loucura

Foto de Daemon Moanir

Sentimentos? Não, sensações!

Saboreio meus despojos de guerra antes de os ter.
Palpitam os corações, tantos, qual escolher?
Sinto o sangue, quente, nas minhas mãos a escorrer...
E libertam o horror, a demência que queria não conhecer.

O prazer à tanto que não aparecia,
Bebo-o como um louco, como nunca antes.
Ele desce ao bloco que mantém vivo
E faz-me transbordar da bondade que à tanto queria.

Sentimentos? Não, sensações!
Racionalizadas, loucamente poderosas.
Sinto, sinto a hora a chegar finalmente.

O sabor do bafo escaldante das bocas que me esperam
E os corpos das bocas docemente chamativos,
Apavoram-se de paixão.

Foto de Daemon Moanir

Escrevo que nem louco

Escrevo que nem louco.
Versos correm na minha cabeça
E batem nas paredes do meu corpo,
Sinal de que querem sair antes que adormeça

Este vício torna-se esquisito aos olhos dos outros,
Ninguém compreende o que me faz tirar o caderno branco
E escrever um poema em tempo tão pouco.
Sinto que esta história não é minha, este não é o meu canto.

Pergunto-me em tom vazio
Porque escrevo, porquê eu?
Sinto que parte de mim partiu,
Mas talvez seja só fado meu.

Foto de Daemon Moanir

Sou pecador!

Sou pecador!
Peco pela minha loucura fria,
Que à noite aquece e me faz explodir
Em frustrações e gritos calados,
Expressos sob versos para sempre malfadados.

Sou pecador!
E já não me importo de o gritar.
O céu lá vai bem longe,
Desta penso na vida. Nem passado nem presente,
Mas aquela que tenho pela frente.

Sou pecador!
E peço perdão.
Sei que tudo será em vão,
Porque amanhã será igual
Como sempre foi.

Foto de carlosmustang

vazio 2

A insanidade foi embora...
O quê fazer nessa hora?
A realidade que apavóra
A confusão se estabeleceu, por quê eu???

Enfim enlouqueceu!!!
A insanidade que se nega
Olhar parado, por trás da janela
Onde está ela???

Sepsia dentro do breu
Ganhei de presente a sanidade insolênte!
Vou gritar para acordar...

Oh metempsicose, algo tão natural!!!
A sanidade me levou...
Aqui vivendo em vão...

Foto de Carmen Lúcia

Paradoxos

Tu és...

A realidade da fantasia
O final do infinito
A lucidez do insano
O usual do inusitado
A paz dos conflitos
A conclusão da incerteza
A dignidade do sórdido
A sensatez do insensato
A luz da escuridão
A solução dos problemas
A sensibilidade do insensível
O grito do inaudível
A eficácia do inativo
A força dos fracos
A valentia dos covardes
O exorável da arrogância
O agora da posteridade
O bem do mal
A cronometria da imprecisão
A libertação do alienado
O comedimento da exorbitância
A pureza da malícia
A visão do cego
A exatidão do inexato
A imaginação do inimaginável
A fé da descrença
A essência do desnecessário
O concreto da abstração
O absurdo da razão
A verdade da hipocrisia

Porque és ...

Irreal
Inatingível
Indecifrável
Inalcançável
Inabalável
Inacessível
Inacreditável
Inatural
Incógnito
Incomparável
Incontestável
Indefinido
Indescritível
Inexplicável
Inominável
Insuperável
Intangível
Intemporal
Intersideral
Invulnerável
Inexistente

Portanto...

Não és...
Nunca foste...
Jamais serás...

Foto de Daemon Moanir

Ó desepero eterno

Ó desespero eterno
Dai-me a vingança, o amor
Deixai-me com fervor, como dantes
Na altura em que a alma falava mais alto e melhor
Dai-me novamente as asas
Que tanto trabalho tive em construir.
Deixai-me entrar com lábios e língua e paixão
Em bocas doces, gentis, amantes
Concede-me este último desejo.
Dai-me meu anseio.

Bebo desesperadamente
À espera duma realidade mentirosa,
Para que me libertem e ame finalmente.
A uma liberdade completamente louca
Desenfreado em sentimentos assassinos
Sorriu, assim, com punhais nas curvas da boca
Ah! A loucura que a tanto me sabe,
Mas que tanto odeio apodera-se!

Foto de Daemon Moanir

De ti, a Loucura

Oh! Que raiva!
Que ódio e desilusão sinto.
Que horrores pulsam em mim e percorrem minhas veias?
Que obsessão! Que tormentos são estes que a mim se antecipam?
Que prazer é este que não alcanço?
Que nojo de mim! Até náuseas tenho.
O cheiro a pútrido e a morte paira no ar
Este leva-me a uma abulia terminal
E a ansiedade cresce dentro de mim...
Quero respostas para o que me acontece!
Porquê eu? Porquê a mim?
Que a chuva se abata e me lave!
Pois estou imundo em pecados.
Para, então, pedir o perdão.
E sentir o prazer de nada no peito trazer.

Foto de carlosmustang

GRADAÇÃO

Porque eles pensam que sou grande?
E eu penso!, sou tão pequeno!!!
Se cresci, nem percebi!
Quem sou eu mesmo?

Quando? Como?
De algo insiguinificante...
O quê me tornei?
Essa curva, que não foi tão ingreme assim!

Com um "rosto" tão lindo!
Eu sou assim?
Ou é tão somente uma narcose...
Tenho que acordar!

Foto de Marcelo Souza

Soneto a uma “Nova Criatura”

Eram aqueles olhos vermelhos,
Envoltos em cinza escuro,
Era como vê-los num espelho,
Lado a lado num poço fundo.

Seguir numa rua dourada,
Que de nova não mostrava nada,
Só velharia amontoada,
E cem palavras que diziam nada.

Era fugir dos olhos e tê-los,
Era correr, mas querer só eles,
Era temer e querer entender.

Eram os frios olhos vermelhos,
Caçando as minhas idéias,
No mais real de meus pesadelos.

Foto de jlp

Por Ti

Por ti,
Mandei parar o universo
Soltei do firmamento as estrelas
E com elas escrevi teu nome no céu.
Em seguida,
Peguei no luar
E na tela da vida
Uni nossos nomes na palavra amar.
E num abraço profundo
Deixei que nossos lábios
Silenciassem o mundo.

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