Vento

Foto de Carmen Lúcia

Demo-nos uma pausa...

Inspiremo-nos no descanso divino,
sétimo dia da Criação...
Uma pequena e indispensável pausa
tão fundamental quanto
equilibrar razão e emoção
ou amar até perder a noção...

Ainda que a velocidade do tempo
nos conduza à contramão do vento
e nos permita driblar os contratempos,
pausas se interpõem nos caminhos
e se fazem taxativas, obrigatórias.
A noite é pausa para o silêncio,
a madrugada, para os sonhos,
o frio, pausa infiltrada pelo inverno,
a própria morte, pausa para o descanso eterno.

Sem intervalos a vida corre o risco de extinção.
Porém o desejo de não parar
faz do hoje, alienação,
e do amanhã, frustração,
onde o próprio ser não mais suporta
a falta de tempo e o vazio dos dias
a serem esquecidos,
não fossem os retratos a revelar
lembranças de uma espera malograda,
não relatada, pra não se humilhar ao próximo.
Pausas são preenchidas pela internet e tevê,
que fazem companhia à insônia,
deixando solitário quem dorme.

Sem uma parada a vida corre rápida,
hábil e eficiente,
porém sem perceber a paisagem que passa
e o futuro a se confundir com o presente.

No descanso do sétimo dia
Eis a pergunta que estribilha:
“O que vamos fazer hoje?”
E com certa ansiedade,
sonhamos com uma longevidade
de muitos e muitos anos...
sem nos conscientizarmos com os danos
de quem não sabe o que fazer
numa tarde de domingo...

_Carmen Lúcia_

Foto de Marilene Anacleto

Minha Mensagem

Escrevo para aqueles que saibam ler com a alma
Sou a ponte que transcende e vai em busca da alegria
Do amor, da esperança e da calma.

Por isso somente escrevo aos que, nas noites escuras
Vêem a lua na madrugada. Os que compreendem versos
Terão, então, sua alma lavada.

Anjos de iluminadas asas e suas harpas de cristal,
Os sonhos em melodias feitos notas de cascatas
Deslizam em chispas claras.

Escrevo também para aquele, cujo tato sinta a emoção do abraço
E o compartilham, embora em retalhos de vida,
Mesmo em dia cansado.

E para os que têm paladar de saborear ricos pratos,
Com apenas simples olhar sinta o gosto dos versos
Como quem saboreia um manjar.

Para os que olfato têm, e aromas pressintam à distância,
Viajam em pensamentos e sentem o perfume das matas,
Traduzido nestas palavras.

Aos treinadores de escuta que possuem boa audição,
percebem o som do vento, transformam em canto um lamento
E o sussurrar do coração.

Também para quem tenha visão e pureza de criança,
E faça de uma nuvem, um anjo e de um borrado, um coração,
E veja o mundo desenhado em canção.

Construo, portanto, versos para os que vivem de sua alma,
Permeiam seu corpo de esperança, preenchem de amor seu coração.
Porém, necessitam ter, sobretudo, espírito vivo e boa carga de emoção.

Marilene Anacleto

Foto de Arnault L. D.

Indivisível

No ar, a pipa a voar
e a linha é o seu sustento.
Se um dos dos dois faltar:
É o vento, é o vento...

São completas quando unidas.
Sozinhas, não são a metade.
Se metade é o mesmo que nada;
separas perdem suas vidas,
só existe se na integridade.
Voando numa forma alada...

Por que então separar o amor?
Dizer que é outra coisa a paixão?
Se de uma delas, você se despor,
a outra, logo torna-se em vão...

Como o amor desapaixonado?
Se é madeira para combustão...
Mas, para o fogo ser inflamado,
deve haver paixão pelo amado.
Ou o amor fica sem razão,
Incompleto, acaba se fracionado.

A paixão quer no céu voar,
o amor, é linha, seu sustento.
Se um dos dois se acabar:
É o vento, é o vento...

Foto de marialaura

choras saudades

CHORA

Chora coração

deixa a lágrima

molhar o rosto,

descer suavemente

entoando as melodias

que embriagam o AMOR.

A lágrima que cai

saúda a ausência

do SER que anda

beijando o aroma da rosa,

sentindo que és tudo

que ouve as canções

que harmonizam a vida

como a essência da paz.

O choro que feria a alma

agora dança com o vento

que abranda a dor

com a fragrância da flor

moranguinho

Foto de raziasantos

Em busca do sol.

