fantasia

Foto de Bira Melo

AMOR LUNÁTICO

Só te beijo,
Em palavras iridescentes
E com vapores dourados
Que do Sol roubei.

Só te penetro,
Em sonhos da minha mente
Que louca e em febre ardente
Em tua luz quer se banhar.

Só te possuo,
Completa em enchente...
Nova, minguante e/ou crescente
Venero-te, pois sou lunar.

Foto de Sandra Ferreira

Meu amor..

Meu cabelo enfeitado
Por lindas flores,
Corpo
Coberto por um
Vestido de
Tecido fino,
Correndo
Dançando, rodopiando
Braços abertos
Neste campo
Verde
Cheio de vida,
Ouço a natureza
Melodias, pássaros
Inconfundível borbulhar
Das águas de um límpido rio
Meu reflexo
Demonstra
Uma jovem mulher
Com ânsia
De sentir amor
De ser tocada
Com carinho
Garra, emoção
Como faz o rio
Com a margem, “terra”
Quero ser
Inundada
Por um sentimento
Que tudo arraste,
Vou ficar
Olhando meu reflexo
Com a certeza
Que junto ao meu
Um dia irá estar o teu
Meu amor.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Carmen Lúcia

Em busca de palavras, na rota do Sol...

Sigo a rota do sol,
Quando o vejo bem longe
Irradiando sua luz já branda,
Expondo um entardecer tranqüilo
De cores tênues e pálidas,
Antes do anoitecer...
Vou a busca de palavras
No lusco-fusco, esparramadas,
Abandonadas ao ocaso...
E minha alma se inunda
Nessa cascata que magia infunda,
Aura abençoada, tobogã dos sonhos,
Ondulações de cores
Suaves como o outono
de folhas caídas,
Tapete verde-musgo
mesclado de amarelo-ouro...
Trilha para a fantasia...
Crepúsculo que finaliza o dia
E que sacia a alma ávida do poeta,
Transvestindo rotas em magias
Ao nascer da mais etérea poesia.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Aparição...

Vislumbro luzes
Ao meu redor
A conduzir-me
Ao infinito
Onde a canção
Nasce do vento
Brisa suave
Traz-me alento
De longe vejo
Os verdes campos
E açucenas
Em todo canto
Então flutuo
No firmamento
Tão solta e leve
Feito uma pluma
Que voa livre
Sem rumo ao léu...
A noite surge
Traz o seu véu
E de marinho
Se veste o céu
Deslumbramento
E emoção
Pego estrelas
Com minha mão
Por um momento
Tornei-me alma
Encantamento...
Aparição...

Carmen Lúcia

Foto de Zizi

Ter

Ser,
coragem,
a hora é agora...
vamos embora...
miragem,
Ver,

Foto de Paulo Gondim

Sem opção

SEM OPÇÃO
Paulo Gondim
10/02/2008

Eu dividi contigo meus fracassos
Quando me atirei em teus braços
Ébrio de amor, numa via cega
Como rabino que ao mundo prega
Gritei aos quatro ventos
Neguei os sacramentos
Me fiz pagão

E nesta aflição
Ouvi os teus lamentos
Me associei a todos teus tormentos
E na desculpa fria de quem nega
Tal criminoso arrependido que se entrega
Me vi despido de todos os meus laços
Nesta paixão que toma todos os espaços

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO XII - Onde estás Musa Encantada? LUA & SOL

Onde está musa encantada?

"FADA TRAQUININHA"

Preciso saber.
Parece a L U A.
Em seu movimento de translação!
Rodeias toda a terra.
Há pouco estava em plena fase de lua cheia.
Tão próxima que podíamos sentir,
Que provocavas até mudança das marés.
Sentíamos o sopro emanado por ti que chegava até aqui como uma brisa.

Agora, parece estar tão distante,
Escondida atrás dos montes,
Do outro lado da terra.
Parece, agora, estar na fase de lua minguante.

Talvez, mais distante ainda, pois, acompanha
O girar da terra rodeando a sua translação
E, então, levarás quanto tempo para retornar?

Será um ano?
Para chegares até aqui,
Não será possível,
Pois, já sinto como uma eternidade,
Apenas um dia de tua ausência.
Como farei em todo esse tempo?

Mas agüentarei,
Se prometeres que quando voltares,
Chegarás à fase de lua nova,
E poderemos contemplá-la a caminhar
Por nossos Jardins Encantados
Andando descalça sobre a relva molhada
Das noites enluaradas
Ou desfilando pelas areias
De nossas praias nas tardes
Ensolaradas.

Quando então me transformarei
Em S O L
E suave e ternamente
Tocarei e tua pele macia
Com meu lume encantado
E, ardentemente, te beijarei.

Enquanto permaneceres deitada
Como uma sereia
Em nossa
A r e i a.

Foto de Ana Botelho

PÃO E VINHO

PÃO E VINHO

( In memorian: Eurípedes (Macedônia), Omar Khayyan e F. Pessoa)

Sem vinho, onde haveria amor...
E quando o inverno nos batesse à porta,
Que ares deveríamos logo assumir,
Recorreríamos aos do Mediterrâneo,
Filtrando o binômio trigo/vinha
E passaríamos as tardes os saboreando.
À noite, quando tudo parecesse dormir,
Ficaríamos inertes até de pensamentos,
Buscando somente uma cristalina taça
E o que houvesse de precioso dentro dela.

