Visão

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Brasil?

Brasil:
Qual o seu nome
E a sua idade?

Qual a sua cara, Brasil?
De onde você vem?

Você tem filhos, Brasil?
Tem sonhos
Aspirações
Metas a conquistar?

Qual a sua verdade, Brasil?
Qual sua mentira?

Qual sua cor
Sua religião
Seus gostos e virtudes
Situação e opinião?

Você é bom, Brasil
Ou é mau?
O que tem a me dizer de Oswald de Andrade
E todos os seus artistas?

Brasil, qual a sua profissão?
Você é um poeta
E nos seus versos contém as respostas
Do que pergunto?
Você é ladrão, Brasil, é puta?
É auxiliar de escritório
Ou auxiliar de necrópsia?

Diz aí qual é que é a tua, Brasil?
Qual é sua marca?

Você é homem ou mulher, Brasil?
É bicha?
É maconheiro?

Você é seu povo
Sua visão romântica
Seu julgamento realista?

Você é sério, Brasil
Ou piadista?

Você é rico, Brasil
Terra de ouro, mata e mar
Imersa na miséria?

Você já achou uma justificativa, Brasil
Desculpa ou coisa parecida?

Você é lindo, Brasil?
Afinal, você é amoral
Ou imoral?

Você tem regras, Brasil
É apenas para profissionais?

Me diz, Brasil
Se te amo ou te deixo
Se me calo ou me queixo?

Se você quiser eu te ajudo.

Foto de Arnault L. D.

Borboletas na escuridão

A fria brisa dá-me um beijo,
com lábios úmidos de Lua.
Meu coração compassa lento,
fecho os olhos e o desejo.
Abre-se em mim, qual na rua,
vias, desertas, para o vento.

As estrelas, todas moram,
na doçura da imensidão.
Ficam a esperar a treva
e as mariposas, que retornam,
borboletas na escuridão...
Na noite são; e o vento leva...

Madrugada, quero a solidão,
das luzes a névoa embotar,
na neblina que se esparsa,
a dizer não, ao que for visão.
A guardar pra si o limiar,
na ténue luz, que se esgarça.

Espero o frio a congelar,
contraste a pele que me ardia,
cabelos, olhos, a umedecer,
no hálito que a névoa é ar.
Sopra-me, distante o dia...
Noite fria, dá-me o anoitecer...

Foto de Edigar Da Cruz

SEM TÍTULO

SEM TÍTULO

.Nos Anseios nas duvidas e incertezas,..
Das incertezas da existência do quere...
Descrevo a vida como sem titulo
Sem vírgulas ou versos ou mesmo pontos,..
Simplesmente palavras!!! Esquecidas enfraquecidas,..
Sem vontade e vida...
Mundo redondo! Cilíndrico!! Oval
Quase maligno e maluco
Uma visão de divisão ,dentre palavras sem valor sem titulo algum
Ser o que somos!, Vidas sem títulos
Em busca de um sentido de vida..
Para anexa um singelo titulo..
O sonhar e realizar!!
O Sonhar e acreditar!...
Viver sonhar e almejar....
Aspiro em compassos à vida..
Aspiro o ar da evolução,..
Sou vivo!!!
Sou fraco!!!
Sou um louco !!!
Sou um verso ou poema,..
Em busca de um Titulo..
Sou aprendiz dos sonhos perdidos,..
sou um tipo de duvida da existência
Sou nada mais que um POEMA SEM TÌTULO
Sou nada mais que um Acaso

Autor:D;Cruz

Foto de Jack Nilson

Estado emocional

A alegria me manda gritar, mas a tristeza me manda calar a boca. E por mais que eu queira ouvir a primeira voz, a segunda anda falando mais alto.

Agora já não sei mais. Não sei mais como agir nem como pensar, e me lembro vagamente como sorrir. Estou em um turbilhão de sentimentos, pensamentos, e me sinto perdido. Fazer o quê, afinal, vivemos pra sofrer não é? Aprendemos isso desde cedo, e convivemos com isso. É errado pensar assim, construímos barreiras sólidas demais bem em frente a coisas belas, e isso impede nossa visão.

