Visão

Foto de Cecília Santos

Velhos costumes

Estou com saudades de mim, de você, de nós.
De quando a canção enchia de amor meu coração.
De quando as palavras fluíam à todo instante.
De quando a alegria, sorria pra nós.
Estou com saudades, não sei bem do que!
Talvez da nossa amizade, do nosso bem querer.
Do tempo em que o riso era solto, a gargalhada inevitável.
Sinto falta das nossas conversas, das nossas tontices.
Das horas à fio em que passávamos juntas.
Sinto falta da chuva teimosa em cair, batendo na vidraça
despertando os sentidos.
Saudades dos dias de inverno, embaixo dos cobertores
assistindo tv.
Sinto saudades, que chegam sem ser anunciadas, que
arrebata minha
alma e se alojam em meu peito.
Sinto saudades dos seus olhos, onde neles eu me perdia.
Sinto falta da alegria que aqui morava e aos poucos se perdeu.
Sinto tantas saudades... saudades... saudades!!!
Que turva-me a visão, a ponto de não enxergar a sua saudade
indo embora, deixando comigo somente a solidão!

PS/ dedico a minha filha Fernanda
SP/06/2011*

Foto de Rute Mesquita

Os três desejos e os cinco sentidos

Quando sonhamos de olhos fechados tudo se realiza. Todo o impossível se torna possível. Todo o ocasional se torna evidente. Todo o curto se torna demorado e intenso. Todo o celeste se torna terreno. E é após esta breve apresentação que vou fechar os meus olhos e sonhar…

Vejo uma pena, que baloiça no ar à música do vento, vai para lá e vem para cá… e falta pouco para nas minhas mãos quentes e ansiosas pousar. Talvez eu possa apresa-la, dançando com ela. Balanço-me para cá… balanço-me para lá e aqui está ela nas minhas mãos.
Traz consigo um recado, diz que peça três desejos que ela mos irá realizar esta noite. Pois vou pedir muito silenciosamente o primeiro.

I.Desejo: o seu encontro, o despertar dos cinco sentidos.

