Vento

Foto de Peter

Momentos

Momentos....

O dia amanhece
O sol me aquece
Os pássaros a cantar
O vento a soprar

Levemente as arvores abanam
Docemente me amam
Flutuando entre amor
Vou chegando ao redentor

Sinto o belo aroma
O prazer me toma
Inspiro toda liberdade
E solto toda vontade

Vagueando entre sensações
Vou abraçando corações
Contando todo o sentimento
Vou chegando ao firmamento

Ela me inspira
Num amor que respira
Ela me faz sonhar
Num sentimento de amar

E com a força da natureza
Desflora na sua beleza
E com todo este amor
Ela me faz o seu senhor

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa V – Eu te amo

O Tigre aproximava-se de seu destino correndo,
muito mais rápido que o próprio vento.

Deveria a novidade, a Rosa contar.
Que ambos pudessem se alegrar.

Ao ver a Rosa em seu jardim,
não podia conter sua alegria enfim.

Disse todo o ocorrido a flor contente,
e que poderia ficar algum tempo, sem estar ausente.

Conversou com ela por todo o dia,
e a Rosa encantada com tudo o que ele dizia.

Quando a noite começou a cair como uma cela,
ele ainda estava ao lado dela.

Viajou com ela na história que contava,
para um lugar, que a Rosa sequer imaginava.

Olhou fixamente para o céu,
com cobertura de estrelas formando um véu.

Viajou nos pensamentos,
aproveitou todo o momento.

Já era hora de revelar o que sentia,
postergou estas palavras por todo um dia.

Tinha medo de qual seria a reação.
Afinal, o amor entre ambos teria que ter uma boa razão.

- "Chega !" Exclamou sem temor.
A razão para o amor, é o próprio amor.

Sabia o que teria que enfrentar,
finalmente uma causa justa pela qual lutar.

Olhou a Rosa e disse insistentemente :
"- Eu te amo minha Rosa inconseqüente !"

Deitou ao lado de sua amada,
e se amaram por toda a madrugada.

Foto de Layza Lys

Será?

"Te amo, te amo", mas será verdade?
Será que é contigo que está minha felicidade?
Dúvidas assombram meu viver
Será que eu devo te querer?

Será que ao teu lado é meu lugar?
E não importam o que vão falar?
Eu não sei mais o que fazer
Queria chorar até morrer.

Uns dizem para parar,
Outros dizem para ir em frente
Mas será que eu vou aguentar
Ficar entre tanta gente?

Com tantos dando opinião
Não consigo nem ouvir meu pensamento
Mas será que eles tem razão
Ou são só "folhas ao vento"?

Foto de giogomes

Eu e ela em quatro estações

Vivia acuado em meu mundo acomodado.
Parado.

Com a vida passando junto aos carros das grandes avenidas.
Em ambas as pistas

Algemado a uma rotina sem rumo ou sentido, cíclico.
Um pássaro ferido, amargurado, impedido.

Quando a encontrei pela primeira vez,
foi quando o meu mundo se refez.

Entrou em minha vida como brisa de primavera.
Fria, mas com promessa de acalentar a quem espera.

Por algum tempo manteve-se a parte.
Como se observasse tudo do alto de um estandarte.

Aos poucos conheci suas grandezas de menina,
que espera uma mão acolhedora para cruzar a esquina

Mas ela cresceu, mudou os rumos de sua vida.
E, me disse que estava de partida.

Como a adolescente que tem medo, mas enfrenta a sua vez,
nesse momento o meu mundo novamente se desfez.

Ela se foi, mas não por muito tempo,
pois algo maior mudou a direção do vento

Ao encontrar seus olhos, vi que algo tinha mudado.
Só não entendia a intensidade do que tinha enxergado.

E ao encontrar toda aquela altivez,
disse adeus ao velho mundo e um novo se fez.

Com a primeira manhã de verão,
acordamos cedo para aproveitar toda a estação.

Vivemos o melhor possível tudo isso,
mas não mencionei a quem lê, que era um amor bandido ?

Tudo era farra, alegria e nada comedido.
Afinal, não é gostoso tudo o que é proibido ?

Por um tempo, tivemos tudo o que precisamos.
Amor, carinho, cumplicidade e até planos.

Aprendemos muito e rimos um com outro.
Mas ela começou a se questionar, se isso não era pouco.

Nossa relação oscilava entre o calor e o frio do abandono.
Então, ao fim do verão, entramos no outono.

Ela percebeu que não é só o amor que mantém,
e sim as provas de amor que se obtém.

O que eu podia provar já não era suficiente,
pois a maior de todas , era totalmente inconseqüente.

Minha adolescente, finalmente cresceu,
e com a fase adulta, a dor das escolhas apareceu

Ela não podia viver desse jeito.
Vida de concubina não era algo perfeito.

Ela resolveu por um fim da "sua" melhor maneira possível,
e o resultado foi dor a ambos, de maneira indescritível.

Ela disse o que não podia ser dito.
E eu respondi o que não podia ser respondido.

O estrago estava feito.
Conhecemos o lado negro do amor que parecia perfeito.

A primeira bonança, minha vez de ser humano,
cometi o erro de mentir e ser desumano.

Esquecemos tudo o que tínhamos dito.
Finalmente descobrimos o fim de um amor bandido.

E ao fim do que parecia eterno,
finalmente chegamos ao inverno.

Após ânimos contidos, tentamos ser amigos, pois restava emoção.
O único dia quente desta fria estação.

No começo foi bonito.
Um vínculo assim, não podia ser partido.

Mas ela tinha outros planos, queria outras emoções,
viver novamente a sua vida, sem se lembrar das outras estações.

A cada encontro, ela tomava mais decisões.
Infelizmente, não era levado em conta minhas emoções.

Minha vida tinha se tornado um lugar tórrido, sofrido.
O quê mais em nossa relação seria restrito ?

Não poderíamos fingir amizade,
se o que desejávamos era nos possuir de verdade

Finalmente o inverno tinha se firmado.
O vento frio, desta vez não tinha como ser enfrentado.

Até a última vez, ao tomar sua última decisão de dor.
Tomei coragem, e pela primeira vez disse não ao amor.

Estava sofrendo muito, totalmente corroído.
Sentindo as dores dos anjos caídos.

Pensei comigo , "Se esse é o preço que tenho que pagar",
"Infelizmente não estou mais disposto a lutar".

Já haviam sido ditos vários "Adeus",
mas dessa vez foi com a convicção dos ateus.

"O que ela sentiu ? O que fez ? Aceitou o fim ?"
Sinceramente, creio que sim.

"E as outras duas perguntas estreitas ?"
Não procurei saber as respostas feitas.

"Ela ficará bem ? é o fim ?"
Acredito de coração que sim.

Ela é uma mulher corajosa.
Qualquer homem desejaria sua pele de rosa.

E o cheiro dela que sentia em mim tão profundo,
se esvai a cada minuto, segundo.

E agora, com toda esta convicção e a vida que me espera,
aguardarei uma nova primavera.

Foto de betimartins

Diário da minha vida – Parte um

Diário da minha vida – Parte um

Minha vida é um faz de conta encantado, onde eu fui menina bem pequenina entre lembranças, birras, choros e gargalhadas.
Correndo entre os passeios do jardim da minha amada casa, lembro do balouço branco abanando com o vento, aquela menina sentada na cadeira de ferro, com o livro sobre a mesa, sentindo-se a dona do mundo.
Lembro do dia em que fiz a minha comunhão na candura do meu vestido minha alma estava confusa sobre o medo entre o gélido frio que sentia por medo de errar em algo.
Não entendi ali o magnífico momento e comunhão com Deus, coisas de criança distraída e teimosa.
Ainda lembro-me da casa, toda em pedra, pintada entre os desenhos da pedra em branco, as escadas onde eu alegre colocava as velas acesas para a procissão passar. Quanta vaidade eu sentia ali, naquele mágico momento, onde ninguém podia tocar só Deus e eu.
Lembro do jardim que mais tarde ajudava a cuidar, lembro das roseiras, do podar, regar, da exausta forma de tirar as ervas daninhas a sua volta. Eram as rosas mais belas em seu tom vermelho aveludado, nos presenteando com seu cheiro maravilhoso.
E as Primaveras, como eram belas as Primaveras, as flores desabrochavam e abriam deixando tudo repleto de pura beleza, os passarinhos vinham alegres fazer seus ninhos nas aves dos frutos, a tartaruga despertava do seu sono profundo e passeava entre canteiros e seu pequeno lago. .
Lembro-me de correr abraçando meu tio, mostrando as borboletas que por ali passavam, era tão belo, eram tão variadas, o céu azul, a brisa que por ali passava nos refrescando a alma, no silencio do mágico momento.
E as historia de vida e contos do cotidiano que meu amado avô contava debaixo da varanda, onde escutava feliz por estar ali, mas sempre em minha alegria e curiosidade eu pedia mais uma historia a que falava das bruxas na encruzilhada.
Sorrindo e com aquele rosto meigo e paciente, voltava a contar e contar e nunca me cansávamos de escutá-lo.
Um dia as nuvens vieram sobre a minha casa, com aquela escuridão levando aqueles que eu mais amava e tive que crescer e deixar de sonhar acordada.
Entre trovões e tempestades, entre lagrimas e desatinos, escolhas eu cresci velozmente com o relógio do tempo sem nunca parar.
Quis duvidar do meu Deus, gritei com ele sem medo, impôs respostas e no meio da minha revolta por vezes devo ter o ofendido com arrependimentos constantes.
O Deus do meu coração perdoou, mostrou-me o amor, abençoou e eu caminhei de pazes feitas com ele, feliz.
Hoje voltei a minha casa antiga, a casa de onde eu fui menina, onde corri entre brincadeiras e gargalhadas e vi que nada restou dela a não ser o lugar mágico que ainda eu senti ali naquele momento.
Nem jardim, nem o balouço, nem as pedras são iguais, a água sumiu, presa a um poço escondido, parece um palácio, mas não é o meu palácio onde eu fui feliz na infância.
Caíram as lagrimas de saudade, lembrando-me das historias que por lá passaram, lembrando-e de um casal que teve sonhos e os realizou no amor e na partilha da vida.
Esta é uma pequena parte do meu diário de vida.

Foto de Vágner Dias

Brisa no fim de uma tarde

Como e bom ter você, e tão bom que você existe, mas infelizmente não posso fazer tudo que penso, que quero hoje um vento gostoso batia no meu rosto, fechei os olhos e imaginei que a alguns metros daqui estava você, sentindo o mesmo vento ao tocar seu rosto.
Mas só a brisa podia nos tocar naquele momento. Uma vontade louca de ficar juntinho com você, gostaria que nesse momento o tempo parasse e nos dois pudesse ficar juntos por algumas horas.
Aí sim eu poderia dar o melhor de mim pra você, porque tudo que eu, mas quero e ficar sozinho com você, matar essa fome insaciável que eu tenho de você, gostaria de tocar os teus lábios com os meus.
Sentir sua respiração, o calor do seu corpo no meu, esquecer o mundo tudo e todos e fazer o momento só nosso...Você e a fonte que eu estou babando por um gole imediato, vem matar minha sede vem matar minha fome insaciável que meu corpo sente de ti.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre III – A espera

A Rosa não imaginava que o animal guerreiro,
pudesse descobrir o seu paradeiro.

Pensou que o Tigre fosse como outros afora,
que a admiraram, mas foram embora.

Viu distante, algo se aproximando.
Tinha a perseverança de quem está procurando.

Estava desnorteado e correndo,
ela percebeu que estava contra o vento.

Destilou o seu perfume inebriante
e o conduziu até ela em um instante.

Lá chegava o seu admirador.
Como presente, simplesmente desabrochou.

Novamente estava junto de seu tropeiro
e sem a intervenção do Jardineiro.

