Vento

Foto de Inês Santos

Coração de areia...

De areia é o meu coração...
Vagos e soltos são...
as partículas que fenecem...
E que me arrefecem...

Estou fria,neste fogo...
De pó é o meu jogo...
Nestas gotículas, sem afago...
Estou gelada,e as chamas apago...

Sinto que o vento...
Leva os vagos,então...
Solta-os no ar...(tira-me o alento)
sem areia fica o coração...
assim finalmente...
as lavaredas o consumirão...
e calmamente...
apenas se sente o clarão...
das particulas arder...
um defeito de conforto...
deixa o corpo morto...
e a mente a sofrer...
até morrer...

Foto de Carmen Vervloet

MINHA ÁRVORE COR-DE-JADE

MINHA ÁRVORE COR-DE-JADE

Olho o seu verde
Virgem deflorada...
Suas raízes fincadas
No chão...
Resistindo...
Da vida sustentação!
Sólida... Imponente...
Meu novo tempo...
Momento...
Beleza sutil
Na mudança de estação...
Sombra que refresca
No quente verão...
Delicadeza do seu coração!
Magia na primavera...
Graciosas folhas e flores...
Nuances de muitas cores...
Infinito amor à terra!
Não sucumbindo à guerra...
Folhas dançando...
Bailado
Rendado de luz
No solfejo do vento...
Suaves movimentos...
Pousada de passarinhos...
Felizes no seu ninho
Óvulos fecundados...
Chocados com amor...
Seus galhos...
Palco de travessuras
Da minha longínqua criança
Verde esperança...
Sobrevivendo com nacos
De lembranças...
Doces frutos mordidos
Com carinho...
Saboreados devagarzinho...
Buscando o sabor
Da minha infância!
E a beleza se ajeitando
Num singelo momento
De paz
Que você me trás
Nas pétalas do tempo...
No perfume da saudade...
Vislumbres de felicidade
Na minha árvrvore
Cor-de jade...

Carmen Vervloet

Foto de Sirlei Passolongo

As margaridas

Olhando as margaridas
Notei como elas conseguem se comunicar
umas com as outras...
Quando o vento às toca,
elas se encostam e trocam carinhos
Quando o sol aquece demais,
elas viram uma de frente para a outra
para se protegerem mutuamente...
e quando a chuva vem,
dançam alegres
sabendo que em breve
mais sementes irão germinar
e o jardim se renovará.
Assim, deve ser a amizade
Troca, proteção, alegria e
renovação todos os dias!

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Marta Peres

Palavras Que Matam

Palavras Que Matam

Há palavras que nos maltratam
ferem como se fossem punhal,
palavras gritadas e impensadas
num desamor e desespernaça,
de imenso rancor, de desespero
louco.

Palavras cruas que machucam,
de um negror tal qual a noite,
palavras com sabor de fel
que erguem muro de desgosto.

Palavras sem o tom colorido
do bem querer, inesperadas
e sem a poesia das flores,
do canto de amor,
do riacho de águas claras
correndo em solo fértil.

Quero esquecer a quem amo,
seu nome o jogarei ao vento
e distraidamente não mais pensarei,
não mais chamarei por ele.

Palavras que são rudes não quero mais
não quero palavras vexatórias nem insultos,
não quero palavras com o negror da noite,
prefiro o silêncio dos mortos!

Marta Peres

Foto de Wing0Angel

Sonhador -A Porta Das Estrelas-

Quando olho para o céu
Escuto apenas o triste som do lamento
Um puro e gentil assobio
Que foi carregado para longe pelo vento

Decidi não fugir, ficar ao seu lado
Para sentir o seu calor

Sem desviar meus olhos
Eu guardarei tudo em meu coração
Se esta canção soar verdadeira
Eu seguirei em frente
Para além da porta das estrelas...

Em meio ao som da interminável chuva vermelha
Passos ensurdecedores, dos quais não lembro
Se eu suavemente tocar sua mão
Poderei sentir seu pulso

Nós estamos conectados, não nos separaremos jamais
Deixe a luz das estrelas continuar a nos iluminar

Se alguma coisa mudar
E você abrir seus braços
Para ela, essa é a Verdade
Fique ao meu lado e jamais me deixe
Eu abrirei a porta para você...