Avisto a sua casa, entro por aquela porta pela primeira vez sem precisar de chave ou de um convite, atravessei-a por e simplesmente. Sinto os meus pés a gelarem com a fria madeira do chão de uma sala colorida. Continuo a andar… atravessei outra porta e eis um corredor. Um corredor estreito e confortante que acaba numa pequena varanda. Sinto presenças vindas de dois quartos situados na lateral direita do corredor e uma atracção que me chama ao segundo quarto. Eu deixo-me ir, deixo de conseguir resistir de controlar o meu corpo. Entrei… vejo um quarto cheio de memórias de momentos de amor, de paixão, de partilha, de cumplicidade, de entrega. Vejo recordações, vivi-as em milésimas de segundo, mas mais que isso vejo o seu corpo coberto de um lençol fresco. Pareceu-me que fiquei uma vida a contempla-lo. Aproximei-me, como se os meus cinco sentidos quisessem mostrar-se apurados. A Visão foi o primeiro sentido a fluir. Contemplei aquele corpo durante uma vida sem um único pestanejar, com as pupilas contraídas, fazendo o seu trabalho, regular toda aquela luz vinda daquele ser angelical.
O Olfacto seguiu-se. Cheirei a sua pele, cheirava a um aroma único e só vindo daquele corpo, chamava-se ‘sedução’. Qual será o cheiro da sedução? Não sei responder, pois ainda só vi e cheirei.
A Audição apressando-se, foi o terceiro sentido a fluir. Ouvia atentamente o seu respirar, que me lembravam o som das ondas do mar, ora avança onda, ora rebenta onda… retrocede areia e assim repetindo-se infinitas vezes. Oiço um palpitar desequilibrado, quase que um chamamento. Oiço os seus olhos adormecidos a mexerem-se, estará também a sonhar? Estará à minha procura?
Irrequieto o Tacto quer ser o próximo. O Tacto que se concentra todo em usar as minhas mãos. E é então que começo a sentir um manto fofo, que pica um pouco e se entranha por entre os meus dedos, é o seu cabelo confirma a Visão. Continua o Tacto… percorre a sua face com todos os pormenores, as sobrancelhas, as pálpebras, as suas pestanas, o seu nariz inconfundível e os seus lábios carnudos. ‘Como são belos, Tacto’, diz a Visão. E o Tacto não pára… sente agora as suas orelhas perfeitas de tamanho ideal. Desço mais um pouco… as minhas mãos descem o seu pescoço como se fosse um simpático escorrega. Finalmente o seu peito… um peito que sobe e desce em curtos espaços de tempo. ‘Está a respirar’, diz a Audição. ‘E o seu coração está a bater mais que nunca, Audição’, acrescenta o Tacto.
O Paladar impaciente quer acabar em grande mas, o Tacto pede-lhe que o deixe pelo menos sentir as suas parceiras, as suas outras mãos. Então lá foi o Tacto percorrendo aqueles seus longos e musculados braços até às suas metades. As suas mãos, grandes, suaves… onde as minhas encaixam perfeitamente como o sapato no pé da Cinderela. ‘Agora tu Paladar’, diz dando uma força a seu sortudo contíguo.
O Paladar, como seu instrumento usa a minha língua. Sinto um gosto doce… um gosto que sabe a amor. Como se saboreia o amor? A Visão diz, ‘ao ver este corpo esbelto’, o Olfacto atropelando diz ‘ao cheirar a sua pele’, a Audição unindo-se ao Tacto responde: ‘É mais que isso meus caros companheiros, o amor provém do batuque do seu interior’.
Curioso e surpreendido continua o Paladar. Sinto que estou a passar a minha língua agora na sua orelha, tão macia com pequenos pelos que cobrem provavelmente todo o seu corpo quase que imperceptíveis. Pairo agora nos seus lábios, provo a sua sede, o seu desejo. Como se prova a sede? Como se prova o desejo??
O Paladar continua sem se surpreender pelo silêncio dos outros sentidos. Percorro agora o seu queixo, o seu pescoço e agora o seu peito… encontro uma pequena cova por onde passo e passo lambuzando a sua pele. Até que o Paladar indignado sente uma outra pele... uma pena, é isso era uma pena e pede ajuda à Visão para que lhe explique o que significa. E a Visão atentamente observa a pena e lê no seu verso: ‘Pede agora o teu segundo desejo’ e ai os sentidos perceberam que o seu tempo tinha acabado…
Pedi então o meu segundo desejo, levando todos estes aromas, todos estes sons, todas estas cores, todos estes relevos e todos estes gostos.

II.Desejo: o despertar do corpo adormecido.

Pedi, pedi que este corpo adormecido acordasse. E assim aconteceu, o corpo esbelto que havia explorado despertou e eu estava deitada a seu lado contemplando-o. Ficámos eternidades a olhar-nos olhos nos olhos… e sei que não foi um desperdício de um desejo nem de tempo.

III.Desejo: A união dos dois corpos e os seus respectivos sentidos.

No seu olhar vejo ‘Pede agora o teu último desejo’ e foi então que pedi, pedi que os sentidos se unissem de novo e provassem a sedução, o amor, o desejo, a ardência, a paz, a magia, a sintonia, daquele corpo e assim se realizou… por entre aqueles lençóis que antes frescos e agora quentes e transpirados, numa luta escaldante e exploradora entre os cinco sentidos de ambos os corpos.

E ainda bem que não há um quarto desejo e sabem porquê? Porque não queria pedir para acordar…

