beleza a falsidade das pessoas
Ver num voar de pássaros a liberdade tão almejada
Mesmo no cinza ver o colorido
E na dor, a alegria
A Poesia que é simbolo de nova estação
Um arco íris no final de uma paisagem
Uma mensagem que já nem mais esperava ler ou ouvir
A Poesia que vive em meus dias
Porque poesia é tudo que eu vejo
É tudo que acredito e ninguém a tira mais de mim

Foto de Minnie Sevla

Ainda que...nunca deixarei de amar a Deus

Ainda que me falte o ar,
continuarei respirando.
Ainda que, o vento sopre em direção contrária,
continuarei caminhando.

Ainda que meus olhos se ofusquem com as lágrimas,
não desistirei de tentar sorrir.
Ainda que a tempestade encubra o sol,
continuarei a buscá-lo no horizonte.

Ainda que meus cabelos não sejam afagados,
continuarei a escová-los com carinho.
Ainda que, meus passos estejam desordenados,
Continuarei trilhando o meu caminho.

Ainda que as tristezas da vida me desfaleçam,
não darei chance para meu corpo se despencar.
Ainda que todas as criaturas me esqueçam,
não me esquecerei de Deus e não o deixarei de amar.

Minnie Sevla

Foto de Minnie Sevla

Menina Cabocla

Eu sinto-me acocorada em um rabo de fogão
a lenha.
As labaredas estalando, em cores de tons alaranjados.
A lenha queimando e deixando os restos
das cinzas amontoados.
Panelas pretas de carvão exalando o cheiro gostoso da comida
roceira. No forno o pão de queijo e a broa de fubá
assando e eu menina criança, mulher de olhar
triste, profundo, faceiro.
E eu menina esperança de encontrar
no estalar do fogo o aquecer de minh’alma
solitária, envergada, gélida.
Cubro as pernas finas e esbranquiçadas
com meu vestido de chita, os pés descalços
se ajeitam num espaço tão pequeno.
Eu menina cabocla, que tão poucas vezes
sorri, morando em um casebre com telhas
que na tempestade o vento sucumbi.
Não sei o que é luxo, mas sei sonhar...
quando pego a lata pra buscar
água no poço pra lavar a casa e meus irmãos se banhar.
A cabeça dá voltas pelo mundo de riqueza, casarões,
homens distintos a me rodear.
Eu sou assim: sou menina, sou criança,
sou mulher, sou esperança, sou cabocla,
imagem refletida nas poças da simplicidade
onde se traduz sonhos foscos de felicidade.

Minnie Sevla

Foto de Francisca Lucas

Sou a Nuvem Que Passa

Sou a nuvem que viaja pelo céu
A procura de um rumo...
Guiada pelos sons do vento, que já me esqueceu,
Sons os quais medito no meu intimo...

Saio recolhendo as cores
Do arco-íris,
Meu choro calado em lugares isolados...
Escutando melodias, os teus midis,
Que falam alto na minha alma;
E mais tarde ficara em um poema!

Ouvindo o som da tua canção,
Que sem palavras falam comigo.
Instigo,
Mas, nada digo!

Pois é disso que vivo e morro
Em cada frase que escrevo...
E não discorro,
Corro em várias direções,
Procurando o teu som,
Que achei que era verdadeiro
E viesse pra ficar!...

...^!^...
.______.

Foto de Sandra Ferreira

Ausência da lua…

A lua
Não estava presente
É certo,
Mas tínhamos
Acalmaria do mar,
Meus cabelos
Em desalinho
Pelo vento,
O meu
O teu, corpo
Num abraço
Carregado
De carinho
Em busca
De um sentimento,
As estrelas
Iluminavam
O teu rosto
Onde dançava
Um sorriso
De menino, maroto,
Não existia mundo
Para lá
Da praia
Só a imensidão
Da noite
Tu, eu
O som
Do mar
Acariciar a areia,
A tua voz
Melodia
Que me acalma
E aquece me
A alma.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Thiers R

> LAMENTO <

Lamento
Thiers R>

Pelas noites jogando xadrex
onde o cavalo
com pata quebrada
não mais se movia
onde rei e rainha perderam coroas
onde o tabuleiro
era rio deslizando dor.
Ali a pena branca do vento
rugiu tempestades
esfolando corações de espinho
sangrando artérias
cortando dedos
inviabilizando
beijos colados na face de sorrisos borboleta

>>>

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MY FIRST LOVE" LOUCURAS SOBRE DUAS RODAS.

“MY FIRST LOVE”
“LOCURAS SOBRE DUAS RODAS”

Seus cabelos chicoteavam meu rosto...
Enquanto o vento desenhava o momento...
Cento e vinte no velocímetro...
Enquanto fazíamos amor ao sabor do vento!!!

Loucuras de jovens apaixonados...
Travessuras do amor escondido...
Fuga em um instante do passado...
Realidade de um grande amor vivido!!!

Fendas no tempo...
Só nós conseguimos abrir...
Vives em meu pensamento...
Faça-me de novo sorrir!!!

Vamos voltar a Rio-Santos...
Acelerar nossas lembranças...
Vem, temos muitos momentos...
O seu voltar me enche de esperanças!!!

Vem, vamos rever a estrada...
Onde ao amor nos entregamos...
Quem sabe encontramos uma morada...
Esperando por nós a anos!!!

Foto de Paulo Gondim

Ao som de "LA MER"

Ao som de “LA MER”
Paulo Gondim
09/02/2008

Quando penso em ti, meu coração voa
Como um condor nas montanhas
Levando em cada corrente de vento
Tua lembrança, tua saudade

E me imagino voando
Deslizando entre as nuvens
Como se fossem teus braços
No doce mel de teus beijos
Na volúpia do desejo

E, como num baile,
Sinto-te como par perfeito
Na dança ao som de “La mer”
Em voltas delicadas pelo salão
Teu rosto no meu rosto, num só coração

É aí que o pensamento vai mais longe
Além das montanhas, além das nuvens
Numa busca constante, sem fim
E me envolvo nessa doce loucura
Que tua saudade deixa pra mim

Páginas

Subscrever Vento

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma