Foto de carlos alberto soares

QUEM SABE

Vista assim de longe...
Sem desejo, sem posse sem toque
Ainda que não haja simbiose
Que um diga coisas que outro não aprove

Quero que seja feliz

O meu desejo é a felicidade
e transcende distância ou idade
de forma platônica a gente se entende
E invés de tocar a gente sente

Seja feliz em cada vez que se negue
ou em cada braço que se entregue
Na arrepio da pele que provoca o desejo proibido
ou no sentimento louco que precisa ser contido

Seja feliz que esta vida é breve
Só vive quem se atreve
Os sonhos que emanam do seu ser
Só você pode viver

Vá! Busque tudo que é seu
Hoje é o dia que Deus te concedeu
Entre tantas, te fez luz
E apenas por ser mulher já seduz

E entre lindas e tantas
Umas pecado, outras santas
Tem você e seus encantos
Que não tem alma... Nem de anjo,
nem de santo

E dando trâmites finais aos meus versos
Eu que sou um otimista confesso
Um lobo solitário e você de aquário
Assim ambos estranhos e pensamentos contrários

Quem sabe a distância dê lugar ao encontro
Os dois estejam prontos
E a introspecção se acabe
Quem sabe...

Foto de ESCREVO

ROJÕES

POETRIX

A MEIA NOITE
ROJÕES ESTOURAM
BEBÊS E CÃES CHORAM

Foto de BRUCE ALEX

Imortalidade

A mortal existência se esgota
Mas se transborda na eterna imortalidade das lembranças

Foto de ANDERSON SANTOS

"RESILIÊNCIA"

"O prazer da vitória é coroado pelo sacrifício empregado para alcançá-lo".

(Anderson Santos)

Foto de ANDERSON SANTOS

"TEMPORÁLOGO"

..."ao tempo perguntou num tempo, quanto tempo tinha pra acabar o tempo...
...num tempo respondeu em tempo, que perdido é o tempo pensando no tempo que jamais teria"...

(Anderson Santos)

Foto de Dileno

Reflexão da vida vivida.

Eu já disse o que não quero dizer hoje? O espelho está empoeirado novamente e a cada cicatriz, uma mancha de vazio aumenta. É a única coisa que parece real. Você ja perdeu alguns segundos olhando pra fora de si? Enquanto você olha pra dentro, um reinado de sujeira encobre a paisagem, e você dobra mais uma esquina e se torna outro personagem. O relógio já está marcando meia noite, mas meus olhos continuam abertos. Se você descobrir a verdade, jogue-a fora. Não me venha falar de religiões, esportes, ou qualquer tipo de entretenimento... Eu já ofereci o meu mundo de impurezas. Talvez eu deveria ir para outro lugar, porém, outro caminho se abre a cada passo em falso, e eu machuco você de novo. Eu faria tudo da mesma forma, pois é a única maneira de eu me sentir vivo. Qual é a sua conclusão? Não quero ouvir coisas sobre moral, beleza, sistemas complexos, amor. O amor, o amor, guardem-o, sem correntes. Querem um servo voluntário? Quotidiano, repetitivo, casado, fútil? Querem que eu seja feliz dentro da sua caixa de mentiras? Querem que eu ganhe dinheiro, dinheiro. Querem que eu não sinta. Querem que eu seja o contrário também. Eu poderia mentir, mas já ouvi tudo que precisava ouvir. O que eu fui ontem? O sangue que se espalhou enquanto estava preso? A dor que trazia alívio? Ou as sombras que flutuam com o tempo perdido? Você diz coisas bonitas além da minha frágil compreensão. O universo, a ciência, a metafísica... E eu aceito por instante o que me destes, mas todos vão embora quando os sorrisos cessam. Só o peso do silêncio permanece comigo. E a dor continua presente nas manchas do tempo enquanto o fim se aproxima a cada corte profundo.Já disse que quero ser sozinho? Já disse que não quero que me dê a mão? Se eu pudesse me arrepender, ah, se eu pudesse começar novamente, eu faria da mesma forma. Eu encontraria outro caminho...