Pelos vales e desertos caminhei.
Em busca do sol de minha vida.
Encontrei muitas pedras, desertos, áridos...
Deixe que as folhas secas cobrissem o meu caminho.
E na eternidade das palavras, me perdi.
Apanhada pela chuva na estrada sem saber o caminho de casa.
Quando o frio ia congelar minha alma.
Abri os olhos moribundos e deixei que as flores cobrissem meus caminhos.
O vento da primavera sobra toda a desilusão.
Surge além das montanhas o tímido sol seus primeiros raios brilham e deixam o céu cor de rosa.
Agora caminho na chuva fina ainda está triste.
Espero o arco Iris, para me mostrar o caminho para casa.
Pois me perdi á procura do meu sol.
Quero voltar e viver, colher as lindas flores, do meu jardim
Sem tristeza nem dor.
Quero voltar para meu lar, mesmo sem meu sol encontrar.
Ali te esperarei no meu canto de amor.

Foto de Arnault L. D.

O amor e o vento

Ah! Poeta... Que só vê no amor alegria.
Desculpe... Mas, você nunca amou.
Que só sabe do amor, a luz do dia.
Ingenuidade de quem não o provou.

O amor também faz silêncio,
e traz nós a prender na garganta,
pode travar a vida no ócio,
a ruminar... Me perdoe se lhe espanta.

O amor não exclui-se em um só,
é prisma, uma lente, um habitat.
Onde convivem a semente e a mó...
O certo, o errado, aderem onde está.

Poeta, que só rima amor e flor.
Desculpe, mas, esse amor é mentira.
Quem realmente ama, aprende rimar com dor
e com tantas outras palavras que inspira

Iluminado é o amor, quando é bom.
Mas, não se iluda, poeta do fulgurante,
que o amor não é nota, porém, tom.
Comporta múltiplas escalas e o dissonante.

Não há musica de uma só nota .
Impossível amar sem mais sentimentos.
O amor, comporta além de si em sua cota
e justamente por isso, não é ar, é vento.

Foto de André Toledo

Palavras

Lanço agora minhas palavras
ao vento, na esperança de que ele
as deposite nas mãos que um
dia tocaram as minhas e aceleraram
meu coração.
Quando meu coração dispara,
tudo o que mais existe para.
Não sou onipresente.
Mal sei do meu presente.
Com um passado apagado.
Sem esperar do futuro.
Hoje é sempre difícil...
Não há felicidade, muito menos tristeza.
Um coração partido.
O metal intacto...
Tudo muito bem guardado...
Fome e destruição ainda ofuscam
os olhares que queriam
se perder pela natureza.

Foto de Jamaveira

Ana...

Ana...

Sou o vento, és alento
Sou tempestade, és calmaria
Sou mar revolto, és porto seguro
Sou calor intenso, és brisa da manhã
Sou madrugada gelada, és gota de orvalho
Sou inverno, és primavera
Sou pesadelo, és sonho de amor
Sou o fim, és recomeço
Sou apaixonado, és minha outra metade.

Jamaveira®

Foto de Drica Chaves

Estação do Encontro,nº 39

Quero dizer aqui e agora
Tudo o quanto aprendi e... devora!
Sim! Minhas palavras ao vento...
Leia, compreenda, interprete, devolva
Mas acrescente rumores;
Então dissabores, e nem por isso rubores
De vozes malditas e malquistas
A nos perseguir...
Deixa eu gritar e num impulso reprima
Ou permita-se alucinar,
Intrigar e rebelar
Nossa voz voando alto
A quilômetros sem parar
Até chegar à estação:
- Aquela espetacular!-
A Estação do Encontro, nº 39
Ah! Hora marcada e pronto!
Beijos e afagos
Assombros?
Não!
Sonhos...

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de Cecília Santos

UM DIA QUALQUER...

UM DIA QUALQUER...
#
#
#
Um dia qualquer, serei pó ou
folha carregada pelo vento.
Serei lágrimas, num olhar de
despedida.
Serei eco, das palavras
proferidas.
Serei um breve instante, numa
vida quase sem sentido.
Serei um pouco de tudo, que
sempre quis ser.
Serei vento forte, ou brisa
mansa e passageira.
Serei a saudade, a doer num
coração.
Serei lembranças, de alguns
momentos felizes.
Serei um dia desses, um
perfume subtil.
Serei apenas um nome, quase
inesquecível.
Mas nesse dia serei apenas,
o que restou se um sonho.
Serei apenas um ser invisível,
na memoria de alguns!!!

Cecília-SP/02/2011*

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