Foto de Sonia Delsin

FLOR DO PÂNTANO

FLOR DO PÂNTANO

Linda flor do pântano.
O vento da manhã te castiga.
Isto me intriga.
Parece que ouço uma cantiga.
Ela corre o prado.
É parte do passado.
Flor do pântano.
Tuas pétalas na manhã são promessas.
Não promessas vãs.
De repente começo a enxergar perspectivas de outras manhãs...
Outras, outras e outras...
Deito os olhos para te admirar.
Flor do pântano...
Mostrando-me que posso confiar, esperar...
Castigada pelo vento parece me dizer.
Tudo vai melhorar.
Tudo vai melhorar.
Tudo vai melhorar...
Deixo-a.
Ficas a te balançar. Parece que estás a me acenar.
Continuo a caminhar.

Foto de Ednaschneider

Somos

Sou simples
Não reparem
Sou graveto, sou galho.
Quando sou muitos, sou árvore.
Sou como o orvalho
Sou como a gota da chuva
Sou pequena
Mas quando sou muitas
Sou a correnteza de um rio.
Sou o vento
Sou um assobio
Sou a estrela da manhã
Nestas noites terçãs
Sinto um grande vazio.
Mas sou criança
Sou febre
Sou esperança
Sou lebre
Sou nuvem
Sou Sol
Sou uma penugem
Exposta no lençol
Sou uma sombra na janela
Sou a mulher que quer ser bela
Sou eu
És tu
Somos nós
Sois vós...
Não preto como o breu
Não tão azul
Nem tão só;
Apenas eu quando escrevo
Apenas tu quando lês
Apenas nós quando eternizamos
E assim eu vejo
E assim tu vês
As palavras que escrevo, estas somos.

Joana Darc Brasil *
23/01/08
*Direitos Autorais reservados.

Foto de Raiblue

O amor é filme!

.

O amor é um filme
Uma série de episódios
Que nunca se sabe o fim
Sem um roteiro definido
O amor é improviso

Quando chega, de repente
Numa sessão qualquer
Num cinema vazio
Na escuridão dos minutos
Que antecedem as cenas

O amor é um filme de ação
Aventura, traição
Drama, comédia romântica
Divina comédia humana
Portas para o inferno ou paraíso

O amor é feito de vícios
Sob o efeito dos desejos mais lascivos
Entre flashs de pura emoção
Película delicada
Facilmente partida

Quando o amor é revelado
No escuro do quarto, as cortinas do tempo
Se fecham, num eterno momento
Trailers eróticos são encenados
Sem cortes nem planos marcados

Sexo explícito
No implícito do amor
Que vai nascendo
Nos ensaios das cenas
Entre seus movimentos, luz e cores...

Basta um zoom
E o amor vai crescendo
No arrepio da pele
Nos corpos trêmulos, entre beijos
Cinematograficamente obscenos!

E uma trilha sonora
Marcará para sempre cada história
Desse filme sempre inacabado
Dessa vida tão provisória...

Entre pausas e replay
Entre mágoas e saudades...
O amor é um filme
Que o vento nunca levará...

Película azul da eternidade!

(Raiblue)

Foto de Milla Duarte

Aqueles dias!

Ah!Aqueles dias são inesquecíveis.
Que dias!
Quando relembro dá uma felicidade
e uma dor que se manifesta devido
a saudade.
Que penetra no fundo do peito e reager
pelas lágrimas que escorrem pela minha face.
Juntos presenciamos a chuva,o sol,o cêu,a lua,
as estrelas,o vento,os raios...
Ah!Saudades desses dias inesquecíveis ao seu lado!

Camilla Duarte

Foto de Inês Santos

Rituais de uma poetisa...

Rituais de uma poetisa

Antes de começar a poetar…
Ponho a tocar um bom som…
Consumo-me em goluseimas…
Rebuçado, goma e bombom…
São os meus tira teimas…

Numa esplanada me sento…
Conjuntamente com raios de sol…
Sinto o sopro do vento…
Dou começo ao meu rol…

Escolho uma amálgama de temas…
Escrevo-os a limpo no papel…
Faço uma série de esquemas…
Saem riscos e rabiscos…
Começa a tomar corpo,até já está bel!

Palavras eu risco…
Enquanto petisco…

Oxalá não me ocorra vocábulos bizarros…
Se tal, corroi-o-me em cigarros….

Vou escrevendo….vou pensando….
-Já pensei !
Depois acabo repensando…
Com efeito de ver…
-Constatei…
Que lindo que ficou…
Com veleidade estou a vibrar…

Não foi a mente que sonhou…
É real, até o posso apalpar…
Que conjunto de versos cintilantes…
Leio, releio….
Que bem que aprecio….
Com riso e siso…
Entretanto creio…
Sou uma miúda fascinante….

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