Foto de Edigar Da Cruz

A vida no maior cemitério do Mundo

A vida no maior cemitério do Mundo

Um silêncio de morte. As cores e os sons da vida. Assim se cruzam a essência e a ausência no maior cemitério do Mundo.
No final, parece que estivemos ali. E que fomos recebidos como visitas bem-vindas para ouvir falar da vida num local que tresanda morte. Mas de olhos postos no futuro.
Um filme cheio de verdade onde o espectador entra no maior cemitério do Mundo, sem vontade de lá sair. Ou de ficar mais o fato e concreto tem dias na vida que parece que estamos, em um IMENSO CEMITERIO SEM FIM..onde tudo parece nebuloso parecemos estar no meio do nada e nessa hora que nos encontramos e olhamos bem de visão de frente que na morte e, da vida renascemos vivos e mais fortes de visão para vencer ! que para vencer uma grande guerra e preciso olhar e ver e sentir o SANGUE JORRA feito agua e chgar a conclusão que a vida se olha para frente, de olhar de futuro e que ficou para tras foi somente escuridão e resto e viver sempre o presente pois o melhor disso e o agora ..o real tá ai a vida e que si dane os olhos terceiros simplesmente a regra da vida e VIVER

Autor: Ed.Cruz
Savage-Love.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Narradoramente Allaunlógico

Sinceramente
Entre ser um mero Zé Roubinho
E um Herói Sobrevivente
Eu prefiro o sopro da saudade
De uma morte viva e sem idade
Sacrifício por carinho

Eu prefiro o último suspiro

Eu prefiro ser brasileiro
Um gosto na boca de feijão,
Apesar do atoleiro
Quase político das psicanálises
Eu prefiro a imensidão
Que aguardar hemodiálises
Vampiro e sonso europeu

Eu prefiro defender o que é meu

Você pode estar me achando pessimista;
Engano:
Numa visão mais intimista
Verá que o sangue vale o plano
De um passado futurista
Para um futuro sem prisão
Pois no altar de um vigarista
Nunca se encontra solução
Da problemática do insano
Na soma existencialista
Por um farsante fariseu

O Brasil nada mais é que um retrato do mundo
Do chinês e de sua costura
Trabalho e postura
Ou do boliviano
Do chover australiano
Congelamento islandês
E calor senegalês:

O Brasil é mais que uma zona
É a vida à tona
E nisso, ser herói e sobrevivente
Surpreende até o descrente
Dessa possibilidade:
O brasileiro e sua habilidade
De ser povo e ser artista
Tem o dom equilibrista
Ao tom da adversidade

Foto de Carmen Vervloet

Abstração

Todos vêem o lado feio da vida
mas nem sempre lhe prestam atenção...
Se não podem lhe dar a devida acolhida
por que então ferir o frágil coração?

Egoísmo, displicência ou abstração?
Um pobre mendigando na calçada,
uma criança faminta estendendo a mão...
A vida distribuindo bofetadas
e os transeuntes escolhendo sua visão.

Um bom filme ou quem sabe uma balada,
algo que possa lhes dar satisfação...
Ninguém se atreve a decifrar essa charada
almas anestesiadas na rotina da visão!

Para este quadro costumeiro não há trato,
não há tinta que tinja este negro chão,
não há fotógrafo que mude a feição deste retrato,
não há vontade política que mude a situação!

E assim fugindo da dura realidade,
cada qual fazendo sua abstração,
vamos seguindo pelas ruas da cidade
o amor encarcerado a sete chaves no coração!

Foto de JORMAR

Um dia a menos

Um dia a menos,
que bom seres tu minha primeira visão ao acordar
ao ver-te sinto meu coração acamar
tuas palavras consolam-me
por não te encontrar
obrigada pelas flores
e também pelos beijos
teu corpo nu me provoca desejos
esquenta meu coração
e me faz sentir emoção
ao lembrar-me de quanto é bom
o contato de nossos corpo
ainda quando sentia frio
e depois no amor...
aquele arrepio.
que as horas passem ligeiro
e os dias corram bastante
pois quero sentir o teu cheiro
e não quero mais estar distante