Foto de silviaraujomotta

LÍNGUA PORTUGUESA-Soneto com metodologia de Sílvia Araújo Motta

LÍNGUA PORTUGUESA

Soneto clássico-decassílabo-heroico//
Cadência interna sonora fundamental //
na sexta e na décima sílabas.//
Rimado:ABAB,ABAB,CDC,EDE.//
Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.//
-
A Língua Portu(gue)sa de Ca(mões),//
Machado de Assis-(Gê)nios do sa(ber)//
inteira luz gi(gan)te entre as na(ções)//
conduz valor can(tan)te em cada (Ser.)//
-
Impõe respeito, (gló)rias nas li(ções)!//
Linguagem pura (cum)pre seu de(ver),//
razão perfeita, (não) traz arra(nhões),//
palavra forte, i(ma)gem de po(der).//
-
No linguajar que (fi)no trato al(can)ça//
na mente mostra (fúl)gidos le(trei)ros,//
reparte a bela (Flor) do Lácio-he(ran)ça.//
-
Sonora e rica (bri)lha pelo (mun)do//
contém na escrita (bra)dos alta(nei)ros://
- Tesouro raro (dá) sa(ber) pro (fun) do.//
-

Foto de matheus_e.reis

Tépida Tarde Sem Ocaso

Páginas alvas vitimei num abandono sereno.
Hão de momentâneas, em atos e interesses,
Deitar-se como pena.
Desígnio enleado de seu chão, lama fresca e fortuna.
Sem antecipar o sentir da experiência,
Como nos é de costume.
Alcanço-as flutuantes; intocáveis onde as deixei;
Às vezes.
Ei de ater o nascituro alheio
Da pretensão catártica do arfar.
Nas vezes.

Melopeia de dias invisíveis, Plurais da graça,
Tem me cadavérica. Tijolos, assoalho, pés e passos,
O cheiro frio do orvalho que o reboco emite;
Em tal não me permito a muito.
Pesam as mãos que consolar meus ombros.
Atento aos meus braços,
Finas cicatrizes engordam-me os pulmões
Com o ar narcóticos do orgulho do ferido;
Mas será que acidentais todos os cortes?

Raramente lavo as mãos antes de segurar uma mentira.
Está garantido o inevitável poder de errar,
Esse pássaro desbotado plainando
Sobre o furioso soldado sem balas.
Ele escapou da guerra
— O pássaro, não o homem. Nunca o homem —;
Ele chegou a cidade;
Ele adentrou o beco dos malogrados
Quando somente a escuridão
Soube lhe prometer segurança

Macambúzio o velho mendigo único.
Dentre tantos, só seus escassos olhos crus
Defrontaram a natureza ofuscante da decepção.
As sombras vencidas sussurravam elogios,
Acompanhando a incerteza do bater das asas.
A esperança padecia,
Levada pela brisa mais desinteressada;
Ainda sim sorriu. Paulatino descolou os lábios,
Estendendo fios de baba
Na dimensão vertical de sua boca;
Ergueu os pináculos das bochechas,
Quebrando as crostas de esqualidez
Que cingiam seu nariz amarrotado.
Um raio azul dentro da fuligem.

Sou molhos de momentos lacrados
Mas sempre haverá o peixe não pescado,
O livro não escrito, o romance inaudito.
Toda pessoa será uma obra inacabada,
Uma porta aberta, tépida tarde sem ocaso.

Somos o velho mendigo,
Tolhidos do último sorriso.