Penso no amor como se ele fosse um jardim. Florido, belo, até com fadas se ela quiser. Eu construí um muro na frente desse jardim, e quando vi que tinha agido errado, quando percebi que as bases desse muro eram fracas demais diante o que eu sentia por ela, peguei minhas forças e o derrubei. Foi difícil, mas foi o melhor a fazer. E logo após derrubá-lo, pude perceber que ela havia colhido todas as flores do jardim e tinha partido.

Então fiquei perdido, em frente a um jardim sem flores, sem amores, sem cores. Me senti perdido, e ainda me sinto. A cada dia isso piora, como se a cada dia eu me sentisse mais sozinho no jardim.

Como se a cada flor nova que eu plantasse, a tristeza viesse e pisasse em outras duas. Se ela ao menos tivesse deixado aquela muda de esperança...Mas até isso ela colheu.

Sei que ela vai acabar jogando minhas flores em outro jardim, mas eu duvido que ela encontre outro mais florido e com mais amor que o meu. Duvido que ela encontre outro jardim onde haja tanto amor.

Eu realmente não sei onde estou, e não sei quando vou me encontrar.

Foto de Rute Mesquita

O pacto

O Mundo gira,
as trevas ausentam o sol...
Sinto a minha ira
acima da cantiga daquele rouxinol.
A lua cheia,
contrasta com o céu
e eu acordo com uma voz que diz:
‘Vinde tomar a sua última ceia.
Vinde ao meu acordo
e verás que não estás só’.
O meu corpo,
levantou-se,
correspondendo ao chamamento
contradizendo,
a minha mente que ia enfraquecendo.
Movo-me num andar assombroso.
Rastejo-me… num olhar penoso…

†††

Chego, à grande sala do castelo,
vejo uma mesa enorme cheia de sacrifícios.
A minha alma diz que de nada tem belo
mas, a voz interfere:
‘Eis os nossos delícios.
Sentai e brindai comigo’.

†††

O meu corpo obediente,
ergue o corpo que derramava sangue.
A minha mente fraquejava e fraquejava…

†††

Aquela voz suava a mestre,
a possessão, a poder,
e fazia-me nas suas palavras ferver
como se me afundasse no manto da crosta terrestre.

†††

Brindámos e a minha visão alterou-se…
Tudo se cobria de vermelho
e nós gargalhávamos sem razão.

†††

Eu acabara de perder a minha alma,
Havia punido
e estava na sua grande palma.
Tornei-me uma criatura insaciável.
Já não era aquele ser racionável.
Agora, sou uma predadora
e à noite saio do castelo.
Sempre com um ar de desconhecedora,
sentada naquele jardim,
afagando o meu cabelo.
Tentando parecer normal
para atrair atenção.
Desejando, que alguém caísse na tentação
do mal.
Na verdade, conheci muitas bocas,
que me elogiavam
mas, tinha de levá-las às minhas tocas.
as minhas presas assim o ditavam.
Conheci muitos corações,
uns puros, outros marginais.
Hum, como já tanto saboreei por dois furos,
aqueles racionais.

†††

Continuarei a crescer,
continuarei a matar.
Não me assusta morrer
mas, sim ir sem te provar.

Foto de Carmen Lúcia

Co-autora

Quando eras rei, te aclamava...
Eu... tua platéia, rainha ou escrava,
entre risos e gritos da meninada ouriçada,
aplaudia tuas bravatas...Contigo sonhava.

Juntos crescemos, adolescência atribulada,
eu, apaixonada, sem nunca ser notada.
De tuas paixões, a coadjuvante,
de teus enredos, figurante.
Como cineasta sempre davas as cartas.

Emaranhei-me nas teias de tuas desilusões,
choravas as minhas lágrimas derramadas...
Em teus filmes, fui figuração
enquanto a protagonista roubava teu coração.

Lado a lado, vivendo tua história,
lamentando teus erros, vibrando tuas vitórias,
fui sombra que protege de sóis que escurecem
ofuscando a visão aos valores que enobrecem.