Foto de ISRAEL FELICIANO

EU SUPER -HOMEM

E MAIS UMA VEZ SE TORNA TUDO DIFERENTE E APARENTE, UMA APARENCIA DESNUDA E CORROMPIDA PELAOS RAIS DO SOL, QUE CHEGAM A QUEIMAR AS LEVES E MACIAS PONTES DOS POROS QUE EXCEDE OS LIMITES DA PELE , PALIDA E FRIA .
ASSIM ESTAVA LÁ SO E AREJANTE, UM CORPO SEM IGUAL, LINDO, E AGORA DOURADO PELO QUE SE CHAMA VITAMINA D, QUE PENETRA E VAI ATE OS OSSOS, E RSETAURA, COMO O SUPER-HOMEM QUE SE ALIMENTA DESSA TAL VITAMINA, DOS RAIOS DE SOL, SOMOS ASSIM MEIO QUE INCORRUPTIVEL MAIS CORRUPTIVEL.
O SUPER-HOMEM PERDE PARA CRIPTONITA, E NÓS PARA UM SIMPLES PARECR DE NÃO QUERER REAGIR, UMA FLOR DESABROXA, E LIBERA SEU AROMA, E ESCEDE OS SEUS LIMITES DE FLOR ENCANTANDO UM AMOR.
O SUPER HOMEM SE EM CANTA, VOCÊ ME ENCANTA, E ME FAZ TER UMA VISÃO DE RAIOS-X QUE VAI ALEM DE TUDO VAI ALEM DE MIM, E DE VOCÊ ESSE É VOCÊ E ESSE SOU EU!

Foto de Arnault L. D.

Além de mim

Quanto eu te adoro...
Não sei calcular,
entranhas em cada poro,
num reverso transpirar.

O que sei não comporta
entender a vastidão,
e toda lógica aborta
muito aquém da visão.

Te amo, mais que conheço.
A tropeçar no limiar
do que sei e esqueço.
Sou menor que este amar.

Da loucura que prefiro,
do ego a se equivocar
de entender, sei que deliro
no desejo eterno de estar.

Amor que ao ter me espanto
como pode caber em mim?
Se é tanto, tanto e tanto...
que só pode ser se a morte é fim.

Meu querer é encantamento.
Não sabe viver, sem se viver,
quero-o durar, se-lo o mais lento.
O vivo e vivo, sem mais me saber.

Foto de Edigar Da Cruz

Como uma AVE FENIX

Como uma AVE FENIX

Somos capazes de ressurgir das cinzas,

Como uma fênix

Reerguemo-nos dos destroços como grandes guerreiros,.

Somos seres especiais celestiais..

Todos os dias em cada novo desafio,.

Em cada bloco de situação aparece a vida..

E SUPERAMOS..na HONRA E NA CONQUISTA.

Ressurgirmos

Seja na vida PESSOAL ou PROFISSIONAL e sentimental,

A cada novo minuto um novo aprendizado

Em cada aprendizado uma nova obra contada escruta e terminada,..na vida

Uma nova visão da vida um novo

Desejo, e convívio com pessoas distintas,

Um novo amor uma nova amizade,.

Descobertas que te faz colocar um ponto alfa maior na vida..de estrela maior,..

E esperanças muitas buscadas e conquistadas e acredite..

SEMPRE E TEMPO DE MUDAR,..

SEMPRE E TEMPO DE CRESCER,..

SEMPRE E TEMPO DE APRENDER,..

E SEMPRE E TEMPO DE ENSINAR,..!

E SEMPRE E TEMPO DE RENASCER!,

E VIVA a cada minuto da vida

Intensamente, Afinal todos são

Uma AVE FÊNIX

Quando acham que chegou o fim

Ai que recomeça o novo trajeto da vida..

Simplesmente viva como um AVE FÊNIX

Foto de Hanilto josé Da Silva

VERSOS CARENTES

No aço do teu
beijo,
alma perdida escrava do
desejo,
dormindo no suspiro presa
calcinada no delírio.

Sou filho do silêncio
sombra e rastro solidão
a dor maior que a paixão.

Sou talvez a loucura
da visão,
agarrado na cintura da
ilusão,sorvendo o mel do
teu fel,desfolhando vendavais
gemidos de puros ais.

Alma sangue coração
talhados nos susurros
do teu olhar,morro inteiro
por te amar.

Febre ansiosa de pensamento
na mortalha do meu sentimento,
já não sou amor,sou saudade a todo momento.

Sou cinza esparça
no vento em espaços
de versos carentes,com o manto
do tempo,em eterno rimar sobre
as trevas de furioso mar.

Hanilto 16 06 2011

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