Com um simples suspiro de vitória,
teria novamente o Tigre e suas histórias.

Mesmo sabendo que poderiam o dia todo passar,
ela sabia, que ele teria que voltar.

Deveria ele cuidar de seus afazeres
e de todos os seus deveres.

Ela não poderia com ele voltar,
pois tinha um jardim para deslumbrar.

Tinha certeza de que o Tigre iria voltar.
Ele a contagiaria com suas história a contar.

Mostrariaa ela que a vida é bem maior,
que o mundo é grande e bem melhor.

Esperaria com ansiedade,
a sua volta e a sua amizade.

Vendo o Tigre retornar a sua terra,
sabia que se preciso esperaria por uma era.

Foto de Arnault L. D.

7° Concurso literário (Conto) Montanhas Submersas

O amar cria em nossas vidas, marcas na paisagem; marcos, obeliscos, torna a planície dos dias vincada por vales e sinuosa por montes, picos, montanhas...

Dependendo dos amores, são apenas dunas... E o vento se encarrega de dispor. Porém, existem outros que são muito diferentes.

Tornam-se pontos de referencia, verdadeiras pirâmides, enormes montanhas de pedra.

Quanto aos outros amores, dias, cotidiano, são como a agua da chuva, que se acumula, toma a silhueta da paisagem, a tornando mais plana, cobrindo os montes menores, ou mesmo, os diluindo. Dependendo do volume destas aguas os montes submergem, até que apenas reste só um mar... Plano.

Até mesmo a montanha mais alta fica oculta, alagada, mergulhada, neste horizonte quase sólido...

Porém, ela continua lá. De maneira difusa, numa localização imprecisa... Mas abaixo da inundação, oculta, ela continua.

Contudo, como toda inundação, esta também se nutre da constância da chuva, para que suas aguas não escoem. Pequenos romances, amores casuais, noites ardentes, todos são gotas, que devem pingar constantemente.

Porque se forem minguando, se houver estiagem, faz baixar as aguas deste “mar”... formado por estórias, ilusões e passatempos. E no limiar, você bem sabe o que ressurge:

Novamente a montanha mais alta, torna à luz , sólida emerge.
A montanha de seu grande amor.

Foto de Lefurias

Provas de amor

E o que faz para provar que amas?
Palavras soltas ao vento, esperando que as pegue.
Covardia, não assumir por pavor,
Por onde anda as tuas provas de amor...

Era bonito, ainda que alucinante,
Fascinando a todos com seu amor contagiante,
Belas palavras ditas aos gritos,
Berros de amor soltos no infinito.

Repertório inacabável,
Incrível forma de se expressar,
Provando dia-a-dia,
Que o amor nunca vai acabar.

Aos poucos unindo os corações,
Suas mensagens se encaixam perfeitamente,
Provando o amor em ações,
Amor que nunca sai da mente.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre I – A história

Era uma vez, uma história,
que ficará para sempre na memória.

O amor entre uma Rosa e um Tigre,
que teria uma vida triste.

Tudo se inicia com a Rosa em seu jardim,
ao lado de outras flores e Jasmim.

Cansada do seu canteiro, da imposição do seu Jardineiro,
queria conhecer ao mundo inteiro.

Ao lamentar sua vida parada,
observou vários animais cruzando a estrada.

Nunca reparou naquele movimento,
no seu andar veloz ao vento.

Na vastidão daquela liberdade,
mesmo cometendo alguma atrocidade.

Ao se entreter com aquela visão invejável,
um animal lhe chamou a atenção. Era notável !

Era triste e imponente,
os outros ao seu redor pareciam impotentes.

Para fazê-lo perto chegar,
nem precisou desabrochar.

Tampouco destilar seu perfume,
que era seu costume.

Ele começou a se aproximar,
e ela começou a admirar.

Sem entender o que contemplava,
alguém além do Jardineiro a admirava.

Quanto mais se aproximava,
percebia o quão triste estava.

A Rosa finalmente descobriu que o animal imponente e triste,
era simplesmente um belo Tigre.

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