Foto de Rosamares da Maia

O Amor

O amor,
Ah! O que é o amor?
Ah! Que droga é o amor.
Droga no sentido de sentir - literal,
Pior ainda, droga no sentido visceral.
Dor física mesmo quando não é carne.
Dor se o prazer realizado transborda.
Porque é a agonia do momento que foge,
Que lateja em seu corpo, ecoa e explode.
Dor em contrações, resultado do prazer.
O amor tortura o espírito com dúvidas,
Ciúmes que amiúda e aniquila a dignidade.
E quando é ausência espalha, espelha maldade.
Mas, engana-se quem pensa que é apenas um.
O amor tem múltiplas formas para a tortura.
A Estação na despedida de um filho,
A sepultura, derradeiro adeus a um pai.
São idas e vindas por ele impulsionadas.
Razões, contrarrazões, batalhas, umas por nada.
Morte que defende a vida, uma alma que cai.
Lógica absurda é por amor ter que causar dor.
E o amor tem muitos irmãos e irmãs:
Dor, tristeza, despedida, ódio que é irmão gêmeo.
Todos plantados no terreno fértil do coração
Mas, espere...
O amor tem como irmãos a Humanidade,
Que gera a esperança, a bondade, os sonhos.
Temos também, a felicidade, a boa saudade,
Nasce a alegria, renasce a fraternidade,
E a paixão? Ah! A paixão!
Encantamento tolo dos enamorados, desvairados.
Ah o amor! Tem a dor gostosa de partir e esperar,
Esperar o retorno, a volta do Ser amado,
A poesia dos versos pelos cantos, suspirados.
A soma do amor e dor fazem eclodir vida,
Estão juntos sintetizando o processo da criação,
Como a ostra que processa em suas entranhas areia.
Da sua dor surgirá a pérola, joia da sua gestação.
Ah o amor! Quanta dor eu já senti.
Mas quanto prazer através dele eu vivi.
Quero a vida a doer até o último momento,
Dor pior é o vazio da ausência deste sentimento.

Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Memoriando

CRÔNICAS DA SAUDADE – Memoriando
O olhar dela vaga perdido no horizonte tentando encontrar na memoria desencorajada os arquivos das lembranças do passado e nelas um rosto amigo. De repente, da nevoa branca, no fundo da sua cabeça, sai correndo um menino assustado, de joelho ralado e sangrando. O menino berra enquanto as lágrimas escorrem da carinha suja.
Chora pedindo abrigo, buscando socorro, mas também com medo do remédio. Grita:
- Não mãe! Mertiolate não!
Ela, meio do bem e meio do mal, presta socorro, mas, também se vinga das artes do menino, exercendo sua cura, meio feitiçaria - amor e castigo.
Novamente a memoria falha. Mais que droga! O olhar passeia por tempos intangíveis. Novamente ele, de capa e espada. Agora é Nacional Kid! Com bronquite e pneumonia. Meu Deus! Quanto trabalho deu este menino.
Confuso e atrapalhado, baixo rendimento escolar, aos saltos e empurrões, salvo de apanhar nas brigas compradas pela irmã, lá foi ele. Finalmente chegou lá, venceu a corrida do jeito que deu, um dia de cada vez. Trabalho, casamento. Quem diria! O menino do "patinete vermelho" virou gente grande, Homem. Gente muito complicada é claro.
A memoria apaga de novo, ou não. Quem sabe agora ela prefira pular certos pedaços da vida? Culpas à parte tinha tentado fazer o seu melhor, era o que podia e sabia fazer, o que tinha a oferecer. Ninguém consegue doar o que não tem.
Afinal de contas, um filho é produto de dois, portanto somente cinquenta por cento das culpas lhe cabiam e pecou sempre pelo excesso, das chineladas, correadas e das palavras. É somente pelo excesso, nunca pela omissão. Esta fazia parte dos outros cinquenta por cento.
Mas por onde andará nestas horas o menino? Não precisará de curativo nos joelhos?
De dentro da bruma densa da memória podia ouvir o silencio. Era tão profundo que doía. Vem sem passos, sem gritos, risos ou lágrimas. Nada!
Traída pelo confuso entendimento, esquecendo os complementos que encadeiam os elos da sua história, tristemente se questiona:
- Será que um dia houve mesmo este menino? Ou será que só imaginou?
Menino, menino, sou eu quem te digo - um dia ela vai se esquecer de você totalmente.
‘ Rosamares da Maia

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