Sem pão, qual fibra vibraria em nós...
Tudo fluiria, pegaria o veio do vento
Passaria por entre os dois pólos
Dentre os quais existiriam indiferentes
Apenas os dias, que foi e que virá,
Já que o hoje seria o bastante
E completo para nos embriagar.
A vida pode até ser boa, mas o vinho
Ah, esse sim, é muito, muito melhor
Talvez amanhã a lua nos procure em vão,
Sentemo-nos ao relento, sentindo apenas
O regresso do sol, apagando as estrelas
E desvanecendo as luzes mais soberbas
De tantas salas requintadas, vazias,
Tudo a nos mostrar o curso da vida,
Ou de que deveria ser simples, natural.
Bebamos para nunca nos sentirmos só
E brindemos ao prenúncio de novos amores.

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO XI - ÚLTIMO TANGO

Ó linda bailarina
Vejo-te em sonhos dançando.
Antes aparecias como uma menina
Em um palco iluminado
Por luzes amarelas
Do “ballet”
Clássico.
E
Vias terminar
O espetáculo num rodopio
Fenomenal,
“Sem igual”.

Na juventude
Via-a radiante e cantando,
Num palco maior,
Um teatro
Como uma
Soprano.

Na minha idade varonil
Te vias esplendorosa como uma rosa
Formosa num grande salão
Dançando com saias
Esvoaçantes
Ora
Sambando
Ou nos encantando
Sob acordes de Músicas
Nacionais brasileiras.
“ Xaxado, merengue, forró,”
“Salsa” e até “lambada”.
Em todas
Apresentava-nos uma característica
Particular.
Própria de tua pessoa
E do sangue latino,
Que lhe ferve nas veias,
Então, requebravas,
“Com um quê de brasilidade”,
“Com muito tempero e gingado”
Com muita sensualidade.
Mas sempre, eras uma
Mulher bela e charmosa
Como uma rosa
Amarela.

Noutras horas,
Sempre esplendorosa,
Eras símbolo da paixão
Vestida num longo vermelho
E tendo nos cabelos
Uma flor
De igual
Cor.

Mesma flor
Lindíssima rosa
Amarela, cor do amor
E marcada com o vermelho da paixão
Extasiante que sentias e
Com a qual marcaste
Num beijo sensual
O carmim
Da tua
Boca.

Ao dançares
Não sabíamos ao que olhar se na flor
Sobre o piano ou ao teu corpo
Escultural.
Se nos teus passos,
Ou em tuas Pernas
Tão
...
Ou nas pétalas que caiam
No passar dos dias
Uma
A
Uma
Em sentida melodia...

Até que um dia
Vimos a última pétala
Desprender-se do verde graveto
Esvoaçar pelo salão
E, agora te revemos
Flutuando por este salão
Encantado de poemas-de-amor.net
“Elevando-se às alturas”
“Rodopiando ao som de Strauss”
“Saltitando os bosques de Viena”
E ressurgindo
No “Lago dos Cisnes”.

Com o graveto entre os dentes
Como uma gata,
Uma pantera guerreira,
Como a mulher
Brasileira.

Agora a
Meia idade
Entras para arrebentar
Corações.

Num longo
Vestido de cetim
Com as costas desnudas
Com um racho
Lateral
E sempre
Paras com o branco do marfim
De tuas coxas em meus olhos
Na frente da minha mesa
E se oferecendo
Com os olhos
Para mim.

Levanto,
Estendo meus
Braços,
Arrebato-lhe num abraço,
Do teu par.
Entrelaço e te guio,
No som de um tango,
Pelo salão e tu danças
Como nunca.

Eu danço.

Sinto o
Ao final,
Teu suspirar,
O tremor de teu corpo
Colado ao meu e até o palpitar
Do teu coração.
O cheiro suado de teu perfume
Extasiante e inebriante
E sussurro em teu ouvido

“Yo ti quiero”

E responde-me:

“Abrazzami assi".

E,
Saímos do
S a l ã o...
Ao som do

Último tango:

“La cumparsita”...

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO - VIII - PODER DAS ROSAS

Certo dia
Ao alvorecer
Vi passar no centro de São Paulo,
Uma dama de vermelho.

Era uma verdadeira rosa,
Uma rosa de vermelho.
Deu-me um bom dia
E, disse-me:
És bonito como meu avô.

E foi embora,
Num lotação
E impregnou
Meu coração.

Diante de tanta emoção,
Comprei uma muda de
Rosa
E plantei num cercado
Da Praça da República.

Poucas vezes passo por lá,
Mas quando o faço,
Vou ver meu
Pé de Rosa.

Quando posso,
Apanho uma
Rosa.

Sempre tem uma
Pronta para ser colhida.

Certa vez,
Ao entardecer,
Depois de muito esforço
E cansado de pular as altas grades
Para apanhá-la,
Ao sair,
Vi
Que essa mesma moça,
Uma mulher maravilhosa,
Aguardava-me.

Então,
Coloquei a rosa recém colhida
Nos seus cabelos esvoaçantes,
Que a cobriam como um manto
E ela com seus lábios carnudos
E vermelhos de carmim
Deu-me um beijo
Que ficou até hoje,
Marcado,
Em mim.

Aqui no meu coração.

Essa moça
Vestida de vermelho.
É a ROSA,
"Maria Flor",
Uma mulher muito charmosa.
Como uma rosa palpitante.

Vive aí a me inspirar:
Às vezes muda o nome,
Para "ROSANA", "ROSE",
"ROSITA", "ROSEMARI"
E até "M A R I E"...
Mas sei que é ela, mesma,
Ajuda-me a escrever,
Dormindo ou acordado,
Como agora,
Sobre o

Poder das Rosas.

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