Vento

Foto de Hisalena

Lágrimas

Na areia húmida desta praia deixo a marca dos meus passos
Impressa com a força do meu desânimo e dos meus cansaços,
Marcas que se vão apagando com as lágrimas que se escapam
Dos meus olhos, lágrimas que me atormentam e me matam.

Lágrimas de terna saudade da pessoa que eu já fui um dia
E que se perdeu algures nos labirintos desta vida estranha,
Lágrimas de mágoa por tudo o que em tempo sonhava e queria
E que com o tempo se tornou numa ilusão fosca e tamanha.

Lágrimas que o vento que corre ao cair desta tarde outonal
Aos poucos vai enxugando até ficarem apenas finos traços,
Lágrimas que se misturam com o salgado das ondas do mar,

Lágrimas que me lembram que tudo um dia tem o seu final,
Lágrimas que vão além dos sentidos, das almas e dos espaços,
Lágrimas de quem hoje desistiu de continuar a sofrer e a chorar.

Foto de Cecília Santos

SILÊNCIO

SILÊNCIO
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Você se afastou em silêncio.
Em silêncio aqui eu fiquei.
Tentando entender.
A razão do seu adeus.
As lágrimas caiam em silêncio.
Molhando o rosto meu.
Tinha gosto de sal, misturado
ao amargo fel do adeus.
Tentei acalmar minha alma.
Abafando meu grito de dor.
Mas no silêncio da noite.
Joguei meus aís ao léu.
Que foram sumindo no ar.
Feitos sussurros do vento.

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2008*

Foto de Sirlei Passolongo

Nunca mais

As folhas
que o vento
espalha
São como as areias
do deserto
Jamais retornam
ao mesmo lugar

As pétalas
que as rosas
soltam
São como as águas
da nascente
Jamais retornam
ao mesmo lugar

Os anos
que o tempo leva
São feito as folhas
que o vento espalha
Os grãos de areia
do deserto
São pétalas
soltas ao vento
e se foram... Feito
água da nascente
jamais retornam...
ao mesmo lugar.

(Sirlei L. Passolongo)

.

Foto de carlosmustang

"OLHANDO PRA CIMA"

Que sabor de menina, docê desejo à desejar...
Tudo que mais me fascina, é o duradouro, sonho de te amar;
Amar-te completamente, duradouramente, mesmo inconciênte, sempre se encantar!
Não, não é assim, mesmo correndo velozmente em sua direção;
Não ti encontro, quanto desencontro...
Em que terras tu pisas docê MENINA?!
Se eu vagasse ao vento, contemplando o vago relento, de uma vida sem sentimento de amor e de prazer!
Oh longos tempos! Tempos passados com você!
E de toda recordação, de momentos tão bons,
Do docê desejo de ser.

Foto de Dirceu Marcelino

SONHANDO ACORDADA

Vejo-te à janela do quarto e pensativa!
Como “Dali” ao longe um mar sereno,
Miras o horizonte, olhas contemplativa,
Talvez, penses e sonhe com o teu moreno.

Mas, estás com uma transparência vestida
E ela revoa ao sabor d’um vento ameno.
Dando à mostra aquilo que nos cativa
E nos assanha para um gesto obsceno.

Não percebes e continuas embevecida,
Sonhando a espera do teu pequeno.
Permaneces quieta e na expectativa

Provocante não responde ao aceno
E deixa suas formas assaz provocativa
Dar a resposta ao real contra-aceno.

Foto de Sirlei Passolongo

O Relógio e a Vida - Albino e Sirlei

Tantas horas, tanta lida
quando o relógio ameaça.
Com que pressa que tu vais...
nunca te esqueças que a vida
é areia ressequida,
é uma sombra que passa
que vai e não volta mais!...

Tantos sonhos por viver
quando o relógio dispara
e a saudade,
feito pólens no vento espalha
nunca te esqueças que a vida
é como água da nascente
jamais retorna ao mesmo lugar
Viva! cada segundo intensamente.