Mas, nas vezes que te senti morrer
(e que de vez iria te perder)
tomei-te as cartas...Eu mesma as dei!
E sob a minha direção
transformei realidade em ficção.
Mudei a trama, fui produtora,
juntei-me a ti, protagonista e co-autora.

(Carmen Lúcia)

Foto de Edigar Da Cruz

Lembranças

Lembranças

.Há momentos que nos apegamos às lembranças
.Há lembranças boas,
.Há lembranças boas! e não muito boas! que tentamos a elas esquecer! Lembranças e parte do livro da vida de vida de cada um que passa em ,nossas Historia de vida Que passa e deixa a ela aquela marquinha ali! Feito uma tatuagem registrada que quando nós menos a pensamos vêem feito passe de mágica e surge nas lembranças.,

Há Momentos
Que sentimos tanto a falta daquele alguém !
Que tentamos exalar dos nossos sonhos e das arcadas lembranças que sempre vêem...
Uma doce lembrança do passado que sempre ta no presente,! Como ao presente visão do passado lembranças,.apenas marcantes,...
Dos momentos vividos primordialmente a construção de nossa identidade,..
Essas nossas lembranças viu!!! nos pega peça sempre,..
Dos risos e das gargalhadas longa e engraçadas exageradas...
Dos micos da vida ***Que pareciam mais kings Kongs**
Hoje tão estúpidas e quase esquecidas mais bem arquivada na alma....
Lembranças somente lembranças boas ou ruins ..
Que se tornaram marcas para vida..
Apenas lembranças pequenas ou grandes sempre lembranças nada mais

Autor:D.Cruz

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Foto de Carmen Lúcia

Da euforia à solidão (poema antidroga)

As cores se embromam num só raio de luz,
o sol se reparte e brilha por toda parte,
o belo se intensifica ante a euforia que reluz
e ecoa nas mais diversas línguas, a liberdade.

O trágico não participa do momento
nem garante que não virá...
Espera abrandar o tal evento
e em oposição ao tempo toma seu lugar.

Ledo engano...
Sentimentos insanos querendo voar,
entorpecidos por dependências letais,
escravizando cada vez mais.

Liberdade fugaz...
Preço alto de uma suposta libertação
que por uns instantes satisfaz
e depois passa a ser tarde demais.

Vem a solidão...
A ausência de si mesmo...
Da sociedade, a rejeição.
Do mundo, a exclusão.

Valores intrínsecos tornam-se banais
a desintegrar a própria personalidade,
mentiras se fantasiam de verdades,
viver, morrer, opções casuais.

A cura é a vontade própria e segura
de libertar-se por caminhos diferentes,
aprender a remover o que não era mais ele,
renovar-se no belo, em elevação,
na plenitude da visão interior iluminada,
no resgate da verdadeira libertação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Os Tons do Amor

O reino do amor é grande e sedutor...
Tão grande que encheu todo meu sonho.
O reino do amor da açucena tem a cor,
é buquê colorido que encanta olhos tristonhos..

O REI expande nele sua luz divina
e tece em seus teares toda a beleza,
um céu anil, uma lua prateada que tudo acetina,
um lago de paz que suaviza qualquer tristeza.

A mãe, a rainha, que no ventre agasalha o filho
e o protege com amor incondicional e eterno,
vela-o em seu berço, enfrenta empecilhos,
dedica-lhe seus sentimentos mais puros e ternos.

No reino do amor a fraternidade é imensa...
Tão grande que em canção a alegria se difunde intensa
na paz transcendental da tarde silenciosa
que desperta em seus súditos uma visão sempre radiosa.

No reino do amor não tem discórdias, nem contendas...
Casais andam de mãos dadas em cumplicidade,
romances envolvidos em perfumes e rendas
ciúme e egoísmo incinerados em outra cidade..

Nele o amor é como um prisma de cristal,
recebe um facho de luz monocromática,
irradia o amor tecido de forma artesanal
sob infinitos tons, muda no livro da vida, a temática.

No reino do amor o essencial é visível aos olhos!

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Páginas

Subscrever Visão

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma