dor

Foto de cnicolau

Dias, Semanas e Meses

Outro entardecer frio, e a vontade de
escrever toma-me por completo.

Minha mão roga pelo papel...

Dias
Semanas
Meses

Vividos, passados, entregues,
e que muito sentirei...

Dias
Semanas
Meses

Vão-se passando, vão-se indo,
e pouco ou muito vou sentindo...

Os sentimentos estão embaralhados,
jogados a mesa como cartas, prestes
a serem virados a uma pessoa,
ou a um destino qualquer.

Qual destino será pertence a mim?
Que peça ainda me será mostrada?
Que dados ainda terei que jogar?

Dias
Semanas
Meses

Ainda virão, chegarão,
e pouco ou muito irei sentir...

Minha mente espero estar segura,
Meu coração curado,
E meu corpo descansado.

Cura-me ó Pai, é só o que te peço.

"O passado não pode ser reescrito,
O futuro não pode ser previsto.
Então vivo o presente, como se fosse
o último de meus dias..."

Uma semana longe, apenas mais uma semana
longe de tudo...

O tempo tenta cicatrizar a dor que a
mente teima em deixar aberta e exposta...

Deus, todos os dias fala comigo, me
mostrando o quanto a vida é maravilhosa,
porém a mente teima em continuar escrava...

Coisas boas acontecem, muito boas...

Velhos amigos retornam, novos nascem,
e alguns se vão sem deixar rastro...

O que era bom torna-se maravilhoso, porém,
parece que por mais que tente, falta algo,
falta alguma coisa, simplesmente falta...

Penso em pessoas que ressurgiram em minha
vida, me fazendo sorrir novamente.

Mas porque será que as coisas ruins sempre
sobrepõe as coisas boas?

Porque???

Respiro fundo pra tentar responder...

Não consigo. Meu coração ainda sofre,
ainda tremula, e é por estar assim
que eu não poderei responder essa pergunta.

Cleverson Luiz Nicolau
15/06/2011

Foto de Brito

Parafraseando

Sufocada de dor,
Fui tragada pela linha da tua poesia
...
Nela permaneço
Para expurgar um novo amanhã.

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

Foto de Carmen Vervloet

Bougainvíllea

Flor lilás, imagem pura de infância!
Espelho calmo, onde bóiam boas lembranças,
leve contigo essa insistente ânsia.

Meus pensamentos de mágoa
que na noite espantam o sono,
afogue-os nas profundezas da água!

Leve-os como folhas mortas
desprendidas da árvore da vida
e me abra uma outra porta.

Leve mágoa, leve amargura
Leve a insônia que desgasta,
Leve esta dor que perdura.

Foto de Arnault L. D.

Estatua Branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de Carmen Lúcia

Basta!

Que caiam todas as máscaras,
maquiagens, disfarces, propagandas enganosas,
farsas impiedosas que pintam de rosa
um cenário incoerente, assaz reverente
à uma realidade cinzenta e complacente,
onde pseudos messias, doentes mentais,
defendem as guerras, ateiam injustiças sociais
como se fossem meros fenômenos naturais.

Digamos um basta à gana estratosférica,
ao que nos consome, à ambição homérica
e de caras limpas e almas lavadas,
sem utopia, rasguemos o pano da hipocrisia...

...que as balas não são de festim,
o sangue escorrido não é de carmim,
as bombas são de explodir, não são de açúcar, nem dá pra engolir.
As guerras não são de amor, tampouco boatos. São guerras de fato!
As vítimas não são virtuais, são todas reais, vítimas fatais.
Às dores não há analgésico, nem anestésico. São dores mortais!

Quebremos o falso cenário,
mundo visionário, de encenação...
Reinventemos de novo o mundo, com gente que é gente,
que aja com garra, com alma decente,
com força no jeito, muito amor no peito
e paz no coração...
Rumo à reconstrução!

_Carmen Lúcia_

28/09/2006

Foto de Carmen Lúcia

Entre mágoas e decepções

De mágoa em mágoa vou levando a vida,
tropeço em falsidades e suavizo a caída.
A cada mágoa mais um degrau eu subo,
a cada falsidade, novo valor em mim descubro.

De dor em dor vou lapidando a alma
e a paz que trago em mim é o que me acalma.
Minha autenticidade eu nunca perco,
do essencial eu me acerco.

Decepções permeiam a nossa volta,
são obstáculos a nós impostos
que tendem a se reverter em revolta,
mas superá-los só nos dignifica,
nossa integridade é o que mais importa.

Faço da dor de se perder amigo
um tema triste para minha poesia
deixando o coração falar à revelia,
desabafando em silêncio esse desafio.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

VAGANDO NO INFINITO

Minha alma foge de mim
e vaga por sobre o mar!
De mãos dadas com a brisa
afasta-se do meu olhar.

Eu, um trapo! Que contraste!
E ela menina a sonhar...
Pendura-se num raio de luar,
faz travessuras no ar!

Leva em suas feições a eternidade,
Linda! Parece miragem...
No infinito faz sua alegre viagem,
mas volta pra seu lugar.

Volta envolvida em pó de estrelas,
e eu que já nem mais queria vê-las,
coberta por migalhas de sol posto,
abro os olhos e transformo em versos
aquele plangente desgosto!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Tempo, tempo, tempo...

Tempo, tempo, tempo...
Vens tão sutilmente,
andas tão lentamente quando o desejo é que vás
e tão apressadamente se te pedem pra ficar.
A quem queres agradar?
Pra onde queres nos levar?

Tempo que tudo transforma...
És vassalo ou senhor,
mágico, místico ou executor?
Nunca paras, nem retornas,
sequer olhas ao teu redor...
Ou passas acarretando a dor,
ou semeias alegria e amor...

Tempo, gerador da sabedoria,
quanto mais tempo, maior o bom senso,
inventor das horas, marcador de momentos,
insensível à saudade, pacificador de tormentos.
Flexível às limitações,
...a cada tempo o seu tempo...

Se és senhor da razão
determina, então, o prazo certo
de vivermos cada emoção...
Não a deixes se alastrar
onde não a controle o coração.

Tempo, tempo, tempo...
Pra onde queres nos levar?
Quantas serão as estações
que ainda veremos mudar?

Oh, tempo, que passas tão racional,
sejas por um momento reflexivo e passional,
contendor ao teu ensejo, realizes meu desejo,
voltes àquele tempo
em que a vida transcorria normal...

_Carmen Lúcia_

Foto de KAUE DUARTE

Choro de redenção

Me deu vontade de chorar
Não tenho motivos
E nem preciso
Só preciso de lágrimas
Sei lá, mais encontro a redenção
Chorando porque sou fraco
Chorando porque sou forte
Chorando porque sinto, alem de um coração
Sinto além de um pensamento
Choro além de um lamento
Choro por chorar
Lavar as vestes da iniquidade
Pra lavar o rosto do pecado
Pra purificar e dar lugar as situações
Vazão ao choro, aspecto purissimo
Pois quando choro, percebo que sou real
E não um corpo ambulante
Vagueando por entre corpos vagueantes
Mais não, sou esse choro de berros
Esse choro só de lágrimas
Choro de perda, de conquista
Ou apenas choro
Quando choro me humanifíco
E permito Deus enchugar minhas lágrimas

Kaue Jessé Duarte 14-05-2011 //*

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