Albino e Sirlei

Foto de Maria Mamede

DEI-TE UM SONHO

Dei-te um sonho
trazido pelo vento
um sonho de amor
em movimento
suave, murmurante
benfazejo
um sonho
onde te vejo
oásis da Paz apetecida
que a areia escaldante
onde perpasso
imprime apenas
um solitário traço
de vontade
na herança prometida...
dei-te um sonho
que é também desejo
de tudo o que sinto
e almejo
na imaculada alvura
das Vestais;
um sonho promissor
dor em partilha
na incontrolável sede
que perfilha
a boca, o beijo
e nada mais!...

Maria Mamede

Foto de Ana Botelho

COMO ESPECTRO

COMO ESPECTRO

Quem terá um amor verdadeiro
Nesta noite de claro luar
Para a mim se apresentar,
Com belos sonhos e saudades
Que ao vento iremos reembalar.
Quem terá um amor doce
Longo, certo e bem possível
De me fazer chorar de rir
De adormecer em meus braços
Sob a luz do meu terno olhar.
Quem terá um agradável amor
Entre o mar e as doces estrelas
Para flutuar sobre as nuvens
Pernoitar e poder despertar,
Levitando, indo e vindo, sem parar
E nunca, por nada, se deixar levar .
Quem será este amor companheiro
Sem dúvidas, nóias e preconceitos
Dos nossos tristes antes e, apenas
Onde morem a verdade e a alegria
Sem nem pensarem na dor.
Ah, se você, por acaso, o conhece
Não demore muito a se mostrar
Se aquiete, venha, tenha medo não
E faça morada perpétua, aqui,
Bem apascentado, feliz e pleno
Bem dentro do meu coração.

Foto de Carmen Vervloet

AREIA DA PRAIA

AREIA DA PRAIA

Areia da praia, quanto mistério no seu silêncio esconde...
Mistério do mar que a beija e se vai sem dizer onde...
Mistério do vento que a acaricia e quase a enlouquece...
Mistério do sol que a aquece e depois no infinito desaparece...

Areia pura, que crianças felizes e infelizes, abriga.
Que correm , pulam, fazem castelos e jogam você para o ar,
Depois se vão, deixando-a na sua solidão perdida...
A procura de novos sonhos...
Que a inocência da infância sabe alimentar.

Areia morena tantas vezes profanada,
Tantas vezes massacrada, enganada, machucada,
Pela maldade dos homens, que a pisam...
Com o peso do egoísmo.

Areia, areia morena, areia menina,
Areia grossa, areia fina,
Areia, areia quente, areia fria,
Areia silente, que se falasse tanto diria.

Areia molhada, quem sabe talvez de chorar...
Presenciando desesperada a natureza a se acabar
Pelo homem cheio de ganância que já não tem olhos para ver
As coisas gratuitas e preciosas essenciais ao seu feliz viver.

Carmen Vervloet

Foto de KarlaBardanza

5 Concurso Literário.Título: O TESTAMENTO DA DOR

Que se faça saber
que este presente documento
é o testamento da dor.
Lavrado na lágrima do vento
e na maciez da pétala da flor.
Que fique registrado
que deixo meu maior bem
a quem nunca me partilhou.
Pedaços de mim comprovam
a ilusão de quem só amou.
E quem por mim fala
é a minha própria arte.
Que seja ela estandarte
dessa herança firmada
no tempo da escuridão,
nos autos do meu coração.
Que a minha vontade seja
ouvida e respeitada e
por assim ser deixo
meus antigos poemas ao seu dispor.
Mas,saíba amor,tudo se acabou.
Sacramento por meio deste
que não mais terás a mim,
a minha nova poesia tampouco
o meu nobre jardim.
Que fique ratificado que não
mais quero tua falsa diplomacia
e o teu silêncio atroz.
Que mesmo amando-te
não penso mais em "nós".
Diante do ora exposto,
deverá minha vontade ser assegurada,
pois sei que nunca terás o que te dei.
E por assim ser,deixo para você,
um pedaço do meu prazer.
Que seja cumprido o testamento da dor.
Que seja esquecido o passado.
Que seja apagado este amor.
N.termos
P.e.e. deferimento
Karla Bardanza

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